Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 41
Tapas e beijos


Notas iniciais do capítulo

O título do capítulo é melhorzinho, vão dizer que não?
Desculpem não responder os reviews, juro que vou respondê-los algum dia. Mas leio todos



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Três semanas depois.

Lilly narrando:

Dentro de um mês são os NOM’s, daqui uma semana é a final de quadribol e no domingo é a semifinal das bandas. Estamos no ensaio e estou pulando de um lado para o outro. Hugo não para de brincar com as baquetas. Jason está brincando com o baixo junto com o Riley, eles estão fazendo um ritmo legal. E a ideia vem.

–Eu acho que podemos começar uma música com o ritmo parecido – eu comento, parando de bater os dedos no meu violão.

–Na verdade, já é uma música – Riley comenta corando – Eu escrevi.

–Você não me mostrou? – levanto uma sobrancelha. Ando ocupada demais estudando, treinando e compondo. Eu e Riley estamos nos falando pouco, o que tem me deixado nervosa também. Ele deu um meio sorriso.

–Ele está com vergonha – Jason diz maroto e sorri de canto. Eu franzo o cenho –Mas particularmente falando, devemos tocar essa música.

–Eu também concordo – Hugo fala jogando as baquetas para cima e as pegando e batendo nas bandejas da bateria. Eu respiro fundo e olho para Riley. Ele está sorrindo e bem... Ele está corado!

–Tudo bem, mas eu preciso ouvir a música – eu digo, mordendo o lábio e dando de ombros. Os garotos trocaram olhares.

–Você só vai ouvir no dia – os três falaram juntos. E eu franzi o cenho.

–Sério? Vocês tão me excluindo da minha própria banda? – eu falo fazendo biquinho. Riley dá risada e vem para perto de mim, segurando meu queixo e forçando-me a olhar para ele. Seu olhar me traz paz.

–Você confia na gente?

–Um pouquinho.

–Então espere e verá – sua voz está extremamente sexy, e ele beija de leve meus lábios. Hugo batuca a batera. Jason dá gritos. Eu e Riley começamos a rir.

–E quanto às outras músicas?

–Eu gosto daquelas últimas que você escreveu – comenta Jason. Hugo batuca nas baterias para concordar. Eu não mostrei as músicas para o Riley que levanta a sobrancelha.

–A gente toca pra você ver, pode ser? – pergunto, mordendo o lábio, por um momento me sinto insegura e acho que o Riley pode gritar ou algo assim. Eu devo estar pirando por culpa dos NOMs.

–Só precisa porque eu vou tocar a guitarra, né – ele fala sorrindo. E ensaiamos até eu estar tão soada que estou só de regata, e os meninos sem camisa. Só não sei a música que o Riley vai tocar. Ele também não me fala. Bem, o ensaio termina e Riley me puxa para a cozinha. Faltamos à janta para ensaiar em dobro.

–Cara, suas músicas ficaram perfeitas – ele fala sorrindo, assim que entramos na cozinha. Mas o sorriso desaparece ao ver um garoto louro desabado no chão, parecendo chapado e sangrando – Scorpius? – ele pergunta. Eu arregalo os olhos. Sim é Scorp que está jogado no chão.

Os elfos tentam incansavelmente reanimar ele e limpar o sangue de seus pulsos. Eu empurro Riley, que está estático, da minha frente e me abaixo, pegando minha varinha e fazendo os cortes pararem de sangrar. Tem uma seringa jogada ali perto.

–Scorpius – eu sussurro. E respiro fundo, tem um feitiço para deschapar que eu havia aprendido em um bar certa vez. E eu me concentrei e o fiz. Assim que notei que Scorpius parecia mais presente, peguei força e dei um tapa em seu rosto.

–Ai – ele resmungou passando a mão no rosto – O que aconteceu? O que eu estou fazendo na cozinha?

–Estava quase morrendo e chapado – Riley fala com uma voz seca, que faz com que eu me arrepie – Que porra foi essa?

–Ah – Scorpius passou a mão no cabelo e notou que ainda havia sangue em seus pulsos – Tretas... – eu levanto uma sobrancelha, estou brava, mas preocupada.

–Não se esquive das perguntas Scorpius – Riley falou vindo até nós e se agachando ficando frente a frente com o primo. O olhar deles era parecido. Porém Scorpius estava completamente perdido.

–Todos têm seus problemas, primo – ele sussurra e abaixa o olhar. Riley franziu o cenho, como se estivesse lembrando-se de algo.

–É com a titia ou com a Lizzie? – senti-me mal por lembrar que mesmo estando há um tempão perto de Riley, eu nunca havia pedido nada de sua família. Mordi o lábio.

