Shattered Dreams escrita por Labi


Capítulo 5
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Alerta de aleatoriedade. Really. Outra coisa estive a pensar Era muito má ideia mudar o rating desta fic para +18 e inserir algum lemon nos capítulos mais finais? *foge*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/175490/chapter/5

"Alfred!"

...

"Alfred! Acorda!"

O americano abriu lentamente os olhos e grunhiu tentando ignorar a voz. Sentiu-se a ser abanado e suspirou.

"Alfred! Telefone!"

"Hum? Quando? Quem? Atende tu!"

"Para ti idiota! Eu não posso atender, ninguém sabe da minha existência!"

Ouviu um barulho irritante vindo da sala. Levantou-se bruscamente, ficando tonto e ganhando consciência da sua dor de cabeça.  Foi o mais depressa que conseguiu e atendeu o aparelho:

"Sim?" , disse tentando controlar um bocejo.

"Alfred? Bom dia."

"Matt? O que se passa?"

"Estou só a ligar-te para saber se estás bem , como faltaste ás aulas..."

Faltar ás aulas? Olhou para Arthur que se encontrava agora de costas na cozinha a fazer o almoço.

"Eu estou só constipado... Nada de especial..."

No outro lado da linha, o canadiano suspirou e disse reprovadoramente, "Irresponsável! Não devias ter ido á chuva ontem..."

"Deixa lá... Agora já passou."

"No final do almoço vou-te visitar ok? Tu sozinho e doente és perigoso..."

"Sozinho? Mas está aqui o Art- Erm... quer dizer, ok... Tudo bem."

"Óptimo. Até já."

"Até já."

Pousou o telefone e espreitou pela porta da cozinha.

"Arthur? Desligaste o despertador? Porque não me acordaste?"

O anjo olhou por cima do ombro e falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo:

"Porque estavas doente."

"Erm... Obrigado.  Ah, o Matt vem cá no final do almoço... Achas que podes ficar invisível? Era chato ter de explicar que vivo com um anjo..."

Arthur riu-se mas depois ficou pensativo por alguns momentos e depois respondeu: "Mesmo que fique invisível é impossível andar por esta casa sem fazer barulho ou chocar contra a mobília. O mais fácil é eu ficar lá fora."

"Nem penses! Ainda está a chover torrencialmente!"

"Eu não fico doente, nem morro."

"Mas ficas molhado e com frio." cruzou os braços , "Tem de haver outra solução."

Foi para o quarto e vestiu umas calças de ganga e uma sweatshirt gigante vermelha. Quando regressou á cozinha Arthur sugeriu:

"Só se...Eu conseguisse encolher e ficar como uma miniatura. Se não  fizer desaparecer as asas continuo a ser invisível mas como sou pequeno não faço tanto barulho."

"Isso era genial!"

"Vou tentar..."

Pegou na varinha de condão e com um movimento rápido ela começou a brilhar. Arthur sentiu comichão na ponta dos dedos e viu tudo á sua volta ficar gradualmente maior. Os olhos de Alfred brilhavam de entusiasmo ao ver o pequeno anjo que estava agora do tamanho de uma barbie, ou talvez um pouco menor até.

"Wow! Que máximo!"

Arthur ficou ligeiramente corado e começou a gritar para ser ouvido, "Ajuda-me!"

Alfred ajoelhou-se e estendeu a mão por onde o anjo começou a subir.

"Que se passa?"  perguntou, enquanto se levantava.

O anjo bateu inutilmente as asas e gritou-lhe furioso, " Não consigo voar! Como é que me vou deslocar sem ser atropelado por gigantes como tu?"

Alfred riu-se e Arthur tentou pontapeá-lo no dedo polegar, não provocando mais do que cócegas no americano.

"Podes andar no meu bolso? Mas não tem de ser já. O Matt só vem daqui por uma hora portanto podes voltar ao normal."

O anjo suspirou e voltou a pegar na varinha, mas desta vez nada aconteceu.

"Acho... que a magia esgotou-se..."

Alfred tentou evitar rir, mas não conseguiu, "Parece que vais ter de ficar assim!"

Arthur semicerrou os olhos e voltou a dar um pontapé no polegar de Alfred, "ISTO É HUMILHANTE!"

"Bah, podia ser pior... "

Pegou no anjo como se fosse um boneco, prendendo os braços dele enquanto o outro esperneava furiosamente e dizia palavrões e colocou-o no bolso largo da sweatshirt.

