Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 8
Um purpurinado, um ambicioso e um possível nerd.


Notas iniciais do capítulo

Olá, recrutas! Mais um capítulo para vocês. Espero que gostem, foi feito com muito carinho.

Enjoy!



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Eu já estava entediada com os inúmeros discursos dos superiores da NSA, que eu nem me dava o trabalho de identificar quem era quem, e com o falatório de Mike sobre os mais lindos e musculosos homens ao nosso redor. Já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha contado até dez para não perder a paciência com ele. Meus olhos vagavam ao redor a procura de Bob e ao que parece o desgraçado não daria as caras por ali. Eu precisava estuda-lo, ver suas habilidades e seus pontos fracos e, enquanto isso, irei me tornando mais forte para que possa derruba-lo de forma muito pior do que ele tinha feito aos meus pais. Mesmo que Adam tenha me dito que eles não eram especificamente os mocinhos da história, aquele filho da puta não tinha direito algum de tê-los matado.

— [...] Estar aqui é uma grande honra para vocês, terão que ter muito compromisso e responsabilidade para proteger nossa nação. — revirei os olhos quando, novamente, o Coronel Denali voltou com seu discurso moralista e patriota sobre responsabilidade e blá blá blá.

— Bellinha, olha aquilo! — Mike cochichou em meu ouvido.

Olhei em direção em que ele apontava, onde um burburinho tomava forma, vendo mais um fardado subir ao palco. Ótimo, mais discurso!

— Ah, General! Que bom que chegou! — exclamou o Coronel. Os dois bateram continência e logo depois a multidão levantou-se para fazer o mesmo quando ele virou-se para nós. Mike praticamente me derrubou da cadeira ao me "ajudar" a levantar. — Gostaria de dizer algumas palavras para eles, General Cullen?

Então esse é o temido General Cullen que tanto Adam elogia? O observei melhor. Sua farda forrada de insígnias ajustava-se perfeitamente ao corpo alto e musculoso, seu rosto de traços fortes, retos e feições duras juntamente com seus cabelos de coloração estranha, semelhante ao bronze, davam o "quê" de surreal ao resto. Sem mencionar, é claro, seus olhos verdes frios, que pareciam penetrar a alma de cada um ali presente. Estremeci, tinha a leve impressão de que ele seria um problema para mim.

— Não irei dar as boas vindas, pois ainda não são meus soldados, então deixarei somente um recado. — sua voz aveludada e rouca espalhou-se pelo recinto. Droga, além de bonito ainda tem uma voz dessa?! — É melhor se prepararem, aqui não é uma escolinha militar qualquer que aprovará um maricas. Honrem as fardas que usarão e mostrem que são os melhores, pois aqui não aceitamos menos que isso. Nos vemos no treinamento amanhã.

— Amanhã? Mas não seria só no começo da semana?

— Ao que parece ele quer nos ferrar mais cedo. — respondeu Mike.

Bufei. Se antes eu tinha a impressão de que ele seria um pé no saco, agora tinha certeza.

— Bom, depois dessas palavras calorosas do General... — Coronel Denali tentou brincar e, não sendo bem sucedido, pigarreou. — Estão dispensados para se instalerem.

Levantei-me disposta a achar o quarto que dividiria com o Mike, coisa que eu ainda não achava uma boa ideia, quando vi Adam acenar discretamente para mim ao longe. Correspondia com um sorriso pequeno e peguei a mochila e a mala para seguir Mike que praticamente saltitava ao meu lado.

— Espero que nosso quarto fique em um lugar lindo, com vista para alguma paisagem legal, quem sabe de frente para o quarto do General... Ai ai.

Balancei a cabeça revirando os olhos com a frase de Mike.

— Só espero ter privacidade. — murmurei.

— Achei! — ele praticamente gritou. Quando finalmente entrei no quarto tive uma surpresa desagradável.

— Uau! Que ótimo. Um minúsculo quarto para quatro pessoas. — ironizei.

— Pense pelo lado bom, Bellinha, os outros podem ser dois gostosos...

Ignorei o falatório de Mike e joguei-me na cama de baixo da boliche do lado direito. Talvez se eu figinsse que dormi, ele me deixasse em paz.

[..]

