Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 1
Lilly Luna Potter.


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal, espero que vocês gostam, essa fic apareceu do nada e até estou narrando ela de um jeitinho um pouco diferente das minhas outras fics.
Espero que gostem, e tenham uma boa leitura ;D



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Você procura paz de espírito, mas não alcança, você sorri para todos e diz que está tudo bem, que é só sono, e eles fingem acreditar, porque lá no fundo eles sabem que não é só sono, que algo não vai bem. Mas a maioria não percebe por simplesmente acharem que você é tímida, ou quem sabe, quieta por natureza, ou como minha mãe se ilude, achando que estou apaixonada e devaneando por aí. Meus irmãos são os únicos que poderiam saber sobre o porquê fico sempre quieta, e abaixo o olhar, sei que não adiantará discutir. Cinco anos em Hogwarts sendo humilhada por todos de todas as casas, ouvindo que não merecia ser filha de quem era nem estar na casa que estava era o suficiente para eu saber como deveria agir.

            Porque afinal de contas, eu Lilly Luna Potter, antes a garota animada, teimosa, a princesinha do papai, aprendi a viver no inferno, aprendi a me esconder nas sombras, passar por um lugar sem ser percebida, e calar a minha boca por tudo, conter a minha coragem e dom de me meter em encrencas para fazer o que era certo. Qualquer pessoa faria a mesma coisa do que eu depois de ter que ouvir tudo o que eu ouvi de meus irmãos, de seus amigos, e de todos que eu já tinha chamado de meus amigos.

             Dentro de casa, meus irmãos fingiam me tratar bem perto de meus pais, e longe simplesmente me ignoravam, se bem que eu preferia assim. Só ainda não entendia por que eles me odiavam tanto, e eu tinha a plena certeza que nunca iria entender, assim como meus pais nunca iriam saber o motivo de eu ter começado a tirar notas altas, mas sempre andar com um moletom preto, escondendo sob o capuz meu cabelo ruivo, escondendo atrás de maquiagem escura, ou sem nenhuma maquiagem a minha pele branca e meus olhos castanhos claros. Eles nunca iriam entender o motivo de eu sempre estar com fones de ouvido, escutando rock pesado, e nunca iriam saber por que eu nunca trouxera amigo nenhum para passar o natal em casa. Eles nunca iriam nem desconfiar, que tudo isso era culpa dos próprios filhos, e de eu ter já sido espancada, e humilhada demais para tentar lutar contra eles.

            Sou uma Potter. Sei disso, e deveria ter mais coragem e meu sangue, quem sabe, eu ser herdeira de um dos marotos pudesse ter me ajudado? Não, isso não me ajudou. Na verdade isso só piorou tudo, enquanto meus irmãos foram adorados por serem filhos de Harry e Gina Potter, eu fui odiada por esse motivo. Enquanto James e Albus eram “os caras” no quadribol, já começavam a rir se eu montasse em uma vassoura, só que eles não sabiam que eu jogava muito melhor do que meus irmãos. Enquanto tudo o que aqueles babacas faziam e fazem é demais, tudo o que eu faço é coisa de perdedora, mas tudo bem, já me acostumei com isso.

            Hoje não está sendo um dia fácil, estamos no beco diagonal, e comprando o material da escola. James não vai voltar esse ano para Hogwarts, e Graças a Morgana, só terei que aturar Al e os amigos idiotas dele. Mas mesmo assim, mesmo sem James Hogwarts não estará agradável. Eu amo aquele castelo, e os momentos de paz que tenho nele, mas odeio a escola, e os bruxos desprezíveis com quem estudo.

            E aqui no beco diagonal, eu encontro um monte daqueles idiotas, eles me olham de canto, não me cumprimentam, seus pais, amigos dos meus, dizem “Oi, tudo bem?”, obviamente só por educação, não se importam realmente. Apenas querem que eu comente com meu pai “Eu vi fulano, ele me cumprimentou, ele parece ser legal pai, que tal conversar com ele e lhe dar prestígio?”, eles só estão em busca de fama, ou quem sabe de alguma importância no mundo bruxo.

