Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 30
Falhas


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIII!!!!!!!!
Capítulo grandinho!!! Para comemorar o ano novo!!!!!
Ah! Eu amoooo esse capítulo!!!! Ele é super importante!
Obrigada a todos que tem acompanhado a fic!!!!!
Boa Leitura!
Desculpem os erros ^-^



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Hermione estava cansada apesar de serem nove horas da manhã. Ela passara a noite acordada com Harry, no porão. Planejando a invasão de Hogwarts, e era só isso que eles faziam há uma semana, em segredo. Ninguém sabia o que os dois faziam lá, sempre perguntavam, mas nunca eram respondidos ou se eram, eles lhe diziam “Missão de Dumbledore”. Todos os dias eram iguais, Harry e Hermione acordavam cedo para pesquisar e trabalhar no jardim, almoçavam e depois trabalhavam mais, jantavam e se dirigiam ao quarto de Gina, para escutar as reuniões da Ordem, mas infelizmente, Lupin colocava feitiços protetores e silenciadores ou a Ordem saía para outro lugar e depois trabalhavam exaustivamente até ás cinco da manhã no porão.

Hermione desceu e foi para o café da manhã. A convivência ficava cada vez mais difícil, por que Hermione não tinha vontade de falar sobre qualquer coisa que não seja relacionada à guerra. Ela não tinha vida pessoal, e ela sabia que toda essa fixação sobre a guerra, era porque não conseguia pensar em nada além dela que não lhe causasse dor. Sofria muito, mas conseguia forçar um sorriso e uma cara viva nas refeições. À noite, quando Tonks não estava no quarto, ela chorava como um bebê e dormia no chão. Certa manhã, Harry encontrou ela no chão, dormindo, e com expressões tristes, ele a acordou e ela logo lhe explicou que chorara por causa de saudades de sua família. Ele acreditou. Hermione vivia dois momentos todos os dias: os falsos e os reais.

Os falsos eram desde que ela acordava até se deitar, os reais era desde que ela deitava até quando acordava. Sonhava com Tom. Sonhava com coisas absurdas, por exemplo, ele aparecendo na Toca dizendo que se desculpava e que queria ela de volta. Outros sonhos eram mais absurdos, como uma vez em que ela sonhou que estava com um lindo vestido branco e corria por uma floresta, até encontrar Tom escorado em uma árvore e ele lhe dizia que estava com saudades. Sempre os sonhos dela tinham um final feliz, diferente de sua vida.

Ela, intimamente, se preocupava com ele. Se ele estava bem e feliz. Mas seu ciúme (que ainda existia) dizia que ele não seria feliz com ninguém que não fosse ela, por que era o mesmo que acontecia com Hermione.

Olhou para a sala de jantar, só Harry estava na mesa e não havia ninguém mais no cômodo, reparou que havia lugares a mais na mesa. Olhou para Harry questionando-o e esse deu de ombros. Sua curiosidade não aguentou.

- Sr.ª Weasley? – Hermione perguntou para a mulher que estava na cozinha – Virá mais alguém para o café, hoje? – A mulher se dirigiu até a sala de jantar.

- Sim, alguns membros da Ordem... Hoje é dia de Observatório Potter. Precisamos grava-lo pela manhã, assim pela noite, nós já temos o programa pronto.

Hermione e Harry se olharam.

- E onde vocês gravam? – Harry perguntou. Sr.ª Weasley mordeu o lábio, parecia indecisa.

- Hmm... – Ela não disse mais nada e voltou-se para a cozinha.

Hermione sentou-se ao lado de Harry. Ambos começaram a comer.

Depois de algum tempo, escutaram o barulho de aparatação. Em seguida, alguns membros da Ordem (entre eles Lupin e Tonks) entraram na sala de jantar. Os gêmeos também estavam lá.

Depois que os cumprimentos e a cordialidade cessaram, algumas conversas ficaram aparentes.

