Hermione avançou para ele, beijando-o com ímpeto.

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Quando ela acordou viu que estava deitada na cama negra, olhou para baixo e viu os braços de Tom cobrindo sua cintura e busto. Nus.

Começou a pensar no que acontecera algumas horas atrás, o jeito que ele a tocara e a maneira com ela gritara o nome dele. A harmonia presente em cada movimento que eles haviam realizado, o olhar de Tom sobre o corpo nu dela, a maneira como aquilo parecera tão correto. Como ele podia se tornar Voldemort? Ou melhor, como ela dormira com Voldemort?

Agora ela sentia-se completa, o espaço vazio que havia em seu coração fora preenchido. Ela lembrou-se de como ele fora amoroso e gentil com ela, como ela se sentiu quando ele sussurrou o nome dela em seu ouvido. Estremeceu, constrangida com tudo que havia feito durante a noite.

Delicadamente retirou os braços de Tom de seu corpo e virou para o outro lado, para encara-lo, meio tímida chegou perto dele, moldando-se ao corpo dele. Observou o rosto dele; definitivamente era um anjo. Percebeu a respiração dele mudar e suas pálpebras estremecerem. Tom abriu os olhos, olhou para ela e sorriu, Hermione corou e sorriu também. Ela roçou suas pernas nas dele. Ele passou suas mãos pela cintura dela e a puxou para cima dele. Fitaram-se intensamente, como só eles sabiam fazer. Ela abaixou o rosto e lhe deu um selinho.

- Dormiu bem, querida?- Tom pergunta com a voz embargada pelo sono. Hermione assente com a cabeça. – Você é linda, meu amor... – Ele murmura depois de ficar alguns segundos analisando o rosto dela. Ela corou com este elogio; ninguém (além dele) nunca dissera aquilo para ela, desviou o olhar. Tom virou-se sobre o corpo dela e lhe retirou o lençol que cobria seu corpo, abaixando seu rosto para o pescoço dela. Hermione arfou e baixou seu olhar para ele, mas só conseguia enxergar seus cabelos castanhos escuros, sentiu os lábios dele percorrem o corpo dela e estremeceu. Tom beijava cada cicatriz que ela tinha, com carinho.

- Tom! – Hermione ralhou, meio constrangida. Tom foi até o rosto dela.

- Estou provando que para mim você é linda. – Ele sussurra com um sorriso, antes e voltar a beijar o corpo dela. Ás vezes ela gargalhava quando seus lábios roçavam perto de suas axilas.

Ficaram assim, brincando e rindo até o almoço, nem se preocuparam com o café da manhã. Hermione agora estava nos braços dele, deitada sobre o peito nu. Ela não conseguia ver, mas ele estava olhando o teto enquanto acariciava os cabelos dela. Virou-se, curiosa, para ver o que ele estava fazendo, viu o olhar dele para o teto.

- O que você está pensando? – Ela pergunta, aproximando o rosto do dele obrigando-o a olha-la. Ele olha profundamente nos olhos dela e lacra sua cintura contra a dele com os braços. Ele respirou fundo.

- Hermione, eu... Eu... Merlin, como é difícil!... – Ele disse com a voz nervosa, a situação seria até engraçada se Hermione não estivesse preocupada com o que ele iria dizer. Ele olha para ela, que se perde nos olhos tempestuosos dele. – Eu amo você, mulher... Amo você...

Eles ficaram encarando-se por alguns segundos enquanto ela absorvia o que ele havia dito. Ficou olhando para ele sem reação. Como se ela não tivesse sido surpreendida o suficiente; ele corou. Voldemort corou. Era a primeira vez que ele dizia que a amava, algumas lágrimas saíram de seus olhos. Ele a amava. Pelo menos, ele disse isso. Tom começou a enxuga-las com os longos dedos.

- Porque você está chorando, meu amor? Foi o que eu disse? Não chore... – Ele pede a abraçando contra seu peito. Hermione levanta seu rosto e olha nos olhos dele.

- Eu também te amo, Tom... Como eu nunca amei...  Amo... Você... Tom... Sempre... – Agora ela tentava falar, mas os soluços não deixavam. Tom sorria relaxado tentando controlar as lágrimas dela.

- Eu não conhecia esse lado emotivo seu, só eu lhe dizer que te amo e você já faz um rio de lágrimas... Bobinha, terá que se acostumar por que... – Ele aproxima-se dela e sussurra no ouvido dela. - .... Eu amo, muito, você... Minha mulher... – Ele fala baixinho, a fazendo estremecer. Ele mordisca a orelha dela, criando um baixo gemido na garganta de Hermione.

- Tom, precisamos ir almoçar... – Ela fala contra própria vontade, mas como se fosse para confirmar a barriga dela ronca. Ele ri. – Eu estou com fome, está bem?

