Amor E Outros Desencontros. escrita por Amanda Souza


Capítulo 7
Bloqueando sentimentos indesejados.


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá. Minha criatividade não colaborou nada para esse capitulo, fiz o melhor que pude, mas prometo grandes surpresas nos próximos quanto para Melanie, quanto para Justin... Bem, espero que aproveitem.



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Instantes depois, nós estávamos sentados debaixo de uma sombra de uma longa árvore. Nós dividíamos o tronco da mesma, as pernas de Justin estavam esticadas e cruzadas. Eu segurava a câmera entre nós.

– Você fotografa bem. – elogiou.

– Obrigada. – sorri timidamente.

– Acha que posso vender essa foto por quantos dólares? – brinquei tentando afrontá-lo mostrando a foto em que ele corria atrás de um dos patos.

Ele bufou.

Levantei as mãos pro alto com as sobrancelhas levantadas.

– Ok. Só estou brincando. – dei um leve soco em seu ombro.

– Olhe só esse aqui se parece com você. – contra-atacou, apontando para um dos patos.

– HÁ. – bufei – Muito engraçado!

– Me de isso aqui. – ele pegou a câmera das minhas mãos e ergueu-a acima de nós.

– O que esta fazendo? – eu olhei-o confusa.

– Precisamos marcar o momento. O que é mais importante, você passou pelo menos 15 minutos da sua vida sem me dar uma patada. – anunciou com um sorriso divertido.

– Mas vou voltar a te dar patadas se não me der isso aqui agora. – franzi o lábio.

Ele fingiu na ouvir e em seguida sorriu. Eu continuava olhando com os lábios franzidos.

– Sorria.

E então só senti o flash disparar em meu rosto.

Eu voei para pegar a câmera de sua mão, mas ele foi mais rápido, erguendo ela para longe ainda no alto.

– Olhe que graça de biquinho. – ele referia-se a foto.

Enquanto lutava para pegar a câmera, senti meu rosto queimar, não consegui identificar se era de raiva ou de vergonha.

– Me de... Essa porcaria aqui... Justin Bieber. – rosnei enquanto ele ria.

Provocada pelo seu riso, agarrei bruscamente a câmera de sua mão e a desliguei rapidamente.

Eu olhei para ele furiosa. Justin me olhava paralisado, mas como se estivesse prestes a saltar e começar a correr.

Ele iria apanhar, mas senti meu estomago roncar e a fome foi mais forte. Não havia comido direito dês de ontem.

Levantei-me e comecei a andar.

– A onde vai? – Justin perguntou.

Eu parei, mais não olhei para trás.

– Preciso comer. – respondi, olhei para ele por cima dos ombros, ele já estava logo atrás de mim. – Depois de repor minhas energias, me lembre de te bater.

Voltei andar e pude escutar a risada de Justin atrás de mim.

Dessa vez teria de concordar com ele, eu era mesmo imprevisível.




– Olhe só que irônico, – começou Justin ao se sentar de frente para mim no banco de divisória ao lado do vidro de parede inteira, trazia com ele nossos cafés. – Nós nos conhecemos por causa de um café, e agora estamos aqui – ele empurrou o café no copo da Starbucks pra mim –, tomando um, juntos. – ele sorriu.

– Se você soubesse o quanto te odiei a partir do momento que você derramou aquele café em mim, e das coisas terríveis que eu pensei em fazer com você... Tenho certeza que você iria preferir atravessar o oceano pacifico e ficar em uma ilha ate não ter mais esperanças de resgate, do que passar por elas. – admiti com uma voz ameaçadora.

Ele soltou uma gargalhada, a mais alta que eu já ouvira dele até agora. Ele se inclinou e me encarou.

Odiei? – repetiu ele, dando ênfase na palavra no passado. – Então não odeia mais? – ele ergueu uma sobrancelha desafiadora.

Eu olhei em seus olhos penetrantes e dominadores, havia um tanto de ansiedade pela minha resposta neles. Seus olhos eram hipnotizadores.

Pisquei duas vezes, tentando retomar a concentração.

Encostei-me no banco, respirando dificuldade. Justin percebeu minha desconcentração e soltou um riso baixo.

– Acho... Que... Agora... Te odeio... Um pouco menos. – disse por fim, vacilando nas palavras.

Dei um gole no café, tentando me manter na realidade.

– Bem, acho que já é um começo.

Desviei os olhos, antes que pudesse falar qualquer outra bobagem.

– Começo deque? Se nada ainda começou?

Ainda. – repetiu com um sorriso.

Estava começando achar que deveria escolher as palavras com mais cuidado quando falasse com ele.

Pendurei a câmera pela alça em meu pescoço e me levantei.

– Se eu fosse homem eu iria dizer: Ai meu saco! – resmunguei na defensiva, enquanto pegava meu café.

