Shattered Dreams escrita por Labi


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ok, isto surgiu no meio de uma aula, e como tudo o que surge no meio de uma aula, tem qualidade duvidavel.
Aviso já com antecedência que não será actualizada com muita frequência (pelo menos para já) graças aos meus professores.
Falamos no final de capítulo porque senão ainda dou spoilers.
Boa leitura :3
(Para os que ainda não me conhecem, e antes que estranhem, eu escrevo em Pt-pt.)



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Estava um vento gélido naquela noite e Arthur Kirkland, o melhor aluno do 2ºano do curso de Literatura Inglesa de Oxford, tinha mais uma vez ficado até tarde na universidade a acabar um trabalho que o professor de inglês tinha pedido sobre Shakespeare.

Ele tapou a boca com o cachecol para evitar ainda mais o frio e olhou para o relógio, soltando um suspiro de seguida. Era já tarde, e o último autocarro já tinha passado a esta hora. Arthur não tinha outra opção senão ir a pé para o seu apartamento que fica a cerca de quilometro e meio dali.

Irritado mas resignado, ele acelerou o passo. Quanto mais depressa fosse, mais depressa chegava.

Ele já nem sentia as mãos apesar de estarem no bolso e a sua mente divagava sobre outros assuntos triviais como o que seria o jantar ou se ia ter tempo para jantar.

Ia a passar por um beco sem saída que ficava entre dois prédios antigos quando ouviu um grito vindo de lá.  Ele ponderou continuar o seu caminho, mas o grito parecia vindo de uma mulher e parecia desesperado.

Ele pousou a sua mochila no chão e correu pelo caminho estreito deparando-se quase imediatamente com dois homens que bloqueavam a passagem a uma garota mais pequena.

"Hey!"

Os dois homens voltaram-se e fizeram uma expressão maldisposta:

"Vai te embora antes que sobre problemas para ti." disse um deles ao pegar numa pistola.

"Não! Por favor ajuda-me!" gritou de novo a mulher que aparentava ter uns 20 anos e tinha cabelo castanho comprido preso com uma flor no lado esquerdo.

Arthur deu um passo em frente e , apesar de estar cheio de medo e adrenalina, respondeu-lhe:

"Deixam-na ir em embora!"

O outro homem soltou uma gargalhada muito estranha que soava a "kolkol" e apontou a arma a Arthur:

"E quem manda? Tu?"

Num impulso irracional, Arthur começou a correr em direcção aos desconhecidos deu um soco no mais baixo e agarrou no braço do maior. O que foi socado caiu chão e cuspiu sangue mas antes que pudesse reagir a mulher começou a fugir e a gritar por ajuda.

"Vamos acabar com isto Yao. Não podemos deixar testemunhas." disse o maior e com a outra mão puxou o gatilho da sua arma.

Arthur caiu ao chão ao sentir uma dor aguda bem no centro da sua caixa torácica. Ele percebeu logo que não ia sobreviver para contar a história. O desconhecido maior voltou a soltar a gargalhada bizarra , ajudou o mais pequeno a levantar-se e começaram a correr, desaparecendo da vista, já turva, de Arthur.

Durante alguns minutos Arthur não viu mais nenhum movimento e começava a sentir o liquido quente a escorrer pela sua camisola mas nem conseguia gritar para pedir ajuda. Ele fechou os olhos para tentar atenuar a dor. Será que a mulher tinha conseguido escapar?

Ouviu passos apressados de novo e sentiu alguém a cutucar-lhe o ombro.

"Senhor? Por favor! Diga alguma coisa, abra os olhos! Chegou ajuda!"

Era a voz da mulher que gritou. Ela estava a chorar? Nunca ninguém tinha se importado com o facto de ele estar ou não em perigo, porque haveria agora uma desconhecida fazer isso?

A vontade dele era de rir mas não tinha forças para isso.

"Por favor...Diga alguma coisa!"  ele sentiu uma mão quente sobre a sua e depois sentiu alguém a levanta-lo.

Aos poucos, a sua sensibilidade começava a desvanecer, ele deixou de ouvir o choro da mulher e o silencio apoderou-se de tudo.  Ele sabia que tinha acabado e que agora, não havia retorno.

##

O despertador tocava já há bastante tempo e Alfred Jones não tencionava nem desliga-lo e muito menos levantar-se.

Ele sabia que ia chegar atrasado e que ia ter de ouvir um sermão gigante vindo do seu melhor amigo, Matthew Williams, sobre como as aulas de física quântica eram importantes. Mas ele não queria saber, afinal, jogar Ps3 até tarde era mais importante que números quânticos, de certeza absoluta.

Ele tentava ignorar a música Pop irritante que vinha do aparelho mas não estava a ser bem sucedido. Com um grunhido levantou-se e atirou os lençóis para o chão. Espreguiçou-se e com um bocejo dirigiu-se á cozinha para preparar o seu pequeno-almoço.

Mal passou pela janela do corredor fez uma careta mal-humorada ao ver que estava a chover. Maldito Inverno. Não estava assim muito frio, afinal estávamos nos Estados Unidos, mas estar a chover significava ter de andar com um guarda-chuva durante o dia todo e ter de levar mais roupa.

Com um suspiro ele dedicou-se á tarefa de procurar comida nos armários.

Meia hora depois, ele já estava pronto para ir para as aulas.  Correu para a paragem de autocarro e conseguiu apanhar por um triz. Mal entrou viu os seus dois melhores amigos: Matthew e Honda Kiku. Quando o viram acenaram e Alfred sentou-se ao lado deles.

"Deixa-me adivinhar, quase perdias o autocarro... Outra vez." disse Matt.

"Achas? Claro que não!"

"Ai não? Então onde está o teu guarda-chuva."

"Merda!" o americano praguejou. Ele ás vezes era tão idiota. Ele tinha visto claramente a chuva pela janela e com a pressa esqueceu-se de pegar no guarda-chuva. Onde ele andava com a cabeça?

"Eu tenho um guarda-chuva no meu cacifo se quiseres." comentou Kiku.

"Obrigada Kiku!"

O seu amigo com descendência nipónica fez um sorriso e voltou a cara para a janela de forma a conseguir ver a paisagem.

O dia decorreu normalmente mas quando Alfred chegou a casa nessa noite sentia-se exausto e doente. Ele aqueceu um pouco de leite e deitou-se no sofá. "Devo estar a ficar com gripe."

Ele pôs uma mão na testa , que de facto, estava mais quente do que o que seria normal. Pousou a caneca já vazia em cima da mesa e encostou a cabeça á almofada. Fechou os olhos lentamente na esperança de que quando abrisse se sentisse melhor.

Quando o fez já estava muito escuro lá fora. Ele grunhiu e tentou olhar para o relógio. 22:37. Isso significava que já tinha passado a hora de estudar e de jantar o que portanto mais uma vez tinha estrago a rotina toda.

Para além da cabeça agora também as costas lhe doíam, ele tentou apoiar-se nos cotovelos e ao faze-lo teve um ataque de pânico.

Á sua frente, com uma expressão mal-humorada, encontrava-se um anjo. Um anjo verdadeiro! Com asas e toga grega.

"Devo estar com a febre demasiado alta." disse o americano entre uma gargalhada e voltou a adormecer.


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Notas finais do capítulo

Eu nunca matei uma personagem e portanto não me matem a mim por isso (?) (perceberam o que quis dizer, espero.)
Eu vou tentar escrever o próximo cápitulo até sabado, mas tal como já disse, não posso prometer actualizações para já.