The Sister Of My Best Friend. escrita por Biscoiita


Capítulo 26
Capitulo vinte e seis: - Just for one night.


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao fim!!! Sim gente, eu fiquei extasiada ao escrever esse capitulo e em certas parte eu pensei ''Quero continuar para sempre''. Mas realmente não deu então esse é o ultimo capitulo, porém terá um desfecho ou epilogo como preferirem chamar. Não será muito grande, claro, mas vou amar escrevê-lo assim como amei escrever essa fanfic. Agradeço aos que me acompanharam até aqui e mesmo que eu passasse tanto tempo sem postar continuaram firme lendo e comentando.

Enfim, meus amores, espero que acompanhem minha próxima história, também Sasu&Saku. Boa leitura à todos !!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/175076/chapter/26

Just for one night...And for eternity.


Ir ao baile seria como me arrumar para uma tortura e eu podia ser tudo, menos masoquista. Se eu fosse, tinha certeza que o veria com alguém... Com Konan, provavelmente. Ele estaria feliz e com outra em seus braços, igualmente alegre. Era mais do que eu podia aguentar, por mais que eu soubesse o quanto a festa seria ótima. Era algo de que eu teria que abrir mão pra não sofrer mais tarde.


– Tem certeza que não vai? – Naruto disse enquanto eu tentava fazer o nó da sua gravata.


– Tenho sim. – eu sorri. – Vai e se divirta. E faça a Hinata se sentir a mulher mais linda do mundo.


– Sempre faço. – ele sorriu também. – É realmente uma pena que você não vá, sabe. Vai ser incrível.


– Tenho certeza que vai. Você estava na comissão organizadora. – eu apertei de leve as bochechas dele e fui até sua cama, pegar o terno. A gravata estava enfim perfeitamente ajeitada, e meu irmão estava lindo. Depois de entregar o terno pra ele, observei-o enquanto terminava de se vestir. Ele estava alegre, era visível. Isso me fez sorrir verdadeiramente.


Minha mãe entrou no quarto pouco tempo depois, e também estava maravilhosa. Vê-los daquele jeito me proporcionou, além da alegria, um pouco de orgulho. Era um sentimento engraçado para se ter com relação a uma mãe.


– Vocês estão tão lindos. – eu falei sorrindo.


– Não chora ta? – ele sorriu abertamente.


– Filha...


– Mãe, eu não vou. – era a trigésima vez que ela me perguntava aquilo e sempre começava a pergunta do mesmo jeito. – Já decidi. Obrigada por se preocupar e por querer que eu vá... Mas eu realmente não vou.


– Mas por quê?


– Tenho meus motivos, mãe. E nada vai conseguir me fazer mudar de ideia.


Nada vai conseguir?


– Não, mãe. – eu sorri. Aquilo estava ficando tanto exaustivo quanto engraçado. – Nada nunca vai me fazer mudar de ideia, tudo bem?


– Nunca... É uma palavra muito forte, Sakura. Sempre dizem pra não usá-la. – ele falou, já perto da porta. Levei minha mãe pela mão até ficarmos em sua frente.


– Mas é a palavra certa pra usar hoje. Vão e divirtam-se. Por mim, aproveitem como se hoje fosse o último dia de suas vidas.


Os dois sorriram e foram embora, deixando a casa só pra mim.


Meus pensamentos tomaram conta de mim rapidamente, como sempre acontecia quando eu ficava sozinha. A televisão estava desligada e somente à luz da cozinha estava acesa, o que deixava a sala com um tom quase sombrio. Em poucos instantes, tudo o que eu conseguia pensar era em como ele estaria, com quem estaria, e se estaria se divertindo. Com um suspiro, concluí que não ter ido também tinha se transformado numa espécie de tortura.


Sem conseguir tirar Sasuke da minha cabeça, eu fui até a cozinha pegar algo pra comer, mas tive que parar no meio do caminho. O barulho da campainha me fez ficar no lugar e olhar para o relógio. Eram quase 10h30min. Naquele momento, tive a absoluta certeza de quem estava na porta. Ino, Gaara e Sasori, eu podia jurar.


