Better Than Me escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 11
It's Too Late, Albus


Notas iniciais do capítulo

Milena: Hey povo, como estão nessa linda noite de sexta feira? Eu to com dor de cabeça, provavelmente vou ficar resfriada pelos dois dias de chuva que eu peguei e talvez pegue uma doença por andar em uma rua alagada. Bendito seja o curso de espanhol! Mas enfim, ferias, weeee...
Espero que gostem do capitulo, não me xinguem se estiver uma merda ou pela demora, eu fiquei sem pc por duas semanas e a Hoppe já é um caso perdido mesmo. Brinks dear...



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Apertei meus olhos com força, minha cabeça latejava e meus olhos ardiam. Eu era uma idiota, estupida. O que eu fazia na casa de Salazar Slytherin? Eu era tola, fraca.

Um soluço alto escapou de minha garganta enquanto eu abraçava meus joelhos com força. Havia deixado que Rose Weasley estragasse tudo de novo. O que havia de errado comigo? Scorpius nunca me perdoaria, o único que esteve ao meu lado agora nem olharia na minha cara.

Eu merecia isso, merecia que ele nunca mais falasse comigo, Rose sempre fizera de tudo para me humilhar, me excluir e quando eu poderia, finalmente, me vingar de todos esses anos sendo subjugada, eu fora fraca. Por que a salvei naquela floresta? Por que a salvei agora, mesmo sabendo que ela nunca mudaria?

– Lily? – uma voz cautelosa me tirou de meus pensamentos e por curtos segundos imaginei que seria Scorpius.

– Albus? – arregalei os olhos, enquanto tentava secar as lágrimas que caíam sem minha permissão.

– Você está chorando? – ele parecia preocupado, mas não se aproximou.

– Desde quando você se importa? – ri amargamente, desistindo de esconder as lágrimas.

– Sou seu irmão mais velho – Albus murmurou, dando um passo vacilante em minha direção.

– Isso nunca significou nada, por que mudaria agora? – ri novamente, sem humor algum.

– Por que está falando isso, Lily? – ele perguntou assustado, fazendo com que minha risada ficasse cada vez mais estridente.

– Por quê? Não seja cínico, irmãozinho – me levantei, ajeitando minhas vestes – Você sempre me ignorou, sempre preferiu a Rose a mim, nunca ao menos se preocupou enquanto eu chorava trancada em meu quarto por causa da sua querida dona!

– Você sabe que não é verdade, Lily – ele falou, tentava me acalmar.

– Oh não? Então foi tudo a minha imaginação? Ótimo, vamos colocar mais um adjetivo na lista de defeitos da Lily: Maluca! – comentei sarcástica, meus olhos ardiam novamente mas eu não me permitiria chorar de novo, não por ele.

– Lilian, você está ficando paranoica, isso não é uma guerra, não existem lados.

– Mas é claro que existe! – eu ri novamente – Sempre existiu e você sempre deixou claro qual era o seu, agora me poupe de sua falsa preocupação e finja que eu não existo, como você sempre fez.

Fechei os olhos, cerrando minhas mãos em punho e me impedindo de fazer qualquer coisa que eu me arrependeria depois.

– Lily... – senti uma mão receosa encostar de leve em meu braço direito e abri os olhos rapidamente, sentindo meu rosto fervendo.

– NÃO TOQUE EM MIM! – me afastei bruscamente de sua mão e Albus deu dois passos assustados para trás – Você perdeu qualquer chance de fazer isso há muito tempo, Albus.

– Eu não queria que fosse assim – eu podia ver seus olhos vermelhos e marejados, mas nem ao menos pestanejei, ele não iria se fingir de vítima agora.

– Tarde demais, Albus – falei séria, o encarando com intensidade – Agora é tarde demais.

Ele suspirou, passando as mãos pelos cabelos, bagunçando-os. Me virei para sair daquele lugar quando sua voz me chamou de novo. Voltei a encara-lo e ele fechou os olhos, relutante em dizer algo.

– Você sabe onde está a Rose? Não a vejo desde o jantar – ele falou por fim, o olhar suplicante.

Soltei uma gargalhada estridente, sem poder me conter.

– Sim, eu sei – abri um sorriso amargo e sádico e voltei a caminhar.

