Better Than Me escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 8
Minha verdadeira casa


Notas iniciais do capítulo

Milena: Hey gente, serio, ainda tem alguém aqui? Merlin, não acredito que demoramos tanto pra continuar essa fic, logo ela que estava sendo tão bem aceita, será que vocês nos perdoam? Nos desculpem, queridos, nunca pretendemos abandonar BTM, mas aconteceram tantas coisas, novas fics, escola, familia, momentos emos (cofcof Hoppe cofcof) que nos afastamos, não intencionalmente claro, dessa fic.
Mas voltamos, certo? Juro que não iremos os abandonar mais! Por favor, não façam isso com a gente, sei que merecemos, mas vocês não faram isso, certo?
Enjoy ♥
P.S.: Ignorem o titulo, Hoppe me abandonou antes de eu perguntar o nome, alias, o cap é dela ;)



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“ – Acredita em demônios, Lily Luna? – perguntou ela, fazendo-me arrepiar ligeiramente. Neguei com a cabeça, lentamente – Devia acreditar...

Seus olhos voltaram a se fechar e soube que ela voltara á adormecer.”

Demônios.

Demônios. Seres da noite, dotados de livre-arbítrio que trazem junto de si caos e trevas, e que lutam pela perdição da humanidade. Minha tentativa de assimilar um demônio á Scorpius Malfoy fora inútil depois de algum tempo. Não havia semelhança entre ambos.

Eu sempre andara sozinha em Hogwarts, nunca tive amigas com exceção de AnnaBelle, mas esta parecia ocupada demais em falar sobre como o sorriso de Finnigan era adorável e ao mesmo tempo desprezível, ou em como as cantadas dele eram engraçadas mas mesmo assim não deixavam de serem estúpidas, para dar atenção ao que eu dizia. Mas talvez, AnnaBelle não fosse a pessoa certa a quem eu realmente queria conversar.

Era outro alguém, mas este estava distante demais de mim, eu o magoara.

- Chudley Cannons vai ganhar nessa temporada, tenho certeza – Hugo falou, a boca cheia de sapos de chocolate. Pedaços de chocolate voavam por toda a parte no Salão Comunal vazio da Grifinória.

- A Irlanda sempre ganha, só por que o Chudley comprou o apanhador da Bulgária não significa que irão ganhar – rebateu Finnigan, jogado no sofá de três lugares do qual ocupava ele todo, chupando um pirulito de sangue.

Mantive-me sentada no pé da poltrona, alternando minha atenção entre as chamas da lareira e a conversa fútil dos garotos.

- E você Lílian? – levantei meus olhos para Finnigan e arqueei uma sobrancelha – Quem você acha que vai ganhar essa temporada?

Voltei meus olhos para as chamas, com desinteresse.

- Irlanda... – murmurei com a habitual indiferença, tentando não mostrar interesse e ser novamente ignorada – Eles sempre ganham...

Eu não sabia nem mesmo por que eu estava ali, sabia apenas que não agüentava mais o silêncio do salão comunal da Sonserina, não agüentava mais os meus dias sem Scorpius Malfoy. Não que estar ali no salão comunal da Grifinória houvesse melhorado algo.

 Finnigan sorriu largamente após minha resposta, e Hugo bufou e revirou os olhos abrindo mais um sapo de chocolate.

- Hey, Lils... – levantei meus olhos, dessa vez, para Hugo que me lançou 4 caixinhas de sapos de chocolate. Me encolhi, juntando-as e arqueei a sobrancelha em sua direção – Coma alguns, vai se animar...

Revirei os olhos, levantando e guardando as caixinhas na bolsa. O modo que Hugo demonstrava se importar comigo era estranhamente fofo.

Passos na escadaria do dormitório feminino soaram, avisando a chegada triunfante de Dominique e suas amiguinhas. Hugo e Finnigan paralisaram diante da presença delas e eu apenas revirei os olhos mais uma vez. Típico.

Elas riam de algo, mas as risadas cessaram ao notarem que eu estava ali.

- Ah... Lílian... – Dominique sorriu, mas o sorriso não chegara aos seus olhos. Era evidente sua falsidade. Contive minha vontade de revirar os olhos mais uma vez e limitei-me a apenas acenar com a cabeça – Estávamos falando justamente de você...

Ótimo. As piadinhas iriam começar.                                              

- Notamos que não está mais andando com aquele seu amigo... – uma de suas amigas se pronunciou, semi-cerrei os olhos tentando manter minha expressão indiferente.

- É... – murmurei secamente ajeitando a alça da minha bolsa tentando parecer como se eu não me importasse – Assuntos pessoais... – sorri friamente para ela, um sorriso que certamente saíra como eu planejara pois o sorrisinho de Dominique e de suas amiguinhas se abalou – ou seja... Algo que não interessa á ninguém, a não ser á mim e ao Malfoy, caso não saibam o que é isso.

Desfiz meu sorriso e as fitei com desdém, por dentro meu sangue corria como uma torrente enfurecida junto de uma estranha adrenalina.

Pela primeira vez, eu enfrentara Dominique.

Apressei-me até o retrato que guardava a saída, olhando fixamente para o chão sentindo que todos olhavam em minha direção.

- Aonde vai? – perguntou Hugo levantando-se e andando até mim, atrapalhando-se nas várias embalagens de doces caídas no chão.

