Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 10
Estava mesmo fazendo isso?


Notas iniciais do capítulo

Olá recrutas! Tudo bem com vocês? Desculpem a demora para postar, os trabalhos da faculdade falaram mais alto. XD
Bom, primeiramente queria agradecer de coração a Laura Fernandes por ter recomendado a fic. (Pois é, recebi a primeira recomendação! Ihuuu! o/ Haha)
Flor, muito obrigada pelas palavras lindas que escreveu, por ter dedicado um pedacinho do seu tempo para comentar cada capítulo postado. Me deixou extremamente feliz, agradecida e emocionada. Muito obrigada mesmo! E como já tinha decidido, cada pessoa que recomendar a fic terá a chance de se tornar um personagem da fanfic para uma breve passagem. Então, me mande uma MP informando de como quer seu personagem, se legal ou chata, boazinha ou uma vilã e terá uma breve passagem na história. :) Capítulo dedicado a você!
Quero agradecer também aos comentários do último capítulo de Tininha, Bruna Polo e, mais uma vez, Laura. Também às que favoritaram a fic, NegahAmorim, loh black Cullen, Daiane Marie Cullen, lekinha_123 e, novamente a Bruna Polo e Laura Fernandes. E, por fim, aos que acompanham a história. Muito, muito obrigada a todos.

Segue o capítulo, apreciem sem moderação.

Enjoy!



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Dos duzentos recrutas que fizeram a primeira prova, cento e quarenta e um conseguiram êxito. O clima estava tenso, um grupinho se juntou em lamentações pelo ocorrido, mas o General parecia pouco se importar. Eu não sabia o que sentia, não sei se era compaixão pelos outros ou alívio por ter conseguido. Mike, como sempre, tagarelava ao meu lado com o adicional de agora possuir a terrível mania de me cutucar. Talvez seja porque eu não prestava a mínima atenção ao que ele dizia.

Somente me toquei que horas eram quando a sirene estridente tocou anunciando o horário de almoço. Quando fomos dispensados, serpenteei entre os que lamentavam e os que consolavam, tentando chegar logo ao refeitório. Meu estômago doía pela má alimentação e, além disso, se eu caminhasse rápido conseguiria fugir do olhar de águia do Cullen. O refeitório em tom verde musgo começava a encher, dirigime-me até a fila e peguei uma bandeja. Estremeci quando vi a comida que serviam, se é que se pode considerar aquilo como comida.

— Isso vai acabar com a minha dieta. — resmungou Mike.

— Não deveria reclamar, são alimentos selecionados por nutricionistas, todos no intuito de nos manter em forma. — retrucou Jacob. Rolei os olhos. Não me surpreenderia se ele lambesse o chão que os superiores passassem, só para subir de cargo.

Determinada a não passar mal por inanição, comecei a comer e até que não estava tão ruim. Só desviei o olhar do prato quando terminei. O refeitório estava mais vazio que ontem, o que indicava que os eliminados já estavam fazendo as malas. Observei a mulher rechonchuda que nos serviu nos olhar entediada, o que me fez bocejar.

— Oi! — assustei-me com a garota que sentou ao meu lado. — Sou Angela Weber.

Estendeu a mão animadamente e me olhava em expectativa por debaixo dos óculos de grau. Quando, gradativamente, seu entusiasmo despencava, estendi rapidamente a minha e apertei a sua.

— Sou Bella. — seu sorriso voltou a se alargar.

— E aí, o que acha que será a próxima prova?

— Natação. — Jacob respondeu por mim.

— Na...natação? — gaguejou, estranhei sua hesitação.

— Algum problema? — perguntei. Ela suspirou pesadamente.

— Vou ser eliminada. — lamentou.

— Por quê? Você não sabe nadar? — perguntou Jacob e ela balançou a cabeca negativamente.

— Tenho pavor a qualquer piscina. — sussurrou — Droga, será que não posso ser dispensada desta prova?

— Você pode tentar a dispensa. — respondi.

— Impossível eles aceitarem. — disse Jacob.

— Não seja pessimista. — o repreendi. Angela deu de ombros e suspirou.

— Vou tentar.

***

Ao nos dirigirmos de volta ao pátio principal havia um ônibus perto dos dormitórios. Os cinquenta e nove ex-recrutas se dirigiam a ele com suas malas sob a supervisão do General Cullen e seu seguidor, o terceiro Sargento Royce King.

— Será que serei a próxima? — perguntou temerosa.

— É o que iremos descobrir agora, Angela. — apontei com a cabeça o Cullen que já se aproximava.

