True Love escrita por Anna


Capítulo 41
Cantadas, Divergências e Arabella


Notas iniciais do capítulo

Demorei para caramba? Com certeza. Foi culpa minha? Parcialmente. Culpa da escola? Também. Culpa da internet, que resolveu pifar? Com certeza. Culpa da minha criatividade, que estava concentrada em 400 Lux? Sem sombra de dúvida. Todos esses fatores somados, resultam em dois meses de atraso. Me perdoem por isso.



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POV Piper

"Gata, me chama de sedex que eu me entrego para você

— L"

Ri e olhei para Leo em busca de uma explicação, mas ele apenas olhou para mim e piscou.

"O que diabos foi isso?

— P"

Passei o papel de volta para ele

"Estou demonstrando meu grande poder de sedução

Me chama de Estados Unidos e me U.S.A

— L"

"Nossa, as meninas devem te perseguir na rua (porque você é TÃO sensual!). Acho que não as culpo, HAHAHAHA.

— P"

"Gata, eu sou o mestre das cantadas! Ninguém resiste ao meu charme.

— L"

Tentei não rir muito alto para não chamar a atenção da professora. Como eu não respondi, Leo mandou outro bilhete.

"E aí, que horas eu te busco?

— L"

"Perdão?

— P"

"Para nosso encontro. Que horas eu te busco?

— L"

"Vamos ver, Don Juan.

Estou livre às 19h, sábado

— P."

Leo olhou para mim com um olhar sedutor e mexeu os lábios formando as palavras: "ninguém resiste ao meu charme".

 

 

XXX

 

POV Thalia

"7 chamadas perdidas" avisou a tela do celular. Revirei os olhos.

— E aí, vai nos contar o que está acontecendo ou vamos ter que fingir que seu celular não está tocando ininterruptamente há pelo menos duas horas? - perguntou Annie se jogando na cama ao meu lado.

— Não aconteceu nada. - salientei guardando o celular, que tinha voltado a tocar.

— Todas as evidências indicam que aconteceu alguma coisa - afirmou Rafa.

— Eu e Nico apenas entramos em algumas divergências a respeito do comportamento dele perto de seres humanos do sexo feminino - digo lentamente após uma pausa.

Annabeth balançou a cabeça.

— Não acredito que tive tanto trabalho para isso - suspirou.

O telefone tocou outra vez.

— Que horas o Luke vai passar aqui? - perguntei observando o relógio.

Annie deu de ombros balançando as pernas.

— Oito horas. - respondeu.

— Ahn, agora são sete e cinquenta e cinco. - observou Piper. Annie ainda estava bem longe de estar pronta.

— Eu sei. - deu um sorriso perverso.

Clarisse riu.

— Como você é má - comentou. - Vai deixa-lo esperando até a morte?

— Bem, não tanto - considerou Annie. - Assim eu não tiraria nenhum proveito da noite - deu outro sorriso perverso.

— Isso seria uma pena - digo - Qual é a vantagem de sair com Luke Castellan se vocês não vão se pegar loucamente?

— Exato - concordou Annie finalmente levantando-se. Ela deu uma olhada no longo espelho e arrumou a roupa, antes de sair à procura de um sapato.

Após exatos nove minutos de busca, ela voltou, bem no momento que o celular dela em cima do criado vibrou.

— Estou aqui. - li em voz alta. Ela continuou se arrumando com toda a calma do mundo.

Uns bons vinte minutos depois, Annie ficou pronta.

— Juízo! - gritou Rafa enquanto ela descia as escadas. - E não faça nada que eu não faria!

Ela soltou uma gargalhada e saiu.

 

POV Annabeth

Luke não parecia nem um pouco impaciente. Na verdade, quando sai, ele apenas me lançou um olhar divertido e abriu a porta do carona para eu entrar.

Valeu a tentativa.

— E aí, aonde vamos?

— Surpresa. - ele deu um sorriso malicioso que me deu vontade de fugir ou agarrar ele bem ali.

As chances estavam irritantemente a favor da segunda opção.