Uma última tentativa de me fazer ir ao baile e dançar com eles, para esquecer-se dos meus problemas. Se os conhecia bem, eles imaginavam que vê-los arrumados e animados seria o suficiente para mudar minha cabeça. Com um quase sorriso no rosto, fui até a porta repetir pra eles o que tinha dito pra minha mãe: nada me faria mudar de ideia.


Meu coração disparou quando eu vi quem realmente estava na porta. Minha cabeça, por sua vez, girou tentando descobrir o que diabos ele fazia ali. Teria que me humilhar pela última vez antes de ir aproveitar a que seria, provavelmente, a melhor noite de sua vida? Precisaria jogar na minha cara que estava completamente feliz enquanto eu estava ali, me afundando em tristeza e pensando nele?


A campainha tocou mais uma vez e eu respirei fundo antes de abrir a porta.


– Oi. – ele falou, abrindo o sorriso mais lindo que eu já tinha visto em seu rosto. Não era o meu favorito, mas ainda era perfeito. Misturava alegria, confiança, e inesperadamente, esperança e um pouco de timidez. O resto dele também estava impecável. O cabelo, a roupa, o corpo... Tudo gritava perfeição. Eu senti meus joelhos tremerem.


– Oi. – tentei não sorrir, conseguindo um quase resultado. – Ta fazendo o que aqui? É o dia do baile. Deveria estar com alguma menina perfeitamente arrumada. Deveria estar lá dançando e não... Não deveria estar aqui.


– Se é com isso que está preocupada, eu estarei com uma garota perfeitamente arrumada em pouco tempo. Não que ela precise se arrumar para qualquer coisa... Mas, enfim. – ele deu meu sorriso favorito.


– Então, por que está aqui ao invés de estar com ela? Tem uma garota linda e arrumada esperando por você em algum lugar, vá atrás dela.


– Não, não. Ela não é linda. Isso seria falar mal dela, se é que você me entende. Ela é... maravilhosa. Até mais do que isso. – vi quando os olhos dele brilharam.


Eu o encarei, irritada. Os sentimentos bons começavam a dar lugar à raiva, mais uma vez.


– Então, isso é o que? Veio jogar na minha cara que vai estar com uma menina quase perfeita hoje enquanto eu vou ficar aqui, sozinha? Pois bem, não precisava. Eu já não estava me sentindo bem comigo mesma, mas obrigada. Agora estou me sentindo pior.


Tentei fechar a porta. Foi um movimento forte, impulsivo e rápido, mas não foi o suficiente para que ele não me impedisse.


– Sakura...


– O que foi? Tem mais alguma coisa pra falar sobre ela? O que mais ela é? Além de linda, é claro. Aposto que ela também é interessante, simpática, bem humorada, engraçada, carinhosa, inteligente e quantos mais adjetivos bons existirem. Estou certa, Sasuke? – gritei.


– Nossa. – ele falou, com uma expressão de surpresa fingida no rosto. – Você fez a melhor descrição dela que eu já ouvi.


– Acho melhor você buscá-la, então. É melhor do que vir aqui pra me irritar. Ah, e antes que eu me esqueça, vai pro inferno.


Tentei fechar a porta de novo, mas ele me impediu. Eu já estava muito irritada.


– Eu não vim até aqui te irritar. Qual é, não sou tão infantil assim.


– Então, é o que? Veio me humilhar? Acabar com o resto de dignidade que eu tenho.


– Deus, como alguém pode ser tão idiota assim? – ele me segurou, colocando as suas duas mãos sobre meus dois braços. – Eu não vim aqui te fazer mal, sua imbecil. Eu vim aqui buscar a garota com quem eu vou ficar hoje à noite. Será que é... Tão difícil assim de entender?


– É o que? – ele riu e me puxou pra mais perto.



– Por favor, Sakura, você é mais inteligente que isso. Eu vim buscar você. Ou você realmente achou que eu iria para essa festa estúpida sem te levar? Você é a garota, Sakura. E já faz muito tempo.


