Our Perfect Vacations escrita por May_Harukinha


Capítulo 9
Deixa-me ter a honra dessa dança?


Notas iniciais do capítulo

Ainda não é o fim, tá gente, mas é algo que está bem perto disso, talvez mais dois ou três capítulos ainda serão postados. Mas esperem muitas emoções!



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-Ufa, até que enfim saímos daquela loja, parecia que já estávamos no Ano Novo, nunca vi tanta gente junta. –Resmungou Liz parecendo cansada.

-Mas pelo menos compramos muitos fogos de artifício e agora já podemos participar da queima de fogos. –Disse Blair mostrando as sacolas que carregava.

-Acho que será muito divertida, ouvi dizer que vai ter um luau antes da queima. –Comentou Nero.

-Luau? O que é isso? –Perguntou Chrona.

-É uma festa na praia em que tem música, comida e todos se divertem muito. –Respondi.

-Eu acho que gostaria de ir nesse luau, queria poder me divertir. –Disse Chrona timidamente.

-Bem, o luau pelo que ouvi comentarem vai começar as sete e agora já são quinze para as sete, então acho que nem faz sentido jantar, já que terá comida lá. –Disse Tsubaki com a sua eterna gentileza.

-Eu ouvi dizer que em luaus tem muitos lanches naturais, frutas, sorvete e sucos. –Comentou Soul.

-Yohoi! Hoje será o banquete dos deuses! Vamos logo pessoal, eu quero experimentar tudo agora! –Berrou Black Star saindo correndo, mas foi contido por mim.

-Acalme-se afobado, primeiro vamos passar em casa, não vamos com essas roupas, afinal, usam-se roupas brancas ou de tecidos leves em um luau. –Disse resmungando enquanto segurava-o pela gola da camiseta.

-Ok, entendi, me solta Maka! –Resmungou Black Star.

-Ei, Maka-chan, por que usasse branco em um luau? –Perguntou Patty.

-Dizem que é para atrair espíritos de bondade e a deusa dos mares, é por isso também que se queimam fogos e se jogam rosas ao mar. –Respondi.

-Incrível... Onee-chan, vamos jogar flores no mar? –Perguntou a Thompson mais nova com a sua maneira enérgica de ser.

-Não temos flores, Patty- Respondeu Liz de maneira seca.

-Mas eu quero jogar flores para a deusa do mar. –Resmungou Patty se agarrando na irmã.

-Ok, acho que tem flores no quintal da casa, vamos pegar algumas e você joga no mar. –Respondeu a Thompson mais velha, impaciente, o que fez a mais nova sair correndo na frente, agitada, todos a seguiram correndo e em menos de cinco minutos estávamos em casa, Patty estava com roupa de jardineira segurando uma tesoura de jardim e cortando todas as flores que vi pela frente.

-PATTY! –Berrou Kid vendo toda a simetria de seu precioso jardim ir embora.

-Isso vai demorar, vou entrando. –Bufei e entrei rapidamente em casa, indo para o meu quarto. Soul entrou em seguida, vendo-me na varanda, para onde corri assim que entrei lá.

-Pensando de novo?

-Sim, qual o problema?

-Ficar calada e pensando assim vai dar a impressão de que você está apaixonada. –Provocou meu amigo. Corei e tentei me conter, não olhava para ele com medo de deixar tudo em evidência.

Soul entrou lentamente na varanda, ficando ao meu lado, o que fez meu coração acelerar.

-E se eu estivesse apaixonada, qual o problema? –Perguntei com tom de quem pouco se importa, quebrando o gelo da situação.

-Nenhum, mas você gostando de alguém seria engraçado, afinal, você odeia homens.

-Mas sempre existe alguém que a gente não odeia, acho.

-E esse cara que você não odeia é quem? –Perguntou Soul fazendo meu coração acelerar. Tsubaki disse que seria bom que me declarasse, mas eu não queria, estava com medo.

-Bem, não é da sua conta. Se me der licença, vou me trocar. E fique aí de costas até eu terminar. –Respondi grosseiramente e saí da varanda, entrando no quarto novamente e revirando minha mala até achar um vestido branco de alças. Vesti-o correndo, olhando para a varanda para ver se ele não me espiava.

-S-Soul, pronto, pode entrar. –Disse indo até a porta que dava para a varanda.

-Vestido, nunca pensei que veria você usando um. –Disse ele me provocando.

-Quieto, eu só tenho esse vestido para ir ao luau. –Resmunguei fazendo biquinho.

-Parece até que vai encontrar com o seu “Romeu”, “Julieta” –Ele provocou mais uma vez.

-Talvez eu o veja mesmo, bem, se ele souber que eu quero vê-lo. –Disse de cabeça baixa, saindo do quarto.

Andei pelo corredor com a cabeça baixa e me sentei no meio dele, estava meio pensativa e sem vontade de ir àquele luau no final das contas.

-Pessoal, vou indo na frente, acho que vou dar uma volta, encontro vocês no mirante, ok? –Disse saindo de casa. Nem tiveram tempo para me reter, parecia que Tsubaki desconfiava de algo mas ficou calada.