- Mas hoje nós iremos à Hogwarts... – Dizia um homem, um tanto escandalizado, para uma mulher baixinha.

Hermione e Harry deixaram seus queixos caírem. Como eles sabiam entrar em Hogwarts? Harry e Hermione passaram noites planejando e não conseguiram absolutamente nada!

Ambos trocaram olhares estupefatos, Harry foi o primeiro a recobrar a fala. Agora todos olhavam para eles.

- Co-como? Como vocês vão entrar em Hogwarts? – Harry perguntou, ele e Hermione levantaram-se da mesa.

- São assuntos da Ordem. – Disse Lupin, olhando com raiva para o delator dos planos.

- Sim, mas nós precisamos entrar em Hogwarts! – Hermione falou, quase gritando. Todos olharam para Harry e para Hermione.

- Por quê? – Lupin perguntou com as sobrancelhas erguidas.

- Por que... – Hermione começou, mas Harry tapou a boca dela, talvez percebendo que ela diria o que não devia.

- Nós precisamos pegar algo em Hogwarts – Harry, disse. Hermione se surpreendeu e tirou a mão dele de sua boca.

- Como assim nós? Eu vou pegar aquelas coisas em Hogwarts e você vai ficar aqui! Você-Sabe-Quem está atrás de você! O que você acha que aconteceria se Snape o visse andando pelos corredores?! – Hermione disse exasperada.

 - E se fosse você? Você não acha que eles te torturariam ou fariam sabe-se lá oque? – Harry retrucou. Agora a discussão era entre os dois.

Hermione inspirou profundamente e olhou para Harry.

- Eu quero ir, e se acontecer algo comigo, não terá problema, eu sei no que estou me metendo. Mas se você for e acontecer algo com você? Você sabe muito bem do que eu estou falando. – E Harry sabia do que ela estava falando, se acontecesse algo com Harry a guerra estaria perdida, só ele podia derrotar Voldemort.

Harry soltou o ar com força e sentou-se. Hermione continuou de pé e olhou para Lupin.

- Eu preciso entrar em Hogwarts, Lupin – Hermione disse com calma – É extremamente importante para a nossa missão. – Terminou olhando para Harry.

Lupin e os membros da Ordem se encararam por alguns segundos antes de responder.

- Quando? – Ele perguntou. Hermione olhou para Harry, eles já tinham um plano bolado para quando entrassem em Hogwarts, só havia faltado à oportunidade.

- Quando... – Disse e percebeu Harry bufando de raiva – Ah, Harry! Não vai acontecer nada comigo, eu sei me defender.

- Hogwarts está cheia de Comensais da Morte. – Argumentou ele, como se estivesse com razão. Ela estalou os dedos e um vaso que estava na sala foi lançado contra a parede, com extrema força, quebrando-se em vários pedaços. Depois ela arrumava aquela bagunça – Eles podem te pegar desprevenida.

- Só se conseguirem me ver – Ela fez alusão a capa da invisibilidade – E temos o Mapa do Maroto, não é? – Ela perguntou, não fazia sentido esconder aquilo. Harry assentiu duramente.

- E há vários Dementadores no castelo, nós dois sabemos que você tem dificuldade com o Patrono – Ele parecia estar certo de que ela não tinha argumentos contra isso. Bem, ela não tinha. Justo agora que ela não tinha nada de felicidade em sua vida... Pegou sua varinha de trás da calça e pensou em uma lembrança feliz. Pensou em uma tarde com o Tom na Sala Precisa. Fez um floreio e lançou o feitiço de forma não verbal.

Para surpresa dela, e de todos os presentes, não foi uma simpática lontra que saiu de sua varinha. Uma naja começou a escorregar pela mesa, erguendo a cabeça, como se preparasse o bote. A cobra andou pela cozinha e pulou pela janela. Rosto por rosto se virou para Hermione que, apesar de estar muito surpresa, guardou sua varinha como se nada tivesse acontecido.

