True Love escrita por Anna


Capítulo 9
Casa de praia, Ligação e Brendon Urie


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu sei, eu sei, atrasada. Maaaaaaas, em minha defesa, os meus professores estão decididamente tentando me matar de tanta tarefa. Além do mais, minhas provas começaram hoje, dai eu tive que estudar, e tal. Então, eu resolvi postar logo antes que vcs me caçassem e enfiassem uma estaca de madeira no meu coração. Eu, particularmente, ameeeeeeeei escrever esse capítulo, e, na minha humilde opinião de escritora, foi o melhor da fic até agora. Bem, esse capitulo iria ser maior ainda, mas eu vi que já estava quase dando duas mil palavras e achei melhor deixar o resto para o próximo. Ah, último, esse capitulo eu dedico a linda e fofa da minha beta Gabi, que, mesmo inconscientemente me inspirou nesse cap, e por me fazer viciar ainda mais na música But It's Better If You Do (leiam a fic More Than Words diva dela, e entendam o por que)



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POV Silena

-Essa casa é ainda mais foda do que eu me lembrava – disse Thalia.

Rafaela riu enquanto subiu as escadinhas que levavam à porta. Ela tentou abrir a porta, equilibrando a bolsa em uma mão e usando a outra para girar a chave na fechadura. Olhei em volta. A frente da casa era quase toda de vidro, e ao longe as ondas quebravam na praia e a areia era quase branca. Ela abriu a porta e apertou o interruptor, e a luz da sala se acendeu.               

-Vamos gente, eu vou mostrar o quarto à vocês – Rafaela disse subindo a escada em espiral e acendendo todas as luzes em seu caminho, deixando a casa toda iluminada.

Ela largou a bolsa que tinha no largo sofá que tinha na sala do segundo andar.

A seguimos pelo que parecia ser o corredor dos quartos, embora todas as portas estivessem fechadas, de modo que não pude ter certeza. Depois de passarmos por umas quatro ou cinco quando paramos em um quarto no final do corredor. Tinha uma cama de casal que, provavelmente, caberia três de nós de boa, e uma parede toda de vidro do lado da cama, mostrando a praia escura lá fora.

-Bem, eu estou nesse quarto – disse Rafaela indicando as malas em um canto.

Olhei para a televisão de tela plana que estava em cima de um móvel baixo. Em cima do móvel, podia ver várias caixinhas de filmes em cima de um aparelho de DVD.

-Tem um colchão de casal no quarto do lado, nós podemos pegar e colocar no chão para assistir filmes – disse Rafa.

-Ok. Eu vou lá ao carro pegar os filmes – disse Clarisse.

-Eu te ajudo – disse Thalia.

Elas saíram do quarto e olhei em volta mais detalhadamente. O quarto tinha luzes em pontos estratégicos. O móvel com a televisão estava encostado na parede da porta, com um elegante sofá de couro na frente.

-Por fora essa casa parece aquela que Edward e Bella vão passar a lua de mel na Ilha Esme – comentou Annabeth.

-É mesmo. Eu nunca tinha reparado – Rafaela comentou olhando para a praia lá fora.

-Daqui a pouco vemos as camas quebradas – eu disse rindo.

Nós todas rimos.

Piper se espreguiçou e deitou no chão em frente ao sofá.

-Onde estão aquelas garotas lerdas? – perguntou ela impaciente.

-OLÁ MUNDO, CHEGAMOS! – gritou Thalia retardada abrindo a porta com tudo.

-OLÁ SER VIVENTE! – gritou Annabeth retardada que esteva sentada na ponta da cama, praticamente do outro lado do quarto.

-Mano, deixem de ser retardadas – eu disse rindo da “retardadisse” delas.

-Ei, tem preconceito com retardados? – Annabeth disse fingindo estar ofendida.

Revirei os olhos.

-Vamos logo, vocês pegaram? – disse Piper impaciente. Hum, por que será hein? Deve ser saudades do Jason.

-Hum... Piperzinha está irritada... – eu disse com um sorriso malicioso – Por que será hein?

-Deve ser por que ela está com saudade dos beijos do senhor Jason – Annabeth disse com um sorriso malicioso e sentando do lado de Piper.

Piper revirou os olhos.

-Por favor – ela disse aparentemente fazendo pouco caso.

-Nossa! Já é outro? – disse Clarisse fingindo estar abismada.

Eu, Clarisse, Thalia e Annabeth rimos igual às perfeitas retardadas que éramos. Rafaela estava nos olhando interrogativamente em busca de uma resposta ou uma explicação.

