Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 16
Nevasca em Hogsmead


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!!!! Cap. 16 quentinho!!!!! O cap. 17 já está sobre revisão, se a minha vó não me chutar do pc eu posto hj ainda!!!!!!!!!
Aproveitem
Perfeita Leitura
Desculpem os erros!
AMO ESSE CAP. !!!!!!!!!!



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Depois de vestida e arrumada, Hermione e Tom saíram de Hogwarts e começaram a caminhar pela pacata Hogsmead. Ela estava travando uma luta consigo mesma, sabia quais perguntas tinha que perguntar, mas não sabia como o fazer responde-las. Estava muito frio, mas ela mantinha uma distância razoável dele (talvez fosse por medo de uma mudança de humor repentina dele ou porque estava constrangida com o que acontecera mais cedo) e eles não conversaram desde que tinham trocado as poucas palavras na Sala Precisa. Hermione também estava brava consigo mesma, como ela tivera coragem de dormir ao lado de Voldemort?

Ficaram caminhando até acharem um barzinho vazio. Não era muito higiênico, mas parecia preencher o principal requisito de Tom: Não ter nenhum aluno.

Compraram suas cervejas e sentaram-se em uma mesa. Olhavam-se de vez em quando, porém nenhum tinha coragem de começar conversa. Ela resolveu tentar descobrir mais sobre ele.

- Então, não me chamou aqui para conversar? – Ela pergunta receosa, quebrando o silêncio agradável que pairava entre eles.

- Sobre o que você quer conversar? – Ele pergunta, friamente. Fazendo-a esquecer o que havia dito antes.

- Você vai inscrever-se para o time de quadribol?- Ela disse, lembrando-se de algo que Charlus dissera sobre a abertura de testes. Falou só para quebrar o gelo. Ele bufou e não continuou no assunto. Beberam mais alguns goles de cerveja amanteigada. Se por fora Hermione estava calma igual a Tom, por dentro ela rebatia furiosamente as investidas dele em sua mente.

- Quer caminhar? – Ele pergunta, depois de emborcar o copo. Ela assente afirmando. – Granger, você está suja aqui... – Ele indica a própria boca com a mão. Ela passa a manga do vestido sobre a boca. – Não, aqui... – Ele indica novamente, ela limpa novamente e ele nega com a cabeça, debruçando-se sobre a mesa. – Aqui! – Ele diz, limpando com a própria mão a boca dela. Sentou-se rapidamente no seu lugar depois de perceber o que havia feito, Hermione encolheu-se um pouco no banco. Depois ele começou a levantar.

- Não vamos caminhar? – Ele pergunta, tirando ela de seus devaneios.

- Ah, sim... – Ela diz levantando-se também. Seguiram pela mesma rua, caminhando pelo chão tortuoso de pedras escuras. Involuntariamente, ambos aproximaram-se, por causa do frio. Perceberam que estavam mais próximos do que desejavam estar. Agora, os braços encostando, o ar gélido era cortante. De repente, flocos de neve começaram a cair mais intensamente. Tom entrou em um beco pequeno e escuro, cercado por paredes de tijolos. Hermione entrou também. Ali o vento não atingia e era ligeiramente mais aconchegante que na rua.

- Vamos esperar isso passar um pouco... – Ele disse para ela, os olhos semiabertos e a testa franzida por causa do frio. Agora estavam encostados, lado a lado, na parede.  Hermione batia os dentes de frio, começaram a encostar-se um no outro por causa do frio. Era um movimento voluntário e pensado, o frio estava muito desagradável. Agora Hermione tinha a cabeça no ombro de Tom e os braços abraçando a si mesma.

Olhou para cima e encontrou o olhar dele, a observando. Ele espanou com os dedos algumas gotículas derretidas de neve do rosto dela. Ela percebeu o quanto deseja poder falar abertamente com ele, ser ela mesma, como ela era com Harry e Rony, mas não era possível. Tom ficaria furioso e seria a ruína de seu plano. Hermione sabia que gostava desse jeito dele, seu jeito amigável, carinhoso e gentil. Faziam-no parecer outra pessoa, uma pessoa muito diferente de Voldemort. Era a única pessoa (independente de época ou circunstâncias) que a entendia, às vezes parecia a conhecer mais que ela mesma. Continuou olhando profundamente os olhos dele, faziam a raciocinar melhor. Conseguiu finalmente descobrir o que estava sentindo, amor.

