Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 51
This is goodbye


Notas iniciais do capítulo

O capítulo é o nome de uma música da mesma banda, porém a música que é meio que a trilha sonora pelo menos da cena com a Rose é Best Of Me do Sum 41 (vou deixar o link antes de começar.
Espero que gostem ;3



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Lilly Luna Potter narrando:

A maioria do quintanistas está no Lago aproveitando o sol gostoso depois de terem quase morrido nos NOM’s, mas esse não é o meu caso, já que estou com meus dedos vermelhos, morrendo de calor e pulando de um lado para o outro enquanto canto a nossa nova música.

Depois das garotas terem vindo se manifestar não vi mais nenhum sinal da Rose, quer dizer, ninguém viu. Então ela deve ter se aquietado, começo a me perguntar qual vai ser o próximo grande plano.

A música acaba e eu tiro a guitarra, colocando-a no suporte. Riley me puxa para um beijo e quando me separo vou pegar água na mesa, estou elétrica, nervosa e ainda com a cabeça girando por causa dos NOM’s, mas nunca me senti mais viva e isso é bom.

É quando ouvimos uma batida tímida na porta, os garotos estão mexendo nos instrumentos como sempre, nós entreolhamos e eu dou de ombros, colocando a taça de água de lado e abrindo. Prendo a respiração ao ver Rose parada do lado de fora com um buquê de rosas vermelhas e com um cara que se não me engano estudava em Hogwarts há um tempo atrás, acho que se chama Jack.

–O que você quer aqui? – pergunto com a voz mais fria e firme do que achei que soaria, Riley se aproxima, passando o braço em volta de mim.

–Você não é bem vinda Weasley – Riley é um pouco mais grosso do que eu, e sua voz soa terrível, tanto que eu faço um esforço para não me encolher, esqueci o quanto ele pode parecer cruel.

–Eu... – Rose abre a boca e a fecha e então solta o ar pela boca, como se não soubesse o que falar, mas fosse importante e precisasse ser dito.

–Tem veneno nas rosas? – Hugo pergunta recostando-se em um dos lados da porta, ele dá um sorrisinho maldoso.

–Só pode, já que são para Rose – Jason recostou-se do outro lado da porta e então olhou para Jack – E você cara? Que tá fazendo com essa vadia?

–É, ela vai destruir sua vida, se eu fosse você corria Jack, antes que fosse tarde demais, como você fez uma vez – Riley fala ainda no mesmo tom e vejo que Rose faz uma careta, e Jack a abraça.

–Não fugi da Rose, Riley, você sabe disso melhor do que ninguém – Riley respirou fundo me puxando mais para perto de si – E ela não vai destruir minha vida.

–Ah é? Tem certeza? – Hugo deu uma risada de escárnio – Estou dando um conselho de amigo, afinal ela é minha irmã e sei que ela não pode mudar – Rose pareceu ter levado um tapa na cara com aquilo e algo em seus olhos me fez querer calar os garotos. Eu sei que ela destruiu minha vida, mas... Ainda é uma pessoa.

–Chega vocês, eles parecem querer falar alguma coisa – falo afastando um pouco Riley e olhando séria para Rose – O que você quer aqui? Destruir um pouco mais a minha vida?

–Na verdade vim dizer adeus – foi a minha vez de sentir como se tivesse levado um tapa na cara – Não posso pedir perdão a você Lilly, porque tudo o que eu fiz não tem explicação e muito menos perdão, só... Só achei que você merecia saber que todas as coisas que eu falei para você elas são mentira e você precisa parar de acreditar nisso.

–Ela já sabe disso – Riley fala seco e eu dou um tapa de leve em seu ombro para que cale a boca e continuo olhando para Rose que respira fundo.

–E que eu me arrependo de tudo e que vou conviver com a culpa pelo resto da minha vida – ela solta o ar como se falar aquilo fosse algo doloroso, e é. Porque Rose é orgulhosa e lutar contra o orgulho é uma das piores coisas do mundo – Você não perdoou o tio Harry e sei que não vai me perdoar, mas me desculpe, por tudo.

–Rose... – eu não sei o que falar, a situação é tão surreal. E é mais surreal ainda quando vejo que têm lágrimas nos olhos da Rose e nos meus também. E então eu me livro do abraço de Riley e por algum motivo que não sei dizer eu a abraço.

