Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 59
Goodbye Scars


Notas iniciais do capítulo

Eu espero do fundo de coração que vocês gostem :3
Boa leitura ;)

(As músicas não são minhas e são respectivamente: Fucking perfect da Pink -acho que ela já foi, mas eu amo essa música-, Wish you Were Here do Pink Floyd e All you need is love dos Beatles, mas não se preocupem que tem os links)
Boa leitura²



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/176562/chapter/59

Riley Black Malfoy narrando:

O funeral de Gina foi um pouco tenso, muitos dos nossos colegas foram com a família e eu não saí do lado de Lilly por um minuto, apesar de que ela calma, muito calma, quase que em paz. Depois do enterro ela me contou o que aconteceu e como Gina morreu e foi então que eu entendi porque agora ela poderia ser feliz.

Ela estava livre. Havia recebido sua carta de alforria, assim como eu. Nós dois agora somos pássaros prontos pra voar e enquanto as mulheres estão escolhendo o que vamos usar e acertamos os últimos detalhes do show sei que o nosso futuro é grandioso.

–Os outros caras são bons – Hugo comenta mordendo o lábio e eu assinto, vimos o ensaio deles, eles eram bons, mas sempre parecia que faltava algo.

–Falta algo neles – Jason fala por mim, só que ao contrário de mim que não consigo identificar o que é, o loiro sorri – E que nós temos.

–E o que seria? –levanto uma sobrancelha perguntando. Lily passa seus braços em volta da minha cintura.

–Esperança em algo muito maior – ela responde por Jason que abre ainda mais seu sorriso confirmando que a ruiva estava certa, viro-me para ela beijando-a, antes que ela seja arrancada de meus braços e levada para ser embonecada.

Ninguém nos deixou ver o que ela usaria, quer dizer, Victorie não deixou, ela planejou o figurino de todo mundo e estava fazendo o maio mistério no que Lilly ia usar, segundo ela eu ia adorar.

Respiro fundo, e me olho no espelho, meus cabelos estão mais longos do que quando comecei a falar com Lily, ainda não os cortei desde lá, estão bagunçados, meus olhos destacados pela maquiagem negra. Estou com uma calça preta solta e sem camisa, como de costume só que no meu peito pende um colar, um colar que diz que eu e Lilly somos um só. Ou ao menos que logo seremos.

Me sinto diferente do que era alguns meses atrás e realmente estou. Sorrio e meu sorriso dessa vez é verdadeiro, vejo pelo reflexo que alguém invadiu nosso camarim, apesar de que Jason e Hugo não estão mais ali. Scorpius sorri para mim.

–Você está diferente, primo – ele cruza os braços, mas sorri e eu me viro abrindo os braços.

–Você também está – Scorpius também abre os braços e nós dois nos abraçamos, pela primeira vez na vida tenho esperança que vamos ficar bem e que estamos consertados, ou pelo menos começando a ser consertados.

–Boa sorte, Riley – ele diz com um sorriso e aquele sorriso quer dizer muito mais do que aquilo e posso ser sincero? Ouvir aquilo e ver aquele olhar no rosto do meu primo foi algo gratificante.

–Obrigado, Scorp – sorrio, ele dá dois tapinhas nas minhas costas e saí. Nem sempre se é preciso de muitas palavras para se falar o que precisa ser falado: é para isso que servem os olhares.

Respiro fundo bagunçando os cabelos. Hugo e Jason entram e sei que está na hora de chamar Lilly, nós sorrimos cúmplices, aquele vai ser o melhor show de nossas vidas, independente se nós iremos ganhar ou não.

Bato na porta do camarim da minha ruiva e ela se vira, estonteante, ela está com um corpete vermelho, por baixo uma daquelas camisetas decotadas largas negras e usa uma calça de couro negra com uma bota que vai até sua coxa, ela está com o cabelo solto e os olhos estão destacados pela maquiagem, ela parece feroz, e é exatamente assim que todos querem que ela seja vista.

Assim como todos os outros da banda. Nós queremos mostrar que somos “Ich Bin Nitch” e que somos os melhores. Eu abro um sorriso enorme.

–Lils é a nossa vez – ela se levanta e passa a mão em meu rosto.