- Estou apta ,Sr. Harry- super protetor- Potter? – Perguntou sarcasticamente. Harry sorriu de canto, o que a fez sorrir também.

- Desde quando?... – Começou um Rony que havia aparecido a pouco na porta da cozinha, com a boca cheia de bolo.

- Quando eu posso ir? – Ela se dirigiu á Lupin.

- Quando quiser, eu aconselho você ter um plano... – Ele não conseguiu terminar, por que Hermione abaixou-se e tirou vários pergaminhos debaixo do tapete.

- Já tenho, já o decorei. – Ela colocou os pergaminhos sobre a mesa, mas logo teve que tira-los por que se lembrou de que Harry tinha anotado possíveis locais para as horcruxes estarem escondidas.

- Quer ir agora? – Lupin perguntou. Ela olhou para Harry, ele estava com o cenho franzido, e assentiu.

- Mas e o programa? – Os gêmeos disseram em uníssono. Hermione os fuzilou com o olhar.

- Ora, deixem de ser bobos! Podemos faltar uma semana! – Disse Sr.ª Weasley, batendo na cabeça dos dois.

- Eu preciso pegar algumas coisas... – Hermione disse ansiosa e puxou Harry correndo, escada a cima. Pararam no quarto dela. Ela sentou-se na cama enquanto ele fechava a porta, começou a revirar a bolsinha de contas que ela ainda tinha. Levantou-se e foi calçar os sapatos, ela usava uma calça jeans bem velha e uma blusa azul marinho de algodão, de mangas longas e decote em “V”, nem se lembrou de que a Toca era aquecida magicamente e que lá fora estava muito mais frio. Harry foi até ela e lhe entregou a capa, ela desabotoou a calça e colocou a capa em volta de sua coxa, depois puxou a calça por cima. Ele lhe entregou o mapa e ela o colocou no bolso de trás da calça, puxando a blusa para baixo, para tapa-lo. Colocou sua varinha por baixo da blusa, entre os seios, deixando-a presa pelo sutiã. A blusa era grossa e não deixava aparente, já que se a varinha ficasse em sua cintura atrapalharia sua mobilidade, aprendeu isso da pior maneira.

- Pronta? – Harry lhe perguntou, estava mais ansioso do que ela.

- Sim, quando eu voltar estaremos um passo mais próximo de acabarmos com Voldemort... – Disse confiante, ele a abraçou num abraço muito apertado e beijou o topo da cabeça dela.

- Boa sorte... – Ele disse, parecia emocionado.

- É claro que terei, não se preocupe... – E eles saíram, Harry desceu as escadas repassando o plano, mas ela não escutou. Estava incomodada com o fato de matar Voldemort, por que, quando ele morresse, ela não teria mais o seu Tom. Talvez ela ficasse triste com isso, por que no fundo, ela quisesse e tivesse vontade que ele voltasse.

Os membros da Ordem agora comiam, sentados a mesa. Hermione apareceu com Harry e Lupin levantou-se.

- Vamos? – Ele perguntou. Hermione olhou para todos e assentiu. Depois teve aguentar os abraços de todos e beijos da Sr.ª Weasley ela saiu com Lupin para o jardim. Lupin olhou para ela – Espere aí – Ele disse e entrou na Toca novamente.

Poucos segundos depois, ele voltou. Pôs-se na frente de Hermione e vedou-lhe os olhos com um lenço escuro.

- Ei! O que é isso, Lupin? – Ela perguntou.

- Se alguém lhe pegar, você não poderá contar como entrou em Hogwarts, por que não saberá – Ele explicou enquanto amarrava atrás da cabeça dela.

- Não bastava um simples feitiço apagador de memória? – Ela questionou sem enxergar nada.

- Talvez... Mas não seria tão preciso e não queremos arriscar que você perca sua memória – Ele explicou.

- Você acha que eu contaria a alguém, se alguém me pegasse, como entrei em Hogwarts? – Ela perguntou ofendida, não trairia seus amigos nem sob tortura!