Fui em direção a praia, andando no calçadão com os olhos perdidos, a noite só tinha a luz dos postes de iluminação, da lua cheia e das lâmpadas feitas de dobraduras que os organizadores do luau espalharam por aí. Olhava para o mar e suas ondas que balançavam, e sentia que alguma lágrima sairia em breve, meus olhos inundavam.

-Ei, Maka! –Ouvi uma voz dizer, e olhei para trás espantada, eu a reconhecia.

-Soul! –Exclamei espantada olhando para ele, ele parecia ofegante, pelo jeito tinha corrido. Usava calça jeans e camiseta branca. –O que está fazendo aqui?

-Ah, eu vi você saindo antes que todo mundo e quis saber o porquê. –Disse ele se aproximando de mim.

-Ah, eu só queria passear um pouco, queria um tempinho. –Respondi colocando um falso sorriso no rosto. –E os outros, já estão no luau?

-Sim, eles foram agora porque a Patty queria jogar flores no mar e o Black Star ficou berrando feito um morto de fome querendo experimentar as comidas.

-Entendi. Sabe, acho que você devia ter ido também, disse que encontrava vocês lá.

-Não se preocupe, sabe que eu não sou do tipo que gosta de festas. –Respondeu ele.

-Mas lá teria música e tenho certeza que se divertiria, a Blair-chan com certeza iria querer que você dançasse com ela.

-Dispenso, a Blair ficaria jogando os peitos na minha cara e eu não quero ter fama de pervertido em público. –Respondeu ele com cara de insatisfação.

-Sabe que horas vai começar a queima de fogos?

-Bem, disseram que será perto das nove e meia da noite, mas dizem que poderá ser antes. –Comentou ele se sentando na escada que dava para a praia. Me sentei ao lado dele, tomando cuidado para não deixa minha calcinha aparecer.

-Ei, você veio ver o tal cara? –Perguntou Soul olhando para o céu.

-Talvez eu esperasse que ele corresse atrás de mim. –Respondi, tentando disfarçar que a pessoa eu aguardava era ele, que havia vindo me encontrar.

-Vai saber se ele não está correndo até aqui agora. –Disse Soul.

-Duvido, ele não correria por mim, ele nem sequer sabe que eu gosto dele.

-Por que não se declara? –Perguntou ele.

-Não é tão simples quanto parece. –Respondi um tanto nervosa e corada.

-Entendi. Ei, Maka, posso te pedir um favor de amigo?

-Ah, claro, somos amigos mesmo. –Respondi um tanto nervosa.

-Bem, sabe, não dancei com você na festa de aniversário de Shibusen, nem dançaria no luau, mas... Bem, será que poderíamos ao menos tentar dançar aqui mesmo? –Ao ouvir o fim da pergunta, estremeci, senti o coração palpitar com força a ponta de rasgar meu peito.

-Ah, sim, claro. –Disse abraçando as pernas e olhando para baixo me segurando para não corar forte. Ele se levantou e estendeu a mão para mim, no fundo tocava uma música lenta e romântica, a garota que a cantava tinha a voz suave e meiga.

-Tem certeza que vai querer dançar comigo no calçadão? –Perguntei com ironia.

-Tem certeza que seu “Romeu” não ficará com ciúmes? –Provocou ele. “Como ele ficaria se ele é você, Soul?”, perguntei a mim mesma.

Ele colocou uma das mãos na minha cintura e a outra ele juntou com a minha, eu coloquei a mão que estava separada da dele no ombro direito dele e começamos a dançar ali no calçadão, ele me levava e eu deslizava inconsciente pelo chão como se voasse. Talvez aquilo acabasse logo, mas eu queria que enquanto aquela lua brilhasse, eu pudesse estar com ele. Nossos olhos se prenderam em um olhar que me fez corar e lentamente, ele apertava minha cintura contra o corpo dele, até ficarmos bem próximos.

-Soul... Você acharia uma garota ridícula se ela se declarasse pra você? –Perguntei timidamente.

-Não, bem, acho que não, mas não sou do tipo que gosta de declarações melosas, gosto de surpresas. –Disse ele. –Por que pergunta?

-Bem, curiosidade apenas, sabe que eu sou assim, curiosa. –Respondi rapidamente. –Mas você gosta de surpresas, né?

-Sim, ainda mais se uma garota for quem a fizer. –Assim que ele terminou de dizer essa frase com aquele sorriso malandro de sempre, rapidamente aproximei meus lábios dos dele, beijando-os com intensidade e sentindo algo que parecia uma retribuição.

-Me desculpe Soul! –Disse envergonhada separando nossos lábios e saindo correndo em direção ao luau, havia passado dos limites, eu havia beijado o Soul e não queria ter feito isso. Mas agora não havia motivo para arrependimentos, a noite ainda corria e... Minha boca ainda formigava. Era o beijo que eu e Soul havíamos dado um no outro!

Continua


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