Lilly Luna Potter narrando:

Eu não estou com raiva, apesar de que acho que parece, só estou cansada, quero terminar de uma vez por todas com isso, quer dizer Gina é maluca e preciso me distanciar dessa loucura o mais rápido que eu puder.

–SUA VADIA – ela berra, fazendo meus tímpanos doerem, eu e Riley formamos juntos uma barreira mágica que a segura a uma distância segura, ninguém aqui quer ser torturado.

–Oi pra você também mãe – falo com calma, ela parece estupefata, deve ter achado que eu ia começar a berrar – Creio que realmente precisamos conversar.

–Eu... EU...

–Eu tenho esse direito não tenho? – peço ainda calma, com a varinha apontada para seu peito, a varinha dela também aponta para o meu, ela respira fundo, seus olhos castanhos estão brilhando insanamente, mas parecem se acalmar.

–Você tem cinco minutos... – é o que ela diz. Mordo o lábio e assinto.

–Bem, em primeiro lugar sei que você me odeia e que significo muita coisa ruim pra você, mas me tratar mal simplesmente por isso é loucura, apesar de que eu entendo sua raiva, em segunda lugar eu sempre tirei notas boas e você nunca acreditou, então eu simplesmente comecei a te ignorar, em terceiro lugar vimos que eu tenho talento e que não importa o que você faça ou o que você diga isso não vai mudar, em quinto lugar você não vai me levar pra porra da Suíça e em sexto lugar tentar enlouquecer a Rose foi golpe baixo, ainda mais para alguém que ajudou a salvar o mundo bruxo – coloco uma das mãos da cintura, ela abre a boca e a fecha tentando rebater – Você não tem argumento contra fatos e isso são fatos.

–Você continua sendo uma vadia!

–Não senhora Potter, quer dizer, até agora ela só transou comigo, posso garantir isso – disse Riley com um sorriso de canto bem na hora que James, Albus, Alice e meu pai entraram, os três Potter lançaram olhares furiosos pra eles, e Gina abriu e fechou a boca novamente.

–Mas eu odeio você... – agora ela parecia uma criança birrenta, respiro fundo, franzindo o cenho, aquilo doeu menos do que achei que doeria, talvez já estivesse acostumada com o fato.

–Eu sei, mas você também está completamente pirada – dou de ombros – Você não pode jogar sua loucura em cima de mim, eu não tenho culpa dela, você precisa aprender a lidar com seus próprios problemas invés de sair destruindo a vida dos outros...

–EU NÃO SOU LOUCA – ela berra novamente jogando algum feitiço que não quebra a nossa barreira mágica – Eu não sou... Eu não sou... – Gina foi caindo aos poucos, abraçou as pernas e começou a se balançar – Eu não sou louca... Eu não sou... – meu pai olha para mim como se pedisse algum consentimento, acho que ele quer cuidar dela, bem eu simplesmente assinto. Ele se ajoelha do lado de Gina e a abraça.

–Psh... Vai ficar tudo bem – ele tira a varinha da mão dela e com a sua a coloca para dormir, eu e Riley desfazemos a barreira mágica – O choque de realidade foi muito grande pra ela...

–Eu sei... O que vai acontecer agora? – peço cruzando os braços, Riley passa seu braço em volta da minha cintura me aproximando perto de seu corpo e deixando bem claro em uma linguagem não-verbal que eu não iria para lugar nenhum sem ele.

–Vou leva-la para o St. Mungus – Harry respira fundo como se aquilo doesse muito – Eu não sei como não percebi antes que ela estava enlouquecendo...

–Às vezes a loucura é difícil de perceber, pai – James dá duas batidinhas no ombro de papai – Talvez agora as coisas fiquem mais fáceis e nossa família possa voltar a ser o que se espera que uma família normal seja...

–Esperamos que sim – meu pai respira fundo e levanta, pegando Gina no colo – Espero que um dia você consiga perdoá-la, eu sei que é injustificável, mas loucura é uma doença... E... Bem, eu preciso ir antes que ela acorde.

–Tudo bem – falo cruzando os braços, James acompanha meu pai, aparentemente vão deixar para interrogar eu e Riley outro dia, assim que eles saem me sinto dez quilos mais leve, sei que não está tudo resolvido, mas por um tempo a terei bem longe de mim.

–Tudo vai ficar bem – Albus repete, segurando a mão de Alice, provavelmente eles irão sair também.