-Gente, vocês não sabem que os casos da Moranguinho só duram uma noite? – Thalia disse entre risos.

Rimos mais ainda. Até Rafa, que não estava entendendo riu.

Piper bufou.

-Que amigas que eu tenho – ela disse.

-Também te amamos Piperzinha – disse Annabeth quase chorando de tanto rir.

Quando consegui me recuperar parcialmente do meu ataque de risos, comecei a tentar explicar para Rafaela.

-Bem, é que... Ontem, uns garotos se mudaram lá perto de casa. Mas especificamente, do lado. Percy, Charles, Will, Jason e Nico. E Jason nos convidou para o jantar, e graças a uma ideia de Annabeth, nós todos fomos para a cozinha e deixamo-los sozinhos na sala. E, como a Piperzinha é extremamente safada, ela beijou o inocente garoto, o enfeitiçou com seu doce charme e o deixou de coração partido. Foi ai que começou uma grande história de amor – eu disse dramaticamente.

Nós rimos de novo e Piper revirou os olhos.

-Não é uma “grande história de amor” se eu o conheci ontem – disse Piper fazendo aspas com os dedos, quando falou a parte da grande história de amor.

-Isso não impediu você de dar dois amassos nele no mesmo dia – retruquei com as sobrancelhas erguidas e um sorriso maroto.

-Dois? Eita! – Rafaela exclamou fingindo estar surpresa. – Que eu me lembre Clarisse que era a pimenta aqui.

-É Clarisse, você vai ter que se cuidar se não vai acabar perdendo seu posto de Pimenta para a Piperzinha aqui – disse Annabeth com um sorriso maroto.

Clarisse riu.

-É, tomo mesmo – Piper disse sarcasticamente. - Já estou pegando o Jason, só estou decidindo qual vai ser o próximo.

Nós rimos.

-E aquele garoto que mora perto da nossa casa que gosta de você? – perguntei entre risos.

-É, estou pegando também – ela disse com mais sarcasmo ainda.

Já saía lágrimas dos meus olhos de tanto rir.

-E aquele que mora na frente? O moreno de olhos cinzentos? – perguntou Thalia rindo tanto quanto eu.

-Também estou pegando. Ó, já estou pegando o bairro inteiro – ela respondeu.

-Se cuida Clarisse, porque desse jeito... – Thalia disse rindo e limpando algumas lágrimas do olho que já caiam de tanto rir.

-Certo, já que você já pegou o bairro inteiro, qual vai ser sua próxima vitima quando voltarem às aulas? Já tem alguém em mente? –perguntou Annabeth quase rolando de tanto rir.

Piper finalmente se entregou á brincadeira.

-Hum... Acho que aquele moreno de olhos azuis sabe? – ela disse com um sorriso maroto.

-Aquele que parece o Damon de The Vampire Diaries? – perguntei.

-Esse mesmo – ela concordou sem antes dar um sorriso malicioso.

-Pega mesmo, ele beija muito bem – Clarisse disse também com um sorriso malicioso.

-VOCÊ JÁ PEGOU O BRANDON? – qual é, eu sou informada gente.

-Sim, por quê? – ela respondeu levemente distraída.

-E nem nos contou? – exclamou Annabeth.

-Não contei? Eu pensei que tivesse, mas eu acho que esqueci, sei lá – ela disse se deitando do lado de Piper.

-Quando que foi isso? – perguntou Thalia curiosa.

-Bem, deixe-me lembrar... – ela disse pensativamente colocando a mão no queixo – Acho que foi naquela guerra de comida no refeitório.

Rafaela riu.

-Sim, mas em qual delas exatamente? – disse eu com um sorriso maroto.

-Eu acho que foi naquela em que, sem querer, Annabeth jogou um pudim na coitada da Jennifer – ela disse rindo com a memória.

-Ei, era para acertar na vadia da Bellatriz, mas eu não tenho culpa se eu não estava enxergando nada no meio daquela bagunça – Annabeth disse em sua defesa.

Nós rimos.

-Ah, eu me lembro daquele dia. Foi tão legal – eu disse me lembrando da cena.

-Então Clarisse, nos conte como foi a experiência – disse Rafaela se sentando/deitando no sofá.

-Foi assim, - ela começou – em algum momento daquilo tudo, a coisa saiu do controle, e eu me escondi debaixo de uma mesa antes que acertassem mais alguma coisa em mim. Mas, ele estava lá. Ele ficou me olhando com aqueles profundos olhos azuis por um tempo e... – ela dramatizou.

-E? – dissemos juntas com expectativa.