–Eu queria ter feito tudo diferente Lils, mas não posso voltar no tempo – ela me abraça forte e começa a soluçar, e eu a chorar.

–Eu entendo Rose... Mas o tempo pode ajudar-nos a superar tudo... – eu sussurro – Vai ficar tudo bem.

–Vai, vai sim, eu estou indo embora – ela sussurra se afastando do abraço e limpando as lágrimas – É a melhor coisa a se fazer – é outra noticia que soa como um tapa na minha cara.

Tudo aquilo é tão surreal... Rose se arrependendo, pedindo desculpas e então indo embora? Não que eu tenha rezado por isso, mas alguém lá em cima tem conspirado ao favor de todos nós, mas por que ela precisa ir?

–Por que ir embora? Eu não odeio você Rose – e é verdade, ouço um muxoxo dos garotos, mas eu só faço um gesto com a mão para que se calem. Rose se abraça em Jack e respira fundo.

–De todas as coisas que vocês me acusam e que sabem de mim todas estão certas, exceto as minhas notas. Sempre tirei notas ótimas – ela respira fundo – E agora tenho a chance de fazer o que eu quero sem me importar com Tia Gina ou com a sociedade bruxa que é ser medi-bruxa. E pra isso... – ela respirou fundo, contendo as lágrimas – Pra que isso seja possível eu preciso ir embora, sem meus pais, sem os teus pais, sem ninguém me pressionando e sem vocês me acusando de não estar lá por não ser capaz.

–Não é só isso não é? – quem pede isso é Riley – Você precisa ir embora para conseguir se perdoar pelos seus pecados, por tudo que fez por tanta gente e para entender o que fizeram com você para que isso acontecesse.

–Jack disse que você não me deixaria falar apenas meia verdade – Rose sussurra e então respira fundo como se estivesse exaurida, ainda está segurando as flores – Eu sei que você ama rosas, e que vermelho sempre foi sua cor preferida e como não vou estar aqui para ver o concurso te trouxe um desejo de boa sorte, eu sei que parece hipócrita, mas...

–Tudo bem Rose, tudo bem. Eu aceito – falo a primeira coisa que vem à minha mente.

–E elas não estão envenenadas – ela sussurra – Isso tudo é sincero – ela me entrega as rosas e eu as pego sem hesitar.

–Eu sei Rose, eu sei – sussurro, segurando as rosas delicadamente – Boa sorte para onde quer que você vá, e mesmo depois de tudo, você ainda é da minha família, isso significa que...

–Você não me deve ajuda nenhuma Lilly, eu que devo a você. Então não fale nada eu não seria capaz de conviver com a culpa de ter destruído sua vida e ainda receber uma gentileza sua – ela sussurra se encolhendo nos braços de Jack – Então, boa sorte, eu espero que sua vida seja incrível e que finalmente você possa ser feliz, porque eu te fiz sofrer por uma vida inteira.

E então ela se vira e vai embora, não sei o que falar, fico apenas encarando o corredor.

–Eu vou atrás dela – é a voz de Hugo, ele parece estar segurando o choro – Ela ainda é minha irmã – e então ele sai correndo.

Eu entro novamente na sala, transfiguro uma das cadeiras em um jarro bonito e coloco as rosas dentro, junto com um pouco de água, não sei exatamente o que dizer, minha cabeça está sem dúvidas nenhuma zumbido.

–Uau, isso foi inesperado – Jason fala quebrando o silêncio – Eu sei que vocês vão querer falar sozinhos – ele respira fundo – Mas antes de eu ir, Lils... – eu me viro para ele, Jason sorri – Tome cuidado com ela, mas, mesmo eu te dando esse conselho, Rose pareceu sincera.

–Eu sei – respiro fundo e Jason me dá um abraço e então saí também me deixando a sós com Riley, ele está sentado em uma das poltronas e está olhando para mim – E então? O que foi isso? – peço me aproximando dele.

–Não sei. Ela parecia arrependida... O que é quase impossível considerando quem ela é – Riley respirou fundo e sorriu para mim – Mas olhe eu, eu era pior do que ela e você me salvou... Talvez Jack esteja a salvando também.

–Talvez ele fosse uma das causas – respiro fundo – O que eu faço?

–Incrivelmente dessa vez não sei te responder. Você tem a opção entre perdoar ou não, mas saiba Lilly que nada do que você decida sentir vai fazer Rose ficar – odeio como ele consegue ler minha mente de vez em quanto, mesmo sem saber oclumência.

