Passaram as folhas mais algumas folhas empoeiradas e continuaram vendo o livro, quando Hinata parou atônita quando leu um pequeno texto embaixo de uma foto de um casal segurando um bebê, lá estava escrito. “A família Hyuuga, donos das propriedades do lago onde se situa o orfanato, o casal doou a casa e logo depois sumiram misteriosamente.”

Ao ler o texto Hinata encheu suas orbes peroladas com lágrimas, não queria chorar. Já sabia que estava sozinha no mundo, mas as lágrimas insistiram em teimar e deslizaram pelo seu rosto até cair sobre o livro, Sakura que estava ao seu lado a abraçou, enquanto as outras garotas buscavam mais respostas. “Vai ficar tudo bem”, foi o que ouviu das outras garotas quando perceberam que ela não estava bem, e a abraçaram, o velho abraço em conjunto, que lembrava a elas que sempre estariam juntas.

Voltaram para o livro e outra foto as chocou, era uma foto onde os pais de Hinata, o pai de Sakura, a mãe de Ino e a mãe da Tenten pareciam ambos como fundadores do orfanato.

– não é só sua mãe, todas nós somos filhas dos fundadores, mas porque a Tsunade não nos contou nada? Perguntou Tenten.

– Eu acho que ela queria que nós descobríssemos sozinhas. Falou Hinata.

– Pra mim, ela não queria que a gente soubesse.

– Olha gente! Exclamou Sakura. – O orfanato Blue Lake tem filiação com o orfanato masculino do outro lado do lago.

O sinal para o lanche da tarde soou.

– Droga justo agora. Exclamou Ino.

– Nós podemos levar o livro pro nosso quarto.

– mas como? Sabe que tem que passar pela supervisora e ela não vai deixar a gente levar esse livro. Falou Sakura tristemente.

– Vamos esconder ele então. Disse Hinata.

– Boa idéia Hina. Disse Ino.

– mas onde podemos guardá-lo?

Ino andou um pouco pra trás e percebeu um rangido no chão. – Tem que ser esse orfanato caindo aos pedaços.

– Pera Ino, vai um pouco pra traz. Falou Tenten. Ino andou e todas olharam assustadas pra o chão de madeira.

As garotas se abaixaram e perceberam uma fissura na madeira, levantaram um pouco e lá tinha um espaço e algumas fotos, eram fotos antigas da construção do orfanato, mas uma coisa as intrigou, todos os fundadores tinham uma chave, com uma jóia cravada, não dava pra perceber o que era.

Então Tenten viu uma foto no fundo, na foto estava seu pai sua mãe ainda grávida dela, e no braço da sua mãe pendurada com uma fita estava à chave dela, nesse momento foi tomada por uma dor de cabeça e suas lembranças vinheram.

“-querida saiba que sempre te amei. Falava uma linda mulher de cabelos castanhos ondulados segurando a mão da filha que chorava ao ver sua mãe cheia de sangue. – segura querida. A mulher de cabelos castanhos abria a pequena mão da garota e lhe entregava uma chave com uma pedra de diamante. – você saberá o que fazer quando estiver mais velha.

Depois disso sentiu-se abraçada por trás por um homem que também chorava ao ver o amor de sua vida machucada e ferida, o homem olhou para a pequena não deixando a olhar para sua mãe já falecida no chão. – Olhe pra mim Tenten, o papai vai ter que ir o papai vai te deixar em um lugar, mas o papai vai voltar, o papai promete filha. A pequena abraçou o pai novamente sentindo ser levantada e colocada no carro.”

–Tenten? . Abriu os olhos devagar, sentindo a cabeça doer muito.

– onde estou? Perguntou olhando para a diretora Tsunade.

– Você está na enfermaria, suas amigas a trouxeram pra cá, disseram que estavam andando enquanto vinham para o refeitório quando você desmaiou.

– e o que a senhora faz aqui? Perguntou se sentando na cama um pouco tonta.

– Estou aqui porque a enfermeira disse que você pode ter desmaiado após lembrar algo muito forte na sua infância, então Tenten pode me contar o que você lembrou?

Tenten a olhou assustada, o que Tsunade queria tanto em saber de seu passado? O que ele tem de tão interessante para Tsunade? E porque ela também estava na fundação do orfanato?

Esses e outros assuntos a assustava, mas sabia que não só a ela, mas também as suas amigas que considerava irmãs.