Cicatrizes escrita por SilenceMaker


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um aí! Por favor, aproveite e não me mate! Fiz a história de acordo com o que eu acho, mesmo que eu esteja completamente errada. Por favor, nada de pedradas! Inventei algumas coisas, então avisem se tiver ficado ruim.



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Depois daquelas palavras, Fran deu as costas e foi embora, não aparecendo mais.

Xanxus ria, dizendo continuamente o quão patético Fran era. Levi, obviamente, fez coro ao chefe. Squalo não se importou nem um pouco, continuando com seu barulho normal. Lussuria se mostrava preocupado, se achava a "mãe" da Varia; normal que se sentisse assim quando um de seus filhos sumisse.

Mas Belphegor não conseguia rir daquilo.

Sim, falara para o rapaz sumir. Disse para que nunca mais aparecesse, queria que ele fosse embora. Mas desde o início soube que não suportaria a dor das próprias palavras. Naquele momento, mais do que nunca, queria o sapo verde ali, para lhe servir de alvo e fazer-lhe aquela companhia estranhamente confortável.



— Ela foi feita pelo simples fato de eu te amar.



Aquelas palavras realmente saíram da boca de Fran? Tem certeza? Não era uma ilusão do mesmo? Ainda caía nessas ilusões idiotas, e o que mais desejava era que fosse apenas uma brincadeira e que Fran ainda estivesse ali naquela mansão, escondido, espiando.

Suas missões agora eram com Squalo e Levi, mas não era a mesma coisa. Ambos não se permitiam ser esfaqueados, ambos não o chamavam se 'senpai', ambos não eram Fran.

Seu orgulho estúpido não o deixava ir atrás do menor. Se não fosse por esse orgulho irritante, já teria pedido perdão de joelhos.

— Quem diria? — disse para si mesmo, sentindo-se completamente patético. — Quem diria que o Príncipe estaria em uma situação dessas com seu próprio criado?

Estava em seu quarto, apoiando a testa no vidro gelado da janela. O que faria?


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Claro que Lussuria percebeu o comportamento estranho de um de seus filhos mais rebeldes. Tentou conversar, em vão.

Incrível como mesmo o assassino gênio da Varia, Prince the Ripper, conseguia ser apenas um adolescente normal em situações como essa. E também era incrível como Lussuria cumpria tão bem o papel de mãe, mas isso é outro detalhe.

Belphegor tentava muito manter a compostura normal, mas sua consciência não lhe permitia. Já que suas atitudes estavam completamente estranhas, até mesmo Squalo notou a mudança no loiro. O único que não percebeu foi Levi, que estava ocupado demais venerando seu chefe.

Era estranho.

Em momentos como aquele que se podia perceber o motivo de Lussuria achar a Varia uma família. Até mesmo Xanxus deixou escapar uma fagulha fosca de preocupação em seus olhos ao ver Belphegor andando abatido e desanimado pelo jardim, tentando distrair os pensamentos.

Por mais que tentasse esconder, Squalo viu que Xanxus também estava esperando Fran voltar. Todos os dias passava pela frente do quarto do mesmo, na esperança de ouví-lo lá dentro.

É, a Varia era um conjunto de pessoas estranhas, com personalidades e atitudes estranhas, que formavam um grupo estranho. Mas estavam bem daquele jeito, que fossem estranhos da maneira que quisessem.

Um dia a culpa de Belphegor chegou ao ápice do absurdo.

Durante a noite, enquanto dormia, sonhou com Fran. Ele chegava pela porta da frente, como se nada tivesse acontecido, e lhe dava um beijo. Mas o sonho acabou aí, já que Lussuria gritava do outro lado da porta que era hora do café da manhã.

Belphegor não se moveu, sequer abriu os olhos, enterrando a cabela embaixo do travesseiro, na esperança de afogar seu próprio coração para que não sentisse mais nada.

Primeiro lhe fora tirado Mammon, seu grande amigo e companheiro. Por que teve de afastar Fran também? Apenas por descobrir que estava apaixonado por ele? Apenas pelo medo de amar?

Pela primeira vez na vida sentiu ódio de si mesmo, sentiu uma vontade de se castigar até que o erro fosse consertado. Mas ele próprio não precisava fazer nada, seu próprio coração já o castigava o suficiente.

Um dia, enquanto passeava pelos corredores da mansão, teve uma surpresa completamente inesperada.

Xanxus também andava ali, a expressão normalmente séria, na direção contrária a Belphegor. Ao se cruzarem, ele parou de andar e disse:

— Por que o sapo não está aqui?

Belphegor também parou, mas não disse nada, as mãos nos bolsos e uma expressão horrivelmente triste.

— O que ainda está fazendo aqui? — perguntou Xanxus rispidamente. Belphegor virou-se, surpreso. — Sua qualidade nas missões está caindo drasticamente sem Fran aqui. Vá buscá-lo de uma vez antes que você estrague tudo, idiota.

Belphegor se surpreendeu mais ainda. Xanxus continuou andando, deixando o loiro sozinho.

No dia seguinte, de manhã, Belphegor não estava mais no quarto. Corria apressado pelo jardim, em direção à saída da mansão.

Da janela do segundo andar, estava Xanxus a observá-lo, impassível. Squalo estava ao lado, recostado à parede. Ele pôde jurar que viu passar por um momento no rosto do chefe um sorriso mínimo de compreensão. Mas não podia comprovar se estava certo ou não, já que logo não via mais aquela expressão extremamente rara.

Belphegor tinha vestido roupas normais, a não ser sua inseparável coroa. Odiava ter que usar aquelas roupas, as da Varia eram muito melhores. Mas se fosse para encontrar Fran, iria até o fim do mundo se fosse necessário.


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Notas finais do capítulo

Ih, será que ficou muito meloso? Queria fazer algo bem romântico, mas simplesmente não sirvo para escrever esse tipo de história. Se tiver algo que precisa ser mudado, me avise.
Tem mais capítulo! Leiam o resto e obrigada por lerem até aqui! :D



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