-Ele me beijou, nós demos uns amassos, e pronto, fim da história. E, depois disso, numa mais nos falamos – Clarisse terminou dando de ombros.

-Típico – disse Rafaela com um sorriso torto.

-Claro, estamos falando de Clarisse – eu disse rindo.

-Próxima história – Thalia disse sorrindo.

-Deixe-me ver, hum, tem aquele loiro, qual é mesmo o nome dele? – Clarisse disse pensativa.

-De olhos verdes e cabelo espetado? – perguntou Annabeth.

-Isso – respondeu Clarisse.

-Eu acho que é Josh, ou alguma coisa assim – Thalia disse.

-Então, foi em um dia que eu estava indo para a diretoria, não lembro nem por quê. Ele estava lá sentado do lado de fora porque a diretora tinha ido sabe-se lá onde. Daí nós conversamos e ele me beijou – ela disse com um sorriso malicioso.

-Nossa, na diretoria – Piper disse rindo.

-Você é louca – conclui.

-A culpa não é minha se esses garotos safados ficam me beijando aonde quer que eu vá – Clarisse disse inocentemente.

-Claro Clarisse, e nós acreditamos completamente nisso – disse Annie rindo.

-E o Chris? Continua odiando ele com todas as suas forças?- perguntou Rafaela mudando de assunto completamente.

Clarisse parou de rir na hora e a olhou como se Rafa estivesse acabado de dar um soco nela.

-Não. Mencione. Aquele. Ser. Estúpido. E. Acéfalo. Sem. Capacidade. De. Raciocínio. Idiota. E. Inútil. Na. Minha. Frente. – ela disse cada palavra pausadamente.

-Vou considerar isso como um sim – Rafaela respondeu.

Nós rimos.

Bem, eu deveria explicar sobre isso. Chris é, na verdade, a cópia masculina de Clarisse. Ele era popular, - infelizmente - bonito e o ser mais “galinha” de toda a escola. Ele era o famoso capitão do time de futebol e praticamente todas as garotas caíam a seus pés. Com exceção, é claro, de algumas sensatas, e de nós – é claro -. Desde que eles se viram pela primeira vez no sétimo ano eles já não foram com a cara um do outro. Com o tempo, isso só foi piorando cada vez mais, até chegarmos no nosso primeiro ano do ensino médio, ano em que Chris resolvera que iria ser legal e moderadamente divertido perseguir Clarisse por onde ela fosse e espantar todos os garotos num raio de 100km (nota, Clarisse odeia quando tiram algum garoto de cima dela).

O pior era que ele não somente a perseguia e espantava os garotos, ele também se achava no direito de fazer algumas brincadeirinhas que somente ele achava graça. E, como sempre estávamos com Clarisse, isso também se aplicava a nós.

-Acredite você também não gostaria muito dele se ele perseguisse você o tempo inteiro – Clarisse comentou.

-Ah, mas pelo menos você não teve que aguentar ele por dezesseis anos da sua vida – Rafaela disse suspirando – acredite, esse ano que eu passei no intercâmbio foi um dos melhores da minha vida.

Nós rimos.

-Sem querer ofender, mas o seu irmão é um idiota – eu disse.

-Não ofendeu, por que o Chris além de ser um idiota, é um idiota babaca – disse Rafaela irritada.

-Eu vou ser obrigada a concordar com você – disse Clarisse.

Rafaela riu.

-Bem, mas esse ano vai ser terrível – ela disse suspirando – eu vou ter que morar na mesma merda de casa que o retardado, e ainda por cima, sem meus pais para nos impedirem de explodir a criar a terceira guerra mundial, a casa vai estar destruída em menos de uma semana.

-Você vai ter que morar com ele? – perguntou Piper cética.

-Parece que sim – disse Rafa suspirando novamente. -Minha mãe vai mandar o resto das minhas coisas semana que vem – ela continuou.

-Ai meu Deus, eu tive uma ideia genial! Eu sei que eu sou um gênio garotas, já podem ir preparando meu prêmio Nobel, e eu já posso ganhar minha carta de Hogwarts. – disse Annabeth retardada se levantando e agradecendo uma plateia imaginária.

-Desembucha logo criatura – eu disse.

-E se... – Annie disse fazendo mistério – E se a Rafa fosse morar com a gente?

-É uma ótima ideia! Tem um quarto sobrando mesmo, e nós ainda a livramos do idiota do irmão dela – Thalia disse.

-Obrigada garotas, seria muito legal – disse Rafa sorrindo.

Nós ainda conversamos por um tempo e acabamos por dormir no sofá.