            Já devo ter desviado umas dez vezes do grupinho de amigos do Al, e também os de minha prima Rose Weasley, que não puxou nem ao pai, e nem a mãe, e virou uma vadia de Hogwarts. Tudo bem que está na Grifinória, mas é a pior garota que eu já conheci em toda a minha vida, e é minha prima. Acho que a fama faz isso com quem tem mente fraca, talvez seja por isso que meus parentes sejam medíocres comigo, por serem idiotas, mas isso não é novidade.

            Minha mãe comprou tudo para mim, apenas mandou-me ir à loja de Madame Malkin para comprar vestes novas, e é o que estou indo fazer, ainda não me meti em encrencas e ninguém pareceu me ver, quer dizer, além dos pais de alunos chatos, e aqueles que me ignoraram, o que dei Graças a Merlin por fazerem.

            Entro na loja, e sinto um cheiro bom de roupa nova invadir minhas narinas, aquela era a única loja, depois de uma boa livraria, que eu aceitava fazer compras. Madame Malkin era gentil, e quando pedia se tudo estava bem, soava verdadeiro. Eu sento em um sofá e espero ser atendida.

            -Olhem galera, vejam quem está aqui, se não é a Potter ignorada e que envergonha a família!

            Eu sinto um arrepio ao ouvir essa voz, ela é gélida e minha mente reconhece imediatamente quem é o dono dela. Riley Black Malfoy, não ele não é irmão de Scorpius Malfoy, ele é primo. Neto de Regulus Black, que teve uma filha com uma tia de Narcisa Malfoy, e essa filha casou-se com um primo de Draco Malfoy. Soube que Riley perdeu os pais quando era novo e mora desde sempre com a família Malfoy. Muitas meninas dizem que apesar dele ser puro sangue e sonserino, é doce e gentil, para mim ele é um idiota, arrogante, prepotente e que acha que pode me xingar. É amigo de meu irmão, e de minha prima Rose. Ele é o pior de todos os idiotas que me fazem sofrer e ser humilhada naquela escola.

            -Lilly Luna Idiota Potter... Pensei que James já teria te mandado para bem longe agora que terminou a escola e é maior de idade, mas vejo que ele resolveu te deixar poluindo o mundo.

            Outro garoto me xinga e eu ouço a risada gélida daqueles garotos da Sonserina e alguns da Grifinória. Eu suspiro e finjo que não havia ouvido, ás vezes dava certo, raramente, certo, isso nunca dava certo, mas eu sempre tentava ignorá-los na esperança que fossem embora.

            -Nós estamos falando com você cabeça de fogo – eu escuto Riley Malfoy falar rindo e vir para a minha frente, puxando meus cabelos e aproximando meu rosto do seu de uma maneira hostil e que faz meu coração disparar de medo. Riley Malfoy é bonito, ele tem cabelos castanhos, quase negros, e olhos azuis escuros, mas que ás vezes parece castanho e possuí uma pele branca, mas ao mesmo tempo meio dourada, deve ter m belo corpo, e é um dos garotos mais populares do colégio. E por isso tudo o que ele faz contra mim, os outros fazem também, eu o odeio, por isso e por tudo.

            Meu coro cabeludo arde em dor, e minha respiração falha. Tateio meu bolso em busca da minha varinha, mas ele já está com ela na mão, e tem um sorriso que faz muitas garotas ali presentes suspirar, mas que para mim, naquela hora, era frio, calculista e amedrontador.

            -Eu sei que estavam falando comigo, mas fui educada e não respondi. Agora Malfoy, por favor, largue meu cabelo.

            Minha voz soa calma, mesmo eu sentindo meu corpo tremer, o garoto dá outro sorriso macabro, e ele larga meus cabelos, empurrando-me para o sofá violentamente, meu corpo bate contra uma madeira, e eu sinto uma dor imensa, mas não grito e contenho a dor, e as lágrimas que estão prestes a cair de meus olhos.

