Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 15
Bichentos na Sala Precisa


Notas iniciais do capítulo

OIIIIII
Obrigadão aos meus queridissimos leitores e continuem acompanhando a fic.
Boooooa Leitura
Desculpem os erros
E vamos ao capitulo!!!!!!!!
*---*



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As semanas passaram rapidamente, o inicio dos N.I.E.M.’S estava próximo (pelo menos, para Hermione). O plano dela não estava dando muito lucro, conseguia conversar com Tom e às vezes até fazê-lo sorrir (raras vezes e na maioria eram falsos), mas não tinha nem a terça parte de sua confiança. Andavam juntos pela biblioteca e algumas aulas, porém recentemente ele parecia estar bastante ocupado com algo. Harry a havia dito uma vez que Voldemort passara um tempo na Albânia pesquisando sabe-se lá o que. Então talvez seja isso que ele estava fazendo, planejando o que faria depois de Hogwarts. Sempre que pensava isso ela estremecia involuntariamente.

Agora ela se dirigia para o jantar. Todos estavam no Salão Principal; professores e alunos, como de costume. Ninguém quase falava com ela, preferia assim. Sentou-se afastada e começou a jantar, o jantar estava delicioso, como sempre. Sempre gostara da comida de Hogwarts, apesar de ser magricela.

Passado alguns minutos ela já estava terminando e alguém estava sentando-se ao seu lado. Olhou distraída para ver quem era. Seu garfo caiu antes de chegar a sua boca, fazendo um barulho agudo e desagradável na louça de porcelana. Por que infernos Tom sentaria ao lado dela? Ainda mais naquele jantar, que o Salão parecia, de repente, estar mais cheio. Olhou para Tom, de fato ele não estava literalmente sentado, escorado seria a expressão correta. Olhava tão intensamente para ela que parecia que queria dizer algo. “Hermione, sua lesada!” ela pensou “É óbvio que ele quer falar algo! Viu? Ele está até na sua mente agora...” ela estancou e utilizou toda sua oclumência para bloqueá-lo. Levantou-se brava consigo mesma por ter deixado uma brecha no seu bloqueio enquanto apreciava o jantar. Tom não gostou muito de ter que segui-la, ela sempre o seguia quando queriam conversar. Andaram silenciosamente, lado a lado, até saírem do refeitório (estático devido à atitude de Riddle) e foram para a Sala Precisa. Hermione parou em frente à porta e esperou ele pensar no que a sala deveria transformar-se, vendo que ele não tomava atitude ela começa a pensar em uma sala.

A porta abriu-se e revelou a sala dela: grande e, claro, com muitos livros. O teto era alto e o ambiente era aconchegante, tapetes felpudos grossos revestiam todo o chão, e para surpresa dela, havia vários gatos peludos e ruivos espalhados pela peça. Entraram e ela sentou-se no chão macio, acariciando um dos gatos que começou a ronronar positivamente.

- Gatos? – Perguntou Tom, sarcasticamente. Ela olhou para ele, estava sentado em uma mesa de estudos.

- Eu estou com saudade de Bichento... – Ela murmurou sem prestar muita atenção. Era verdade, tinha muitas saudades de todos seus amigos e família. E Bichento.

- Você tinha um gato? – Ele pergunta levantando-se e indo sentar-se ao lado dela no tapete.

- Tenho, mas... O que você queria me falar? – Ela muda de assunto drasticamente, ele franze o cenho e a encara por alguns segundos. Acaba voltando a falar, percebendo que ela não iria dar continuidade a seus pensamentos.

-... Já terminou o dever de Feitiços? – Ele pergunta casualmente. Hermione podia não o conhecer, mas tinha certeza de essa não era sua pergunta, Tom nunca teve interesse por ela nem por ninguém a não ser si mesmo. Não responde, só arqueia uma sobrancelha, parando de acariciar o gato e virando-se para ficar completamente de frente para ele.  – Hein? Terminou?

- Oh, sim. O clima está agradável hoje, não está Sr. Riddle? E como vai a sua família? Gostaria de chá? – Ela pergunta, mais sarcástica e azeda que conseguiu. Sentou-se sobre os joelhos e cruzou os braços. Ele também ajeitou sua postura e olhou com o olhar que a mataria se ele fosse um basilisco. E ela deu graças por ele não ser.

