Shattered Dreams escrita por Labi


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Eu consegui escrever o primeiro capitulo esta semana graças á greve geral (por culpa dos cortes de subsídios e diminuição do salário dos funcionários publico) á qual a maioria dos meus professores aderiu e portanto tive muito tempo livre~



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Alfred acordou mas não quis abrir os olhos. Ele sentia algo frio e molhado na sua testa que o ajudava a refrescar. Ainda lhe doía a cabeça e para além disso tinha tido um sonho muito estranho, tinha sonhado com um anjo.

Abriu os olhos lentamente e logo reparou que já era dia.

 "Ainda bem que hoje é sábado."

Ele sentou-se e ,de novo, viu um anjo. Mas desta vez ele estava a dormir profundamente todo enroscado como um gato no outro sofá. Alfred deu um grito e o anjo acordou sobressaltado olhando furiosamente para o americano:

"SEU IDIOTA FAZ POUCO BARULHO!"

Alfred tentava digerir as coisas.  1) Tinha um anjo em sua casa e ele nem sabia como isso era possivel.  2) Porquê na sua casa?   3) Porque raio o anjo falava com sotaque britânico?

"T-t-tu és um anjo?!"

"Não. Sou um humano disfarçado de pomba." disse ele ao estender as suas asas e a espreguiçar-se.

"M-mas os anjos não existem!"

"E não achas que eu pensava o mesmo?" respondeu-lhe com um tom irritado.

Alguma coisa no cérebro de Alfred fez 'click' e o americano colocou-se de joelhos e apontou para o anjo:

"Como entraste aqui?!"

"Não sei. Quando acordei estava aqui!"

"Não és nenhum assassino ou algo do tipo pois não? Nem um shinigami?"

O anjo deu um suspiro e respondeu calmamente:

"Pareço-te perigoso?"

Só então Alfred começou a reparar nas feições do anjo. Ele era baixo, muito magro e com a pele branca, quase tão branca como as penas das suas asas. Os seus olhos eram verdes, um verde ácido. O cabelo era mais claro que o de Alfred mas dentro dos mesmos tons, vestia uma túnica branca com um cinto fino de couro e ,preso a ele, tinha uma varinha de condão com uma estrela na ponta. De facto, não parecia nada perigoso.

"Não..." respondeu o americano sinceramente.

"E-eu peço desculpa, fui rude..." a cara do anjo ganhou um tom rosado,  " Chamo-me Arthur." ele estendeu a mão ao americano, que a agarrou e abanou:

"Alfred Jones."

"Hum...prazer."

"Hey, foste tu que me puseste esta coisa na testa?" disse o americano enquanto segurava no pano molhado.

O anjo corou mais e coçou a cabeça:

"Sim... Achei que fosse o melhor a fazer, tinhas a testa muito quente..."

"Thank you dude!"  um largo sorriso apareceu na cara do americano. A ironia de ter um anjo da guarda na sua vida era demasiada. Calma... Na sua vida?

"Arthur?  Como é que tu-"

"Não sei, nem me lembro como morri."  ele não conseguiu encarar Alfred ao dizer isto.

O norte-americano ficou em choque temporário, é claro que Arthur, sendo um anjo, tinha de ter morrido algures, mas esse pensamento era bizarro. No entanto, o inglês pareceu ignorar o olhar chocado e continuou muito rapidamente:

"Eu ouvi uma voz dizer qualquer coisa sobre viver em pleno durante cem dias na Terra para poder ter a oportunidade de viver no Paraíso."

"Mas porquê? Eras assim tão má pessoa na vida terrena?" o americano soltou uma gargalhada.

O anjo fez uma expressão mal-humorada:

"Claro que não seu idiota!"

O cérebro de Alfred trabalhava a mil á hora, ele era uma pessoa de ciências e normalmente a ciência dava respostas a tudo... Ou a quase tudo.