            -Você é insolente Potter. E isso é algo que não tolero. Esse ano, você sofrerá muito, e sabe disso não é mesmo? Não é porque seu irmão saiu que esquecer-nos iremos de você – a voz dele soava fria e ele ainda sorria, parecia se divertir com o meu medo. Tinha um tom de voz solene o que fazia tudo parecer mais uma cena de tortura. Eu dou um longo suspiro e mordo o lábio. Abaixando o olhar rezo a Morgana e Merlin que me livrem daquilo tudo logo.

            -Você já deu seu recado, agora pode me deixar em paz, não pode? Já me machucou, já mostrou o idiota Sonserino e influenciado por babacas que é. Agora pode ir e me deixar em paz – eu falo e sinto as lágrimas caindo involuntárias de meus olhos. Sei que eles vão fazer piadas disso, eu nunca chorei antes na frente deles. Mas eu ficara com medo daquele idiota. Assustada. Com raiva, e magoada. Eu me levanto, e mesmo tendo mandando-o embora, simplesmente saio correndo. Deixando-os ali com suas risadas e piadas que não me interessam agora.

            Deixo meus pés me guiarem naquelas ruas, até que me encontro dentro de uma loja estranha que nunca havia visto ali, talvez tenha me distanciado demais e me perdido, mas não importa tenho dinheiro, e não quero voltar.

            -Posso atendê-la senhorita?

            Uma velha mulher sai de trás de uma cortina, ela dá um sorriso, não consigo distinguir suas feições, mas algo me faz confiar nela. Limpo minhas lágrimas e olho em volta da loja, até que paro em um punhal de prata, cravejado com um rubi.

            -Quanto custa este punhal?

            Não sei o que vi naquilo, mas simplesmente achei-o belo, e se custasse todas as minhas economias, eu o levaria, ainda bem que estava com meu dinheiro ali. A mulher deu um sorriso assustador e pegou o punhal entregando em minha mão.

            -Ele poderia custar caro senhorita, mas para uma alma como a sua ele custa dois galeões, saiba usá-lo – a mulher diz e recebe meu dinheiro. Eu saio da loja meio zonza e não sei se aquilo é real. Minhas pernas estão fracas, e noto que estou sem comer desde o jantar. Não queria me servir de comida alguma há algum tempo, meu apetite era pouco, mesmo em Hogwarts.

            As palavras da velha soam em minha mente, eu guaro o punhal no meu bolso, e me sento em um banco por ali, fecho os olhos por um instante, e espero a tontura passar. Algo estava errado com aquela senhora, não sabia o que era, mas minha mente não queria pensar nisso agora.

            Por Morgana! Eu estava tão zonza, e as lágrimas recomeçaram cair de meus olhos. Eu abraço minhas pernas, e abaixo minha cabeça, sentindo a tontura passar. Olho para frente onde deveria estar à loja que eu comprara o meu punhal, mas eu não a achei. Não fora um sonho, meu punhal ainda estava ali. Eu suspiro, e balanço a cabeça deixando que a cena se vá.

            Olho para o relógio e vejo que é meio dia, preciso passar na loja de Madame Malkin e então ir encontrar minha mãe para voltarmos para casa, espero que pelo menos não esbarre com ninguém pelo caminho. Porque a cena que acontecera antes mexera comigo de um modo que eu ainda não conseguia entender como. Mas talvez fosse porque há dois meses isso não acontecia e eu só não esperava que fossem fazer aquele tipo de coisa ali.

            Madame Malkin é gentil comigo e saio com um bom estoque de vestes estilizadas como eu gosto, pela própria costureira. Bem, pelo menos ainda há uma vantagem em ser eu.


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Notas finais do capítulo

Então amoores e amoras, gostaram?
Bem, eu mereço reviews?
Estou fazendo a fic do coração mesmo, e sei que vou enlouquecer de tantas fics pra atualizar, mas como estou em férias, sei que vou conseguir (:
Muitas coisas ainda vão acontecer, e o nosso Riley só vai perceber que é um idiota um pouquinho mais pra frente kk
Em fim, um review pelo menos pro próximo cap (:
Beijinhos ;*
B_M_P_C.