Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 26
Grifinória X Sonserina


Notas iniciais do capítulo

Oláa gente,
espero que gostem
Boa leitura ;3



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Lilly Luna Potter narrando:

            Uma semana depois...

           

            É estranho andar por aí e todo mundo me cumprimentar, hoje eles me cumprimentam não só pela banda que foi um sucesso, mas porque é o primeiro jogo de quadribol da grifinória. Claro que só vamos jogar de novo depois dos feriados, a previsão para o inverno é muita neve o que não vai permitir ter jogos até o começo de Janeiro.

            Vamos jogar contra a sonserina e isso não me deixa mais confortável ou menos nervosa, já que vou jogar contra Riley, e ele vai ser um alvo para os balaços que eu rebater, ainda mais porque ele é o apanhador da sonserina. Eu suspiro comendo meu pão, o jogo é daqui quarenta minutos, e Albus e Scorpius estão me obrigando a comer.

            A única que não dá a mínima para mim é Rose, ela começou apostas que eu vou cair na vassoura, após cinco minutos de jogo, e aquilo também estava fazendo meu estômago dar voltas. Eu fora tão corajosa na noite de Halloween, e ainda me sentia assim, porém meu corpo sentia medo de Rose.

            Levanto deixando meu café da manhã de lado e olho para Albus séria, que não diz nada, o time se reúne e vamos para os vestiários, colocamos os uniformes e falamos mais uma vez sobre as estratégias de jogo.

            -Ruiva, contamos com você. Eu sei que Riley é nosso amigo, mas no jogo... – Albus ama repetir as mesmas frases.

            -Ele não passa de um verme que merece cair da vassoura – completo a frase e ele sorri.

            -Exatamente – gritamos o hino do time, e nos colocamos em posição esperando o apito soar. Assim que o apito soa, olho para Lithium que está observando o jogo, eu sorrio e pego impulso. Seguro forte o bastão de quadribol e sinto toda a ferocidade e coragem que vem até mim quando estou jogando quadribol ou tocando música.

            Não presto muita atenção no jogo, só protejo meu time dos balaços. Ainda bem que o outro batedor é bom também, nós tentamos acertar os sonserinos, mas eles são rápidos. Por duas vezes Riley quase cai da vassoura por culpa de um balaço que eu rebato, ele é rápido, mas desviar de balaços o faz perder a concentração. E como estamos protegendo Al, nenhum balaço chega até ele.

            Ouço Riley praguejar com o time inteiro, olho por um segundo o placar, a grifinória está vencendo por uma boa margem de pontos, e a única esperança da sonserina é pegar o pomo, se fizermos mais dois gols o jogo é nosso.

            Porém, no momento em que eu percebo que Riley está concentrando em um ponto, e um batedor joga um balaço para atingir Albus, deixo meus instintos me levarem, rebato o balaço e ele atinge a parte de trás da vassoura de Riley, o que o faz perder o equilíbrio e cair, ou quase, ele consegue se segurar na vassoura, mas até ele montar nela de novo, Al já está com o pomo na mão e toda grifinória reconhece que o jogo só terminou e foi um sucesso por minha causa.

            Rose saí com raiva do campo me encarando e um monte de vadias me vaiam, mas a voz do resto é bem mais alta do que a delas, e saio com convite para a festa de comemoração.

            Assim que saio do vestiário Riley me abraça e ri comigo com o lance que eu fiz, ele não fica bravo. As relações do quadribol em Hogwarts ficaram tão boas que a rivalidade só existia no campo. Agora todos iriam para a festa de comemoração nas salas abandonas, eu conhecia as orgias que aconteciam lá e que Rose mandava em tudo. Apesar dos convites eu só iria tomar banho, ficar estudando, tocando violão e pensando.

            A semana tinha sido boa, o que me deixa assustada, Rose ama foder com as coisas quando elas parecem calmas. Riley me acompanha até o Salão Comunal e eu vou direto para o meu quarto, tranco a porta, tomo um banho, coloco meu pijama preferido e sento na cadeira, brincando com as coisas em cima da minha escrivaninha, e então encaro um pergaminho em branco e pego meu violão.

