Shattered Dreams escrita por Labi


Capítulo 8
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Desculpem não ter postado na semana passada :x



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/175490/chapter/8

As quartas-feiras eram um dia terrifico para Alfred. Era o único dia em que ele tinha aulas de tarde... Ainda para mais Programação, aula que ele odiava por culpa do professor irritantes que dava apenas um ou dois exercícios básicos e depois ficava a aula toda sem prestar atenção á turma.

Arthur ainda estava a dormir, quase a cair do sofá e deitado em cima de uma das asas. O americano abanou-o suavemente até ele abrir os olhos sonolentos e rolar para o lado oposto.

"Hum...Que foi?"

"Hoje vens comigo às aulas ou ficas aqui?"

"Ugh... Hoje fico. Senão ainda espanco aquele francês idiota."

Afred fez uma careta, "Logo de manhã a pensar nele?"

Arthur pegou na outra almofada e atirou-a a Alfred:

"Vai-te embora e deixa-me dormir!"

O americano fez biquinho e foi tomar o pequeno-almoço, deixando o anjo a dormir.

Quando chegou à universidade, viu Francis a falar animadamente com Matt. E então, um pequeno conflito surgia na sua cabeça. Ele queria o francês longe do seu "primo"... Mas ao mesmo tempo, não queria que ele ficasse próximo de Matthew porque assim o canadiano ia troca-lo pelo francês.

Suspirou e tentou pensar outras coisas.  E se Arthur não se importasse com a presença de Francis? Quer dizer, certo que dali a uns meses o seu "primo" ia "voltar para Inglaterra" e nunca mais ninguém o veria... Nem Francis, nem Matthew... E pior que isso, nem o próprio Alfred.

Abanou a cabeça para tentar sacudir os seus pensamentos e foi ao encontro dos dois loiros. A aula que ele e Matt tinham a seguir era Física, para contentamento de Alfred.

"Bonjour ~"

"Bom dia Al!"

"Ugh, bom dia."

##

Arthur decidiu que ia tentar voar, desse no que desse. Levantou-se mais cedo e desceu para o jardim.

A casa de Alfred era simples. Tinha três andares e ficava no final de uma rua sem saída. A casa ficava numa zona rural e havia montes e campos por todo o lado. Havia uma cidade a cerca de 30 minutos dali e a universidade de Alfred era o centro de toda essa pequena cidade, o que fazia com que ela e os arredores fossem praticamente apenas habitados por estudantes ou professores.

O anjo respirou fundo aproveitando o ar limpo. Ele durante quase toda a sua vida tinha vivido entre Londres ou Oxford e isso tinha-o habituado ao ambiente citadino que aquele lugar obviamente não tinha.

Verificou se não tinha nenhum vizinho por perto (não fosse a coisa dar mal) e pegou na varinha para tentar lançar magia de alguma forma para o ajudar... Mas nada aconteceu.

Decidiu então fazer o que lhe parecia mais racional: bater as asas de forma sincronizada e esperar que de alguma forma conseguisse levantar voo.

Durante quase meia hora, não obteve resultados... Apenas cansaço e frustração... Mas não desistiu, e após mais uma infinidade de tentativas conseguiu finalmente levantar-se do solo por uns centímetros.

O esforço estava a deixa-lo exausto e apenas tinha levantado uns 5 cm do solo... Não era o suficiente.

Deixou-se cair no chão de joelhos quando sentiu as pernas enfraquecidas. Algum tempo depois levantou-se foi para dentro. Tinha de tomar banho, fazer o almoço e vestir-se...

##

Alfred sentou-se entre Kiku e Matthew durante a hora de almoço. Os três almoçavam sempre juntos quando tinham aulas durante a tarde, mas parecia que o grupo tinha aumentado. No outro lado de Matt estava Francis e á esquerda de Kiku sentava-se Heracles, um aluno do História que era seu amigo.

Alfred sentia-se excluído e mal-humorado. Começou a comer sem grande vontade enquanto a sua mente divagava ainda sobre outros assuntos... Nomeadamente um certo anjo, que tinha ficado em casa... Suspirou e tentou concentrar-se na sua comida, enquanto ouvia os outros dois loiros a falar qualquer qualquer coisa em francês e ouvia Heracles falar das lendas dos Deuses gregos.

Depois do almoço, Kiku e Alfred foram para a aula de Programação. Tal como sempre, o professor deu um exercício para resolver e Alfred acabou-o nem em 15 minutos e decidiu que ia procurar mais informação sobre os homicídios.

Abriu o Google e procurou os sites oficiais dos jornais mais conhecidos de Inglaterra que ele se conseguia lembrar. Leu os títulos das notícias principais, mas nenhum se parecia focar naquilo.

"Têm mais cinco minutos!" anunciou o professor.

Com mais pressa, o americano começou a abrir vários links aleatórios e depois lembrou-se de procurar no site da universidade. De certo devem ter referido alguma coisa, uma vez que não era muito normal ter alunos assassinados.

O seu palpite estava certo. No parte de notícias no site da universidade de Oxford tinha uma actualização recente.