Não, não era paixão ou desejo físico, era amor. Carinho. Atenção. Principalmente, um sentimento mútuo de compreensão. Conseguiu admitir a si mesma que o amava.

Amava o seu agouro.

Olhou novamente para Tom e seus olhos começaram a marejar e sua visão turvar. Ele nunca sentiria o mesmo por ela. Queria tanto que ele sentisse o mesmo por ela. Era muito doloroso ter que sofrer por um sentimento forte como o dela. Sim, seu sentimento era forte, nada que tivesse sentido antes.

- Mione? Por que você está chorando? – Ele pergunta, tocando o rosto dela. Pela primeira vez a voz de Tom era aflita e preocupada, não tinha nada de vazia ou fria. Só doçura nem um pouco persuasiva (ou muito bem disfarçada). Hermione chorou mais como resposta da pergunta dele, ele falava assim para descobrir seu segredo, podia até fingir, mas no fundo ela tinha certeza que era só fingimento.

Ele levantou um pouco o queixo dela e observou seus olhos, começou a aproximar-se mais e encostando os lábios dele nos dela. Só encostou, de maneira reconfortante. Hermione tinha princípios, não queria ser usada, não queria ser burra. Mas estava confusa e só conseguiu chorar mais e mais, soluçando sobre os lábios dele. Ela sentia dor, dor de nunca tê-lo a amando verdadeiramente. Ah, como queria ficar para sempre protegida nos braços dele, sem ter que se preocupar com os outros antes de si mesma. Abriu os olhos e encontrou os de Riddle ainda fechados, com seus lábios colados, a expressão dele era serena. Queria poder apoiar um pouco do peso que ela carregava na sua cabeça sobre Tom, ter a ajuda de alguém. Ter o apoio dele. Ter Tom para si. Ele se afastou um pouco de Hermione segurando o rosto dela entre suas mãos.

- Porque está chorando, Hermione? Diga-me. Por favor, quem você é verdadeiramente? Confia em mim? Por que você está fazendo isso comigo? – Ele fala, fazendo-a chorar ainda mais violentamente. – Me fale! Pare de chorar! Por que faz isso, sangue-ruim? – Hermione parou de chorar, ele estava começando a ficar com raiva. – PARE DE FAZER ISSO COMIGO! ME DEIXE EM PAZ! EU TE ODEIO! ODEIO, SUA SANGUE- RUIM IMUNDA! – Ele grita, os assobios do vento abafavam seus gritos. Mas aqueles gritos pareciam perfurar ela e faze-la sentir uma dor pior que azarações podiam causar. Recomeçou a chorar, ele a segurava pelos ombros, mas seus joelhos cederam e ela caiu com as mãos no rosto no chão molhado pela neve. Uma grande surpresa a fez parar seu choro novamente, Riddle caíra ao seu lado de joelhos igual ela, a abraçando e murmurando repetidamente em seu ouvido com uma voz dolorosa:

- Me perdoe, por favor, me perdoe... Me desculpe, por favor... - Ele apertava o corpo dela contra o seu com força, machucando-a. Mas ela não se importava, afinal de contas, Tom estava pedindo desculpas por insulta-la? Por quê? Seria parte do plano dele?

Mal sabia ela que ele não tinha nenhum plano na sua cabeça; na realidade não tinha nada em sua cabeça que não fosse Hermione, pensando em como a havia ofendido, quando sua raiva não era com ela, mas sim consigo mesmo. Podiam ter ficados séculos abraçados naquela posição, tanto que as roupas estavam ficando molhadas por causa da neve derretida.

- Vem, vamos embora. – Tom disse a ajudando a levantar-se. Hermione se sentia sozinha e vazia, a única coisa que a mantinha ali era seu plano. Sim, só seu plano. Queria poder fugir da dor do sentimento não recíproco que sentia por Tom. Hermione sabia que nunca seria atendido esse tipo de sentimento e ela só sofreria se alimentasse esse sentimento. Nunca fora boa em lidar com dores emocionais, para ela era mais fácil fugir desse tipo de sentimento do que sofrer com a rejeição. Deixou-o a levar até a entrada de Hogwarts (os alunos ainda estavam em Hogsmead) e desvencilhou-se dos braços dele, indo para o banheiro da Murta, choraria até se acalmar e poder raciocinar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Sugestões? Críticas?
Muchas Gracias por lerem !!!!!
Amo vocês (ai, como eu sou manteiga derretida)
Beijos no coração de vcs
JuB'S