Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 30
Breathe


Notas iniciais do capítulo

Só pra constar eu não sou viciada em Paramore, só acho que algumas músicas combinam muito com essa fic. Em fim, obrigada pelos comentários.
Obrigada pelas recomendações novas *-*
E obrigada por serem maravilhosas meus amores. Amo vocês ♥
Boa leitura :3



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Riley Black Malfoy narrando:

A senhora Potter fez Lilly sair do quarto dela, colocou-a em um quarto do lado da despensa, onde só tem uma cama com um colchão horrível para Lilly, só descobri isso porque quando fui procurar por ela, Black me levou até Lith. Ela estava com jeans velhos, um moletom e um casaco velhos e rasgados, com o cabelo preso pegando comida para fazer para todos que estavam passando o natal ali. Gina fez de Lilly uma empregada, e quando tentamos fazer Lilly vir jantar com a gente ela levantou da mesa e levou Lilly para longe, não sei o que aconteceu, mas a ruiva pediu para que parássemos de tentar ajudar naquele momento.

É óbvio que ninguém está ouvindo, até umas garotas que são nossas amigas querem a conhecer. E quem não quer? A vocalista da banda mais adorada de Hogwarts e que ninguém da Corvinal odeia, e temos bastante amigos na Corvinal.

-Ei Lilly, vem jogar – Scorpius fala. Vamos jogar quadribol e Lilly está pendurada lavando vidros, Rose está já onde vai ser o jogo de quadribol improvisado.

-Jogar o que? – ela pede deixando o pano cair, o problema é que Gina resolve vir fiscalizar a filha, e escuta o que ela diz e o pano cai na cabeça dela.

-Jogar esse pano na sua cara, imunda – ela grita para Lilly – Desce daí, vagabunda, o que eu te falei sobre falar com essas pessoas? Não são seus amigos! – Lilly fecha os olhos e dá um pulo, saindo da janela e acompanhando Gina para o outro cômodo.

-É melhor a gente sair – escuto uma menina falar. Eu olho para James que levanta uma sobrancelha.

-Isso aí, vamos nessa – James fala alto e faz sinal para os outros irem, eles nos encaram. Mas eu e James fazemos sinal de silêncio e o mandamos ir. Scorp e Albus entendem e puxam os outros. E cinco minutos depois que a última pessoa saí da porta e aparentemente está longe o suficiente, Lilly berra de dor, e eu arregalo os olhos encarando o James.

-Ela não pode... – eu sussurro quase que só movendo os braços.

-Ela está enlouquecida – ele responde da mesma maneira.

-Ela é mãe da Lilly – respiro fundo e eu e James vamos silenciosamente até a porta e a abrimos. Gina está torturando Lilly com a maldição Cruciatus.

-Mãe – James fala alto e Gina olha por um momento para ele, o sorriso sádico dela desaparece – Desculpa por isso, mas não vou permitir que faça isso com a minha princesinha – e então ele lança um estupefaça na Gina, e eu vou correndo até Lilly abraça-la.

-Ah... Vocês não precisavam... – Lilly sussurra, sentando e se aninhando em meus braços, ela ainda está chorando.

-Você tá brincando? É claro que precisávamos! Lilly, ela te torturou os três dias que está aqui. Você iria enlouquecer até voltar para Hogwarts! – eu falo, enquanto James vem até nós e passa a mão no rosto da Lilly.

-Eu não acredito que ela fez isso – ele sussurra – Não vou deixar mais. Volte para o seu quarto, se ela falar qualquer coisa vou chamar a vovó, ela não vai acreditar na Rose, e você vem com nós.

-Mas James... – ela sussurra e eu o encaro, sei o que ele quer. Harry vai estar no jogo.

-Ela não está em condições de jogar – eu falo para ele, que assente e então ele aponta a varinha para Lilly e sussurra algumas palavras. Uma luz branca a envolve por um momento – É um feitiço de renovação... Se sente bem?

-É como se não tivesse sido torturada a pouco, apesar de a dor estar na minha mente – Lilly sussurra e faz uma careta – Mas... Por quê?

-Papai vai ver nosso jogo, quero você no meu time. Al me contou do que você é capaz, e quero provar pro nosso velho que ele está errado – James segurou a mão de Lilly e a fez levantar do chão – Você vem?