            Riley Black Malfoy narrando:

            Saio do jogo, e pela primeira vez não quero ir em uma daquelas festinhas que eram nada mais nada menos do que noites de sexo intenso, drogas e uma ressaca fenomenal no outro dia.

            O que eu faço é pouco comum para alguém como eu, vou pro dormitório que está vazio, tomo banho e pego meu violão, fico dedilhando algumas músicas. Coloco o violão de lado por um instante e procuro minhas coisas, acho minha mochila e desamasso um pergaminho e acho outro em branco, vou para a minha escrivaninha no dormitório, coloco as coisas ali, e pego meu violão.

              A semana foi calma e isso me preocupa, demais, Rose deveria contar que Lilly fosse na festinha dela, mas como a minha ruivinha não é burra ela não vai... E aqui estou novamente usando palavras como “minha” para descrever Lilly Potter.

            É confuso pensar em Lilly, tento conter as coisas que sinto, não posso magoa-la. Já a machuquei demais por uma vida e me imaginar do lado dela é a melhor coisa do mundo, porém... Imaginar que eu posso a perder, e que eu provavelmente a magoarei é muito doloroso para eu tentar arriscar.

            Não sei o que sinto, não é só um sentimento ridículo de posse, não é apenas um puro desejo carnal onde eu só buscaria sexo com a Lilly, aliás, não consigo imaginar eu com ela na cama, ela era perfeita demais e parecia santa demais para fazer as safadezas que eu fazia. Parecia tão errado quebrar a inocência de Lilly... Pelo menos naquele sentido. E claro, eu tenho essa necessidade maluca de protegê-la.

            E penso na inocência de Lilly... Ela é inocente quando se fala de sexo, mas depois de tudo que passou creio que o coração dela seja tão duro e desconfiado como o meu, ou até mais, e ela tem motivos. Desde os onze anos sua vida é um inferno, isso graças a Rose, e a mim e aos seus irmãos... E odeio pensar, mas graças aos pais dela também.

            Lilly não os odeia, ou ainda não descobriu que os odeia, mas sei que se ela tivesse a oportunidade e o momento perfeito ela faria os pais caírem na real, mas ela não os perdoaria. Eu sei que ela não os perdoará.

            E quem perdoaria?

Lilly Luna Potter narrando:

           

            Largo o violão, estudei, toquei música, comi chocolate e voltei a tocar música, e agora já é um pouco tarde, estou cansada. Vou para cama e passo a mão no pelo sedoso de Lithium, trocamos algumas palavras e minha pantera caí no sono.

            Eu deito, e fico olhando para a janela, penso em todas as coisas que tem me acontecido e em como meus pais tem muita culpa nisso. Eles concordaram com Rose, e me enfiaram em um dormitório sozinha, essa era a verdade do porquê ninguém estava ali comigo. Eles sempre deixaram claro da preferência por ela, e agora com aquela carta eu tenho certeza de que eu devia ter morrido há muito tempo.  

            Mas por que persisto em continuar viva?

            Acabo sentando na cama, abraço minhas pernas e olho para as estrelas, eu sei o porquê. Eu não sou tudo o que ela diz, e se eu não lutar, milhares de outras garotas vão aprender com Rose, e meninas como eu vão sempre perder, eu não posso deixar ela vencer, deixei-a fazer isso por muito, muito, muito tempo.

            Então, pela primeira vez em muitas noites não luto contra a vontade de me cortar, porque ela não existe. Sei que não vou fracassar com a luta de não pegar uma faca e ver o sangue escorrer. Porque hoje... Hoje eu só quero viver, quero viver e mostrar a Rose e meus pais que eu sou bem melhor do que eles imaginam.

            Eu nasci para brilhar e apesar dos apesares eu ainda sou uma Potter e minha avó teria orgulho de mim e não vergonha.


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Notas finais do capítulo

Reviews, revires e recomendações, sim?
Beijos gatas e gatos ;3