True Love escrita por Anna
Notas iniciais do capítulo
Eu sei que a essa altura provavelmente nem adianta mais pedir desculpa por atrasar o capítulo pela enésima vez mas vamos lá né. Pois é, eu sou ruim com essas coisas mas prometo que vou tentar muito melhorar.
POV Thalia
— Ei, Annie – digo enquanto abro a porta do quarto dela. PÉSSIMA DECISÃO. – Ah, Deus, onde aperta para desver? – exclamo me virando novamente para a porta.
— Ah, oi, Thalia – respondeu Annabeth um tanto quanto ofegante.
— Vocês estão vestidos? – perguntei tornando a me virar com os olhos muito bem tampados.
— Eu e Pers estávamos... estudando – esclareceu arrumando a blusa enquanto eu afastava a mão dos olhos lentamente.
— É. Estudando – confirmou Percy olhando para os cadernos no chão.
— Que seja. – levantei as mãos. – Você viu Piper e Clarisse? Elas já deveriam estar em casa agora, mas não há sinal delas. E elas não estão atendendo os celulares também.
— Hm... Continuamos mais tarde então, Ann – disse Percy se levantando e pegando suas coisas no chão.
— Certo – ela respondeu enquanto ele se inclinava e dava um beijo em sua bochecha.
— Thalia – acenou com a cabeça ao passar por mim.
— Nos vemos por aí – digo observando-o sair do quarto e cruzar o corredor em direção às escadas.
Assim que ele sai do meu campo de visão, lanço um olhar inquisidor à Annie.
Ela cruza as pernas com uma expressão neutra.
— O que? Ele me pediu ajuda para estudar biologia.
— Tenho certeza que TODAS as dúvidas dele foram saciadas – digo divertida.
Ela deu de ombros.
— Eu sou uma boa professora – respondeu com um sorriso.
— Há quanto tempo vocês estão estudando? — perguntei curiosa.
— Hm... isso depende – ela refletiu. – Há quanto tempo eles se mudaram?
Arqueei as sobrancelhas surpresa.
— Não é possível que vocês não tenham percebido – riu – Não é exatamente um segredo.
— Okay então. De qualquer forma... Piper e Clarisse?
— Se eu não me engano, Piper disse algo sobre sair com Leo. Ou viajar. Não tenho certeza – espreguiçou-se.
— Leo, hein? – pensei em voz alta.
— Pois é. Nunca vou superar como Jason estragou colossalmente aquele encontro no mirante – suspirou. – Pelo menos Leo é um cara legal, acho. Se você gosta do tipo que disfarça a dor com piadas.
Rio.
— Precisamente o seu tipo.
Annie arqueou a sobrancelha.
— Luke? – recordei.
Ela gargalhou.
— Luke possui uma categoria própria. – deu um meio sorriso - Bem, de qualquer maneira, a última vez que eu vi Clarisse foi hoje à tarde quando o professor de biologia nos mandou para a diretoria porque não tem senso de humor.
— Claro – comentei divertida.
— Bom, depois que aquele velho maldito fez a gente perder a tarde inteira organizando todos os livros da biblioteca por ordem alfabética, ela disse que ia aproveitar para terminar um trabalho ou algo assim. – deu de ombros.
— Vou avisar Silena. Ela estava preocupada. Sabe como ela é – revirei os olhos.
Annie riu.
— Nós fizemos pipoca. Quer assistir Netflix com a gente?
— Mulher, você me conhece. Nunca digo não para Netflix – respondeu com um sorriso.
POV Clarisse
— Droga, droga, droga – praguejei enquanto procurava as chaves do carro dentro da minha bolsa e andava até o elevador.
Finalmente achei e entrei no pequeno cubículo metálico, encostando a cabeça na parede e respirando fundo. Eu tinha acabado de apertar o botão do térreo quando as portas começaram a se fechar e alguém gritou “segure o elevador!”. Bati a mão no símbolo de manter as portas abertas e Chris entrou ofegante.
Senti meu rosto esquentar e olhei para baixo enquanto ele jogava a mochila no chão e se apoiava na parede.
— Obrigado – ele disse olhando para o teto.
Limitei-me a um pequeno aceno e olhei fixamente para a pequena tela que mostrava o andar. O elevador nunca parecia ter andado tão devagar.