- Não, mas eles descobririam que você realmente não sabe, caso entrem em sua mente – Ele disse.

- Mas se entrarem em minha mente eles vão descobrir que a Ordem sabe entrar em Hogwarts! – Aquele plano tinha muitos furos.

- Não, por que você vai estar ocupada bloqueando sua mente, caso eles lhe interroguem – Ele disse, mas antes que ela protestasse, continuou – Se você não souber como entrou, terá menos uma coisa para se preocupar para esconder deles.

Ela pensou um pouco, era ótima em bloquear sua mente, mesmo sendo torturada. Mais uma coisa a menos para se preocupar.

- E quando eu... – Ela pigarreou – E quando eu tiver feito o que tenho que fazer? Como eu volto? – Ela colocou as mãos na cintura. Lupin a pegou pelos ombros e virou para ficar de frente para ele. Ela estava falando com a árvore.

- Você saberá... Pronta para aparatar? – Hermione não entendeu.

- Não se pode aparatar nos terrenos... – Ela explicou.

- Eu sei, eu sei, não vamos aparatar em Hogwarts – Ele pegou a mão dela e eles aparataram.

Hermione sentiu outro tipo de solo sobre seus pés. Era desregular e escorregadio. Lupin estava atrás dela e segurava os ombros dela, a guiando. Andaram por ruas e becos apertados, Hermione podia sentir as paredes. Tropeçou nos próprios pés diversas vezes e depois de andar o que pareceram horas, entraram em uma casa. Era uma casa aquecida e Hermione se sentiu confortável. Lupin ainda a segurava. Um “click” indicou que a porta se fechara e Lupin se afastou para cochichar com alguém. Ela se esforçou, mas não conseguiu escutar nada. Escutou passos que identificou ser de duas pessoas, Lupin e o desconhecido, que provavelmente era dono ou dona da casa. Os passos se aproximaram dela.

- Hermione? Está sentindo isso daqui? – Ele segurou as duas mãos da garota e a puxou para um lugar, colocou as mãos dela sobre uma espécie de degrau alto. Ela correu as mãos pela superfície de pedra e descobriu que era uma espécie de quadrado, parecia uma passagem – Entre.

Ela obedeceu e colocou o joelho sobre aquela superfície e deu impulso, entrando numa espécie de corredor. Ela levantou-se e bateu com a cabeça no teto.

- Ouch! – Resmungou esfregando a cabeça.

- Desculpe, esqueci de avisar; ande abaixada – Ele disse atrás dela.

O corredor era demasiado pequeno, a coluna dela latejava de andar curvada. Depois de alguns minutos de silêncio, ele falou:

 - O que aconteceu com seu patrono? – Sua voz era cansada e temerosa.

Ela pensou e deu de ombros. Não devia ter feito isso, seus cotovelos rasparam dolorosamente na pedra.

- Não sei... – Ela respondeu simplesmente. Podia ter certeza que ele estava revirando os olhos – É sério, Aluado.

Ele riu fraco com o uso do apelido, mas não insistiu. Depois de caminhar mais um pouco ele disse:

- Me deixe ir à frente, preciso pegar uma escada – Ela espremeu-se contra a parede para dar passagem a ele.  

Ela não pode ver o que ele fez, mas segundos depois ela estava descendo uma escada. Depois de descer a escada virou a cabeça procurando Lupin, mas não o encontrou.

- Até – Ele disse.

Hermione ficou um pouco confusa, mas retirou sua venda. Olhou para trás, o lugar de onde provavelmente havia saído. Não era nada além de uma parede gigantesca cheia de quadros. Olhou para frente.

O lugar onde estava era enorme, bem maior que o Salão Principal e havia várias camas no chão, como se fossem improvisadas. Havia uma pequena enfermaria, uma estante com várias poções e livros, e as paredes eram enfeitadas com pôsteres de quadribol, e as cores das casas. Havia banheiros mais afastados. Enfim, havia tudo o que era necessário para sobreviver ali. Tudo o que se precisava.