- Eu também estou com fome... – Ele diz e sorri maliciosamente. Hermione sentiu as bochechas esquentarem. Ela levanta-se e começa a andar pelo quarto procurando seu uniforme. Porém, se ela saísse de uniforme as pessoas notariam que ela havia dormido fora. Mas se ela saísse com outra roupa e levasse o uniforme nas mãos as pessoas notariam também... Olhou confusa para o quarto.

- Ponha o uniforme e vá até o dormitório da Grifinória trocar de roupa antes de ir para o almoço. – Tom fala, fazendo com que ela virasse para olha-lo; ele ainda estava deitado, apoiado nos cotovelos a observando com interesse. Hermione olha para si mesma, estava nua. Começou a vestir o uniforme, que estava no canto do quarto, com uma velocidade impressionante. Enquanto dirigia-se para a porta escutou um:

- O que? Não tem nada que eu não tenha visto! – De dentro do quarto.

Foi andando rápido por caminhos desertos até o dormitório, onde se lavou colocou um vestido roseado. Para sua sorte, todas as garotas estavam no almoço. Andou até o Salão Principal com um sorrisinho bobo no rosto. Quando adentrou as portas do salão ficou séria e sentou-se (obviamente) afastada de todos. Porém, Minerva, Charlus e Charlotte sentaram-se ao seu lado.

- Olá, Hermione! – Cumprimenta um Charlus animado enquanto Hermione servia-se de torta. – Você não vai fazer os testes para Quadribol hoje à tarde? É uma segunda chance...  – Ele pergunta curioso.

- Hoje? Não, eu realmente não gosto de voar... – Ela murmura simpática, terminando de engolir, para ele. Ele dá de ombros. Ela realmente estava com fome.

- Então a Minnie vai ser a única menina a tentar... – Ele diz olhando para Minerva, que cora. Hermione ficou um pouco surpresa. Enquanto Hermione estava devorando outro pedaço de torta, uma menina de cabelos longos aproximasse da mesa deles.

- Olá! – Ela diz para os três, era uma menina Grifinória. Olha para Charlus e diz: - Olá, Charlus...

- O-Olá, Do-Dorea. – Ele fala nervoso e gaguejando. Hermione, Minerva e Charlotte trocaram risadinhas cúmplices. A garota vira e vai embora. Charlus vira-se para as garotas, irritado. – Riam mais alto, a Sonserina ainda não escutou. – Isso só fez as garotas rirem mais.

- Na realidade, escutou... – Diz um Sonserino que futuramente seria conhecido como Voldemort. As pessoas ao redor da mesa ficaram sérias e tensas.  De onde ele saiu? – Mione, quer caminhar? – Ele pergunta olhando para ela.

- Cla-claro, Tom. – Agora fora a vez de ela gaguejar, fazendo Charlus explodir em uma gargalhada, enquanto Minerva e Charlotte o acompanhavam. Até Tom riu baixinho.  Hermione levantou-se envergonhada e para sua surpresa, ele passou o braço por sua cintura, puxando-a um pouco possessivamente. Hermione não reclamou da demonstração de carinho na frente de todos. Seu estomago roncou enquanto eles encaminhavam-se para fora do salão.

- Ainda com fome? – Tom pergunta divertido, enquanto eles sentavam-se ao pé de uma árvore. Ela sentou-se e deitou a cabeça nas pernas dele.

- Claro, você não me deixou terminar de comer... – Ela diz, fechando os olhos quando os dedos de Tom corriam sobre sua face. Não conseguiu deixar de suspirar. Abriu os olhos e encontrou os dele sorrindo para ela. Levantou-se e o beijou com paixão. As mãos dele percorriam a cintura dela e as dela percorriam a nuca dele. Podiam ter ficado horas assim, apesar do frio o ambiente estava aconchegante. Deitou sua cabeça no peito musculoso dele e deixou sua respiração unir-se com a dele. O ritmo do coração dele retirar tudo da cabeça dela e a acalma-la como sempre fazia. Era maravilhoso ficar ali, ela o amava tanto que palavras não compreendiam seu sentimento.

- Eu te amo. – Ela murmura. Mais para ela mesma do que para ele.

- Eu amo mais. – Ele diz, a abraçando contra seu peito.

Mas como diz o ditado; tudo que é bom, dura pouco.

Será? Será que ele a amava o suficiente para viver com Hermione e alterar o futuro? Será que ele realmente havia mudado? Ela começou a pensar se ele a amava realmente e a cogitar outros planos que lhe surgiam. Como por exemplo, viver com ele no passado. Não prestou atenção quando adormeceu nos braços dele, como fizera mais cedo. Desejou com toda força de seu coração que ele a amasse verdadeiramente e não só por palavras. Afinal de contas, ela era e seria eternamente a mulher dele. E ele o homem dela.

Assim ela esperava.