- Para casa... – murmurei, fitando-o por sobre o ombro – Minha verdadeira casa...

- Ah Lily! – ele segurou meu pulso – Qual é! – sussurrou com urgência – Vai deixar que ela faça isso com você? Vai fugir?

- Não estou fugindo – murmurei – Só estou me poupando de ter de ficar ouvindo provocações, piadinhas e zoações!

Soltei-me de seu aperto e abri o retrato em um rompante, deparando-me com olhos gélidos e claros por trás da passagem, fitando-me sem qualquer emoção aparente.

- Ah! – ouvi Hugo bufar – Já entendi... Vai lá com ele então Lílian Luna... – a expressão de Hugo nunca fora tão fria como a estava naquele momento – Você sabe... Todos sabem. Agora você é um deles... Agora você é uma verdadeira Slytherin.

Dizendo isso, bateu o retrato deixando um silêncio estranho e incômodo. Não me arrisquei a olhar para trás, continuei a fitar o retrato da Mulher Gorda adormecida embora sentisse que os olhos gélidos me fuzilavam.

- O que você quer? – sussurrei, começando a andar sem ainda olhar para seu rosto.

- Saber se você mudou de idéia... – ele soou com deboche, andando logo atrás de mim – Pelo jeito... Mudou – senti ele sorrir.

- Você não sabe de nada, não sabe o que se passa pela minha cabeça... – apressei mais os passos e senti que ele também.

- Se eu quiser, posso muito bem saber tudo... – suas mãos prenderam-se em torno dos meus braços virando-me para si e olhando em meus olhos – Você sabe disso, Lílian Luna...

Seus olhos, por um instante, perderam o foco e eu soube que ele vira o que acabara de acontecer no Salão Comunal da Grifinória. Um sorriso se abriu em seu rosto.

- Isso não tem nada haver com Rose... – sussurrei.

- Podemos descobrir a fraqueza de Dominique e assustá-la! – ele exclamou em um sussurro, seus olhos brilhando como os de uma criança, mas a diferença era que os olhos deles brilhavam com malicia e perversos.

- Não quero assustá-la também, Hyperion! – exclamei em seu mesmo tom – Entenda... É a minha família, são minhas primas, fomos criadas juntas desde pequena... Apesar do que fazem, não posso...

- Ah! Nem me venha com esse discurso, Lílian Luna! – ele me cortou, soltando-me e dando passos para trás – Eu sei que por trás dessas palavras, você está se controlando para não dizer o que realmente quer. Vingança. Vingança por elas te tratarem como um lixo, uma escória, por te humilharem todos os dias, todo o tempo! Você quer isso...

- Não! – eu exclamei, dessa vez, alto o bastante para provocar eco pelo corredor – Não quero... Não me force á fazer isso, Scorp... – sussurrei, abaixando a cabeça.

- O que estava fazendo no Salão Comunal dos leõezinhos? – perguntou ele, frisando a ultima palavra com nojo.

- Procurando alguém com quem eu pudesse conversar, já que o meu melhor amigo me deixou no momento em que mais precisei – bufei, voltando a andar apertando a alça da minha bolsa.

- E pelo jeito não encontrou... – ele ronronou, não precisei olhá-lo para saber que abrira seu habitual sorriso irônico.

- E como sabia que eu estava aqui? – revirei os olhos, não querendo confirmar o que ele dissera.

- Você sempre corre para a sua família quando alguma coisa acontece – murmurou ele, sua voz agora desprovida de qualquer emoção – É algo totalmente irracional...

- Eu não faço isso sempre! – estanquei no meio do caminho, virando-me para ele com raiva.

- Faz sim – ele sorriu – Sempre. Não faz sentido algum, sabia? Correr em consolo do motivo que a fez chorar.

- Primeiro... Minha família nunca me fez mal algum – semi-cerrei os olhos á ele, tudo estava confuso em minha mente – Apenas algumas pessoas que fazem parte dela... E segundo, eu não choro.

O sorriso continuou em seu rosto, seus olhos estavam vazios mas pareciam mais escuros.

- Questão de perspectiva, Lílian Luna. Pelo meu ponto de vista, acho que seu pai não aceita muito bem o fato de você ter ido para a Sonserina, talvez seu tio Ronald ainda tenha ressentimentos em relação á você por Rose não ter jogado aquele jogo importantíssimo de quadribol, talvez não agrade muito á sua tia Hermione, você tentar ser melhor do que a preciosa Rose – ele sorriu com escárnio – De alguma forma Lily, o fato de você estar na Sonserina contribui para que desagrade á quase todos da sua família...

A verdade me atingia dolorosamente no meu peito, as pontadas tentavam fazer com que as minhas lágrimas caíssem. Depois de um tempo, era inútil tentar reprimi-las. Era verdade, Scorpius tinha razão.

Solucei, as lágrimas caíram pela minha bochecha, no começo foram frias mas logo depois, desciam quentes. Braços suaves envolveram meu corpo, puxando-me em sua direção, os dedos de Scorpius enroscaram-se nos meus cabelos e ele suspirou no topo de minha cabeça.

- Você não deve se cegar com ilusões, minha Luna... Você não é mais uma criança, você agora... É uma Slytherin – sussurrou depositando um beijo em minha testa. Seus lábios em contato com a minha pele me provocaram choques elétricos.


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Notas finais do capítulo

So, merecemos reviews?