"Hey, porque não voltas para tua casa? Aposto que a tua família gostaria de te voltar a ver. Isso deve ajudar-te a ir para o paraíso, ou lá o que seja."

Arthur olhou para o chão durante alguns momentos e respondeu-lhe sem emoção nenhuma:

"É...Se calhar deve ser isso... Tenho de voltar para casa."

"Tu pareces britânico..."

"É porque sou mesmo, seu ignorante."

"Mas estamos na América... Como tencionas voltar? A voar?"

"Não é má ideia! Obrigado."

"Hum, então... Boa sorte Arthur. Gostei de te conhecer...acho."

"Adeus Alfred."  o anjo sorriu-lhe e voltou-se para a janela. Abriu-a e sentou-se no parapeito. Ele não tinha a certeza de conseguir fazer isto, mas ia tentar. Engoliu em seco e olhou para baixo. Estava no terceiro ou quarto piso, não conseguia especificar, mas sabia que caso não conseguisse voar a queda seria dolorosa. Caso corresse mal o pior que podia acontecer... Ele já estava morto não já? Então nada de pior podia acontecer!

Relativamente apreensivo, respirou fundo e saltou.  Abriu as asas graciosamente e por momentos ficou a planar. Mais confiante agora, começou a bater as asas mas o seu pânico começou a aumentar ao ver que o chão se aproximava cada vez mais rapidamente.

Não teve muito tempo para pensar. Ao ouvir um berro de Alfred, voltou-se de costas para o chão mesmo a tempo da queda e embateu no solo com alguma força.  Sentiu uma dor horrível vinda de um lugar estranho. Seria uma asa?  Fechou os olhos para ignorar a dor. Era um truque que resultava sempre...

"Arthur!" o americano abriu a porta das traseiras passado alguns momentos e correu na sua direcção "Estás bem?"

"O que te parece idiota?"

"Calma, eu ajudo-te." o americano tentou pegar nele como uma noiva, mas as asas dificultavam a tarefa.  "Consegues fechar as asas?"

"Ugh acho que a direita está partida."

"Não dá para fazeres essas coisas desaparecerem? Magia? "

"N-não sei..."  ele pegou na varinha de condão e a tremer apontou para as suas asas.  Ao principio nada aconteceu, mas logo uma luz ténue saiu da varinha e as suas asas começaram a desaparecer tornando-se num pó cintilante.

Alfred pegou então nele ao colo, mas ele começou a debater-se furiosamente.

"H-hey pousa-me! Já não me dói, as asas desapareceram!"

“C-como fizeste isso?”

“N-não sei.” Respondeu-lhe com sinceridade “Apenas desejei que elas desaparecessem…Acho. AGORA POUSA-ME NO CHÃO SEU IDIOTA!”

O americano obedeceu e depois de pousar Arthur, viu que ele estava ainda mais mal-humorado e limpava a terra da sua toga branca, que agora estava suja. Apesar de ele ter ficado preocupado quando viu o anjo a cair, ele começou a rir-se a bandeiras despregadas, agarrando-se á sua barriga.

"Que foi agora?"

"Eu... ahaha, nunca ouvi falar de um anjo que não sabe voar!"

Dito anjo ficou muito vermelho e atirou-lhe com a varinha que ,com uma pontaria excelente, lhe acertou na cabeça.

"IDIOTA!"

"Isso doeu!"

"A mim não!"

"Hey, estou com fome. Não queres entrar? Não me parece que consigas voltar para casa tão cedo..."

"Ok... se não for problema..."

"Claro que não!"  O americano sorriu abertamente para o anjo.

"Tch, as pessoas só são simpáticas comigo depois de eu morrer, pelos vistos." pensou Arthur indignado, enquanto seguia um americano hiperactivo de volta para dentro de casa.


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Notas finais do capítulo

AN: Como explicar... Existem demasiados diálogos e eu odeio isso. tch.
Essa coisa das asas... Acho que é melhor ele ter a capacidade de as poder esconder, mas depois vão perceber porquê, acho.