POV Annabeth

- “Into a place where thoughts can bloom
Into a room where it's nine in the afternoon
And we know that it could be
And we know that it should
And you know that you feel it too” – Acordei desorientada. A música que me acordou era o meu celular, que estava tocando e vibrando no meu bolso.

-Alô? – eu perguntei sonolenta.

-Annabeth? Acordei-te? – identifiquei como a voz do Nico no outro lado da linha.

-Ah, imagina, eu estava acordada faz horas, só queria te enganar, bobinho – eu disse sarcástica.

-Que bom então – ele disse aparentemente se divertindo com a situação.

-CLARO QUE ACORDOU SEU IDIOTA! – gritei.

-Ai. Eu acho que fiquei surdo depois dessa – ele reclamou.

-Bem feito, quem mandou me acordar? Agora Niquito... –eu disse docemente, e alguém sensato ou que me conhecesse, descobriria que o que estava por vir não era nada bom. – FALA LOGO O QUE VOCÊ QUER PARA EU DORMIR CARALHO!

-Niquito? Sério mesmo? Niquito?! – ele disse indignado.

-O. Que. Você. Quer? – eu disse cada palavra pausadamente.

-Ah, eu só queria saber onde vocês estão. Não achamos vocês em casa – ele disse.

-Você me ligou só por causa disso? – eu perguntei cética – Nós não estamos em casa – continuei.

As outras garotas ainda estavam dormindo tranquilamente, provavelmente sonhando com alguma coisa boa, e não sendo acordadas de manhã por um retardado que não sabe olhar no relógio, para variar. Meus olhos começaram a se fechar...

-ANNABETH! – gritou Nico me impedindo de cochilar.

-FALA LOGO PORRA, EU QUERO DORMIR! – eu disse meio gritando, meio choramingando.

Ele soltou uma risada nasal, enquanto eu amaldiçoava a geração inteira daquele animal.

-Onde vocês estão? – ele finalmente me perguntou.

-Na casa de praia de uma amiga nossa – eu disse bocejando.

-Hum... Casa de praia, interessante... – ele disse mais para si mesmo do que para mim.

-Isso, em Montauk – eu disse passando o endereço, entediada – SERÁ QUE AGORA EU POSSO DORMIR PELO AMOR DE DEUS?!

-Claro, durma com os anjos Annabeth – ele disse com uma pitada de ironia.

-Quando eu te ver, eu vou arrancar os seus ossos fora e dar para os cachorros. E o que sobrar eu vou colocar numa maleta e jogar no mar – eu disse ameaçadoramente.

Ele riu.

-Também te amo Annabeth – ele disse sarcasticamente.

Desliguei o celular na cara dele mesmo antes que eu o jogasse do Empire State, ou algo do tipo.

Fechei os olhos e desfrutei de mais alguns preciosos minutos de sono.

“Eu estava em um jardim florido todo colorido, com um vestido simples preto rodado de alças. Meus cabelos loiros estavam lisos com cachos nas pontas, e, além das habituais mechas pretas, também estava com algumas coloridas. Eu sabia que era um sonho porque na minha frente estava ninguém mais ninguém menos que Brendon Urie, o vocalista lindo e sexy da minha banda favorita, Panic! At The Disco, esbanjando toda a sua beleza digna de Apolo. Ele estava sorrindo, e percebi que eu estava sorrindo também. Ele chegou mais perto. Seu rosto estava a milímetros do meu e eu podia sentir seu hálito frio em meu rosto. Quando ele ia me beijar...”.

Acordei assustada e olhei para Silena e Thalia que estavam praticamente morrendo engasgadas de tanto rir. Thalia ainda segurava o balde de água gelada que tinha acabado de jogar em mim.

-Considere isso como uma vingança por ontem – disse Silena com um sorriso maroto.

-Calma Annabeth, conte ate dez – eu disse fechando os olhos – CALMA O CARALHO LILYZINHA, BRENDON URIE IA ME BEIJAR! VOCÊS DUAS, CORRAM, CORRAM COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ!

Ah, a propósito, Lily era o meu outro eu, se você não entendeu. Ela geralmente é mais calma que eu, embora algumas vezes ela que bola os planos de morte. Bem, de qualquer jeito, as garotas resolveram seguir o meu conselho e saíram correndo do quarto. Ah, vadias. Elas me pagam.


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Notas finais do capítulo

Bem gente, vcs, provavelmente acharam esse capítulo grande e cansativo, mas, eu acho que foi o melhor da fic até agora -v-. E nada que vcs digam me fará mudar de ideia. Ok, eu prometo que vou tentar postar antes. Beijos ;*