Hermione sorriu. Então estava em Hogwarts, melhor dizendo, na Sala Precisa. Mas logo depois, lembranças sobre aquela mesma sala vieram a sua mente e ela teve que controlar-se para não chorar. Era como se Tom fosse aparecer de repente, chutando os gatos que Hermione gostava tanto. Ou como se fosse pega-la no colo e leva-la até uma cama no centro...

Aquele lugar era muito especial para Hermione, por que ela tivera muitas lembranças felizes dali. E muitas tristes também.

Mas não era hora para pensar em sua dor, teria a noite para isso. Começou a andar entre as camas procurando alguém. Não tinha ninguém ali.

- Isso é brincadeira, não é? – Ela perguntou. Devia ser hora do almoço, os alunos deveriam estar no Salão Principal. Ela sentou-se em uma cama e começou a pensar porque que aquela sala havia sido criada. Será que os irmãos Carrow eram tão ruins assim?

Foi até a pequena enfermaria e viu que estava bem suja. Começou a limpa-la para poder pensar melhor. Depois de uma bela faxina, etiquetou as poções que havia ali. Eram poções úteis, mas que podiam ser confundidas, já que estavam em frascos iguais e sem nomes. Provavelmente, foram feitas as pressas. Ela espantou-se ao perceber que a maioria era para curar ferimentos e dor. E várias poções para aliviar a maldição Cruciatus.

Não conseguia ficar parada, seus pensamentos estavam a mil. Decidiu que sairia atrás das horcruxes pela noite. Ficaria mais fácil procurar sem ninguém nos corredores.

Depois de horas de arrumação no local, que por sinal era muito grande para que ela limpasse sozinha, resolveu sentar-se e esperar alguém aparecer. Sentou-se no chão e ficou tamborilando os dedos no mármore freneticamente. Era para estar cansada, mas não conseguia, tinha muita agitação dentro de si. Iria ter que matar o seu amor...

Começou a cantarolar uma música, baixinho. Qualquer coisa para se distrair. Qualquer coisa para se distrair...

- Acho que tem alguém aqui... – Uma voz disse atrás de Hermione. Ela levantou-se lentamente e virou o rosto. Ela estava no lado norte da peça e os outros estavam na entrada. Eram mais de mil alunos entre, Grifinórios, Lufa-Lufas e Corvinais. Neville e Simas estavam mais a frente, todos tinham as varinhas em punho.

- Identifique-se! – Bradou Neville. Ela piscou os olhos, confusa. A sala estava bem iluminada, ela estava tão diferente assim?

- Nossa, que recepção calorosa, Neville. Eu também fiquei com saudades. – Esperou que alguém falasse algo como “É a Hermione!” ou “Merlin!”, mas não.

- Eu vou contar até três! – Gritou Simas, agora todos estavam confusos. Ela levantou as mãos.

- Merlin! Sou eu! Hermione Granger! Só estou sem cabelo e cheia de cicatrizes, idiotas! – Ela respondeu com raiva. Ninguém a reconheceu!

Alguns segundo de choque se passaram, ninguém fez nada. Ela caminhou até eles com as mãos para cima. Neville foi o primeiro a se aproximar.

- Hermione? – Ele perguntou, com a varinha ainda apontada, quase no nariz dela.

- Sim, Neville! Fiquei tão feia assim? – Perguntou descrente. Ele a abraçou e todos vieram para um abraço coletivo. Depois de se separarem estavam radiantes.

Ela se afastou para olhar todos. Ah! Todos os seus amigos. Estavam, de qualquer forma, bem.

Colocou as mãos na boca e sorriu.

- Por Merlin! O que aconteceu com vocês? E pra que serve essa sala? – Ela perguntou, Neville se apressou em responder.

- Digamos que Aleto e Amico gostam de ensinar com a prática. E essa sala é para nos livrarmos da vigilância deles. Ou melhor, para nos livrar dele. E para nos contatarmos com a Ordem... – Ela o interrompeu.