–Com as duas – Scorpius responde baixinho – Com as duas.

–Você não devia estar chapando – Riley fala com uma voz que eu não conhecia. Parecia um... pai?! Passo a mão no cabelo de Scorpius. Ele fecha os olhos – Eu sei que com a sua mãe você não pode mudar nada, mas com a Lizzie... Bem, você devia contar para ela o que você sente.

–Eu sei. Mas eu não a mereço – ele sussurra.

–Merece sim Scorpius – Riley fala e dá um cutucão no ombro dele – Vocês são o par perfeito desde sempre, lembra? – Scorpius abre os olhos e dá um meio sorriso, há lágrimas em seus olhos. Não estou entendo muita coisa, mas estou aqui. Não que possa ajudar em grande coisa...

–Eu pequei tanto Riley, não posso ser perdoado...

–Pode sim – quem fala dessa vez sou eu. Riley não parece saber o que dizer. Scorpius vira o rosto para mim – Todos podem ser perdoados se estiverem arrependidos de verdade e se redimirem – eu falo e olho para Riley rapidamente, ele sorri para mim, volto a olhar para Scorpius – Se você gosta dessa garota, você devia contar a ela.

–Eu sei – ele fecha os olhos novamente – Mas eu a quebrei Lils, eu a quebrei... Eu quebrei meu anjo. E nem sabia.

–O que você fez? – Riley pergunta franzindo o cenho.

–Há cerca de um ano, em uma daquelas festas loucas da Rose eu me chapei e procurei a Lizzie e... E... – ele soluça, eu o abraço – E nós, você sabe, transamos. Eu tirei a virgindade dela e fui um canalha. Porra, eu não vou me perdoar por isso. Eu a machuquei Riley. Eu a destruí. E ela é tão forte...

–Ela ama você – Riley responde – Você vai ficar aí, se chapando e fazendo tudo errado de novo? Além do mais, porque você está assim, se sabia disso... – Scorpius olhou para ele de uma forma que Riley entendeu o que aconteceu – Você não lembrava não é?

–Não.

–E ela te contou quando?

–Hoje. Nós estávamos conversando e eu perguntei se ela era virgem. Ela respirou fundo, e me contou, disse estar aliviada por eu não me lembrar – Scorpius começa a chorar. Eu mordo o lábio. Porra.

–Scorp... – eu aliso seus cabelos. Ele fecha os olhos. Ele sofre. E seu sofrimento me machuca.

–Cara... Eu não sei o que dizer – sussurra Riley.

–Mas eu sei – eu escuto uma voz atrás de nós. É de Elizabeth Wind, a única menina que nunca implicou comigo e uma das poucas decentes de Hogwarts. Ela chorava. Eu me afastei de Scorpius, ela veio para onde eu estava e deu um tapa no rosto dele.

Scorpius narrando:

O tapa doeu. Mas meu coração dói mais. Elizabeth está chorando, mas seu rosto está com raiva. Ela deve me odiar.

–Bate mais forte – eu sussurro – Eu mereço.

–Merece, mas não pelo que pensa, seu idiota – ela me dá outro tapa, mais forte que o primeiro – Eu não te odeio Scorpius, e não me arrependo daquela noite seu babaca. Eu te amo e sempre te amei. Você acha que eu pararia te amar por algo tão idiota?

–Lizzie... – eu sussurro. Ela me ama? Mas como? Eu... Eu... Olho para Riley, ele levantou, e passou o braço em volta da Lils. Seu olhar me fala algo. É estranho o modo como nós nos comunicamos com o olhar. Ele me diz: “O único modo de se redimir é recomeçando” – Eu... Eu...

–E sabe o que eu odeio? É quando você foge e se chapa e não enfrenta as cosias – Acho que Lizzie está falando há um tempinho e eu desliguei, prestando atenção em Riley. Eu seguro seu rosto e a puxo para perto de mim, e a beijo. Beijo como se meu mundo fosse acabar, como se eu fosse morrer se não fizesse aquilo.

E puta que pariu. Elizabeth Wind sabia beijar. E aquele foi o melhor beijo da minha vida.

–Eu te amo, Lizzie – eu sussurro – Me perdoe por aquilo, por favor...

–Já está perdoado – ela sussurra abrindo os olhos ainda meio atordoada – Mas...

–Você pode fazer certo dessa vez, quando quiser – ela cora ao falar isso, e eu sorrio. Beijando-a de novo.

–Só para informar que ainda estamos aqui – Riley fala pigarreando e separando-nos do beijo. Nós rimos corando – Eu até sairia, mas a Lilly precisa comer.

–Tudo bem, já estamos de saída – Lizzie fala levantando. Eu levanto depois dela. E ela vai até Lils.