Comecei andar para fora da cafeteria. Não resistir a uma espiada sobre ombro, para ver se ele estava atrás de mim, mas só vi a cafeteria quase lotada. Um súbito tremor subiu pelo meu corpo.

Parabéns Melanie! Você conseguiu mandar mais um pra bem longe de você.

Arrrrgh!

Como sou estúpida!

Fechei bem os olhos pensando no tamanho do meu fracasso, forcei-me a olhar pra frente, quando uma risada musical soou ao meu lado me fazendo pular.

Olhei pro lado e um alivio percorreu pelo meu corpo. La estava ele, com seu sorriso debochado ao meu lado enquanto saímos da cafeteria.

Obriguei-me a bloquear qualquer tipo de sentimento que poderia sentir por aquele garoto.

Respirei fundo.

O que havia me feito pensar que aquele pé no saco – que eu não tinha – me deixaria em paz?

Olhei pra ele incrédula e ele também me olhou, eu queria desviar o olhar, mas estava perdendo a concentração em seus olhos e... Droga! Tropecei em algo na calçada que me impeliu para frente, senti que ia cair, mas Justin segurou em meu braço e me puxou para trás evitando que eu desse de cara no concreto, por causa do impulso soltei o café que foi direto para chão.

– Opa! – Justin me puxou para seu lado, impedindo que o café explodisse em meu pé. – Você está bem?

Era constrangedor demais. Olhei para meus pés e depois para o café derramado no chão.

– Dois pés esquerdos. – tentei sorri.

Justin riu. Não da situação, mas de mim.

Porque não riria?

Nós voltamos a andar.

– Toma. Pode ficar com o meu. – ele me ofereceu seu café.

– Não precisa. – recusei, apesar da fome.

– Pegue. Eu ainda não bebi e também não estou com fome. – insistiu.

Resolvi aceitar, pois não sabia que horas ia voltar a comer.

– Obrigada. – sorri enquanto ele me entregava o café com delicadeza em minhas mãos.

Dei uma golada no café, parecia um cappuccino, era bom. Dei outra golada.

Olhava para o logotipo da Starbucks enquanto andávamos em silêncio, estava constrangida demais para olhar pra ele. Percebi que meu café já estava no fim, acho que o bebi distraidamente enquanto me perdia nos meus devaneios.

– OMG! Ju-Justin! – gaguejou alguém hesitante que parecia estar bem próximo de nós.

Ergui a cabeça para ver quem era.

Uma garota pouco não muito baixa, que parecia ter uns 15 anos, de cabelos pretos e lisos, com os olhos brilhando e focando apenas em Justin, quase dava pulinhos de tanto entusiasmo, seu sorriso era de ponta a ponta e parecia estar eufórica.

Evidentemente uma fã de Justin.

– Posso te dar um abraço? – perguntou com certa insegurança, mas ainda radiante.

– Por favor! – respondeu gentilmente enquanto abria os braços.

A garota deu um abraço sufocador em Justin, que por sua vez, correspondeu. Ouvi-a sussurrar algo parecido como “... Incrível. Eu te amo”

– Posso tirar uma foto? – perguntou enquanto saia do abraço.

– Claro. – concordou, mantendo a gentileza.

A garota sorriu e tirou uma câmera da bolsa de lado que atravessava seu corpo. Justin pegou-a e me olhou.

– Ahm... Milers – ele insistia em falar meu nome errado – Importa-se? – ele balançou a câmera nas mãos.

– Não, claro que não. – respondi.

Justin me entregou a câmera que já estava ligada, então só precisei bater a foto. Depois que o flash disparou a garota agradeceu a Justin e quando devolvi sua câmera ela sorriu pra mim e se foi.

– Acho que conseguiu fazer a felicidade de mais uma. – cometei.

– Bem, eu tenho esse efeito sobre as garotas. – Justin sorriu presunçoso.

Então um flash que não pertença à câmera da fã de Justin disparou em nossos rostos. Nós dois olhamos para o lado procurando de que câmera pertencia o flash.

Um homem do outro lado da rua, um tanto suspeito, segurava uma câmera 1000 vezes mais potente que a minha e o foco dela parecia estar mirando em nós.

– Droga! – murmurou e começou a correr.

Estava entretida demais com a câmera daquele cara para me preocupar com o retardado do Justin. O mesmo cara sumiu entre as outras pessoas instantes depois de Justin.

Quando me dei conta que Justin havia me deixado para trás, procurei-o com os olhos e ele estava parado há alguns metros de mim e depois olhou para trás como se houvesse esquecido algo. Então voltou correndo, pegou em minha mão e voltou a correr, obrigando-me acompanhá-lo no surto de corrida.




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Notas finais do capítulo

Leitores fantasmas no me gusta, se tiverem acompanhando mandem Reviews, elas me estimulam bastante. Então... Acham que eu mereço?
Até o próximo. :)