Our Perfect Vacations escrita por May_Harukinha


Capítulo 10
Posso segurar sua mão?


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo gente! O último capítulo com certeza será meio sem graça, bem, sei lá, acho, mas as maiores emoções foram mostradas nesse e no capítulo anterior



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Permaneci sem falar muito. Volta e meia ria com as palhaçadas das irmãs Thompson ou de Black Star, ou então ficava atenta a algo que Tsubaki me dizia, mas não ficava atenta, ficava apenas ali, estática, observando Soul tomar um copo de suco e conversar com Kid.

-Aconteceu alguma coisa entre vocês, Maka-chan? –Perguntou Tsubaki.

-Ah, não foi nada, não foi nada. –Respondi em voz baixa.

-Vocês brigaram por acaso? –Insistiu ela preocupada.

-Não, não brigamos. Só aconteceu que, sabe, estávamos no calçadão e dançamos juntos e acabei me descontrolando e beijando o Soul. –Respondi envergonhada apertando meu vestido.

-Maka-chan! E o que o Soul-kun disse?

-Nada, eu saí correndo antes de qualquer coisa, bem, eu não queria ter que encará-lo e dizer a verdade, mas eu só sei que ainda estou com o coração na boca desde àquela hora.

-Maka-chan, entendo. -Disse Tsubaki colocando as mãos sobre as minhas. –Vamos, aconteceu e eu sei que você gostou disso, mas agora, não adianta fugir, você vai esperar a queima de fogos e vai se declarar para o Soul-kun, certo?

-T-Tsubaki, mas... –Fui interrompida pelo aperto das mãos de Tsubaki sobre as minhas, uma espécie de método para me acalmar. Olhei para ela atentamente e sorri.

-Maka, Tsubaki, estão anunciando a queima de fogos! –Berrou Chrona de longe, agora ela estava com Nero ao lado de todos. Senti o coração balançar dentro do peito, eu estava a beira de ter um ataque.

-Certo, estamos indo. –Respondeu Tsubaki. –Vamos Maka-chan, coragem. –Disse ela me encorajando.

Fui caminhado devagar torcendo para tropeçar ou pisar em uma garrafa e cortar o pé para ter que ir para casa o mais rápido possível. Porém, cada vez mais o grupo parecia perto e meu coração ficava cada vez mais inquieto a cada passo.

-Pronto, estamos aqui. –Disse Tsubaki sorridente.

-Ei, vamos queimar fogos em dupla? –Perguntou Blair apontando para uma vareta que havia acabado de tirar da caixa.

-Em dupla? –Indagou Liz.

-Sim, sabe, podemos nos juntar uns com os outros e segurar a mesma vareta e esperar o fogo apagar. O que acham?

-É divertido, e dizem que pode trazer boa sorte no amor. –Disse Liz.

-Amor? –Disse em voz baixa e olhei para Soul, completamente corada.

-Onee-chan, comigo, comigo! –Disse Patty totalmente agitada até que Liz topou. Kid se juntou com Chrona, Blair e Nero ficaram juntos e por fim, Tsubaki e Black Star ficaram em dupla, restando apenas como minha dupla, Soul.

-É, vamos Soul? –Disse sem graça.

-Só tem eu pra ser sua dupla, então vamos. –Disse ele secamente e pegou uma vareta na caixa. Kid tinha o isqueiro, ele acendeu com cuidado cada uma das varetas e depois, todos seguramo-las juntos, próximos uns dos outros. Senti a mão de Soul apertar a minha, respirei rápido sentindo o cansaço das rápidas pulsadas de meu coração.

-Estou segurando sua mão para não deixar cair. –Sussurrou ele ao meu ouvido.

-Não precisa, sei segurar fogos de artifício. –Respondi grosseiramente.

-Mas eu sei que você gosta de sentir minha mão na sua. –Disse ele me provocando, o que me fez sentir vontade de gritar.

