Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 38
Quando o "eu te amo" não sai...


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amados e minhas amadas, tudo bem?
Muito bem quem ainda não está no grupo, podem participar, ok?
Aqui vai o link:
https://www.facebook.com/groups/1451190341768772/
E quem quiser dar uma olhadinha em uma resenha que eu fiz sobre um livro lindo do Neil Gaiman vem aqui: http://bmpcarneiroescreve.blogspot.com.br/2014/01/resenha-do-livro-o-oceano-no-fim-do.html
E bem, espero que vocês tenham uma boa leitura :D



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Lilly Luna Potter narrando:

Acordo com a mão de Riley em um dos meus seios, ele ainda está dormindo e sei que é sem querer, coro lembrando-me da cena que aconteceu ali, não fazia muito tempo, era duas da tarde e meu estômago estava vazio. Sentei e me senti zonza, eu estava há um bom tempo sem nada no estômago e havia vomitado tudo o que não tinha ali também.

–Lils? – a voz de Riley meio sonolenta faz com que eu tire a mão da minha testa e do meu estômago e o olhe, sorrindo e com certeza corando um pouco.

–Oi – eu digo, minha voz soa um pouco mais fraca do que eu gostaria e Riley me encara preocupado, com certeza vendo que estou com uma careta e pálida.

–Acho que você precisa colocar algo no estômago – ele sussurra, lembro do rosto de Riley corado, ele ficou engraçado e bonitinho, porém agora estava com aquele ar sério e preocupado. Faço uma careta na menção indireta sobre comer.

–Riley... – eu sussurro desviando o olhar preocupado que ele me dá. Ri passa seus braços em volta de mim e me abraça, eu sinto seu cheiro inebriante e tenho vontade de nunca mais sair dali.

–Lilly – ele sussurra – Vamos, vamos comer alguma coisa – e me pega no colo, sim, ele me pega no colo e eu começo a reinar e dou um tapa de leve no ombro dele, que dá um sorrisinho lindo e beija a minha testa – Não quero ver você mal.

E ai ele me leva para a cozinha onde os elfos domésticos imediatamente começam a me encher de comida, e eu admito que o cheiro do lanche que eles preparam está tentador, como devagar e vejo que Riley está distraído olhando para alguma coisa longe e que está sem camisa.

Deixo meus olhos passearem pelo corpo dele, vejo seus braços fortes e bonitos, sua barriga perfeita, e então passo para seu rosto, os traços meio suaves e meio firmes que formam um rosto harmonioso que já me deram muito medo agora me transparecem calma, seus lábios macios parecem me chamar, e quando o olhar dele encontra o meu desvio o olhar corando, e vejo de canto de olho que ele sorri. E sinto seus olhos em mim, termino de comer e não sinto a necessidade intensa que parece que sempre tenho de correr para o banheiro.

–Perdeu algo por aqui? – pergunto assim que vejo que Riley ainda está me olhando, ele sorri de canto safado e se aproxima, ficando na frente da bancada onde estou e escorando-se até aproximar seu rosto do meu.

–Meu coração – ele sussurra e me dá uma lambida! Sim, ele lambe meu nariz e eu rio corando e revirando os olhos.

–E sua camiseta – eu respondo limpando a baba dele do meu nariz. Riley dá de ombros.

–O que você quer fazer agora? – ele pergunta e eu levanto dando de ombros, quando levanto sinto meu estômago revirar e contenho uma careta.

–Não sei – dou de ombros – Acho que estudar.

–Sério? – ele levanta uma sobrancelha, e eu coro.

–Eu não posso sair Riley – lembro-me da proibição dos meus pais, aquilo dói em mim e sinto meu estomago revirar e quase consigo sentir toda a comida voltando, Riley tira meu cabelo dos olhos, e me faz olhar em seus olhos.

–Lilly... – nossos olhares estão profundos e me perco na imensidão dos olhos dele, Riley não termina o que vai falar porque eu o beijo. Sim, eu o beijo e ele corresponde. Não sei o que me move a beijá-lo, mas meu corpo me atrai e eu não nego meus instintos.

Riley Black Malfoy narrando:

Eu quase disse que a amo, mas eu parei, algo me fez não falar e então quando eu ia terminar a frase ela me beijou. Pela primeira vez ela tomou a iniciativa e assim que me beija noto o desespero que Lilly se encontra.

Eu odeio Gina e Harry mais uma vez, amaldiçoo Rose e beijo Lilly... Ah... Como ela sabe beijar bem, porém eu preciso ajudá-la, preciso fazer com que ela queria viver, com que ela consiga superar tudo isso... Mas os pais dela não colaboram!

Beijo Lilly e esvazio minha mente, quero apenas senti-la, e como a sinto, seu corpo pequeno e farto colado ao meu, suas mãos brincando com os cabelos que ficam na minha nuca e me causando arrepios. Tive que me conter para não agarrá-la, Lils era tão tentadora e nem sabia disso.

–Riley... – ela sussurra assim que nos separamos para recuperar o fôlego, eu continuo beijando seu pescoço e dando leves mordidas, ela me chama com uma voz tentadora e eu paro, dando beijos até sua boca e então a olhando – Eu acho que não vou conseguir...

–Conseguir o que?

