True Love escrita por Anna


Capítulo 39
Floriculturas, The Smiths e Mirantes


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo ótimo com vocês?
Eu estou ótima. Desculpem pela demora, mas eu tenho um motivo ótimo: semana de provas. Eu nunca estudei tanto na minha vida inteira, cara. O ensino médio é complicado.
E depois eu ainda enrolei um pouco, porque agora estou com três histórias contando TL, 400 Lux e outra que eu escrevo com uma amiga que estou tentando desempacar, além dos livros que eu tenho para ler, por isso me deem um desconto, ok? Todo mundo sabe que eu não sou muito boa quanto tento me concentrar em um monte de coisas e minha noção de tempo é terrível. Então, dito isso, vamos ao capítulo.



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POV Piper

Caminhei lentamente até o carro ao som de Don't Go Away me sentindo em um videoclipe. Abri a porta do motorista e entrei, jogando minha bolsa no banco de trás. Assim que me virei, estanquei.

Havia um papel dobrado no banco do passageiro endereçado a "Piper M". Eu tinha certeza que aquilo não estava ali antes. Desliguei a música e guardei o celular no porta-luvas antes de pegar o papel e o abrir ligeiramente receosa.

"Mademoseille Fleur, 16:45".

Olhei no relógio. Era 16:40.

Eu tinha cinco minutos para decidir. Tamborilei os dedos da mão direita no volante e coloquei o papel de volta no banco.

Cinco minutos depois, parei em frente à Mademoseille Fleur e verifiquei novamente o papel antes de descer.

A Mademoseille Fleur era uma floricultura enorme no centro. As paredes externas eram completamente de vidro, exibindo belos vasos imponentes com os mais diversos tipos de flores. Ao longo do lugar havia compridas prateleiras cheias de flores coloridas em todos os tamanhos e espécies e pequenos pedestais com bichos de pelúcia. Empurrei as portas duplas e entrei, fazendo a mulher no balcão ao fundo levantar o olhar do livro que estava lendo e olhar para mim.

– Olá, querida. - sorriu e procurou um papel. - Piper McLean? - levantou-se e caminhou na minha direção.

– Hã... Sim. - parei no meio do salão sem saber ao certo o que fazer. Os passos dela ecoaram no chão de mármore enquanto ela caminhava até uma prateleira e examinava alguns dos arranjos florais até encontrar um e o pegar delicadamente. Era um buquê enorme de margaridas brancas.

– Esse aqui é seu. - me entregou o buquê junto com um cartão.

– Hm. Uau. Obrigada. Quanto... - comecei a falar, mas ela acenou, me interrompendo.

– Por favor, já está pago. Tenha uma boa tarde. - sorriu e voltou para o balcão. Ok.

Se é assim...

Sai da floricultura e entrei no carro, colocando o buquê no banco do passageiro ao lado do primeiro bilhete e abrindo o cartão.

"Praça St. Barths, 17:00"

Era da mesma letra do primeiro bilhete, embora eu não conseguisse reconhece-la.

Suspirei e dei a partida no carro.

Quem quer que seja o autor desses bilhetes misteriosos me conhece o bastante para saber que margaridas são minhas flores favoritas e que sou curiosa o bastante para continuar com isso até o final, mas quem poderia ser?

XXX

De fato, quem poderia ser?, pensei novamente quando parei perto da praça e desci, caminhando por entre as pessoas que ali estavam. Uma banda estava tocando ali hoje. Aproximei-me curiosa.

– Gostaríamos de dedicar a próxima música a uma pessoa muito especial. - disse o vocalista. Ele era bonitinho e tinha um sorriso sexy. - Piper McLean está aí?

Olhei em volta. Houve um burburinho da plateia enquanto olhavam em volta e cochichavam, tentando achar a tal Piper McLean. Olhei para frente, sem saber ao certo o que fazer e o vocalista me viu e deu outro sorriso. - Olha lá, aí está ela. Essa música é para você, gata.

Pisquei surpresa.

Ok.

Estou tendo muitas surpresas hoje.

Eles começaram a tocar e eu balancei a cabeça incrédula. Essa música não.

Take me out tonight

(Me leve para sair essa noite)

Where there's music and there's people

(Onde exista música e pessoas)

Who are young and alive

(que sejam jovens e vivas)

Driving in your car

(Sendo levado no seu carro)

I never never want to go home

(Eu nunca mais quero ir para casa)

Because I haven't got one, anymore

(Porque eu não tenho mais uma casa)

Take me out tonight

(Me leve para sair essa noite)

Because I want to see people and I want to see lights

(Porque eu quero ver pessoas e eu quero ver luzes)

Driving in your car

Oh please don't drop me home

(Oh, por favor, não me abandone em casa)

Because it's not my home, it's their home

(Porque não é a minha casa, é a casa deles)

And I'm welcome no more

(E eu não sou mais bem-vindo)

And if a double-decker bus crashes into us

(E se um ônibus de dois andares colidisse contra nós)

To die by your side is such a heavenly way to die

(Morrer ao seu lado é um jeito tão divino de morrer)

And if a ten-ton truck kills the both of us

(E se um caminhão de dez toneladas matasse nós dois)

To die by your side

(Morrer ao seu lado)

Well the pleasure and the privilege is mine

(Bem, o prazer e o privilegio são meus)

