Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 12
Quarto A13


Notas iniciais do capítulo

Olá, recrutas! Desculpem esta General pela demora, esses últimos dias não foram fáceis, mas aqui estou eu. Bom, capítulo dedicado a Laura Fernandes, como prometido, pela linda recomendação que ela fez para esta fanfic. Obrigada sua linda!
Agradeço, também, às meninas que comentaram e as novas leitoras. Sim, falo de você querido(a) leitor(a)! Kkkkkk u.u
Vamos a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/176832/chapter/12

Estática, era como eu estava. Sei que a resposta era fácil, até me acho idiota por hesitar em responder, mas essa resposta poderia ser motivo para minha expulsão e, claro, isso não poderia acontecer. Não enquanto meu pequeno plano não estivesse devidamente executado.

— Então... Pode me explicar isso?— perguntou impaciente.

O olhei hesitante e desviei os olhos para a pasta preta em minha frente, me remexi desconfortável na cadeira. As duas esferas esmeralda me encarava, e, diferente dos outros dias, não estavam frias. Não pareciam somente ver a minha alma, mas também penetrá-la. Respirei fundo e respondi firme.

— Houve um pequeno engano na formulação da inscrição, na minha ficha consta como sexo masculino.

— E por que não corrigiu isso?

— Talvez porque a organização da sua equipe não seja o que todos dizem. — falei sem pensar, mesmo sabendo que tinha uma parcela de culpa naquilo, na verdade, Meg é que tinha.

Subitamente suas narinas inflaram e, quando notei, ele já tinha me levantado pelo braço direito.

— Você se acha muito espertinha pra quem é uma simples recruta insolente. É bom procurar seu lugar, antes que seja pior pra você! — falou ameaçadoramente.

— Não sabia que agora nos regulamentos da NSA os membros poderiam ameaçar recrutas. — desafiei o encarando firmemente, tirando coragem de não sei onde. — Eu sei o meu lugar, General, mas também sei os meus direitos.

Tentei soltar-me de seu aperto, mas ele me empurrou contra a parede.

— Você não sabe com quem está lidando... Toma cuidado, Swan. — ele aproximou-se ainda mais de mim e sussurrou em meu ouvido. — Quem brinca com o fogo, acaba se queimando.

Fechei os olhos ao ouvir sua voz rouca e aveludada, controlei-me para não suspirar. Senti seu queixo roçar levemente em meu pescoço me deixando ciente de nossa aproximação e dos pequenos pêlos que logo seriam uma barba por fazer. Minha respiração ofegante se misturava com a sua, que vinha em lufadas quentes diretamente em meu rosto. De repente seu corpo não mais me pressionava contra a parede, e imediatamente abri os olhos para localizá-lo, só então escutei as batidas frenéticas na porta.

Arrumei a postura antes que o Cullen, que abria a porta, me visse com aquela expressão débil.

— Permissão para entrar no recinto, senhor. — ouvi a voz feminina vir da porta.

— Concedido, soldado Fernandes. — disse ele e, posteriormente, foi para sua mesa.

— Com licença, senhor. — a mulher ruiva entrou e me cumprimentou discretamente com a cabeça. — O Terceiro Sargento informou que o senhor mandou me chamar.

— Sim, quero que acompanhe a recruta Swan até o alojamento masculino para que ela possa recolher os pertences.

— Mas o que...

— Quieta, Swan. — repreendeu-me. — Leve-a para o quarto A13.

A ruiva arregalou os olhos, mas assentiu sem questionar. Quando eu já estava pronta para tirar satisfação com o Cullen, ele nos dispensou e a mulher quase me arrastou para fora da sala.

— Garota, o que você fez para o General? — perguntou surpresa enquanto caminhávamos.

— Que eu me lembre, nada. Talvez ele não vai com a minha cara.

— Bom, isso é normal, mas, geralmente, ele manda a pessoa pra puta que pariu e não para um dos melhores quartos do quartel!

Parei subitamente no meio do corredor. Um dos melhores quartos do quartel? Como assim?

— O que disse?

Ela parou e finalmente notou que estava indo sozinha. Confusa, ela veio até a mim e voltou a me puxar.

— O que você ouviu! Que o General Cullen te mandou para um dos melhores quartos do quartel. Mulher, não sei o que você fez ou tem, mas bem que você poderia me contar, hein? — ela riu e eu... Bom, ainda estava atordoada com a notícia.

Chegamos rapidamente no meu, agora ex, quarto e arrumei meus pertences com a ajuda dela. Depois a segui até outro alojamento, explicitamente melhor que o meu anterior. Mais alguns corredores e paramos em frente a uma porta com um "A13" bem no centro, havia mais sete quartos no extenso corredor.

— É aqui que você fica, somente dois quartos estão ocupados e um deles é o seu, um corredor bem tranquilo.

— E o outro?

— É o do Cullen, aquele ali no final do corredor. — ela apontou para o quarto A20 e depois virou-se para mim animada. Que ótimo, era tudo o que eu queria! Pensei com ironia. — Já disse que agora sou tua fã? A propósito, sou a Agente Fernades, Laura Fernandes.

— Bella Swan. — apertei sua mão. — Obrigada por me trazer aqui.

— Só estou cumprindo ordens. — Laura deu de ombros e sorriu. — Se precisar de ajuda, estarei por aí, talvez em missão.

— Valeu.

— Agora... Desfaça a mala e volte para o treinamento, recruta. É uma ordem. — falou seriamente, arrumei a postura rapidamente.

— Sim, senhora. — bati continência, ela voltou a sorrir.

— Tchau, Bella, boa sorte! — acenei e entrei no quarto. Era simples, mas espaçoso, tinha uma cama de solteiro no centro e uma cômoda marrom do lado direito perto de uma porta, possivelmente o banheiro. O costumeiro verde musgo cobria as paredes frias e impessoais.

Não gastei muito tempo observando o quarto, coloquei a mala intocada ao lado da cama e voltei para o treinamento. Não foi muito difícil de encontrá-los, pois corriam em volta do quartel, caminho este já familiar para mim. Corri até eles e peguei o fuzil com minha numeração "013" que o Primeiro Sargento Benjamim Randall me estendia. Hora de me concentrar no treinamento, deixaria para pensar depois nas atitudes do Cullen e nas sensações que ele me causava.

Cullen POV

Ajeitei, involuntariamente, a calça que apertava o volume entre as minhas pernas depois da Swan sair. Merda, uma hora eu estava a repreendendo e na outra eu ficava duro por ela? Fechei os olhos e, inconscientemente, apertei a ereção que se formava me sentindo a porra de um adolescente em plena puberdade. Aquela maldita diaba encrenqueira já estava me causando problemas, teria que investigá-la sem fazer aproximações. Preciso da confirmação das minhas desconfianças, preciso saber de que lado ela está. Entretanto, para que isso dê certo, tenho que manter distância daquelas curvas sinuosas, cabelos castanhos avermelhados e olhos de chocolate derretido. Pelo menos, por enquanto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não deixem de comentar por favor. Qualquer dúvida, já sabem, deixem o comentário no capítulo e eu responderei. Até a próxima!
Beijos. e.e

Att,
General C. Magalhães.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Work Of Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.