Amor E Outros Desencontros. escrita por Amanda Souza


Capítulo 10
Arrependimento.


Notas iniciais do capítulo

Prometi á vocês que não ia demorar a postar, e aqui estou eu!1 Na verdade, era pra ter postado ontem, só que deu uns problemas e eu estressei... Enfim, não ficou muito bom, não estava exatamente inspirada na hora que escrevi, mas achei bem fofinho hihihih. Espero que vocês também achem, gostem e aproveitem. Até lá em baixo :)



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Desci para a cozinha, já estava tempo demais naquele quarto, eu precisava de um copo d’água, minha boca já estava com um gosto nada agradável. Depois disso, quando já estava voltando para o meu quarto, passando pela mesinha onde ficava o telefone, o mesmo tocou. Estendi a mão para pega-lo, mas hesitei.

Tocou outra vez.

– Alô? – disse insegura, minha voz saiu rouca por falta de usa-la nas ultimas horas.

Oi Miles. – disse papai. – Só queria avisar que hoje é meu dia de plantão aqui no hospital. E eu fiquei preocupado com isso.

– Tudo bem papai, eu sei me virar. – garanti.

Tem certeza?

– É o seu trabalho, papai, não precisa se preocupar.

Qual quer coisa, é só me ligar, tudo bem?

– Ta legal.

Se cuida. Tchau.

– Tchau. – desliguei.

Suspirei. Iria ser bom poder ficar trancada no quarto, chorando, sem ter que da explicação a alguém. Quando girei os calcanhares para voltar para o meu abrigo seguro, o telefone tocou outra vez. Fui obrigada a atender.

– Olha papai, não precisa se preocupar. Vou ficar bem. – disse impaciente, mas tentando não parecer rude.

Melanie? – disse a voz rouca do outro lado da linha. – É o Justin.

Meu coração parou por um segundo, e depois voltou a bater mais forte.

– O que você quer Justin? – minha voz quase não saiu.

Por favor, antes de desligar. Apenas me escute. – pediu.

Eu não disse nada.

Você sabe como é ter que enfrentar a pressão da mídia sobre você? – sua voz começou calma, mas aos poucos foi se alterando. – Sabe o que é ter pessoas te dizendo toda hora: “Não faça isso.” “Faça aquilo.” “Isso vai prejudicar sua carreira”? Ter pessoas te julgando o tempo todo, te vigiando 24horas por dia querendo saber o que você faz o deixa de fazer, com que saiu ou deixou de sair? – as palavras eram duras e saiam com rapidez. – Sabe quantos rumores surgem, a cada semana, que eu estou saindo com uma nova garota? Você sabe quantos deles são falsos? – ele pronunciou de vagar, procurando que eu compreendesse o que ele queria dizer. – Sabe o que é ter que agüentar com um sorriso? – ele fez uma pausa. – Bem, provavelmente não. Pois você explodiu, sem ao menos dizer o que havia acontecido. Sem ao menos querer me escutar. Você se lembra daquele nosso passeio de ontem? Aquele que eu fiz de tudo para arrancar um sorriso do seu rosto sem me importar com que as pessoas iriam dizer? Pois é, eu não liguei. Eu tentei evitar que aquelas matérias saíssem. Por você. Eu enfrentei por você, e continuaria enfrentando. E você enfrentaria. Por mim? Por nós?

Não consegui responder, com a onda de culpa me tomando.

Acho que isso foi não. – ele fez outra pausa. – Não precisa falar nada. O que eu queria ouvir, você não disse. Mas você não precisa enfrentar isso tudo. Também porque você não quer. – ele disse por fim, então o telefone ficou mudo.

Fiquei paralisada ali, apunhalada por aquelas palavras. Já sentia as lágrimas se empoçarem nos meus olhos. Não era mais um choro frustrado. Agora era um choro triste e culpado.

Senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Coloquei o telefone no gancho.


15:30.

Marcava o relógio. Nas últimas horas, fiquei enroscada em uma bola, meus olhos ardiam e estavam inchados por causa do choro.

Eu ainda me sentia mal, ou pior que isso.

Estava convicta que não havia pessoa mais idiota que eu. – nem mesmo o Justin.

Eu havia deixado Justin escapar, como areia se escapa entre os dedos. E o pior de tudo: Eu havia o magoado.

E me magoado.

E não havia mais nada a fazer. A não ser, guardar essa historia pra mim. Ou melhor, nem pra mim mesma contar. Pois também não acreditaria ter sido tão burra.