–Então é melhor a gente ir lá e arrasar com eles – Lils estava com um brilho no olhar que eu não duvidava nada que nós iríamos realmente arrasar com todas as outras bandas.

Lily Luna Potter:

Jason, Hugo e RIley estavam vestidos como sempre e quase iguais, eu entendo o que Victorie queria, queria me destacar para parecer assustadora porque eu precisava parecer ao mesmo tempo dócil e forte. Eu sorri, o poder que o palco fazia em mim já estava correndo nas minhas veias e parecia que não ia parar.

Teríamos apenas três músicas, mudaram o que estava previsto no último momento e não adiantou chiar, mas eu nem impliquei. Era o suficiente. Começaríamos com duas lentas. Uma cantada por mim e outra por Riley, e a última seria a que traria esperança para todos nós e todos cantariam o refrão.

Posicionei-me no palco, fechando os olhos e começando a cantar. Era um pouco difícil cantar aquela música e não sentir algumas lágrimas escorrendo, mas esse era o fato, o fato de que eu escrevera tudo aquilo e que mesmo sendo triste era uma mensagem de esperança que tornava tudo diferente.

Eu queria que todas e todos ali soubessem que por mais idiota que o mundo seja com você, por mais foda que as coisas seja, sempre há um jeito de levantar a cabeça e continuar a lutar, como eu fiz. Se você não desistir anjos da guarda aparecem em seu caminho e te ajudam a você se salvar.

Porque ninguém faz milagres, a salvação vem das suas mãos, mas os outros te ajudam e muito. Abro os olhos, é o fim da música, estou chorando e ainda bem que a maquiagem é a prova de água, todos choram comigo, aparentemente meu alcança vocal foi impressionante.

Sorrio e pego a guitarra da mão de Riley, passando o microfone para mim, teremos um pouco de trabalho nessa intro, afinal os garotos meio que se empolgaram com o começo da música. Mas era bonito, muito bonito e muita gente gritou com os instrumentos, era algo bom, muito bom.

E quando Riley começou a cantar todos começaram a gritar e a cantar junto, afinal de contas havíamos distribuído a letra junto com os panfletos exatamente por causa daquilo. Riley se aproximou de mim, cantando partes da letra como se fosse para mim e eu sorri, escondendo as lágrimas.

Sentindo toda aquela energia.

E me embebedando dela.

Sabendo que ninguém nunca mais poderia tirar aquilo de mim.

E quando Riley acabou, ligamos os outros microfones. Aquele era o único cover que iríamos fazer e era a música mais bonita que poderíamos ter escolhido. A plateia se arrepia quando começamos a cantar.

Love, love, love

Love, love, love

Love, love, love

There's nothing you can do

That can't be done

Nothing you can sing that can't be sung

Nothing you can say

But you can learn how the play the game

It's easy

Todos cantaram, choraram e se emocionaram. E no final, quando as palmas vieram junto com gritos e com os jurados chorando nos aplaudindo em pé sabíamos que ninguém mais poderia nos tirar o que era nosso.

O resultado só vem daqui umas duas horas, e estamos muito nervosos para permanecermos juntos. Podemos ter quase certeza de que ninguém pode nos tirar aquilo, mas nunca se sabe. Eu e Riley não conseguimos ficar perto sem achar que vamos explodir, então entro no meu camarim sozinho e me sento.

Lithium está lá, mas em silencio, posso quase ver um sorriso mental formando-se nela, era óbvio que minha pantera voltaria para ver aquele momento. Ela sempre esteve lá por mim, foi quando me virei e vi a moça que me vendeu a adaga no ínicio do ano.

Ela sorriu. Agora parecia muito mais sexy e usava um vestido vermelho, eu sabia que era ela por causa do olhar. Os cabelos longos e negros caiam pelo seu corpo e ela aumentou o sorriso ao ver que eu a percebia.

–Você tem algo que comprou de mim, lembra-se? – ela sussurrou, mostrando a adaga em suas mãos, eu levantei uma sobrancelha, havia algo muito mágico ocorrendo ali.

–Foi dois galeões – sussurrei em resposta – Quem é você?

–Morgana Le Fay – ela pareceu rir – Você rezou muito por mim e ás vezes alguns antigos bruxos podem salvar bruxos com potencial, e você tem muito potencial Lily.

