Better Than Me escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 10
Medos


Notas iniciais do capítulo

Milena: Hey pessoal, como estão?
Aqui está mais um capitulo, eu iria terminar ele bem antes, tipo domingo retrasado, mas aconteceu um monte de coisa aqui em casa e eu não tive cabeça para finalizar o capitulo, sinto muito.
Mas está aqui, a Hoppe viu a maior parte, só o finalzinho que não e eu não queria esperar pra postar porque eu to em provas e ta complicado aqui. Ultimo bimestre, socorro!



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Andava apressada até o Salão Comunal da Sonserina, eu evitava todos aquele dia, sem ao menos saber o porquê.

Não fora ao café da manhã, nem ao almoço e agora fugia do jantar. Não queria encontrar os olhos gélidos de Scorpius com a promessa de que algo aconteceria hoje à noite, porque, apesar de tudo, mesmo eu falhando, eu tinha certeza que Scorpius levaria essa vingança em frente e seria pior se eu não estivesse lá. Também não queria encontrar os venenosos de Rose, ou os culpados e, ao mesmo tempo, temerosos de Albus.

Eu simplesmente não queria encontrar ninguém, mas não poderia fugir por muito tempo.

- Estava te esperando, Lily Luna – a voz sombria e enigmática, se é que uma voz poderia ser assim, de Scorpius me sobressaltou, fazendo eu soltar um ofego assustado e deixar um grito escapar.

- Você me assustou! – reclamei, tentando acalmar as batidas do meu coração.

- Por acaso, não estava fugindo de mim, não é? – ele perguntou sério, ignorando o meu comentário.

- Por que eu estaria? – reclamei, sem olha-lo nos olhos.

- Vingança... – ele murmurou, puxando meu rosto, me obrigando a encara-lo – Sabe o que significa, Lily Luna?

Eu assenti, minha respiração presa em minha garganta.

- Quem busca vingança deseja forçar o outro lado a passar pelo que passou e garantir que não seja capaz de repetir a ação nunca mais – ele continuou, me olhando com intensidade – Você quer continuar sofrendo por causa de Rose Weasley?

- Eu...

- Acha justo o que ela faz com você? – ele me interrompeu, forçando que eu me apoiasse em uma parede – Ou você se esqueceu de tudo, Lily Luna? Não lembra a dor de ser ignorada por seus pais? Seu irmão? – as imagens voltaram a minha mente e eu sabia que era ele que fazia isso – Lembra-se da conversa que escutou de seus pais? A mesma conversa em que seu pai se perguntava o que havia de errado com você, por que não poderia ser como sua prima?

As lágrimas escorriam livremente em meu rosto e eu tentava implorar que Scorpius parasse, mas os soluços impediam-me de formular qualquer frase.

“Esfreguei meus olhos, enquanto caminhava cegamente até o quarto de meus pais. Eu tinha onze anos, eram férias de natal e eu fui acordada por um pesadelo.

Antes, porém, que eu abrisse a porta do quarto dos dois, a voz alterada de meu pai me impediu. No dia anterior eu brigara com Rose porque a garota havia insinuado que eu estava ali, sentada a mesa da casa de minha avó, apenas por pena, que ninguém gostava de mim, a Sonserina.

- Eu não entendo o que eu fiz de errado! – papai gritou, enquanto eu escutava minha mãe tentando acalma-lo – Eu a dei tudo como os outros, mas ela se transformou em uma cobra, Gina. Uma cobra! Você viu o que ela fez com Rose ontem? Entende o que eu quero dizer?

Eu ofeguei, assustada. Sabia que não deveria ter machucado minha prima, mas ninguém sequer me perguntara o porquê daquilo. Todos apenas concluíam que era um ataque de fúria da transtornada Lilian, que se revoltava contra a prima por querer ser como ela. Inveja, talvez.

- Não fale assim querido, as crianças estão dormindo – mamãe tentou acalma-lo e eu sabia que ela chorava.

- Que ouçam! – ele gritou mais alto – Você viu a cara de Albus? Ele estava com medo! Medo, Gina! Medo da própria irmã – ele abaixou o tom de voz e eu até poderia vê-lo se sentando na cama, enquanto bagunçava os cabelos – Não entendo o que há de errado com Lilian, por que tão diferente? Ela poderia ser igual a Rose, ela sim seria uma boa filha, um exemplo... “

- CHEGA! – eu gritei, me soltando do garoto e caindo no chão – Por que você faz isso, Scorpius, por quê?