-É quadribol? – ela pede, e vejo um olhar ferino em seus olhos. Lilly ama quadribol, não recusará um jogo.

-E o que mais jogaríamos? Golfe? – James sorri, e Lilly dá uma risada, e nó vamos correndo para o campo.

Lilly Luna Potter narrando:

Os três dias que fiquei trabalhando foram péssimos, não fiz nada e nem deixei ninguém fazer porque vi nos olhos de Gina que ela seria capaz de torturar quem tentasse. Ela me torturou, três vezes. E Riley tem razão, mais um dia daquilo e eu sairia correndo, ou tentaria aguentar e voltaria louca e como Rose quer para Hogwarts.

James me puxa até um jogo de quadribol e eu sei que mesmo sem aquele feitiço dele, que me fez ficar sem dor algum ou resquício físico da tortura e das faxinas malucas da Gina, eu iria para o jogo, queria vencer Rose, e precisava descontar a raiva que sentia em alguma coisa.

-Ai estão eles – Rose fala, ela já formou um time, James revira os olhos e sorri.

-Sim, aqui estamos nós – ele sorri – Já tenho meu time também, antes que reclame. Al, Riley, eu, Lilly – meu pai dá uma risadinha com meu nome, James revira os olhos – Hugo, Scorpius e Teddy.

Teddy vai jogar de batedor comigo, James é o apanhador, Hugo o goleiro, Al, Riley e Scorpius são os artilheiros. No time da Rose, ela é a única menina e vai jogar de artilheira, quanto aos meninos não procuro nem reconhecer, apenas o apanhador, que é um loiro da lufa-lufa. Harry vai ser o juiz, ele dá os bastões para o Hugo e os outros batedores, e fica me olhando por uns cinco minutos.

-Eu preciso de um bastão para jogar – eu falo para ele.

-Vai cair da vassoura, não devo permitir...

-CALA A PORRA DA SUA BOCA E DÁ A MERDA DO BASTÃO DE UMA VEZ - eu berro para o cara que eu costumava chamar de pai, Harry arregala os olhos, e antes que fale algum desaforo aproveito que ele está na minha frente e arranco o bastão de sua mão. E ficamos em posições. Harry meio atordoado libera os balaços e o pomo de ouro, então joga a goles.

-QUE O JOGO COMECE – ele grita, e então a confusão começa. Ou melhor, a diversão, porque mesmo sendo um jogo que não vale nada, posso sentir a vontade de vencer a Rose.

Então, cada balaço meu é dirigido a qualquer um no time, os batedores deles não são tão bons, e por um triz não atinjo Rose. Teddy também é um ótimo batedor, ele está mirando no apanhador. Parece que jogamos em sincronia, não só nós dois, mas nosso time inteiro.

Riley rouba a goles, passa para o Scorpius, que se bate contra dois do outro time, e joga para Albus, que joga a goles e faz o gol, e eu voo rápido e rebato um balaço que vai o derrubar. Teddy e eu batemos os bastões um contra o outro.

Scorpius defende um gol, e só não é atingido por um balaço porque eu o protejo e mando o balaço para Rose. Seus batedores não são rápidos o suficiente, e assim que ela consegue pegar a goles, ela é atingida em cheio e começa a cair, e nesse momento James aparece com o pomo de ouro e um sorriso vitorioso. Ganhamos o jogo, meu pai alivia a queda da Rose, e me encara, meio furioso por ter machucado sua queridinha, mas vejo um brilho estranho no seu olhar.

-Ele está orgulhoso de você – Teddy fala assim que batemos os bastões para comemorar a vitoria.

-Então por que não admite?

-Ele ainda está envenenado pelas palavras da afilhada dele – ele responde e eu dou de ombros e desço. Rose não se machucou, o que é uma pena. Harry vem recolher os tacos.

-Acho que eu não caí da vassoura, senhor Potter – eu respondo.

-Ainda precisa provar que sabe cantar – ele responde me encarando – Temos um piano na sala, por que não toca depois da janta? – dou de ombros.

