Shattered Dreams escrita por Labi


Capítulo 11
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Pessoinhas que deixam reviews: Vocês são demasiado amorosas, simpáticas e angelicais para o vosso próprio bem. *abraça até esmagar todas as leitoras* Eu às vezes tenho de reler os reviews que vocês deixam quase 500 vezes para ter a certeza que não li mal. Eu não entendo como podem gostar desta fic, sério. E ainda me deixam a soltar lágrimas arco-íris com todas as vossas palavras simpáticas. ;^; Vocês são incríveis e mimam-me demasiado...



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Na manhã seguinte, Arthur acordou com a sua cabeça quase a explodir. Tentou tapar-se da luz brilhante que vinha da janela, mas não adiantou de muito. Sentou-se lentamente e esfregou as têmporas... O que tinha acontecido na noite anterior?

Ah sim...Tinha bebido demais...

Começou a reparar no sítio onde estava: o quarto de Alfred.

"Ugh, aquele idiota trouxe-me outra vez para aqui..." pensou, levantando-se lentamente.

Olhou para o relógio e viu que já eram duas da tarde.

"Alfred?" chamou, mas ninguém respondeu. Ia para a sala quando viu que tinha um papel colado na porta:

"Deixei-te pastilhas em cima do balcão. Tenho de fazer um trabalho com o Kiku e por isso não venho almoçar (não sei também a que horas chego).            -Alfred "

Arthur franziu o sobrolho. Alguma coisa não batia certo...

Suspirou e foi buscar as pastilhas para as dores de cabeça. Ao entrar na sala quase que teve um ataque. Estava tudo desarrumado.

A mesa estava cheia de livros e aparas de lápis, os cobertores do sofá (que Arthur usava como cama), estavam no chão assim como a almofada, o tapete estava também fora do sítio.O anjo respirou fundo e foi tomar uma pastilha, mas quando voltou decidiu arrumar tudo. " Que se dane a dor de cabeça" pensou. Desarrumação quase lhe causava dor física!

##

"Senhor Jones, faça favor de fazer pouco barulho ao bocejar. Para além de ser falta de educação, o senhor está dentro de uma biblioteca.”

Alfred rolou os olhos e respondeu desinteressado:

"Desculpe senhora Park. Não volta a acontecer."

A bibliotecária fez um estalido com a língua e voltou a sua atenção para o computador.

"Se quiseres podemos fazer isto noutro dia...Pareces cansado.", sugeriu Kiku pela milionésima vez.

"Não, tudo bem."

O americano não gostava de mentir mas... Ele apenas queria ficar longe de casa por umas horas. Dizer que estava cansado era quase uma brincadeira. Ele estava para lá de cansado. Tanto física como psicologicamente. Depois de tudo o que tinha acontecido na noite anterior, ele não tinha conseguido dormir.

Os cobertores do sofá tinham o cheiro adocicado a baunilha do anjo, o que dificultava o facto de ele estar a tentar tirar o dito anjo da cabeça, na televisão não havia nada para ver e então acabou por decidir ficar a estudar a noite toda.

"De certeza?"

"Sim Kiku, não te preocupes comigo."

Ainda relutante, mas sem vontade de insistir, o japonês passou-lhe um monte de folhas e começou a resolver os seus exercícios.

Depois de mais algumas horas a trabalhar, Alfred decidiu que não aguentava mais, despediu-se de Kiku e apanhou o autocarro para casa. Pelo caminho pensava na forma com que ia encarar o anjo... Sacudiu a cabeça para tentar não pensar no assunto e sim em outros assuntos, tais como a sala que ainda tinha que arrumar.

"Cheguei!"

Ninguém respondeu e Alfred ficou ligeiramente preocupado. Entrou pela sala e assobiou de espanto.

Tudo tinha sido limpo e arrumado. Não só a confusão que tinha em cima da mesa mas como também os vidros e pó dos móveis.

"Arthur..."

Pousou a mochila numa cadeira e viu que tinha um post-it colado no vaso, que agora tinha em cima da mesa:

"Reparei que havia um lago no outro lado do campo e decidi ir lá explorar. Se demorar não te preocupes. -Arthur"

Alfred sorriu ligeiramente ao ler o post-it. A caligrafia de Arthur era previsivelmente elegante e bonita. Olhou pela janela e viu que o sol ainda não se tinha posto e como estava um dia mais ou menos quente, decidiu ir ter com Arthur.