-S-Soul, pare com isso. –Cochichei, mas ele apertou mais um pouco minha mão e passou o braço pela minha cintura. –Soul!

-Apagou. –Ele disse calmamente soltando minha cintura. Estava tão nervosa que meus olhos nem sequer estavam enxergando a vareta que agora estava cheia de fuligem.

-Ah, o meu apagou também. –Resmungou Blair.

-Ei, olhem, lá em cima tem mais. –Disse Kid apontando para o céu que chovia de cores, cada uma caindo em um longo feixe, iluminando tudo e originando barulho de explosões. Olhei um pouco para o lado, ele estava olhando para o céu e então, subitamente, ele desviou o olhar do céu, depositando-o em mim, assim ficamos, nos olhando, os olhos a beira de se fechar para mais um beijo, mas havia muita gente ali, eu não sabia que reações eram aquelas, mas eu sabia que aquilo parecia sentimento recíproco. De repente, senti nossos dedos se tocarem sutilmente, apenas pelas pontas, mas então, eles começaram a chamar uns pelos outros, até que nossas mãos se uniram, unimo-las entrelaçando os dedos e segurando-as com força como senão quiséssemos mais soltar.

-Maka, você tem certeza que aquele garoto que você gosta não vai se importar de estarmos assim? –Perguntou Soul em voz baixa.

-E por que ele ficaria?

-Não sei, e se ele te amar de verdade?

-Eu não sei se ama, mas ele não se importaria, afinal, eu estou segurando a mão dele agora. –Disse e olhei para o chão, onde meus pés descalços cavoucavam a areia fina. Os pés dele se aproximaram dos meus e começaram a bater um no outro, jogando areia um no outro até cobri-lo.

-Você está falando a verdade? –Perguntou Soul me olhando com intensidade.

-Eu já menti para você? –Perguntei a ele em tom de resposta. Ele sorriu, sabia que eu não mentiria nem brincaria com algo sério assim.

-Bem, e você, mentiria pra mim? –Perguntei.

-Eu sou homem, mas tenho que ser sincero comigo mesmo, homens mentem as vezes para zelar pelo que amam, mas quando dizem a verdade, também zelam pelo que amam. Então, eu não mentiria para você. Maka...

-Shiu! –Disse colocando o dedo indicador sobre os lábios dele. –Se você diz que é verdade, então é verdade.

-Maka... Eu gosto de você, gosto de verdade.

-Eu também Soul, eu gosto de você. –Disse deitando a cabeça no ombro dele e ele apoiando a dele na minha.

-Maka, como vamos fazer, não poderemos mais dormir na mesma cama. –Disse ele.

-Claro que podemos, mas fazendo o de sempre. –Respondi para ele.

-Tem razão, mas nada de me agarrar à noite. –Disse ele me provocando.

-E você também, nada de me agarrar à noite.

-Ok, trato feito.

-Sim. Mas agora, posso te pedir uma coisa?

-Claro.

-Me deixa ficar assim como você mais um tempo?

-Claro, até os fogos pararem.

-Tá bom. Mas, depois, de noite, se eu não conseguir dormir, posso segurar a sua mão?

-Pode, aliás, enquanto dormíamos, por várias vezes eu acordei no meio da noite e vi que você segurava minha não. –Comentou ele me fazendo corar.

-Talvez fosse destino. –Disse de maneira meiga para ele.

-Talvez. Me deixa segurar a sua mão para sempre?

-Sim, para sempre.

-Sim, sim, sempre, sempre.

E assim, repetindo essas palavras, apertamos mais nossas mãos uma contra a outra, até finalmente os fogos de artifício cessarem e irmos para casa como se nada tivesse acontecido. E à noite, não conseguimos dormir, como eu imaginava, mas acho que no final, não foi tão ruim, pois seguramos nossas mãos à noite toda. E assim seria... Para sempre e sempre.

Continua


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