- Sem brincadeiras, Granger. Quem você pensa que é para falar assim comigo, sua sangue-ruim? – Ele pergunta sem irritação nenhuma, só frieza e crueldade. Ela volta a acariciar um dos gatos e ele continua a olhando. Hermione estava muito curiosa para saber o que ele iria falar com ela, mas era também muito orgulhosa para continuar assunto quando ele a tratava daquele jeito, nas últimas semanas, toda vez que ele falava com ela daquele jeito, ela se calava e ele a fitava por um tempo; depois saía do mesmo ambiente que ela. Esperou o som da porta batendo enquanto observava o pelo marrom avermelhado do gato que ela tocava. Não veio nenhum som.

Olhou para a porta, esperando ver Tom nela, mas encontrou-o ainda sentado ao seu lado. Talvez ainda quisesse falar sobre o assunto que os trouxera até aqui. Olhou para ele esperando uma resposta, ele estavam afastados por um metro de distância, mais ou menos. Ele pigarreou.

- Você vai a Hogsmead nesse final de semana? – Ele pergunta com a mesma voz fria e ríspida que usava com ela; com os professores e outros “merecedores de seu respeito” ele usava a voz persuasiva.  Hermione quase nunca aparecia nos passeios de final de semana, não queria chamar atenção. Mas para atraso de seu plano, Tom sempre estava.

- Acho que não... – Ela fala pensativa e curiosa. – Por quê? – Será que era isso que ele queria falar com ela no jantar?

- Ahn... – Ele disse olhando as estantes, depois voltou seu olhar para ela. – Você iria comigo? – Ele pergunta, talvez um pouco ríspido demais.

Hermione parecia estar à beira de um colapso. Tudo bem (não tão bem) Voldemort beijá-la, podia até ser a coisa de atração física, mas convida-la para sair era...

- Não estou lhe convidando para sair! – Ele fala rapidamente, como se estivesse lendo a mente dela (Mas com certeza não estava, ela não o sentiu tentar penetrar em sua mente). – Eu queria... – Ele deu de ombros. – Não sei, conversar com alguém... E beber umas cervejas amanteigadas... – Ele fala vazio. Hermione estava ainda na consistência petrificada.

- Chame Malfoy ou Lestrange... – Ela diz, no fundo tinha medo do que ele queria dizer com conversar. Tom balança a cabeça negativamente.

- Eles são idiotas demais e... Ei! Isso não foi um elogio! – Tom diz, com uma pitada de raiva. Nem passou pela cabeça dela que aquilo fosse um elogio, mas talvez parecesse à vista de alguém de fora.

- Nem pensei que fosse. – Ela fala seriamente, odiava um Tom com raiva, um Tom irritado era engraçado, mas um Tom com raiva era definitivamente um Lord Voldemort.

 - Ótimo. Então... Você irá? – Ele pergunta agora com a voz normal. Ela parecia não conseguir formular uma resposta concreta; aquela situação não se passara nem em seus sonhos mais insanos. Assentiu, minimamente. Iria, era uma ótima oportunidade para aproximar-se mais dele – Você parece horrorizada... Está com medo? – Ele pergunta, aproximando-se dela. – Não... Não fique com me-medo... – Ele fala nervoso.  Se é que é possível, o rosto dela fica mais incrédulo. Ele se aproxima mais, meio que engatinhando pelo tapete. – Não gosto que você fique com medo de mim... Você parece ser a única pessoa que me entende... – Agora sim. Hermione podia acordar, o sonho já estava no seu auge. Mas não parecia ser um sonho e o pior: Tom estava sendo sincero. Sabia o quão tolo era achar que ele seria sincero com ela, mas ela tinha certeza que ele estava sendo sincero, não podia negar a si mesma. Permaneceu parada com as pernas cruzadas de índio enquanto ele se dirigia para mais perto dela. Estava bem próximo dela. Hermione não acreditou no que aconteceu a seguir; ele passou os braços sobre o tronco dela e prendeu seu rosto no seu peito, ela não resistiu, deitou seu peso sobre ele, deixando que ele apoiasse seu queixo no topo da cabeça dela. Ele acariciava as costas dela e seus cabelos. Estava maravilhada com o gesto dele, era tão calmo e reconfortante. Sentiu as mãos dele passearem por seus cachos e nuca, relaxou completamente, sentindo o corpo dele e sua respiração; era forte. Assim como ele...