Tentei manter minha mente ocupada tentando ver qual era a maior potência de base 2 que eu conseguia calcular de cabeça naquela mini eternidade que durava o percurso entre o sétimo andar e o térreo (à proposito: 16), mas como a minha vida é tipo um polishop da desgraça que quando você acha que não podia piorar, vem o universo e diz: ‘E NÃO É SÓ ISSO! E AINDA TEM ISSO! E MAIS ISSO!’, é claro que não adiantou.
Porque justamente na hora que eu estava conseguindo me distrair de toda a coisa “estou-presa-numa-caixa-metálica-suspensa-apenas-por-alguns-cabos-que-podem-arrebentar-a-qualquer-momento-com-o-garoto-pelo-qual-talvez-eu-esteja-apaixonada-em-um-silencio-horrorosamente-constrangedor”, o elevador realmente começou a desacelerar. E dessa vez não era coisa da minha cabeça.
— O que... – começou Chris quando, com um tranco, o elevador parou de vez e as luzes fluorescentes piscaram e se apagaram. Ele começou a praguejar.
— Você tem que estar de brincadeira – exclamei enquanto procurava o celular na bolsa. Como eu disse: polishop da desgraça.
Após praticamente jogar todo o conteúdo da bolsa no chão, finalmente achei o aparelho e liguei a lanterna para procurar o botão de emergência no painel do elevador. Esmurrei ele ininterruptamente, mas adivinhe: nada. Desbloqueei o celular para tentar ligar para alguém (apesar de eu não estar muito certa de para quem ligar nesse tipo de situação), mas antes que eu abrisse a agenda de contatos, vi as barrinhas vazias. Sem sinal.
Definitivamente, o universo me ama.
Chris suspirou pesadamente e se sentou no chão.
— Só porque você continua apertando o botão, não significa que vai voltar a funcionar mais rápido – observou.
— Não posso saber se não tentar, não é mesmo? – respondi olhando para qualquer coisa que não fosse ele.
— Podemos ficar presos aqui por horas - pela visão periférica vi ele levantando as sobrancelhas.
— Mais um motivo para ser insistente.
— Mesmo que o botão funcione, não é garantia de que alguém realmente virá ajudar. O zelador pode ter ido embora, achando que a escola já estava vazia – continuou.
— Você é tão animador – digo ironicamente. Deixei o botão em paz e me sentei o mais longe possível dele (o que não era muito, considerando o elevador pequeno).
Pelo tênue brilho da tela do celular em sua mão, vi a sombra de um sorriso.
— Realista – corrigiu – É tão ruim assim ficar presa aqui comigo?
Ele ergueu as sobrancelhas quando não respondi.
— Eu... – tentei pensar em algo para dizer que fosse menos comprometedor que “só quando eu tô tentando não pensar em te beijar” – não sei? – soou como uma pergunta.
— Isso não faz sentido – ele constatou.
— O que você quer que eu diga? – olhei diretamente para ele pela primeira vez.
— O que você quer dizer?
— Eu não saberia por onde começar – suspirei.
Uma pausa.
— Bom, – ele respondeu cuidadosamente – eu não posso te ajudar com isso. Ninguém pode.
Outro suspiro. Uma longa pausa.
— Só é ruim porque eu não sei ao certo como devo agir perto de você – respondo por fim olhando para o teto.
— Você já esteve em relacionamentos antes. Provavelmente entende como funciona – a voz dele ainda estava neutra.
— É diferente.
— Por quê?
— Eu não me importava de verdade com nenhum deles.
— E o que diabo isso quer dizer?
— Você sabe o que quer dizer – reviro os olhos.
— Quero que você diga.
— Eu gosto de você, seu maldito babaca. Tanto que chega a assustar. E eu... – ele me interrompeu com um beijo.
— Eu gosto de você, sua maldita idiota – ele sussurrou.
Eventualmente, o elevador voltou a funcionar, mas eu não fazia ideia se tinham passado apenas minutos ou horas – digamos que existem melhores formas de se manter ocupada do que calcular potencias de base 2.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
EU SHIPPO MT OS DOIS, GNT ELES SÃO LINDOS
Não sei mais o que falar
Bjão
Não me esqueçam pfvr, eu amo vcs s2s2