– Você não vai me dizer? – ele perguntou um pouco mais alto, fazendo com que eu parasse de andar.

– Não, estamos de lados diferentes na guerra, irmãozinho – falei, sem me virar para ele e logo retornei ao meu caminho, o deixando sozinho, como ele sempre me deixou.

–*-

Abri os olhos devagar, não sentia vontade de me levantar, minha vontade era de ficar para sempre deitada naquela cama, esquecer de todos os problemas e nunca mais ter que encarar os olhares decepcionados de Scorpius, mas eu não podia.

Suspirei pesadamente, saindo da cama e me arrumando mecanicamente. Eu poderia ser facilmente comparada a um Inferi ou alguém enfeitiçado pela Maldição Imperius, fazia tudo mecanicamente, seguindo ordens mandadas pelo meu cérebro anestesiado.

Peguei minha varinha ao lado da cama e sai do quarto, me arrastando. Uma amiga provavelmente iria rir de mim e falar que eu estava péssima, mas eu não tinha nenhuma amiga. Eu tinha Scorpius, tinha...

Desci para o Salão Principal sem ser notada por ninguém, a Potter renegada era facilmente esquecida, ninguém se importava com o que ela achava ou deixava de achar. Harry Potter teve dois filhos, Albus Severo e James Sirius Potter, Lilian Luna Potter deixou de existir assim que completou onze anos e entrou para a Sonserina.

O mais cômico é que meus colegas de casa também me ignoravam, era um absurdo ter um filho de Harry Potter na casa de seu pior inimigo, Tom Marvolo Riddle ou Lord Voldemort.

Me sentei o mais afastada o possível de todos, me concentrando apenas no prato a minha frente, não queria encontrar os olhos de Scorpius, Albus ou qualquer outra pessoa de minha família.

– Lily? – uma voz conhecida e levemente surpresa me surpreendeu e eu tirei os olhos do prato para encontrar os verdes de AnnaBelle Nott – Por que não está com o Malfoy?

Suspirei, fechando os olhos com força. Fazia tempo que não conversava com AnnaBelle, ela e Gabe Finnigan começaram a namorar e eu passei a andar com Scorpius Malfoy, Anna não suportava ficar perto do garoto.

– Vocês brigaram? Ele parece mal – ela se sentou ao meu lado e meus olhos rapidamente correram pela mesa da Sonserina, encontrando o loiro na outra extremidade, olhando para seu prato e com a máscara de frieza e indiferença de sempre.

– Não vejo diferença alguma – murmurei por fim, voltando a fitar a morena a minha frente. Ela revirou os olhos verdes e bufou.

– Eu o conheço desde as fraudas, sei que ele está mal – ela resmungou e eu dei de ombros. Os Notts sempre foram amigos dos Malfoys e Anna e Scorpius praticamente cresceram juntos. Um dos motivos por AnnaBelle não gostar do loiro era porque ele sempre implicou com ela por toda a infância, não gostava da atenção que seu pai dava para a garota.

– Não quero falar sobre isso – suspirei, meu olhar voltado ao prato novamente, mexia na comida sem de fato come-la, não sentia fome.

– Sei que não quer – ela respondeu e eu sorri minimamente, sabia que ela realmente sabia. AnnaBelle sempre conseguia me ler muito bem, só não fazia melhor que ele.

– Gabe me disse que Rose está no quarto dela delirando, ela não quer sair de lá por nada. Todos estão preocupados, isso tem alguma coisa relacionada a vocês dois?

– Como... – respirei fundo, claro que ela sabia – Não quero falar sobre isso também Anna.

– E que tal sobre como seu irmão está te olhando com medo e raiva ao mesmo tempo, quer falar sobre isso?

Voltei meu olhar para Albus, que realmente me encarava, as mãos em cima da mesa fechadas em punho, mas parecia receoso e relutante. Provavelmente deduziu que eu tinha algo a ver com o que acontecera com Rose ou ela mesma o contou, se Scorpius não tivesse feito algo para que ela se esquecesse.

– Acho que isso é um não – AnnaBelle resmungou pelo meu silêncio e desistiu de manter uma conversa comigo, começando a comer.



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Notas finais do capítulo

Então, reviews? Irei responder os de semana passada assim que tomar um banho, minha cabeça está realmente explodindo!
Kisses, kisses.



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