E foi então que eu me toquei que mesmo eu tendo me machucado muitas vezes com aquela adaga foi depois que ela surgiu em minha via que tudo começou a mudar e eu sorri, encantada e agradecida.

–Então, nada acontece por acaso? – Morgana fez que não para mim e eu sorri – Estou agradecida, senhora, porém o que deseja aqui?

–Além de escutar seu agradecimento? – ela sorriu – Preciso da adaga novamente, é o único meio que consigo começar a influenciar na vida de bruxas que precisem de ajuda, só que eu a vendi para você selando um pacto, agora você não precisa mais dele, talvez só o atrapalhe e para que ele se quebre preciso da adaga.

–Pode leva-la, se é para salvar outras garotas, ela é toda sua – Morgana sorriu se aproximando – Não basta apenas isso?

–Não – ela deixa a faca flutuar ao seu lado e segura meus pulsos – Para que o pacto se complete precisa que me deixe tirar suas cicatrizes e então lhe darei dois galeões pela adaga.

–Mas... - respiro fundo. Aquelas cicatrizes parecem ser parte do que eu sou, toda vez que olho para elas eu me lembro de tudo que aconteceu, de todas as minhas lutas, recaídas, tristezas e dores. Tirá-las parece que estarei apagando uma parte de mim, uma parte do meu passado que está marcado em meu corpo. Parece que é como perder uma parte de mim. Será que eu preciso realmente cumprir isso?

Olho para meus pulsos, não posso vê-las, mas conheço-as de cor. Talvez eu não queria elas de verdade, só em agarre a elas porque me fazem lembrar que o mundo é cruel, mas talvez... Talvez eu esteja errada, talvez eu preciso me livrar de cada cicatriz deixada para que minha esperança volte a ser forte.

E que eu seja verdadeiramente livre.

–Todas vão sumir? – pergunto e Morgana sorri.

–Menos a primeira que você fez, lembra-se dela? – e como não lembraria? Já desejei tantas vezes não ter a feita e tantas vezes tê-la, era um paradoxo – Ela sela o pacto, assim como os dois galões. E lembre-se mesmo que você tenha uma recaída, nenhum corte causado por você mesma intencionalmente deixará cicatrizes.

Mordo o lábio.

–Eu aceito.

Morgana sorriu, segurando meus pulsos e fechando os olhos, murmurou algumas palavras e eu senti meu corpo quente, brilhando, tive que fechar os olhos. Mas nunca me senti tão bem na minha vida.

Quando abri os olhos não havia mais Morgana lá, apenas dois galeões em minha mão. Arregacei a manga.

Também não havia mais nenhuma cicatriz no meu pulso. Nem em lugar nenhum do meu corpo.

Quer dizer, exceto uma, feita no meu pulso direito, que não parecia uma cicatriz, parecia uma das linhas normais do pulso. A primeira feita. A única remanescente. Eu havia sido abençoada e era grata por isso.

–Lilly – Jason berra lá de fora – Vão anunciar.

Saio correndo do camarim, me agarrei em Riley e nós quatro corremos para o palco, onde todos os outros já estão. Eu não tenho dúvidas quando abrem o envelope que o nome anunciado será...

–Ich Bin Nitch, vocês são os grandes vencedores, parabéns garotos.

E nós começamos a berrar, porque afinal de contas o nosso futuro começa agora.

Riley me puxa para seu colo, eu passo minhas pernas em volta da sua cintura e não acho que exista algo mais maravilhoso que aquilo. Nós dois nos beijamos e todos berram por nós.

–Obrigado por tudo Lils, por me perdoar e por me amar – ele diz, nós dois estamos chorando e eu rio.

–Obrigada você por ter, apesar de tudo, ajudado a me salvar – ele sorriu – Eu te amo, Riley.

–Eu também te amo Lils, e sempre vou te amar. Minha Amada Potter – eu sorrio com isso e nós nos beijamos uma vez mais.

E sei que teremos isso para todo o sempre, pois um amor que Morgana Le Fay uniu não pode ser separado. E eu posso berrar agora e para sempre que encontrei a felicidade e nunca mais vou largar dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?
Eu amo vocês