Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 19
Dança do acasalamento? Ciúmes?


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos recrutas! Voltei! Desculpe a demora. Problemas pessoais, sabe como é...
Obrigada por todos os comentários anteriores, irei responder amanhã.
Espero que gostem, não deixem de comentar.

Vamos a leitura!



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Idiotamente, eu continuava a encara-lo sem saber bem como reagir. Afinal, ele tinha mesmo me encontrado.

— Surpresa em me ver, Isabella?

Sua voz risonha despertou-me do transe. Desgraçado.

— Sabe como é, geralmente, as pessoas se assustam quando fantasmas aparecem do nada. — rebati.

Seu sorriso aumentou, me fazendo duvidar se aquela resposta tinha sido a certa. Merda de homem gostoso. O Cullen aproximou-me mais de mim, quase colando seu corpo ao meu e falou próximo ao meu ouvido, minha reação involuntária foi fechar os olhos.

— Acredite, não era essa a minha intenção. — Suas mãos envolveram minha cintura, puxando-me para ainda mais perto, e começou a tentar mexer meu corpo junto ao seu. — Relaxe, Isabella, vamos dançar.

E eu? Bom, eu continuava estática. Aquele não parecia o General turrão, cheio de moral e superioridade, que eu tinha conhecido. Ele parecia quase... normal. Aos poucos meu corpo começou a seguir seus movimentos, deixando o Cullen satisfeito. Quando parecíamos no ritmo da batida, ele me virou de costas e colou seu peito em minhas costas.

— Curta, Isabella...

Oh, merda! Faz isso não, desgraçado!

Abri os olhos à procura de uma solução para não me deixar levar por ele, mas meus olhos só capitaram Mike a me olhar muito malicioso. Esquecendo-se do companheiro de dança, Mike começou a fazer movimentos esquisitos e obscenos indicando eu e o Cullen. Deus, que o General não veja isso!

Quando ele começou a agarrar a si próprio, não aguentei, tive que rir. Isso pareceu me ajudar a distrair e a acordar o Cullen do seu “modo de sedução”. Antes que ele percebe-se as barbaridades que Mike fazia, virei-me de frente para ele e o puxei pela mão para o bar.

— Um lugar mais reservado? — perguntou ironicamente.

— Não sonha, Cullen. — debochei.

Esperei que um garçom se aproximasse para eu pedir uma Heineken, mas o cara parecia ocupado demais para me atender. Bufei. O Cullen parecia se divertir ainda mais, sentou no banco ao meu lado e fez um gesto com a mão como se chamasse alguém, isso tudo ainda olhando-me risonho.

Quando menos esperei, tinha um garçom em nossa frente. Filho da puta. Revirei os olhos.

— Um Whisky para mim e para a moça... — olhou-me sugestivamente.

— Uma Heineken. — respondi contragosto. Rapidamente o barman nos trouxe os pedidos.

— Deveria deixar sua superioridade no quartel, General.

Edward.

— O que? — encarei-o confusa.

— Quero que você me chame de Edward.

— E por que eu faria isso? — agora estávamos frente a frente, e, devo ressaltar, muitos próximos.

— Deveria deixar a formalidade no quartel, Isabella. — estreitei os olhos em sua direção, mas agora ele me ignorava. Seus olhos esquadrinhavam a pista de dança enquanto bebia seu Whisky. Resolvi não comentar nada e ignora-lo também.

O silêncio, tirando o fato de que a barulheira da boate estava grande, prevaleceu por alguns minutos entre nós, até que uma loira peituda praticamente se jogou para cima do Edward... Quero dizer, Cullen.

— Olha só quem eu encontro aqui! General Cullen! — berrou ela. — Quanto tempo que não te vejo. —enganchou o braço no do Cullen e sorriu de um jeito pervertido para ele.

Só pensei em uma coisa: Eca!

— Você é a...? — perguntou confuso.

— Cindy, recepcionista do The Capital Hilton, lembra? — ela parecia uma cobra se enroscando nele, que nem parecia se importar. Isso já estava começando a me incomodar.