Apertei mais os joelhos contra meu peito tentando amenizar a dor.

Não resolveu.

Fui até o banheiro e segurei-me a beira da bancada com as mãos.

Suspirei.

Estava mais horrível do que eu imaginava. Abri a torneira e joguei água em meu rosto inchado. As coisas não podiam ficar por assim mesmo. Eu havia cometido um erro. Sentia-me na obrigação de pedir desculpas – mesmo elas não sendo aceitas. Iria ser a única forma que eu me sentisse menos terrível. Passei a escova em meus cabelos e corri para o quarto e calcei meu indispensável All Star, estava decidida a ir atrás de Justin.

– Droga! Droga! Droga! – murmurava.

Não sabia o que fazer.

Não poderia sair por ai perguntando “Oi, você viu um garoto loirinho qual pessoas dão o nome de Justin Bieber?”. Elas simplesmente riam e responderiam: “Ah, vi sim. Se você quiser ver também é só jogar o nome dele no Google que aparece um monte de fotos dele pra você vê também. Retarda.” Bem, era isso que eu diria. Isso só era mais uma coisa na minha lista de pensamentos absurdos.

– Ok, Milers. – balancei a cabeça – Miles. – corrigi. – Pensa! – dizia comigo mesma.

O hotel onde o Justin estava hospedado. Pensei.

Precisei ligar o computador para tentar encontrar pelo menos o numero, quando não sabia nem o nome do hotel. Enquanto o computador inicializava, fui montando algumas informações em minha cabeça. Lembrei-me de passarmos pelo Central Park em uma das vezes que meus olhos vagaram pela janela, minutos antes de chegarmos ao hotel, e do nada, eu e Justin nos encontramos no dia seguinte no mesmo.

Então logo escrevi no navegador de busca:

“Central Park Hotel”.

E torci para que tivesse algum hotel com esse nome. Assim que os resultados apareceram, cliquei no primeiro site promissor que vi com o titulo “Central Park Hotel”. Levou um tempo exasperadamente longo para que a tela estivesse concluída. O layout do site movia-se mostrando imagens de alguns quartos, o fundo suave e a aparência bem acadêmica. Tinha todas as informações necessárias para quem queria se hospedar, inclusive o endereço e o número de telefone. Anotei os dois rapidamente num pedaço de uma folha de papel e disparei para o telefone, discando os números rapidamente.

A recepcionista atendeu:

Boa tarde, Central Park hotel.

– Oi, e... – eu hesitei, seria ridículo ter que falar isso. – O hospede Justin Bieber está?

Desculpe, mais preferimos manter em sigilo.

Eu pensei um pouco. Lembrei-me dacoisa totalmente sem noção que Justin havia me dito ontem no carro, enquanto ele me levava para casa.Uma pista, talvez.

– E o hospede Bart Simpson? – chutei.

Perguntar aquilo era mais ridículo do que perguntar por Justin, mas por incrível que pareça, a recepcionista confirmou minha alternativa. Quem colocaria daria o nome de Bart Simpson em um cadastro apenas para manter a sua identidade em sigilo? Claro, o Justin Bieber.

Peguei um taxi e mandei o motorista seguir para o endereço anotado no pedaço rasgado da folha de papel, alguns minutos depois, estava no mesmo hotel que fiquei com Justin á alguns dias atrás. Atirei alguns dólares no banco do carona para o motorista e saltei para fora do taxi. Andei até a recepção e perguntei por Justin, ou melhor, por Bart Simpson.

– Você é a senhorita... – ela leu no computador. – Milers?

Assenti com a cabeça. Estava tão apressada, que não me importei com meu nome errado, nem como ele havia ido parar ali em seu computador.

– A senhorita tem permissão para subir. Ele está hospedado no quarto 458.

Estranhei, mas decidi não fazer perguntas e disparar para o elevador.

Assim que as portas do elevador se abriram, dei um passo longo para fora e procurei pelo numero informado pela recepcionista acima de cada porta. Assim que a encontrei, bati três vezes, estava nervosa. Não tinha nada em mente no que ia falar, mas acho que estava claro que eu não iria vir ali pra bater nele.

Olhei pro chão e então escutei o ruído da porta se abrir.

Não tive coragem de encará-lo, então entrei, antes que ele pudesse me expulsar.

– Me disseram que eu tinha permissão para subir. – fui logo esclarecendo.

Justin não me seguiu e nem tentou me impedir, apenas permaneceu na mesma posição, com a mão na maçaneta da porta aberta.