–É o que todos estão dizendo – retruco e dou de ombros – Espero que dessa vez seja verdade.

–Vai ser – garante Albus e então ele leva Alice para fora dali, acho que finalmente vai pedi-la em namoro, espero ele estarem longe para abraçar Riley e desabar em lágrimas.

Riley me envolve em um abraço apertado e me pega no colo, beijando meus lábios e depois minha testa, é o seu jeito de dizer que já passou e que ele está ali.

–Quer ir para algum lugar, senhorita? – ele sussurra, lambendo uma das minhas lágrimas, eu dou um meio sorriso.

–Para qualquer lugar, senhor – Riley sorri e abre uma passagem secreta em uma gárgula ali perto, levando-me até Hogsmeade e então desaparatando no mesmo lugar do nosso primeiro beijo.

Ele só me deixa sair de seu colo quando vê que já estou mais calma, e então me beija novamente. O lugar continua tão perfeito quanto antes, mesmo que agora esteja mais quente e sem as luzes de natal.

–Amanhã saí o resultado – Riley diz – Mas acho que independente do que acontecer, nós ainda temos chance com a banda, pode ser mais difícil, mas...

–Nós vamos conseguir Riley, de qualquer jeito – eu sorrio o puxando para perto de mim e o abraçando – É o nosso destino...

–Ganhar um campeonato?

–Não, salvar pessoas como nós por meio da nossa música e da nossa história, todos irão saber quem somos e saber que estivemos aqui – Riley sorri ao ouvir isso – Soa bem não é?

–Melhor impossível – ele me beija novamente, creio que nunca cansarei de seus beijos.

–Agora me responda uma coisa, por que me trouxe aqui? Eu sei que é o lugar do nosso primeiro beijo, mas... – ele dá uma mordidinha no meu pescoço que me faz ficar quieta.

–Não é bem o lugar do nosso primeiro beijo – ele dá um meio sorriso e eu levanto uma sobrancelha – A vista é quase a mesma, porque estamos na varanda do prédio ao lado, no caso na varanda do meu apartamento.

–E desde quando você tem um apartamento? – peço levantando a sobrancelha.

–Desde que recebi minha herança mês passado – ele me beija de volta abrindo a varanda e me levando para dentro – E sabe o que eu estou doidinho para fazer?

–Com esse sorriso maroto só pode ser safadeza – sussurro em seu ouvido, mordendo seu pescoço, Riley dá uma risadinha no meu ouvido, causando arrepios.

–Estrear a cama, o chuveiro, o sofá... Só preciso saber se você aceita estrear eles comigo? – eu coro, apesar de tudo ainda é difícil falar essas coisas com Riley sem sentir um pouquinho de vergonha.

–E você ainda pergunta? – ele ri, começando a tirar minha blusa.

Albus Severus Potter narrando:

Levo Alice para a torre de Astronomia, foi aqui que nos conhecemos, foi aqui que demos nosso primeiro beijo e também foi aqui nossa primeira transa, acho que é um lugar que deve uma atenção especial.

–Por que você me trouxe aqui Albus? Quer tirar minha virgindade de novo? – ela pede dando risada, e eu sorrio um pouco envergonhado, tinha sido minha primeira transa também, na verdade.

–Não posso fazer isso de novo, na verdade, e prefiro você assim, sabe, não precisa cuidar tanto – a puxo para perto – Na verdade eu queria fazer um pedido, lembra?

–Lembro – ela sorri, beijando meus lábios.

–Eu gostaria de te pedir em namoro, eu sei o que você vai falar que não vai dar certo, que sou um babaca, um galinha e que não mereço, talvez tudo isso seja verdade, mas eu não quero mais ninguém, só você e... Caralho, não sou bom com declarações de amor, mas eu te amo Alice e preciso de você, então me dê uma chance que não vou jogá-la fora – só falta me ajoelhar, tamanho meu desespero, apesar de que minha voz saí calma, como se eu soubesse exatamente que palavras usar.

–Eu sei que não vai, Potter – ela sorri passando os braços em volta do meu pescoço e me beijando.

–Isso foi um sim? – peço só pra ter certeza.

–Sim, isso foi um sim – ela sorri daquele jeito irresistível e eu a beijo novamente, tendo a certeza que ela é minha e eu sou dela, agora oficialmente.