— Claro, linda.

E então, ele sorriu. Não qualquer sorriso, mas aquele sorriso. Aquele sorriso torto e sedutor capaz de derreter até uma geleira inteira.

Senti um bolo na garganta e uma enorme vontade de vomitar. Sinceramente, eu não queria continuar ali vendo a cobrinha querendo acasalar.

Coloquei a garrafa da Heineken vazia no balcão, sorri para o barman sendo retribuída e fui para pista de dança sem olhar para trás. Só parei de andar quando achei Mike e Angela que dançavam juntos.

— Onde você estava? — perguntou Angela.

— Talvez fazendo a dança do acasalamento com certa pessoa. — Mike respondeu por mim, ganhando um olhar confuso de Angela e um furioso meu.

— Não enche, Mike.

Eu, com toda a certeza, não iria contar que a dança do acasalamento não era comigo. E quer saber? Quem disse que eu quero isso?

***

Havia poucos minutos que tínhamos voltado a dançar. O cara que estava com Mike apareceu junto com um garçom com a bandeja cheia de bebidas. Eu já tinha perdido a conta de quantas eu tinha ingerido, só sabia que eram muitas e todas de cores diferentes.

E depois disso, tudo eram flashes:

Uma bebida azul turquesa.

Risadas altas.

Uma bebida amarela neon... Ou era verde?

Mãos na minha cintura... Um corpo junto ao meu, repetindo os meus movimentos.

Uma bebida... Ué, sem cor?

E então, uma boca estava na minha. O beijo era afoito, urgente e cheio de mãos bobas. Quando mais eu puxava os pequenos cabelos da nuca do cara, mais ele me espremia na parede.

Espera! Parede? Onde eu estou?

Quando pensei em parar o beijo para perguntar ao cara, ele já não mais me beijava. Abri os olhos, confusa com a repentina reação, e vi com espanto o suposto cara que me beijava no chão, com o nariz sangrando. Já ia ajuda-lo a levantar quando alguém me pegou pela cintura e me jogou no ombro, como se eu fosse um saco de batatas.

— Me solta! Me põe no chão, seu brutamonte! Energúmeno! — eu socava sua costas sem muita força, mas nem por isso deixava de bater. Só quando estávamos fora da boate e perto de um carro, que se minha mente bêbada estivesse certa, identifiquei como um Audi R8, foi que ele me pôs no chão sem nenhuma delicadeza.

— Filho da puta.

— Não sabia que seu vocabulário era tão rico. — debochou ele. Droga, eu conhecia aquela voz.

Apoiei-me no carro para poder ficar mais afastada dele e tentei voltar para a boate.

— Você não tinha o direito de me tirar de lá.

— Ah, mas você não vai voltar para aquele idiota, não mesmo. — segurou-me pela cintura. — O que você pensa que estava fazendo com aquele cara? Ele estava quase te engolindo naquela parede! — completou exasperado.

Ah, ele está com ciúmes?

— Ciúmes, Cullen? — perguntei cética.

— Já disse para me chamar de Edward. — ignorou-me.

— Que seja. Você não pode falar nada, você é que estava numa dança de acasalamento com a loira peituda!

— Dança de acasalamento? — questionou sem entender, depois sua expressão suavizou. — Ciúmes, Swan?

— Já disse para me chamar de Bella. — repeti sua frase, ignorando-o também.

— Não disse, não. — sua voz soou divertida. Putz, ele me pegou. Desgraçado! Hora de reverter isso.

— Foda-se. — sussurrei perto de seu rosto, meus dedos subiram para seu cabelo bronze, acariciando sua nuca. — Isso importa, Edward?

Seus olhos verdes pareceram brilhar. Uma de suas mãos subiu para meu pescoço e a outra se instalou no meu quadril, estrategicamente um pouco acima da minha bunda.

— De forma alguma, Bella.

E como para selar um acordo de paz, sua boca se apossou carinhosamente da minha.


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Notas finais do capítulo

E, aí? Ficou bom?
Bora comentar?

Beijos, até mais!


Att,
General Clessi Magalhães.