Ele clicou e uma nova janela se abriu. Começou a ler atenciosamente e depois reparou que a notícia falava de um outro homicídio que houve, e desta vez, dentro da própria universidade. A notícia contava os pormenores e as opiniões dos detectives, e bem no final, fazia também uma referência a Arthur:

"Após dois alunos terem sido assassinados, a universidade decidiu ajudar nos custos da cerimónia fúnebre e homenagear estas duas famílias depois de uma tragédia tão grande. Oferecemos às famílias um quadro com o nome do aluno e uma pequena dedicatória."

Por baixo desse parágrafo tinha duas fotografias. A primeira mostrava uma senhora a segurar num ramo de flores e um homem com o quadro, e por baixo dizia: "Entrega do quadro á família Myron".

Na segunda, mostrava um senhor de idade com o quadro, e a legenda dizia:"Devido ao facto da família Kirkland não ter aparecido á cerimónia fúnebre, o quadro foi entregue ao reitor que depois reencaminhará para os país de Arthur Kirkland."

Alfred sentiu um "clique" na sua mente. Os pais de Arthur não tinham estado no seu funeral?

"Acabou o tempo!" gritou o professor levantando-se bruscamente da sua cadeira e interrompendo o raciocínio de Alfred.

#

No final da aula, Alfred levantou-se rapidamente e foi o primeiro a sair da sala. Decidiu não esperar por Kiku nem procurar Matt.Apenas queria ir para casa e perguntar a Arthur directamente o que se tinha passado.

Quase corria em direcção ao portão. Atravessou rapidamente o jardim frontal da universidade e ia tão distraído que embateu contra alguém, derrubando a pessoa.

"Ouch! Desculpe!" estendeu a mão para ajudar o desconhecido a levantar-se e só então reparou que não era um desconhecido.

"Arthur?"

"S-seu bruto! Vê por onde andas!" gritou-lhe furioso, agarrando na mão do americano para se conseguir levantar.

Alfred puxou-o para cima sem medir a sua força o que fez com que o inglês fosse bruscamente puxado, embatendo contra o seu peito, sendo apenas seguro por um meio-abraço.

O americano ficou corado e atrapalhado e largou rapidamente o anjo tentando arranjar alguma coisa para dizer.

"O-o-que estás aqui a fazer?"

O anjo, igualmente vermelho, abria e fechava a boca como um peixe. E então ouviram alguém chamar:

"Arthur~"

Ele semicerrou os olhos e sentiu os pêlos do pescoço arrepiarem-se.

"Ugh... Francis."

##

“Explica lá outra vez como é que viemos aqui ter.” sussurrou entre dentes  Arthur enquanto apoiava a sua cabeça nas mãos e bufava pela milionésima vez.

Alfred , que estava a beber de forma ruidosa a sua Coca-Cola apenas para irritar, largou a palhinha e rolou os olhos, “Porque aceitamos vir ao café do amigo do Francis.”

“Aceitamos? Não. TU aceitaste.”

“Relaxa Artie~”

“Não me chames isso! É Arthur.  A-R-T-H-U-R, ARTHUR!”

“Ok, ok.”

O inglês voltou a bufar , afastou-se da mesa  e encostou-se bruscamente ao sofá.

“Podemos ir embora?”

“O Francis ainda nem trouxe a comida…”

“Ugh! Se sabia tinha ficado invisível!”

“Eu não te pedi para me vires esperar, pois não?”

O anjo ficou corado e amuado. Suspirou e cruzou os braços enquanto olhava pela janela para observar o movimento na rua… Tinha saudades de Londres…

“Aqui está ~ “  anunciou Francis pousando um tabuleiro na mesa sendo seguido por Matthew.

“Demorou!”

“Alfred, sabes muito bem que o Gilbert é um anormal. E estando ele na cozinha, nunca mais somos atendidos.”

Ouviram alguém rir e Matthew assustou-se quando alguém lhe colocou uma mão no ombro:

“O INCRÍVEL EU É UM COZINHEIRO GOURMET, E NÃO ATENDE QUALQUER PESSOA!”

Francis rolou os olhos e bateu com a palma da mão na testa.

A esta altura, Arthur estava já completamente irritado e ia começar a reclamar que não era necessário gritar para que eles conseguissem ouvir. Apenas não o fez porque Alfred olhou para ele quase que a prever a situação e porque também ouviram um estrondo de tachos e panelas a cair vindas da cozinha.

“HEY WEST, O QUE ACONTECEU?” gritou novamente o albino.

Da cozinha, uma voz forte e furiosa gritou:

“FELICIANO! O QUE FIZESTE DESTA VEZ?”

Novamente ouviram o barulho de panelas e desta vez uma voz mais baixa falou:

“Eu-eu… Eu só ia fazer pasta…”

“FELICIANO!”

Arthur e Alfred entreolharam-se mas rapidamente desviaram a cara, corados e atrapalhados. Novamente, Arthur bufou e enterrou-se no sofá.

As pessoas da América eram todas loucas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obviamente que a parte do site de Oxford é inventado (quer dizer, é óbvio que a universidade tem um site, mas vocês entenderam.)
Não sei se ficou explicito, o café onde eles se encontram pertence obviamente a Gilbert e a Ludwig.
Acho que é tudo ~