-Não preciso provar nada para você, você não é nada meu – respondo e vou com os garotos para dentro da casa. Vou para meu quarto, o quarto verdadeiro, não a merda que Gina me colocou.

James e Albus me acompanham, ficam na porta do meu quarto como guardas e eu reviro os olhos. Tomo um banho quente gostoso, lavo meu cabelo, deixo a água lavar minhas cicatrizes, sinto uma pequena ardência com isso, mas já estou acostumada. Saio do banho, seco meu corpo, e coloco uma calça jeans preta que tenho, uma camiseta de manga comprida preta, e por cima um moletom da grifinória. Dentro da casa não está tão frio.

Vou para o meu quarto e olho para fora, está nevando. Sorrio, este ano a neve pareceu demorar a chegar. Riley está em cima da minha cama folhando meu caderno de músicas, e eu suspiro.

-O que está fazendo aqui? – peço olhando para a porta e vendo que Al e James saíram – Mandaram cuidar de mim.

-Eu me ofereci, fui o primeiro a tomar banho e sua mãe não vai querer nenhuma pessoa soada na mesa. Sem contar que ela está cuidando de Rose e quer te matar – ele fala e deixa meu caderno de música de lado e sorri – Você parece mais menina sem maquiagem...

-Conta uma novidade sobre minha mãe me odiar – eu retruco e coro com o que ele comenta – Ah... É verdade – sussurro – Não gosto do meu rosto sem maquiagem – puxo a manga do meu moletom e mordo os lábios, sinto-me tímida perto de Riley, por algum motivo que não sei dizer.

-Você fica mais linda do que já é – ele sussurra levantando da cama e se aproximando de mim, colocando a mão no meu rosto, acariciando-o e levando sua mão até minha nuca. Riley está com um cheiro delicioso e seus cabelos ainda estão molhados, ele está só com uma camisa de manga comprida que o deixa perfeito e uma calça jeans.

-Você está lindo de cabelos molhados – eu sussurro, e me arrependo imediatamente, ficando corada. Riley dá um sorriso tentador e me faz sorrir também.

-Está me elogiando? – ele pede – Meu ego ama ouvir isso...

-Não se iluda, foi só um momento de fraqueza – respondo, estamos por algum motivo sussurrando, e sorrindo como dois idiotas, minha pele esquenta de uma maneira confortável e enlouquecedora onde Riley está me tocando.

-De fraqueza ou sinceridade? – ele pede passando seu outro braço em volta da minha cintura e aproximando nossos corpos, sinto meu coração bater mais forte, e meus lábios ficam secos e sedentos por um beijo.

-Dos dois – sussurro, e Riley aproxima seu rosto do meu. Fecho os olhos, sentindo meu rosto se aproximar do dele também.

-Olá – ouço a voz de Hugo falar da porta, e abro os olhos empurrando Riley para longe. Hugo dá um sorriso safado para nós e eu sinto meu rosto arder. Riley passa a mão no cabelo parecendo desconfortável – O jantar está servido, e só para lembrar Riley, não é a Lilly o prato principal – eu abro a boca para responder algo, mas Hugo vira as costas rindo, e eu fico corada.

-Você fica linda corada – Riley sussurra para mim, e eu sou uma risada, ele sorri e pisca de uma maneira que me faz sorris de novo e querer esganar Hugo, naquele momento é como se eu precisasse desesperadamente beijar Riley.

-Vamos, estou com fome – respondo para Riley e ele me dá a mão, mas a larga assim que Scorpius, James, Al e Teddy vêm até nós. Scorpius me abraça, porém não deixo que ele me beije, não posso fazer isso na frente de Riley, o loiro parece entender.

-Eu ouvi a proposta do seu pai – Riley fala para mim – Você devia cantar.

-Não, sem chances.

-Deveria – Scorpius fala, ajudando o primo, e claro, todos os meninos vão querer que eu cante – Sua mãe ficaria quieta quanto a isso.

-Não preciso cantar para eles, nem provar nada – resmungo, descendo mais rápido as escadas e achando um lugar na mesa. Riley me acompanhou e sentou do meu lado.

-Não é para provar nada Lilly – ele sussurra – E sim cantar para eles o que eles precisam ouvir – ele passa a mão em meus ombros, e aquela região parece formigar. Eu mordo o lábio – Pensa vai, eu toco piano pra você, só precisa dizer que música.

