A Pior Fic Que Já Existiu escrita por Liz03


Capítulo 9
Não é a parte 1 do fim




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/177414/chapter/9

Eu gostaria muitíssimo de descrever tudo o que me aconteceu até o dia 20 de dezembro. Mas se você ainda não percebeu estamos chegando ao fim. Não seria muito proveitoso eu dizer que fiquei com o que algumas pessoas chamam de borboletas no estômago. Que escrevi poeminhas para um certo asqueroso. Que conversávamos todo dia pelo msn (aliás ele estava amando o livro). Que o lance do sorvete foi muito legal. Enfim, coisas desse tipo que eu tenho certeza que em qualquer outra história você encontrará bem detalhado. E o que esse 20 de Dezembro tem de especial? Foi o dia que Henrique perguntou se eu queria, de acordo com as palavras dele, “tipo assim ficar meio que junto...assim o povo chama de namorar” . Eu aceitei, ok, eu estava apaixonada. E foi tudo ótimo. Nos divertimos muito, ficamos acima de tudo bons amigos. Ele até foi falar com os meus pais, o que foi cômico já que ele, asqueroso desastrado que é, acabou quebrando a porcelana de estimação da minha mãe. Primeiro ela deu um grito e ficou verde de raiva, depois disso que estava tudo bem (mas só disse isso por educação). Ah! A Tâmara também pediu o Jorge em namoro.Mas ele não quis. Acontece. Ele disse que eles dois eram apenas bons amigos e que ele gostava mesmo de uma tal de Camila, uma das garotas cérebro de chiclete. E claro que a Tâmara ficou arrasada. Eu poderia tentar consolá-la, e tentei, mas nada do que eu dissesse iria soar como realmente sincero. Pelo menos foi o que eu senti. Ao mesmo tempo que eu dizia: “Não liga para ele Tâm”. Eu sabia que ela imaginava:” Você diz isso porque está feliz com o seu” . Foi aí que decidi manter meu consolo restrito a abraços, conversas sobre qualquer assunto que não fosse esse e , é claro, chocolate. Você já quis consolar alguém e não teve como fazê-lo de fato? Ou o que é pior, você já quis ser consolada e não apareceu um braço que envolvesse seus ombros, não de maneira efetiva? Pois era mais ou menos essa a situação.

Eu estava , literalmente, domada e dominada pelo que o senso comum chama de felicidade. Nunca pensei que uma garota como eu, não vamos ser hipócritas, eu não tenho o físico ideal, pudesse encontrar um cara como o Henrique. Eu sou só uma pessoa normal, talvez como você, eu tenho meus defeitos e qualidades, meus segredos, meus medos e minhas vergonhas. Mesmo assim, o que eu quero é praticamente igual ao que aquela garota da última cadeira da terceira fila quer. Apesar dela ser o oposto de mim, mesmo ela tendo um corpo de modelo e ter uma lista de casos, ficantes, peguetes e afins maior do que a minha lista de livros já lidos. Nós queremos nos sentir completas. E não, isso não significa ter um namorado, isso significa estar bem. O modo como se alcança esse bem estar é pessoal, individual. O fato é que a felicidade é um processo efêmero, infelizmente você deve estar pensando. Pois eu responderei: Felizmente. Assim podemos valorizá-la o suficiente. Por que temos medo de perder a vida? Porque temos consciência que se há um início a um fim, totalmente distante de nosso controle. O “estar feliz” então eu resumo assim, imagine um dia de verão, 40ºC , você está com muito calor. Agora olhe para a frente, vê aquela piscina com água geladinha? Vá! Corra e pule. Você salta da borda para o nada e vai caindo em direção a muitos litros de alívio e refrescancia. Sinta cada gota d’água acariciando seu corpo. É como um mutirão de beijos em cada centímetro disso que nós gostamos de chamar de: você.

O fim: Agora é a passagem, num momento você está entrando com tudo na água e depois você está se afogando, seu peso puxa para baixo, e eu sinto muito, mas não a nada a ser feito quanto a isso. Você não pode subir antes de descer completamente. O ar já começa a faltar nos seus pulmões, uma alfinetada de desespero chega a alguns lugares do seu corpo.Seu pé toca no chão e você dá impulso para cima, seu braços ajudam o movimento. Chega à superfície e inspira a maior quantidade de ar que você pode, alívio de novo. E assim o ciclo continua.

É claro que algumas pessoas jamais voltaram à superfície. É claro também que há aqueles que jamais terão coragem de pular e ficaram sempre a analisar a situação dos que estão na água, inseguros permanecem no calor sem saber realmente se pular é bom ou ruim. Bom ou ruim.Nada disso, eu já disse e repito o mundo é uma mistura. Eu queria muito encerrar o que tenho a lhe dizer aqui. Mas não posso, tenho que manter meu pacto com a verdade. E não vou me corromper em troca de um felizes para sempre.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu acho que vocês odiaram esse capítulo, confere? Bem, eu acho ele importante. Até mais o/
ps: Nosso penúltimo encontro, então quem ainda não comentou dê um oi o/ E se alguém quiser recomendar...hehe fica a vontade. Quem quiser me achar no facebook >> Liz Vieira, a de blusa azul e óculos .... ok, ok uashuah Bjs
ps2:As fofas: Biaka e Midori Kairi recomendaram a fic então quero mandar um Bjao especial para elas. E para você que está aí lendo e certamente comentará também ;)