- Oh! Sim, Lupin me mandou aqui... Quer dizer, eu vim por que quis... Não importa, ahn, eu preciso encontrar algo... Digamos assim... – Ela falou, meio incerta.

- Ok, nos diga onde vamos procurar – Simas respondeu e vários exclamaram positivamente.

- Hmm... – Ela coçou a cabeça – Na realidade, er, vocês não podem saber o que eu procuro... É que... É a missão que Dumbledore deu para mim e para o Harry... – Hermione tentou explicar – Olhem, que aula vocês tem agora?

- Aula? Nós já vamos dormir. – Disse Neville. Ela se surpreendeu.

- Bem, então está na hora... Eu vou sair, vou procurar o que eu vim buscar... Depois eu volto para cá... Os alunos já foram deitar?

- Sim... Mas nó vamos lhe ajudar! – Neville disse.

- Neville, isso é muito importante! Vocês não podem saber o que vai acontecer ou o que eu estou fazendo aqui! Isso é sobre Você-Sabe-Quem! Minha missão! – Ela respirou fundo – Eu sei que vocês querem ajudar, mas... Não dá... Não posso colocar vocês em perigo... – Ela foi para um dos banheiros e se enrolou na capa da invisibilidade, saiu só com o rosto visível.

- Merlin! – Exclamaram alguns.

-Ei! – Ela tirou a capa – É uma capa da invisibilidade! Não posso correr o risco de ser vista, não é? – Ela recolocou a capa – Eu vou voltar, depois que achar o que quero. Eu não sei como voltar para a Toca, mesmo.

E saiu pela porta onde eles haviam entrado, deixando-os incrédulos.

Andou um pouco, estava muito frio. Apertou a capa contra o corpo. Começou a pensar onde procurar. Iria ao banheiro dos monitores primeiro, estava mais perto. Andava o mais silenciosamente possível.  Estava ventando muito, ela apertou a capa mais ainda. Estava quase chegando ao banheiro, mas tropeçou na barra da capa e caiu, devido ao vento sua capa voou quando se levantou, e foi parar no final do corredor. Ela tentou ir atrás, mas não conseguiu.

- Ei! Tem alguém aqui! – Uma voz masculina um pouco familiar disse do outro lado do corredor. Hermione estava dois passos de sua capa, mas qualquer movimento chamaria mais atenção.

 Não conseguia ver quem era, pois estava de costas. E estava muito escuro. Lentamente puxou sua varinha debaixo de sua blusa. Mas esse alguém que a chamou, percebeu.

- Expelliarmus! – Disse o mesmo alguém e ela escutou pessoas se aproximando. Agora Hermione estava sem varinha e ainda escutava mais pessoas se aproximando.

Ela tentou correr, mas foi atingida por outro feitiço que a derrubou. Ela caiu e enquanto se levantava alguém a segurou pelo rosto.

- Lumus – Disse a mesma voz.  Depois de um segundo, ambos se reconheceram. Era Draco – Granger?

Hermione tentou se soltar, mas não conseguiu. Ele estava em choque.

- Droga, o que eu faço com você agora? – Ele parecia discutir consigo mesmo. Antes que ela pudesse falar outra pessoa se aproximou.

- Draco? Quem é? – Diz a voz esganiçada. “Ótimo. Parkinson se juntou a festa”, Hermione pensou.

- Granger. Me ajude a imobiliza-la, vamos leva-la até Snape – Malfoy falou. Hermione não conseguiu lutar contra Pansy e Draco. Foi arrastada até a sala de Dumbledore, que agora devia ser de Snape. Malfoy segurava com força os pulsos dela.

O que ela faria agora? Não fazia a mínima ideia.


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Notas finais do capítulo

E aí? Por favor: Deixem comentários!
Se não vai demorar muitoo pro outro cap. vir !
Obrigada (novamente) por ler !
Beijões
JuB'S