Girei os calcanhares pra vira-me pra ele, mas ainda não o olhava.

– Olha – coloquei os cabelos atrás das orelhas –, sei que ta bravo comigo, e provavelmente, está com vontade de me expulsar daqui com chutes no traseiro, mas – eu o olhei, e então ficou mais difícil de respirar. Justin estava sem camisa, apenas com uma bermuda azul escuro, seu cabelo loiro estava molhado e bagunçado como eu nunca houvera visto antes, seus olhos eram confusos, mas não havia raiva alguma. – E... – tentei me concentrar, mas percebi que não conseguiria se não desviasse minha atenção dele, desviei o olhar pra minhas mãos, que estavam em minha barriga com os dedos entrelaçados, se moviam involuntariamente –, e eu fui uma idiota, eu sei. Mas quando to nervosa, o sangue sobe pra cabeça, e eu acabo fazendo e falando coisas que não devia. Acho que você tem todo o direito de ficar bravo comigo. Mas, eu vim aqui te pedi desculpas, foi o único jeito que eu encontrei de fazer com que eu sentisse menos idiota, que eu fui com você... – eu voltei meu olhar pra ele, e me surpreendi quando vi que ele estava de pé na minha frente, com um sorriso torto perfeito nos lábios, não me fuzilando com os olhos, como no mínimo deveria estar, olhei em seus profundos olhos cor de mel, estava ficando cada vez mais difícil me concentrar –, e se você... Não quiser aceitar minhas desculpas – Justin se aproximou mais e levou sua mão até meu pescoço, me causando arrepios, aproximou seu rosto do meu, até seus lábios ficarem centímetros longe dos meus –, com toda razão. – fiquei zonza, meus olhos traçavam as linhas perfeitas de seus lábios. – E...

E seus lábios se encaixaram nos meus com delicadeza, e eu entreguei-me totalmente a ele, mesmo não entendendo porque ele não estava bravo. Sua mão livre estava em minha cintura, me puxando para ele. Seus lábios pareciam estar cobertos de mel, fazia com os desejassem mais e mais. O beijo começou a ficar mais urgente, e ansioso, vindo da parte de ambos, nossos lábios moviam-se em sintonia. Era um beijo bom, intenso, não havia raiva, nem desespero, era outra coisa, que fazia com que meu coração martelasse em meu peito como se quisesse saltar para fora, tão forte, que eu podia escutar seu martelar nervoso em meus ouvidos. Ficou mais ainda mais difícil de respirar quando seus lábios afastaram-se dos meus, minha respiração era um ofegar alto.

– Vai me bater? – ele disse brincalhão.

Meus olhos estavam em minhas mãos, que embaraçosamente, estavam em seu peito nu, e eu não sabia em qual momento elas foram parar ali.

– Acho que você que deveria estar fazendo isso comigo. – disse ainda ofegante.

Justin soltou um risinho baixo e envolveu seus braços em minha cintura.

Tentei sorrir também. Eu o olhei.

– Isso por acaso foi “Eu aceito sua desculpas?” – perguntei.

– Talvez. Vamos dizer que foi meio cominho andado. – ele sorriu maliciosamente.

Eu estreitei os olhos.

– E eu vou ter que fazer algo para andar o restante do caminho? – indaguei.

– Exatamente! – confirmo com outro sorriso diabólico.

– Acho que estou disposta também á enfrentar algumas coisas por você. – admiti sorrindo.

– Até mesmo ser minha acompanhante na festa que vai rolar depois da minha apresentação hoje à noite no Rockefeller Center?

Eu soltei uma gargalhada.

– Ta de brincadeira né?

Justin continuou sério, dando a entender que não estava de brincadeira.

– O-Oque? Nã-não – comecei a discordar e gaguejar, balançando a cabeça involuntariamente–, não! Não vou. Não, Justin!

Justin cruzou os braços.

– Pensei que você estava disposta a enfrentar algumas coisas por mim. – manipulou.

– Eu disse algumas coisas. – lembrei-o mortificada.

– Isso é alguma coisa.

– Umpft! Você é inacreditável!

Justin sorriu satisfeito.



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Notas finais do capítulo

Fiquei meio deprimida depois de ler esse capitulo hoje, pois cito que o cabelo do justin é loiro, e agora está completamente preto D: mas ele fica lindo de qualquer jeito af
Enfim, o próximo capitulo pode demorar um pouco a sair, pois ainda não ta pronto e to meia sem criatividade, mas já tenho algumas coisas em mente. Aguardem!!1