–Como você sabe disso? – peço o encarando e sentando ao seu lado, segurando sua mão. O olhar de Riley fica distante – Aliás, Jack sabia que você entenderia isso, por quê?

–Porque por muito tempo o que eu mais queria era poder ir embora, e no momento só tem uma coisa que me impede de fugir como Rose irá fazer – ele olha para mim – E isso responde as duas questões.

–Como assim Riley? Você está dizendo que se não fosse por mim você iria embora... – eu franzo o cenho e ele passa a mão no meu rosto. E se ele for embora? Não consigo pensar em uma vida sem o Riley.

–Sim, assim como Rose está indo por causa de Jack – eu o olho preocupada – Você está me olhando como se estivesse querendo saber o motivo não é?

–Exatamente – Riley me puxa para perto de si e me beija, é um daqueles beijos quentes capazes de amolecer o meu corpo e me excitar, e não posso negar que isso acontece, mas a curiosidade e a angustia de saber o que aflige ele são maiores.

Riley é muito bom em esconder as coisas de todos, inclusive de mim, mas está na hora de eu saber e poder ajuda-lo também.

–A estratégia de te excitar não deu certo, não é? – ele pede beijando meu pescoço e me puxando para seu colo, onde passo minhas pernas ao redor de seu quadril.

–Não. Meu auto controle é mais forte – falo contendo as sensações, o que faz Riley respirar fundo e parar de me beijar, apenas recostar a cabeça no sofá deixando o pescoço exposto (e sim isso é provocante, porque dá vontade de morder), segurando minhas mãos e brincando com elas.

–Você sabe que é complicado eu conseguir falar dessas coisas – ele respira fundo – É que a situação na casas dos meus tios é complicada e eu não consigo ser forte o suficiente para aguentar, tanto que mal voltava para casa nas férias, nem o Scorp, apesar dele conseguir lidar melhor com isso. E bem... Eu sou um estorvo, você sabe disso, para qualquer um...

–Espera aí Riley Black Malfoy sentindo-se um estorvo e não o rei da cocada? – falei dando um sorriso e Riley sorri também se aproximando e me dando um selinho, meu coração desapertou um pouco ao ver seu sorriso.

–Eu me sinto assim, mesmo que não demonstre, também sempre me senti muito sozinho Lilly, minha única família que não é maluca é o Scorp e eu nunca consegui fazer com que ele parasse de se cortar, ele faz isso há tanto tempo Lils, tanto quanto você eu acho – ele respira fundo e vejo que têm lágrimas em seus olhos azuis – E... Bem, sentir essas coisas e descontar isso sendo uma pessoa desprezível te faz querer correr porque é o que parece certo...

–Mas correr para onde?

–Para qualquer lugar, ás vezes até para a morte. Você nunca se sentiu assim? – ele pede controlando as lágrimas, sinto meus olhos arderem.

–Eu me sentia assim o tempo todo até ficar com você – confesso e Riley sorri.

–Eu também, minha Potter, eu também. Só que antes de eu querer falar com você, quando eu era um monstro, antes do Jack ir embora ele veio falar comigo e eu entendi, porque meu plano sempre foi ir embora quando fizesse 17 – Riley respira fundo e eu compreendo. E aquilo me machuca mais do que eu jamais imaginei que machucaria.

–E continua sendo não é mesmo? – Riley respira fundo e passa a mão no meu rosto.

–Eu não conseguiria te abandonar Lilly, não sem matar o que resta de inteiro dentro de mim – ele me puxa para si e me beija – Eu só conseguiria ir se você fosse junto.

–Prometa que você não vai embora – não é um pedido é uma exigência.

–Eu prometo, não vou embora, não sem você – e então nos beijamos e eu me deixo levar pelos lábios de Riley, pelas suas carícias e pelo seu modo tentador de conseguir me ter por inteira. E sei que ele sempre terá até o fim das nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Quem reclamar que tá pequeno vai levar pedrada.
E pro povo do grupo agora sim eu gostei do capítulo, espero que tenham gostado.
Deixem reviews e conheçam minha fica original em parceria com meu alter-ego http://fanfiction.com.br/historia/498887/Fireflies/
E minha one: http://fanfiction.com.br/historia/499981/Say_Something/
E deixem comentário nessas se vocês forem ler, porque eu tenho medo de fantasmas.
Beijo ;3