- Eu sou forte? – Ele disse divertido. Ela olhou para cima e viu que ele estava sorrindo, um sorriso verdadeiro. A única vez que ele havia dado aquele sorriso fora quando eles estavam no trem vindo para Hogwarts e ela acidentalmente caiu sobre ele. Viu que ele havia entrado em sua mente e novamente o bloqueou. Não respondeu; suas pálpebras estavam ficando pesadas.

- Você vai ir comigo? – Ele pergunta no ouvido dela. Ele era realmente obsessivo, novamente ela assente.

- Tom, temos... Muito... Tempo até o passeio... – A voz dela estava um pouco rouca e o arder de manter seus olhos abertos era quase insuportável.

- Granger, o passeio é amanhã. – Ele fala. Ela balança a cabeça novamente. E seus olhos foram fechando-se e sua respiração alinhando-se com a respiração calma dele. Sentiu com a bochecha o distintivo de monitor-chefe na capa dele. Depois de alguns segundos suas respirações eram uma só e ela acabou adormecendo com os braços dele protetoramente ao seu redor.

Acordou e logo começou a perceber onde estava. Deitada em um tapete felpudo com a cabeça sobre o peito de Lord Voldemort. Seria uma piada de muito mau gosto se algum bruxo do futuro falasse que Hermione Granger estava deitada com Voldemort. Deviam ter adormecido e acabaram naquela posição. Ele tinha os braços sobre a cintura dela, prendendo-a. Deixando impossível ela sair dali sem acorda-lo. Mas quem disse que ela queria sair dali?

Por mais burra, idiota, impensada e ridícula que fosse aquela situação, Hermione não queria sair dali. Pela primeira vez que ela tem conhecimento sentia-se segura e protegida. Sabia que não tinha nada que temer; mesmo tendo que temer milhares de coisas. Era doloroso saber que teria que sair dali alguma hora. Não sabia o que estava sentindo, mas não era nada que ela conhecesse, era algo grande e que nunca sentiu. Toda vez que tentava ou estava perto de saber o que era aquilo, uma preocupação (como a vida das pessoas que ela ama) surgia e a tirava de seus devaneios. Olhou para Tom. Ainda tinha alguns problemas em admitir que ele fosse perfeito sendo imperfeito, sensível sendo insensível, carinhoso sendo cruel, protetor sendo ameaça e por aí vai. Ficou observando a vulnerabilidade dele; dormindo ele era o mais perfeito anjo das trevas. Literalmente. Um anjo das trevas que tinha os braços ao redor dela.

Olhou para o rosto dele; memorizando cada traço. Tinha um rosto muito bonito. Viu o quanto bonito era o contraste de seu cabelo e pele. Era quase possível enxergar as íris tempestade por trás das pálpebras translúcidas, olhou os lábios rosados que ela sabia que eram macios e gentis (quando queriam).

Ela percebeu a respiração dele mudar e os olhos abrirem-se lentamente. Ele olhou para ela e rapidamente retirou seus braços da cintura dela. Sentou-se desorientado, ela fez o mesmo, constrangida por não ter feito o mesmo que ele quando acordou. Deixou de prestar atenção no que Tom fazia e desejou um relógio, afinal de contas eles estavam na Sala Precisa. Rapidamente um relógio apareceu, ela fez um sonoro “Oh!” quando percebeu que a maioria dos alunos já devia estar em Hogsmead.  Ele olhou para o relógio e arregalou um pouco os olhos. Hermione estava encaminhando-se para a porta quando Tom agarrou seu braço.

- Aonde você vai, Granger? – Ele pergunta.

- Me trocar para irmos para Hogsmead. Encontro você no portão de entrada. – Ela disse um pouco curiosa pela reação dele.

- Sinceramente, você acha que as garotas dessa escola deixariam passar isso? – Ele gesticula para as roupas de ambos. Sim, eles estavam de uniforme e as mentes sujas alheias não pensariam nada de bom sobre eles terem desaparecido depois do jantar com o uniforme e voltado no dia seguinte com o uniforme. Obviamente, ela corou com a insinuação e viu que tinham aparecido dois banheiros. Tom dirigiu-se há um deles e Hermione o imitou indo na direção contrária.

Para sua sorte, tinha um vestido de inverno. Para seu azar era verde e com rendas pretas, muito Sonserina.


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Notas finais do capítulo

E aí? Capitulo tranquilinho, eu sei...
Gostaram? Querem me matar? Tipo... Eu preciso saber, gente!!!!!!
Obrigada por lerem
Beijuus
JuB'S