Take me out tonight

(Me leve para sair essa noite)

Take me anywhere, I don't care, I don't care, I don't care

(Me leve para qualquer lugar, eu não me importo, eu não me importo, eu não me importo)

And in the darkened underpass I thought

(E numa passagem subterrânea escurecida eu pensei)

Oh god, my chance has come at last

(Oh Deus, minha chance finalmente chegou)

But then a strange fear gripped me

(Mas então um estranho medo me tomou)

and I just couldn't ask

(e eu simplesmente não pude pedir)

Take me out tonight

(Me leve para sair essa noite)

Oh take me anywhere

(Oh, me leve para qualquer lugar)

I don't care, I don't care, I don't care

(Eu não me importo, eu não me importo, eu não me importo)

Driving in your car

(Sendo levado em seu carro)

I never never want to go home

(Eu nunca mais quero ir para casa)

Because I haven't got one, no no no

(Porque eu não tenho mais uma, não, não, não)

Oh, I haven't got one

(Oh, eu não tenho mais uma)

And if a double-decker bus crashes into us

(E se um ônibus de dois andares colidisse contra nós)

To die by your side, such a heavenly way to die

(Morrer ao seu lado é um jeito tão divino de morrer)

And if a ten-ton truck kills the both of us

(E se um caminhão de dez toneladas matar nós dois)

To die by your side

(Morrer ao seu lado)

Well the pleasure and the privilege is mine

(Bem, o prazer e o privilégio são meus)

There is a light that never goes out

(Há uma luz que nunca se apaga)

A música acabou e as pessoas aplaudiram entusiasmadas. Usar There Is A Light That Never Goes Out é covardia.

Todo mundo sabe que essa é simplesmente a minha música favorita de todos os tempos.

– Hm, com licença? - disse uma vozinha perto de mim. Olhei para baixo e vi que uma menininha me olhando com a cabeça ligeiramente inclinada e um papel dobrado na mão.

– Sim? - perguntei.

– Você é a Piper?

Assenti.

– Isso é para você - entregou-me o papel e saiu correndo. Suspirei e voltei para o carro. Assim que fechei a porta, desdobrei o bilhete.

"Mirante El Salvador, 17:27"

Lá vamos nós.

XXX

Desci do carro e caminhei lentamente pelo mirante. Sentado em um banco ali perto, um garoto estava virado de costas olhando para o céu.

– Jason? - franzi o cenho.

Ele se virou e me olhou ligeiramente surpreso.

– Oh, Piper. Olá.

– Oi. - sentei-me do lado dele.

– Deixe-me adivinhar, você também recebeu uma série de bilhetes estranhos que a trouxeram até aqui?

– Algo assim. - concordei.

Jason suspirou.

– Desconfiei que eles estivessem tramando algo quando Will quase arrombou a porta do meu quarto duas horas da manhã para perguntar se eu estava disponível segunda-feira. - disse - E quando eu perguntei porque diabos ele queria saber aquilo, ele se recusou a dar qualquer explicação e foi embora.

Revirei os olhos.

– Qual é o problema em deixar as pessoas resolverem o que tiverem para resolver sozinhas? - perguntei revoltada.

Jason deu de ombros.

– Não tenho certeza. Acho que eles não aprovam nosso método. - ele deu um sorriso torto.

Suspirei.

– Poderia ser pior. - opinei olhando o céu, que estava naquele tom intermediário entre azul claro e escuro e as bordas alaranjadas.

– Sim. - concordou.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

– E então? Vamos só... ficar aqui? - perguntou Jason virando-se para mim.

Dei de ombros.

Ele abriu a boca para dizer algo, mas houve alguns minutos de hesitação antes que as palavras saíssem de sua boca.

– Acho... que eu deveria lhe dar alguma explicação sobre aquela noite. No baile, sabe, com a Silena. - acrescenta ao ver meu olhar interrogativo.

Suspirei.

– Você não me deve nada, Jason. Você pode fazer o que quiser.

– Mesmo assim. - insistiu. - Isso não foi legal. Nem com você, nem com o Charles.

– Não, não foi. - concordei.

– Eu estava bêbado e... - encolheu os ombros. - Não sei, pareceu certo, sabe?

Olhei para ele incrédula.

– Claro. - coloco o máximo de ironia possível no meu tom de voz. - Pareceu certo você se agarrar com a garota que um dos seus melhores amigos obviamente gosta. Eu entendo.

– Piper...

– Quer saber? Isso é uma perda de tempo. Eu vou embora. - levantei-me e me encaminhei ao carro.

– Piper! - Jason chamou, mas não me virei.

Que idiota.


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Notas finais do capítulo

Estava fácil demais, não é mesmo? DPAOSKDPQOWJDQOWDKQWOPK. O plano da Piper e do Jay foi um pouco mais elaborado, porque tinha mais coisas a se levar em consideração: o Jay ter sido um idiota, ela ainda estar magoada com ele no fundo, etc. Ah, antes que eu me esqueça: eu queria agradecer a linda da reyna que escreveu a terceira recomendação da fic. Você arrasa, gata ~piscadinha sensual PSOKAEPOSKAPOKS. Enfim, obg. E comentem.
Acho q agr eu vou escrever mais frequentemente pq chegou na parte q eu queria (TRETAS, TRETAS EVERYWHERE), então é isso aí.



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