— Me sigam. — ordenou ele e passou reto por nós. Obedecemos em silêncio e a tensão voltou a nos rondar, demos a volta pelo prédio do quartel e enfim chegamos a um enorme galpão. Ao adentramos, nos deparamos com uma grande piscina olímpica. Todos se posicionaram nas pequenas arquibancadas, o Cullen esperou nos acomodarmos para então começar a falar:

— Como o número de eliminados, como eu já imaginava, foi bastante alto, a prova de sobrevivência foi mudada. Ao invés da floresta, o cenário será a piscina.

Como aasim foi mudada? Já não era a natação? Olhei desconfiada para Jacob sentado na primeira fileira. Como ele sabia disso?

— No fundo da piscina há dez pesos de quinze quilos, cada grupo de dez recrutas terá dois minutos cronometrados para cada um trazer o peso a superfície, lembrando que a piscina tem três metros de profundidade na parte funda. — o General voltou a explicar.

— Bella, eu não vou conseguir. — murmurou Angela.

Virei-me para ela que olhava fixamente para a piscina a nossa frente, do canto de seus olhos uma lágrima solitária escorreu. Subitamente senti a necessidade de ajudá-la. Quando Royce perguntou quem seriam os primeiros, pigarriei e levantei o braço.

— Senhor?

Todos viraram para me olhar, tentei não me deixar intimar.

— Sim, recruta? – indagou o General. Respirei fundo e o respondi.

— A recruta Weber não sabe nadar.

— Quem é a recruta? — cerrou os olhos.

— Sou eu, senhor. — sussurrou Angela.

— Tem consciência de que se não fizer a prova estará eliminada? — perguntou entendiado.

— Mas, senhor...

— E se eu fizer a prova no lugar dela? — a interrompi.

Todos olharam para mim assustados, confesso que até eu me surpreendi com minha atitude. Angela ao meu lado tentava me demover da minha decisão, mas eu não lhe dava ouvidos, minha atenção estava no Cullen que me olhava de modo indecifrável.

— Por que faria isso?

— Como eu disse, General: Angela não sabe nadar, tem pavor a piscinas e quer continuar no exército, então, pelo que sei, não é obrigada a fazer a prova.

— Hum... — ele coçou o queixo quadrado. — Venha até aqui, recruta Swan.

Gelei, não sabia qual seria sua próxima atitude e isso fez nascer em mim a mesclagem de insegurança e raiva. Sua postura altiva e superior poderia causar muita tensão e medo nos outros, mas em mim uma inesperada insegurança e raiva pareciam evoluir. Desci os poucos degraus da arquibancada e me postei em sua frente, ele era mais alto do que eu imaginava. Seu olhar frio e expressão dura quase me fez temê-lo, quase.

— Diga-me... de onde tirou que um recruta meu não deve obedecer minhas ordens? — perguntou sarcástico, arregalei os olhos.

— Não foi isso que quis dizer, mas nas regras do treinamento o recruta tem direito a dispensa de qualquer prova caso seja comprovado que causará danos psicológicos ou físicos.

— Vejo que é bem entendida de nossa Constituição. — debochou, quando abri a boca para retrucar, ele voltou a falar. — Certo, vou abrir uma excessão.

— Vai dispensá-la? — perguntei rapidamente, não conseguindo refrear a minha expressão surpresa.

— Não, — fez uma pausa. — você fará a prova no lugar dela, com um diferencial de que terá dois minutos para trazer à superfície os dois pesos, o seu e o dela. Se conseguir, ela fica, se não... As duas estão fora.

Ouvi aquilo atônita, isso poderia me atrapalhar e muito, não sabia se poderia conseguir. Desviei os olhos para Angela, que me encarava em expectativa, e dela para a piscina funda. Ao longe conseguia ver os dez pesos enfileirados por debaixo da água turva. Eu estava mesmo colocando toda a execução do meu plano de vingança em risco por causa de alguém que eu nem ao menos conheço direito?

Quando me dei conta, eu já tinha mergulhado. Dei rápidas braçadas com o intuito de economizar tempo e, quando cheguei ao fundo, puxei uma das esferas de chumbo para perto da outra, ali no fundo elas pareciam pesar toneladas e não míseros quinze quilos.

Flexionei os joelhos, depois de juntar na mão direita as cordas que sustentavam as esferas, e peguei impulso. Além do grande esforço de nadar com o peso adicional, os malditos círculos de chumbo faziam questão de roçar, a todo momento, em minha pernas. Meus pulmões contraíram e o ar começou a ser escasso, olhei para a superfície e o pânico se abateu sobre mim. Ainda faltava muito!

Em meio ao desespero, engoli uma porcentagem mínima de água que quase me fez engasgar, minha primeira reação foi me debater, mas ao sentir que assim as esferas me puxavam ainda mais para o fundo, tentei me controlar. Eu tinha que sair dali!