Eu janto em silêncio, ignorando as provocações de Gina, Rose, e o pessoal de Hogwarts que me odeia, eu fico impressionada com a quantia de gente que Rose pode trazer para nossa casa, sendo que eu nunca trouxe ninguém, mas não falo nada. Neguei meus pais e agora sou uma visita na casa.

Depois da janta vamos para sala, e todo mundo está rindo, conversando baixinho como se esperassem algo, eu sento no sofá, sendo abraçada por Scorpius que faz carinho nos meus cabelos, e trocamos gracinhas que me fazem dar risadinhas gostosas.

-Lilly – uma menina fala perto de mim – O James disse que você ia cantar para nós, é verdade?

-Vocês querem que eu cante? – eu peço saindo dos braços do Scorpius e sorrindo para a garota, não sei porque, mas meu humor está leve, talvez pelo jogo de quadribol, pelo meu quase beijo com o Riley, minhas gracinhas com Scorpius e como ainda não parei para analisar tudo isso...

-Claro que sim – outra menina responde e eu sorrio e vou até Riley.

-Sabe tocar Breathe? – peço para ele sorrindo, e ele assente, o puxo até o piano. A música até pode parecer romântica, mas é exatamente o que eu quero e preciso dizer para meus pais, principalmente a minha mãe. Ela expressa os desejos que eu tinha com eles, mas agora... Agora eles estão sumindo.

Deixo Riley sentando no piano, ele começa a tocar e eu me encosto, fechando os olhos e me concentrando na batida. Lembro-me da música e começo a cantar, como sempre sou envolvida em uma aura de coragem e dessa vez a melancolia do sentimento está expresso na minha voz.

Lembro-me de todos os sonhos que tive com meus pais sendo meus pais, brigando com Rose e voltando para mim, construí tantos planos para fazer com eles quando acordassem, mas agora eu não queria mais aquilo, não tinha esperança para tê-los comigo, quem sabe outro dia, outra era... Outra vida?

A esperança de superar aquilo tudo está comigo, mas a esperança de ter meus pais de volta estava longe, quase sumindo, talvez eu não os quisesse mais. Canto apenas ao som do piano, apesar da música também ter guitarra e bateria na original.

Chego ao fim e abro os olhos, meu pai e minha mãe estão ouvindo, abraçados. Meu pai me olha surpreso, minha mãe também. Deixo a dor nos meus olhos transparecer por um segundo e sei que viram, mas não compreendem, mas compreendem que a música é para eles. Todo mundo pede palmas, e eu não canto outra, apenas agradeço o Riley e volto para o Scorpius que me recebe com um beijo.

Fecho os olhos e correspondo ao beijo, é intenso, romântico, deixa-me levar, mas não é aqueles lábios que desejo de uma maneira desesperada. Gosto de beijar Scopirus, gosto dele, mas... Não compreendo, então deixo-me ser beijada. E quando Gina e Rose vão me repreender meu pai pede que parem.

-Não quero brigas nessa casa, são só adolescentes – ele fala para Gina – Não se meta no assunto deles – ela bufa e sobe as escadas. Rose resmunga e vai falar com meu pai, espalhar seu veneno, mas Harry parece cansado e pede que ela pare e volte para a sala, ele se tranca em seu escritório.

-Sua música mudou algo – Scorpius fala para mim, eu procuro Riley no meio de todo mundo, encontro-o subindo as escadas, ele vira para dar uma última olhada, nossos olhares se encontram, ele sorri triste e volta a subir.

-É – não só a música, eu penso, mas não falo nada, só fico ali em baixo com o pessoal, conversando, rindo, brincando, trocando alguns beijos com Scorpius. Quando sinto sono eu subo, e adormeço profundamente.


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Notas finais do capítulo

Sim, a Gina está enlouquecida. A intenção é ela parecer louca, ok?
E o Harry é um cego.
Espero que tenham gostado.
Eu tinha mais alguma coisa para comentar, mas estou falando com um amigo no skype, e esqueci... Hum...
Bem, acho que é isso.
Comentem, mandem MP's e tal. Amo vocês.
Beijinhos