Mordi o lábio e olhei para frente enquanto ele acelerava pelas ruas da cidade.

Após um tempo que pareceu absurdamente longo, nós chegamos. Estávamos em um grande estacionamento com alguns outros carros.

Havia um telão enorme lá na frente, conectado a vários alto-falantes.

Arqueei as sobrancelhas realmente surpresa.

— Eu nem sabia que isso ainda existia - comentei impressionada.

Luke deu um meio sorriso.

— Bom, eu achei que seria um lugar perfeito. Assim temos mais privacidade - lançou um olhar tão sugestivo que faria até uma criança totalmente pura e inocente pensar besteira.

Depois da noite da festa, prometi para mim mesma que não me deixaria influenciar de novo. Estou falhando tão desastrosamente que é frustrante.

— Sinceramente, não entendo porque está tão obcecado comigo. Nenhuma outra garota quis dar uns amassos no seu carro? - cruzei os braços. O filme tinha acabado de começar, mas nenhum de nós deu atenção.

Ele enrolou uma mecha do meu cabelo nos dedos pensativamente e vi uma sugestão de um sorriso quando ele se aproximou.

— Eu não sei - admitiu - Mas elas não chegam nem aos seus pés. - sussurrou no meu ouvido.

Entendem o que eu quero dizer com falhando desastrosamente?

Ele roçou os lábios pelo meu pescoço e deslizou o braço pela minha cintura, me puxando para si. Suspirei e deslizei as mãos pelo seu abdômen, chegando até o cós da calça e o puxando para o mais perto possível.

Começou a tocar Arabella, Arctic Monkeys no último volume.

Desvencilhei-me de Luke e procurei o celular na bolsa.

Ele suspirou e se recostou no banco. Sua expressão era indecifrável.

— Alô? - atendi.

— Annie? - ouvi a voz de Percy da outra linha.

— Eu.

— Estava pensando...

Luke emitiu um ruído de impaciência.

Percy parou de falar.

— Estou interrompendo algo? - perguntou com a voz notavelmente desprovida de emoções.

— Ahn, eu... Não é uma boa hora, Pers. Te ligo depois. - me despedi e desliguei o celular.

Luke continuou olhando para frente, fingindo que estava prestando atenção no filme por um bom tempo, até minha paciência se esgotar.

— Ah, vamos lá, qual é o problema? - indaguei.

— Não tem problema nenhum, querida. - deu um sorriso irônico.

— Então por que está me ignorando? - cruzei os braços.

— Quer saber? Esse filme é uma droga. Vamos para outro lugar - mudou de assunto, ligando o carro.

Nós fomos jantar no Lake's. Luke conversou comigo, mas no mesmo tom irônico de sempre e uma certa frieza.

Quando ele me levou para casa, ainda não era nem dez e meia.

Desci do carro e me virei para me despedir, mas ele estava olhando fixamente para frente.

— Nos vemos na escola? - tentei.

— Claro - respondeu.

Mal me afastei o suficiente, ele deu partida e foi embora.

— Falei que tinha ouvido um barulho de carro - comentou Clarisse quando cheguei ao quarto de Rafa, onde todas estavam jogando um jogo de cartas.

— Ainda são dez e meia. - Thalia franziu o cenho. - O que diabos aconteceu com Luke? - me lançou um olhar acusador.

— O quê? Não foi culpa minha! - me defendi. - Ele só ficou estranho do nada e me trouxe para cá. - dei de ombros, me sentando.

— Curioso. - observou Silena. - À propósito, eu ganhei. - deu um sorriso travesso, mostrando suas cartas.


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Notas finais do capítulo

Acho que não consegui captar bem a mudança de atitude do Luke. Eu pretendia fazer algo ligeiramente mais sutil, mas não consegui descrever de outro jeito e eu não podia me dar ao luxo de ficar dias e dias pensando nisso, como quase sempre acontece. Bem, espero que tenham gostado, comentem, favoritem, recomendem, etc.
Sintam-se à vontade para me xingar também, se quiserem.



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