"Hey! Isto está cheio de papéis! Podias pelo menos limpar!"

"Não são papeis, são rebuçados. E eu sei exactamente quantos tenho, se comes algum atiro-te pela janela" , gracejou o americano sendo logo de seguida mordido pelo anjo, "Ouch! 'Tá quieto isso dói."

"É bem feito."

Alfred foi para a cozinha tentar terminar o almoço que Arthur tinha deixado a meio. Depois de estar pronto, pôs a mesa para ele e lembrou-se que Arthur não ia conseguir comer... Então, colocou Arthur em cima da mesa e foi buscar um prato de sopa que ralou e pôs uma palhinha lá.

"Deves conseguir beber assim certo?"

Arthur acenou afirmativamente e sentou-se num copo invertido enquanto bebia a sopa pela palhinha.


##


Matthew chegou perto das duas horas da tarde e quando viu que Alfred estava com bom aspecto, passou-lhe um longo sermão sobre não dever faltas ás aulas se não estiver gravemente doente. Alfred não podia fazer nada quanto a isso, não tinha sido culpa sua e ele desconfiava que a magia de Arthur tinha alguma coisa relacionada com a melhoria súbita da sua saúde.

Passaram a tarde a conversar sobre vários assuntos, sobretudo as ultimas cusquices da escola e sobre os professores.

Durante este tempo, Arthur ficou sempre no bolso de Alfred, aquele idiota tinha-se esquecido dele. Pousou os braços fora do bolso e acenou para Alfred para tentar que o americano o visse, mas como não estava a resultar, começou a fazer barulhos estranhos.

"Alfred, tens ratos aqui em casa?" perguntou Matt ao ouvir um guincho estranho.

"RATOS? QUEM TU-"  o anjo foi interrompido quando Alfred colocou a mão no bolso e voltou a prende-lo pelos braços, tendo cuidado para não magoar as asas, sendo que uma delas ainda nem estava curada.

O americano riu-se de uma forma falsa, "Ratos? Claro que não Mattie ~ "

Arthur bufou irritado e com algum esforço soltou os braços. A conversa entediante que os dois estavam a ter estava-lhe a dar sono. Ainda para mais, ele não tinha dormido quase nada por culpa de Alfred... Tinha estado á procura de uma forma de fazer baixar a febre o que fez com que a sua magia esgotasse...

Cruzou os braços e apoiou a cabeça neles, usando o polegar de Afred como almofada. Ouvir o amigo de Alfred falar era reconfortante. Ele tinha uma voz calma e pacífica, ao contrário do americano, que falava demasiado alto e mexia-se muito.


Depois de Matt ir embora, já perto da hora de jantar, Alfred decidiu que era seguro soltar Arthur uma vez que já não corria o risco de ser apanhado. Chamou pelo anjo, e como não obteve resposta olhou para o bolso e viu-o todo enroscado na sua mão.

"Hum? Por isso é que tinha a mão tão quente..." pensou, enquanto se dirigia ao seu quarto e com cuidado pousava o anjo na sua almofada, que era maior e mais mole. Com a outra mão, tentou fazer com que Arthur o largasse sem acordar e quando conseguiu respirou fundo de alívio. Antes de o tapar com a ponta do lençol, viu que ele estava deitado encima de uma das suas asas, a magoada, e que ia acordar cheio de dores. Com ainda mais cuidado, levantou-o e colocou a asa de uma forma mais confortável. A outra asa tinha ficado meia dobrada, mas não parecia de forma desconfortável. Curioso, Alfred acariciou a asa boa com a ponta do dedo e isso fez com que o anjo se enrolasse ainda mais e suspirasse de contentamento no seu sono.  O americano corou ligeiramente e voltou a repetir o gesto e desta vez, por reflexo, Arthur relaxou os músculos da asa usando-a como cobertor e sorrindo ligeiramente enquanto ressonava baixinho.

Vermelho como um tomate, Alfred tapou-o com a ponta do lençol e voltou para a sala.  Tencionava estudar durante o resto do dia, uma vez que tinha perdido algumas aulas.

"Espero que ele consiga regressar ao normal..."

95 dias... Faltavam 95 dias.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Peço desculpa pela fraca edição. O nyan adora trollar-me.
Ah, e vende-se anjos portáteis por 5 euros. Compra o teu ainda hoje ~