Visualizei novamente a borda e concentrei-me em chegar na mancha verde musgo que parecia me chamar, igual a uma mariposa atrás de um ponto de luz. Emergi tossindo fortemente e, quando menos esperei, alguém me ajudava com os pesos e me ajudou a sair da piscina.

— Você está bem? — perguntou o loiro e eu apenas assenti, estava mais preocupada em encher meus pulmões de ar.

Assim que sentei na borda, Angela apareceu com uma toalha e a colocou sobre meus ombros.

— Obrigada, Bella.

Novamente só consegui assentir. Quando Angela levantou-se e saiu da minha visão, o que antes para mim era uma mancha verde musgo que me atraia, se transformou nele.

— Essa foi por pouco, recruta. — disse ríspido. — Espero que da próxima vez você não ouse me desafiar.

Mesmo com suas palavras não abaixei a cabeça em momento algum, ele poderia ser um superior na NSA, mas não tinha o direito de me humilhar. Ao perceber que sua ameaça não tinha surtido efeito, ele cerrou os olhos e aproximou-se um pouco mais. Por algum motivo desconhecido, minha respiração voltou a acelerar e mesmo com a aproximação e com sua respiração quente em meu rosto, eu não desviei os olhos dos dele um segundo sequer. Castanhos chocolate nos verdes um tanto azulados.

— É melhor ir se trocar, recruta. — interrompeu-nos o loiro. Imediatamente o Cullen levantou-se e me deu as costas.

— Está dispensada, Swan. — ainda escutei sua voz, um pouco mais rouca que o normal, proferir antes de se afastar.

O loiro que me ajudou bateu continência e seguiu o General para fora do galpão, deixando o resto do teste nas mãos do terceiro Sargento.

— Bellinha, é melhor você ir se trocar. — Mike me ajudou a levantar e fitou-me preocupado. — Você está bem mesmo, querida?

— Não se preocupe, só preciso descansar um pouco.

Virei-me, sem me importar com os olhares e silêncio incômodo dos outros, e parti para meu quarto.

***

 

Cullen POV

 

— Você tem noção do que fez, Edward? A garota poderia ter se afogado! — bufei alto e sem me importar com o discurso repetitivo de Jasper entrei em minha sala.

— Não seja idiota. Ela conseguiu, não viu? — sentei na poltrona de couro. — Não vejo o porquê de tanto alarde.

— Talvez porque o meu chefe, que por acaso é seu também, não ia apreciar nem um pouco a hipótese de uma morte durante o recrutamento. — respondeu ele sarcástico e se jogou na cadeira a minha frente. Suspirei impaciente.

— Já chega disso, ok? Trouxe o que pedi?

— Engraçado você pedir esse relatório justamente da pessoa que você quase matou a minutos antes.

Ignorei-o e peguei a fina pasta que ele me estendia.

— Só isso?

— Foi o que encontrei no registro, são dados básicos de recrutamento, precisarei de mais tempo para procurar nos arquivos do governo.

— Hum. — menei a cabeça. — Faça isso o mais rápido que puder.

— E por que todo esse interesse? É somente uma recruta como todas as outras. — arqueou a sobrancelha, desconfiado.

— Isso não é da sua conta, Major, está dispensado. — gesticulei para que saísse da sala.

— Tudo bem! — levantou as mãos em sinal de redenção. — Não está mais aqui quem falou.

Esperei que ele saísse para então abrir a pasta negra, encontrando somente duas folhas. Cada uma delas trazia pouquíssimas informações.

— Merda! — joguei a pasta aberta em cima da mesa, o nome piscava como luzes florescentes de Led.

"Isabella Marie Swan"

Quando escutei seu nome não acreditei no que ouvia, sei que o sobrenome Swan é muito comum, mas a curiosidade que me fez examiná-la profundamente levantou mais surpresas e questionamentos. Será mesmo possível? Até imaginei ser coisa da minha mente, mas seus olhos chocolates profundos não enganavam, só podia ser ela.

Encostei-me na poltrona ao tempo em que minha cabeça era bombardeada de perguntas sem respostas. Como ela foi parar aqui? Justamente aqui? O que, exatamente, ela quer na NSA?

Suspirei pesadamente e descansei a cabeça na poltrona fechando os olhos fortemente.

Porra, ela pode atrapalhar tudo e isso não é bom, definitivamente, nada bom.

 


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Notas finais do capítulo

Está aí, espero que tenho gostado e desculpe mesmo a demora. Agradeço, novamente, as meninas que comentaram e estão acompanhando, e a Laura que recomendou. ( Não esqueça de mandar a MP, próximo capítulo você estará nele. :P )
Obrigada meeesmo!
Beijos e até o próximo!

C. Magalhães.



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