–Obrigada – ela diz e abraça Lils. A ruiva corresponde ao abraço meio sem graça, e então Lizzie a larga e me dá a mão. Nós dois damos um tchau pros dois e saímos, indo direto pra Sala Precisa.

Riley Black Malfoy narrando:

O lance na cozinha com Scorp me preocupou, mas Lizzie o colocará na linha. É, eu conheço Lizzie desde sempre, e conheço o amor dos dois faz um bom tempo. A única coisa que eu quero é o que aconteceu com a minha tia dessa vez. Respiro fundo, preciso mandar uma carta para o Draco...

Estou distraído e Lilly está brincando com a comida só fingindo comer, mas sem estar realmente. Meus pensamentos voltam ao lugar, quando vejo que terminei o prato e o dela ainda está cheio.

–Vai querer que eu te de na boca a comida? – pergunto a olhando sério. Lils abaixa o olhar e larga o garfo.

–Isso tudo vai parar nos esgotos de qualquer forma – ela rebate. E aquilo dói. Porque eu sei que sou um dos que causou a bulimia em Lilly.

–Lils – eu levanto e vou até ela, a pegando no colo e a colocando sentada em cima da mesa. Seguro seu queixo e a obrigo olhar para mim, preciso me concentrar para não agarrá-la ou me perder em seus olhos. Ela ainda está só de regata, e pelas cuecas samba-canção rasgadas de Merlin, ela está muito gostosa. Está de shorts também, e suas pernas tocam as minhas... E eu me distraio novamente.

–O que Riley? – ela sussurra. Sua voz é... É encantadora.

–Você... – E a bronca se vai, porque eu a beijo. Ela corresponde. Lils passa suas pernas em volta da minha cintura e não faz a menor ideia de como aquilo me provoca, ou faz...

Eu simplesmente a beijo como se pudesse a devorar. Estou maluco, é isso aí. Minha mão praticamente cria vida sozinha e vai direto para os seios de Lils. E caramba, eles são perfeitos. Porra. Ela solta sem querer um gemido, e arranha minhas costas. Percebo que ainda estou sem camisa.

Ela se separa do beijo, e morde o meu pescoço, dando vários chupões por ali. Velho, se ela não parar, eu vou simplesmente arrancar a roupa dela e fazer coisas indecentes com a minha ruiva na mesa da cozinha. Engraçado é que os elfos domésticos sumiram daquela área.

–Lils – eu sussurro, segurando-a por um momento, antes que eu perca o controle – Primeiro, você me deixa excitado muito rápido. Segundo, se não quer que eu perca o controle, é melhor pararmos.

Lilly fica completamente corada, mas solta uma risada angelical. Ela arranha meu abdome. Porra, estou falando com as paredes agora?

–Tudo bem – ela fala, brincando com o cós da minha calça. Creio que alguma coisa possuiu a Lils, se bem que ela está fazendo isso, mas está corada.

–Lils...

–O quê?

–Dá pra tirar a mão daí? – falo cerrando os dentes e fechando os olhos, tentando pensar em coisas broxantes. Tipo a diretora...

–Ah – ela ri – Desculpa – sinto-a tirar a mão dali e desenroscar as pernas de mim. Lils morde o lábio de uma maneira extremamente sexy, mas acho que ela não faz a menor ideia que é sexy – Não sei o que deu em mim...

–Eu sei – sussurro, dando um passo para trás – Tesão. E você fica perigosa quando pega fogo – Lilly cruza o braço, fazendo biquinho.

–Ah, é? Por quê?

–Porque você me descontrola, e isso é perigoso.

–Eu gosto do perigo – dessa vez sua voz soa definitivamente sexy. E eu sorrio.

–Eu sei, mas não é isso que você quer. Não comigo – coloco as mãos no bolso.

–E por que não com você?

–Olha tudo o que eu te fiz, Lils – ela cruza as pernas em cima da mesa. Porra, que pernas – Eu fiz você sofrer, fiz todo esse mal. É impossível você me perdoar e... – eu sempre travo quando envolve a palavra amar no meio.

–Eu já te perdoei Riley – ela sorri – Vem cá – eu me aproximo novamente. Ela passa a mão no meu rosto, seu toque é bom. Fecho os olhos. O cheiro de Lilly é viciante – Eu... Eu não quero que você fique se martirizando por tudo aquilo. Já passou.

–Eu sei – sussurro – Mas não consigo me perdoar.

–Mas deveria – ela diz e me dá um selinho, escuto seu estômago roncar e pego o prato de comida dela, começando a por comida em sua boca. Lils não teima, está imersa em pensamentos e em meus olhos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Beijinhos