- É para eu próprio bem, Lily – ele falou, o rosto inexpressivo, enquanto se ajoelha perto de mim, me tomando pelos braços – Não deve ter compaixão por eles, pois eles não tem por você.

- Eu não quero lembrar, não quero... – solucei, me agarrando nele.

- A compaixão é um defeito, Lily Luna, torna você fraca – ele murmurou, acariciando meus cabelos – Você não pode ser fraca. Sonserinos não são fracos.

- Eu...

- Shiiu! – ele me interrompeu – Vá até seu quarto e faça o que tiver que fazer, as dez eu estarei te esperando e você virá até mim, até sua vingança.

Eu assenti fraco, minha visão embaçada pelas lágrimas. Levantei-me do chão, meus pensamentos clareavam e aos poucos o ódio voltava. Rose merecia isso, era o certo.

-----

Caminhei até o garoto, que me observava sem expressão alguma no rosto. Seus olhos tinham um brilho estranho e assustador e assim que me aproximei, ele sorriu em escarnio. Scorpius estava mais amedrontador que nunca.

Eu tremia e o garoto percebeu isso assim que tomou uma de minhas mãos, me puxando para fora do Salão Comunal, até onde tudo aconteceria.

 - Compaixão é uma fraqueza, Lily Luna – Scorpius murmurou – Lembre-se disso.

Eu assenti, apertando ainda mais sua mão, tentando parar de tremer.

- Hoje me vingarei de Rose Weasley, e nada irá me fazer ajuda-la, ela não merece – falei firme, mesmo que por dentro meu subconsciente não estivesse assim tão certo.

- Está na hora – ele informou, consultando o relógio em seu pulso.

- Certo – murmurei, respirando profundamente e entrando na sala, me escondendo junto com Scorpius atrás de uma mesa.

Rápidos segundos de um agonizante silêncio, os passos de Rose foram ouvidos, para logo a garota adentrar a sala com um sorriso idiota na cara.

- Ela é tão patética – sussurrei irritada, sabia que ela estava assim por ter sido convidada a alguma coisa por Scorpius.

- Ciúmes, Lily Luna? – Scorpius perguntou, sorrindo cinicamente.

Eu rolei os olhos, sentindo meu rosto esquentar ao mesmo tempo. Óbvio que não era ciúmes!

- Scorp? – Rose chamou, me fazendo voltar meu olhar para ela e cerrar os punhos pela maneira como ela o chamara. Eu não estou com ciúmes dele, não estou!

- É a minha deixa – o garoto sorriu, puxando a varinha e apontando para o armário às costas de Rose – Alohomora.

- Scorpius, é você? – Rose se virou para o armário, dando um grito quando a criatura saiu do mesmo, na forma de uma aranha gigante. Que óbvio, Rose.

O garoto ao meu lado sorriu perversamente, enquanto tomava uma de minhas mãos, me olhando intensamente, como se me desafiasse a impedir o que viria a seguir.

- O q-que... – Rose deu alguns passos para trás, os olhos arregalados, enquanto o bicho papão se aproximava lentamente – Não!

Ela tentou abrir a porta, mas a mesma já estava trancada por Scorpius.

- É nossa vez, querida – Scorpius disse, enquanto me puxava do esconderijo, atônica.

- Scorp! – o rosto de Rose se iluminou quando o loiro apareceu, parecendo se esquecer momentaneamente do monstro a sua frente – Ah, Scorpius, você vai me s... Lily?

Ela me olhou confusa, seus olhos vagando entre mim e a aranha, ela não parecia mais tão aliviada assim.

Me obriguei a sorrir friamente, assim como Scorpius fazia, apertando ainda mais sua mão.

- Olá, prima – falei cinicamente – Gostou do nosso presentinho?

- O que? Foi você... Ah! – ela gritou quando uma das patas da aranha passou por seu corpo, seus olhos se encheram de lágrimas.

O bicho papão já estava o mais próximo possível, envolvendo a garota em suas patas. Rose gritava, implorando pela ajuda de Scorpius, que ria em escárnio.

Fechei os olhos, sem querer ver o que aconteceria depois. Scorpius prometera que ela não iria se machucar, mas seus gritos agonizantes não me diziam o mesmo.