 

 

Quando abri os olhos novamente percebi que realmente tinha dormido, o quarto estava vazio e escuro, a boliche do lado esquerdo estava ocupada por malas, o que significava que os outros recrutas tinham chegado. Estranhei não estarem ali e dei um pulo da cama para olhar o horário de atividades pregado na porta. Merda! Eu estava atrasada para o jantar!

Saí correndo igual uma louca pelos corredores vazios guiada pelas placas indicativas, cheguei ofegante ao grande refeitório e praquejei. Os horários de refeições durante o período de treinamento são únicos e tinham de ser todos na mesma hora, então eu tinha mais do que certeza de que todos já estavam lá a quase meia hora e que, quando eu entrasse, a atenção se voltaria totalmente para mim. Belo jeito de começar, Swan!

Tentei fazer o mínimo barulho possível, o que foi impossível e como eu já imaginava a atenção de todos estava em mim. Senti meu rosto queimar e de cabeça baixa caminhei até uma mesa próxima.

— Atraso no primeiro dia? — perguntou uma voz atrás de mim. Virei-me vendo o terceiro Sargento Royce King me olhar debochadamente. — Qual o seu nome?

— Isabella Swan.

— Swan, punição pra você. — destacou uma folha da prancha que ele carregava e me estendeu. — Vê se chega mais cedo na próxima vez.

Quando ele saiu, virei-me novamente sem me importar muito com os olhares ao redor e verifiquei a folhinha em minha mão. Era tudo que eu queria, acordar uma hora mais cedo para uma corrida matinal. Bufei.

— Ótima maneira de começar o treinamento. — um homem sentou-se em minha frente. Tinha os cabelos e olhos negros, pele morena um pouco avermelhada, uma charmosa covinha no queixo e um sorriso branco tímido. Arquiei as sobrancelhas em uma pergunta muda. — Ah! Ainda não me apresentei, sou Jacob Black. Dividimos o quarto juntos.

— Hum... Legal. Sou Isabella.

— Mike me disse. Já conheceu Eric, o outro integrante do quarto? — puxou assunto depois de alguns minutos de silêncio.

— Ainda não, não tive tempo. — dei de ombros. Concentrei-me na comida a minha frente, sem vontade alguma de conversar depois da vergonha que passei. Mal comecei a comer e uma sirene estridente soou indicando o toque de recolher.

— Nosso tempo acabou, só espero que eles não estabeleçam também horários para usar o banheiro. — resmungou Jacob.

Levantei e segui de volta para o quarto ao lado dele, mal chegamos e o ser disfarçadamente purpurinado entrou em nossa frente.

— Gente do céu! Eles já querem que nós tenhamos hora para comer e agora para dormir também? Mamis é General aqui e eu não estou sabendo?! — falou indignado. — Achei que eles fariam um lual ou uma festinha de boas vindas!

Não consegui evitar rir, impossível fazer isso com as loucuras de Mike.

— Aqui é um quartel militar e não um resort, Newton.

— Jacob, queridinho, você ainda tem muito o que aprender comigo. – cantarolou dando leves tapinhas no rosto insatisfeito de Jacob.

Três batidas na porta salvaram Mike de um possível soco, quando abri um asiático ofegante adentrou nervoso quase nos derrubando.

— Des... desculpe. Eu me perdi nos corredores e quase fui pego. Machuquei vocês? — explicou enquanto sentava na cama com a mão no peito.

— Relaxa Eric, respire fundo, queridinho. — Mike o abanou.

— Sorte sua, se fosse eu um dos superiores, o que serei futuramente, você já estaria eliminado. — disse Jacob.

— Ai! Para de ser chatinho! Acha que um dia o cargo do General gostoso Cullen será seu? — debochou Mike.

— Não só o cargo dele! — retrucou.

— Pelos meus cálculos, existe uma grande probabilidade disso ser muito difícil de acontecer. — intrometeu-se Eric.

Eu só observava a conversava deles evoluir, tirei o casaco pesado, ficando de jeans e regata, e me acomodei na cama que seria minha pelos próximos meses e fechei os olhos tentando dormir.

Minha estadia não poderia ser mais... inusitada.

 


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Notas finais do capítulo

Bom, aí está! Espero que tenham gostado. Não sejam leitores fantasmas e deixem seus comentários, elogios, críticas, dicas, dúvidas, etc. Podem mandar MP também. Estou a disposição. Façam essa autora feliz! =)
Até o próximo capítulo!
Beijos.

Att,
C. Magalhães.



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