–Ficar viva, não vomitar, não decepcionar, não ser uma decepção, enfrentar meus pais... – sua voz está trêmula e vejo que tudo que aconteceu está se acumulando nela... Lilly é tão corajosa em um palco de música, mas assim que sai parece que as coisas que ela conseguiu enfrentar enquanto canta ou joga quadribol voltam como uma avalanche avassaladora... E então tenho uma ideia.

–Lilly, não tenha medo, isso não é uma questão de conseguir ou não – eu sussurro para ela – Não é por mim ou por seus pais, é por você... E eu sei que tudo agora está passando por você e que deve tar doendo – ela morde o lábio preocupada – Vem... – e então eu a puxo para a sala onde a banda ensaia e onde ficam todas as nossas coisas.

Lilly olha tudo meio confusa, mas assim que entra lá vejo que ela parece relaxar, eu convoco minha camiseta para mim, já que ainda estou sem e não é legal ficar passeando assim nos corredores de Hogwarts, eu a visto, enquanto Lilly vai para perto de onde ela deixa suas letras.

–Ri, por que você me puxou aqui mesmo?

–É o seguinte Lils – eu digo indo até o violão – Quando você canta é como se você pudesse dominar o mundo, você não tem medo, não tem insegurança, porque você sabe que ninguém pode te atingir. Quando você tá em cima do palco Lilly é como se não existisse seus pais ou Rose, ou nada, não é mesmo? – eu peço, e ela assente com um gesto de cabeça e com um brilho de olhar – O que você precisa fazer para conseguir ficar bem é não perder esse sentimento, é manter esse leão que tem dentro de você acordado...

Ou pantera – corrige Lithium aparecendo do nada, eu sorrio de canto.

–Ou pantera, em fim, você precisa manter essa coragem e eu sei que você consegue, só precisa estar segura de si – eu me aproximo dela que está me olhando com um começo de um sorriso – E acredite Lilly, você é tudo aquilo que eu digo, você é linda, você é maravilhosa, é inteligente, tem a voz mais linda de todos os séculos e é a única menina por quem eu morreria. Eu quero que você acorde de novo essa coragem Lils, mostra pra mim ela e não deixa mais ela dormir, porque eu não quero que você vá embora, não quero que você desista... Só que eu não posso te proteger de si mesma, só você pode cuidar de você mesma e querer vencer essa luta. Nem eu, nem ninguém pode fazer isso parar, só você.

–Mas meus pais... A Rose...

–Têm eles também Lilly, mas deles você está protegida, pelo menos por enquanto, agora você precisa derrotar seus próprios demônios e então derrotar esses babacas, entende?

–Entendo – ela sussurra, eu me aproximo e coloco uma mão em seu ombro e o outro eu acaricio seu rosto macio.

–Então, encontre sua coragem Lils e não desista...

–Por que não? Que falta eu faria?

–Pros outros eu não sei, mas eu não ia continuar vivo se você morresse – ela me olha um pouco assustada – Lils, eu não acredito que valha a pena estar em um lugar em que uma pessoa como você se mata por pessoas como a Rose, além do mais se você for eu for, se você se matar eu me mato, se você tiver coragem eu também vou ter – ela me abraça, e eu a acolho em meus braços.

–Mas Riley... – ela sussurra um pouco trêmula – Eu não vou conseguir...

–Você consegue – eu digo em seu ouvido – Eu acredito que você consegue, você é forte o suficiente para isso e é por isso... – as palavras ficam engasgadas na minha garganta.

–É por isso que o quê?

–É por isso que eu acredito em você – eu sorrio e me afasto – Eu só posso oferecer as minhas palavras, pequena, e só você pode acabar com seus demônios, eu estou aqui para ajudar, lamento não poder fazer mais do que isso – eu beijo sua testa.

–Riley... – ela sussurra e segura minha mão vendo que estou me afastando – Eu... eu... Obrigada...

É o que ela diz, e então eu saio, deixando-a sozinha. Nenhum de nós dois precisava falar que é isso ou nada. Lilly precisa decidir se quer acreditar em si e lutar, porque se ela não quiser não há nada no mundo que a faça parar de morrer aos poucos como está acontecendo.

E sobre os pais dela e Rose, eu e os outros vamos mantê-los a uma distancia razoável. Eu a amo demais e ver eles a fazendo desistir cada vez que está quase conseguindo parar me destrói por dentro... Ah, Lils, quando será que eu vou poder falar que te amo sem ter medo e sem que as palavras fiquem presas em minha boca?

Lilly Luna Potter narrando:

Riley tem razão, eu ando esperando que algo caia do céu, mas só eu posso enfrentar meus pais, Rose e todos os problemas que eles me causaram, ou melhor, que eu mesma me causei para tentar em vão enfrentá-los.

Eu preciso juntar os pedaços de mim, reconstruir-me e então enfrentá-los, eu preciso ficar inteira e completa. Suspiro... Coragem... Fecho os olhos, Riley tem razão, eu me sinto poderosa em um palco, sinto-me poderosa em uma vassoura, por que não posso me sentir poderosa enfrentando aos meus demônios?

Pego o violão que Ri estava mexendo e começo a escrever uma música... Quando me dou por mim fiz uma nova música, e escrevi algumas palavras que não tem nada a ver no canto da música... “Eu te amo”, eram as palavras que ficaram engasgadas na minha garganta e não consegui dizer para o Riley.


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Notas finais do capítulo

Então, espero que tenham gostado ;3
Reviews e recomendações são bem vindos :)
Beijinhos