O lago que o anjo tinha referido ficava no lado oposto ao campo que tinha atrás da casa de Alfred. Era um sítio agradável pois era escondido e tinha uma pedra enorme que aquecia durante o dia e tornava-se confortável para deitar depois.

Pousou o telemóvel na mesa, trocou de casaco e foi a correr até lá.

O inglês estava sentado na pedra e atirava pedras mais pequenas para o lago que faziam um "plock" engraçado ao afundarem.

"Hey, Arthur!"

Ele saltou com o susto e fez uma careta.

"Boa tarde para ti também."

"Estamos ressacados?" brincou Alfred, piscando-lhe o olho. Depois subiu para a pedra e deitou-se ao lado de Arthur.

O anjo ficou um pouco corado e voltou a cabeça, recomeçando a atirar pedrinhas novamente.

"Hum... Porque vieste?"

"Porque este era o meu sítio preferido quando era criança. Tenho direito de cá vir não?"

"C-criança?"

"Sim. Esta era a casa da minha avó, mas ela ficou doente e foi viver comigo e com os meus pais para outra cidade. Entretanto ela morreu mas a casa ficou no nome da minha mãe e como ela sabia que eu ia vir para esta universidade, acabou por sugerir que viesse morar aqui enquanto não acabo o curso."

"Oh... Lamento pela morte da tua avó..."

Alfred riu-se e abanou a cabeça, "Eu tinha uns 10 anos. Já está ultrapassado."

Os dois ficaram sem dizer nada por alguns minutos mas o anjo acabou por interromper o silêncio:

"Obrigado e desculpa."

Alfred sentou-se bruscamente:

"Huh?"

O anjo tentou não olhar para o outro e continuou a falar, desta vez um pouco mais baixo, "Por me teres ido buscar ontem e pelo transtorno que causei."

"T-t-transtorno?"  Alfred sentiu-se a corar, "Q-qual transtorno?"

Arthur esticou a mão e tocou na zona por baixo dos olhos de Alfred, que estava negra por culpa da falta de sono, com o dedo indicador.

"F-foste-me buscar de madrugada, acabei por perturbar as tuas horas de sono... Ainda para mais tiveste aulas de manhã. Tch, que irresponsabilidade a minha..."

Alfred piscou os olhos e suspirou de alívio. Arthur não se lembra de nada então... Deu a sua gargalhada característica e levantou-se.

"Eu sou um herói. Ajudo as pessoas que mais necessitam."

Arthur rolou os olhos e também se levantou.

"Vamos para dentro?"

O outro acenou afirmativamente com a cabeça e saltou da pedra. No entanto, Arthur saltou e bateu as asas suavemente, aparando a queda.

"Wow, já consegues planar?"

Arthur coçou a cabeça e deu um meio sorriso:

"Mais ou menos."

Quando chegaram a casa, Alfred lembrou-se que ainda tinha de agradecer a Arthur por lhe ter arrumado tudo, mas nem teve tempo para isso.  Ouviu o telefone fixo tocar e correu para atender.

"Sim?"

" Sr.Alfred Jones?"

"Sou eu..."

"Estou a ligar do hospital para lhe dar a notícia que o seu pai sofreu um acidente de viação e encontra-se num estado crítico. A Sr.ª Jones tentou contacta-lo mas você não atendeu o telemóvel. Por favor venha cá que ela necessita da sua ajuda."

Alfred sentiu o seu coração quase parar e logo de seguida bater furiosamente.

O seu pai...

"C-certo. Obrigado."

Desligou o telefone bruscamente e procurou Arthur.

"Eu vou só trocar de roupa, por favor transforma-te em miniatura."

Foi a correr para o quarto, deixando Arthur plantado no meio da sala.

"O-Oque aconteceu?"

"Rápido!"

Arthur fez o que ele lhe pediu e rapidamente ficou no seu tamanho mini. Quando Alfred saiu do quarto, vinha pálido e assustado. Pegou em Arthur, um pouco brutamente, e pousou-o no ombro.

"Alfred... Estás bem? Para onde vamos?"

"Para o hospital..."


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Notas finais do capítulo

*tosse discretamente e foge*