Olhei para o garoto ao meu lado, segurando meu braço agora, me advertindo de intervir.

- Lily! – o rosto de Rose se virou para mim, vermelho e coberto de lágrimas – Lilian, me desculpe por tudo! Me ajude, por favor! Sou sua prima, nós crescemos juntas, Lily, por favor.

- Eu... – olhei relutante para Scorpius, que agora me encarava seriamente. Sabia que se a ajudasse, ele provavelmente nunca mais olharia para minha cara – Sinto muito.

Me soltei de seu braço facilmente, já que ele parecia incrédulo momentaneamente. A decepção passara nos olhos gélidos por alguns segundos e meu peito se apertou,  não queria magoa-lo novamente.

- Hey! – chamei o monstro que se virou para mim rapidamente, mudando aos poucos a forma da grande aranha para meu pior temor.

Os cabelos ruivos e ondulados contrastavam com outros quase brancos, olhos castanhos com olhos azul gelo. Rose e Scorpius, se beijando.

Ofeguei, dando alguns passos involuntários para trás quando o monstro se formou por completo. Fechei os olhos, tentando me fazer acreditar que aquilo não era real, era um bicho papão apenas.

Abri-os novamente, focalizando em Rose encolhida em um canto da sala, a Rose real, e Scorpius me olhando inexpressivo perto de uma mesa, não parecendo se importar com a imagem formada pelo monstro.

Me voltei para o bicho, os dois já tinham parado de se beijar e Rose sorria em escarnio, enquanto Scorpius me fitava com desprezo, as mãos possessivamente na cintura de minha prima.

Eu me sentia estupida por esse ser meu medo, como falar mal de alguém com medo de aranhas, quando seu bicho papão é seu único amigo com sua detestável prima? Bichos Papões poderiam ser mais de uma pessoa?

Os dois eram tão reais que, por um momento, eu me vi acreditando que aquilo era verdade e meus olhos ficavam embaçados, enquanto eu me sentia sufocar, escorada em uma parede. Eles se aproximavam mais e mais e eu não sabia o que fazer, a varinha em minhas mãos parecia inútil com meu estado de choque.

Scorpius mentira para mim, dissera que nunca ficaria com minha prima quando, na primeira oportunidade, fez exatamente isso.

Rose começou a acariciar Scorpius enquanto o loiro sorria docemente para ela. Espere, Scorpius nunca sorriu doce. Aquele não era Scorpius, constatei, parecendo acordar de um transe hipnótico, ele nunca ficaria com Rose, ele prometera.   

- Riddikulus – gritei, enquanto o bicho papão mudava novamente. Rose colocou as mãos nos cabelos, que caiam em tufos pelo chão, sua pele foi ficando cada vez mais vermelha e grandes orelhas apareceram em sua cabeça, os dentes cresceram e ela parecia diminuir de tamanho. Scorpius olhava confuso para baixo, onde suas vestes foram trocadas por um vestido vermelho rodado, enquanto uma rosa aparecera em seu cabelo – Estupore!

Os dois voaram até o armário, fazendo um grande barulho e Rose soltara um grito fino e distorcido.

- Colloportus – murmurei, e as portas se fecharam por magia. O monstro se fora.

Permiti-me suspirar um pouco, as imagens confusas em minha mente. Rose e Scorpius juntos, era isso que eu mais temia? Como eu era patética. Scorpius deveria me achar patética, porém, quando fui procura-lo, ele não estava mais na sala.

Eu o havia decepcionado, de novo. E as duas vezes foram por eu ser fraca, por não conseguir me vingar da garota que fazia de tudo para me humilhar, para ser melhor que eu. A mesma garota que agora estava desacordada agora.

A fitei com nojo, jogando toda minha culpa sob ela, ela que me havia feito decepcionar Scorpius, fora ela, não eu. Rose não merecia que eu a salvasse, então porque eu fazia isso? 


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Notas finais do capítulo

Eu não curti muito o final, que eu fiz agora, é que realmente acabou com toda minha inspiração as coisas aqui em casa e eu tentei ao máximo. Mas mesmo assim, quero agradecer a quem leu, mais ainda a quem comentar e a quem comentou no capitulo passado e muito mais a quem comentou no ultimo e nesse e muito mais... Ah, vocês entenderam. rs.
Agora deixar eu ir, amanha tenho física e não estudei ainda, help!
Kisses and Kisses



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