Depois do almoço Hikaru foi dar uma volta pelos terrenos em volta do casarão, como era enorme parecia até que não tinha mais fim, depois de andar por um bom tempo em volta da casa encontrou uma grande árvore com muita sombra perto do muro, se subisse nela poderia sentar no muro para olhar o movimento do lado de fora dos muros daquela grande casa, foi exatamente o que fez , e sentada lá em cima ficou olhando a estrada deserta que levava ao casarão, cercada pelos dois lados de campos floridos e algumas árvores, a casa ficava um pouco afastada da cidade e depois de admirar por um tempo as flores se cansou, resolveu olhar o movimento na casa, virou-se com cuidado no muro e ficando de pé começou a andar cuidadosamente pelo muro procurando um ponto em que o muro se aproximasse da casa para poder olhar. Chegando aos fundos da casa o muro ficou bem próximo e ela se sentou para olhar, olhava atentamente cada janela tentando desvendar quem estava ali e o que estava fazendo, e foi assim até chegar na janela da torre a qual ficou olhando com cuidado, embora fosse uma janela grande estava muito alta, porém, não pode deixar de ter a impressão que alguém a observava de lá assim como ela fazia de baixo, ficou olhando aquela sombra que se mostrava na janela  tentando decifrar se era apenas uma sombra mesmo ou um vulto quando em um piscar de olhos a sombra desapareceu.

Confusa então com o que havia visto voltou caminhando até a árvore de novo e descendo correu rápido de volta a casa, ao adentrar a sala correndo trombou violentamente com sua mãe a derrubando:

- Desculpa mãe, desculpa, desculpa, desculpa. – ajudando a levantá-la.

- Você está doida menina?! Quantas vezes eu tenho que dizer pra não correr dentro de casa?

- Esqueci. Se machucou?

- Não,  estou bem, vá se lavar e vamos para a sala de jantar tomar café.

- Está bem mãe.

Foi ao banheiro térreo se lavar muito pensativa e retornou a sala para comer, foi quando então seu pai lhe deu a noticia.

- Hey filha, lembra o que me pediu ontem sobre a porta da torre?

- Sim pai, o que tem?

- Liguei hoje para um chaveiro, amanhã ele virá trocar a fechadura ai poderá olhar o que tem lá dentro.

Se levantando e dando um beijo demorado no pai – Pai você é dez! Vou ler um pouco agora. – foi então para a biblioteca tentar se distrair um pouco mais tranqüila, no dia seguinte descobriria o que estava acontecendo e recuperaria seu diário.