A alegria idiota nasceu dentro de mim, mas dessa vez não foi aos poucos. Foi uma explosão. Eu tentei me controlar, não era comprovado que ele estava falando a verdade.


– Me solta. – ele obedeceu. – Não acredito em você. E mesmo se for verdade não tenho roupa, não tenho sapato, e eu não pretendo ir desse jeito.


Ele não me respondeu. Abaixou-se e levou sua mão até algum lugar que eu não podia ver da porta. Quando se endireitou, estava com duas sacolas grandes na mão.


– Sei que é idiota fazer isso, mas eu sabia que você ia reagir assim. Toma. – ele me estendeu as duas sacolas e eu peguei, meio sem entender nada. – Seu irmão e Konan me deram certeza de que vão servir.


Eu abri um pouco as duas sacolas. Um vestido e um sapato. Sasuke tinha razão, aquilo era um pouco idiota. Principalmente porque meu irmão e a ex de Sasuke estavam metidos naquilo. Meu coração se recusava a acreditar nessa minha concepção.


– Acha que é fácil assim? – eu o encarei, me concentrando em não deixar que nenhum sorriso escapasse pelos meus lábios. – Acha que você chega aqui, fala meia dúzia de palavras bonitas, me dá alguns presentes e é isso?


– Não, eu não acho. Mas eu espero que seja o suficiente pra, pelo menos, te fazer sair de casa. – ele se aproximou de mim, sem me tocar. – Olha, não tô te pedindo pra ficar comigo agora, mas eu quero que você esteja lá comigo hoje. Por favor, faz um esforço. Se eu não for com você, eu não vou ter razão pra ir.


Eu olhei pra ele e não consegui encontrar nenhum vestígio de mentira em seus olhos. Mesmo assim, me afastei um pouco. Depois de pensar por três segundos, cheguei à conclusão obvia: eu iria. Mesmo que eu fosse sofrer depois, eu iria. Uma noite de felicidade não ia me matar.


– Ta, eu vou. Mas... não é por você. – eu disse, séria. – É por algum motivo que eu ainda não descobri, mas não é por você.


– Tudo bem, eu não ligo. Não me importa por quem ou pelo que você esteja fazendo isso, você só precisa fazer.


– Ta.


Antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, ele me beijou. Não um beijo mesmo, mas um selinho apenas. Foi quase carinhoso.


– Eu só... Eu precisava disso ou enlouqueceria.


Sem responder, eu subi e me arrumei. O vestido era realmente lindo. Era longo, e branco, algo tão puro que me bateu uma dúvida de foi mesmo Sasuke que o escolheu. O decote era em “v” mas a ponta levemente arredondada, descia apertado pela minha cintura e descia solto e leve. Tendo a parte de trás maior. Tinha pequenas pedrinhas ao longo do vestido, onde, dependendo da luz davam um pequeno brilho. O salto era prateado, e por Deus, amém que eu tinha feito às unhas. Meu irmão e Konan estavam certos, o vestido e o sapato serviram e ficaram perfeitos. Sorri ao me olhar no espelho, mas não perdi muito tempo, já que ele estava me esperando. Terminei com uma maquiagem moderada para a noite e com alguns acessórios.


Ele sorriu quando me viu descer, mas nenhum de nós se atreveu a dizer nada. Ficamos assim até chegar ao local. Ele, eu não sabia por que não estava conversando, mas o meu motivo era porque eu não queria quebrar a magia do momento com qualquer besteira. Estava tudo indo bem demais.


Os olhares que nos receberam quando entramos no salão foram variados. Tirando os olhares dos nossos amigos e da minha família, todos os outros podiam ser divididos entre de inveja e de cobiça. Ao perceber isso, Sasuke passou a mão pela minha cintura e me prendeu a ele. Aquilo me agradava, de forma que me apertei junto dele.


Enquanto caminhávamos, ele beijou o alto da minha cabeça e sussurrou algo no meu ouvido, o que me fez sentir cócegas. Não me lembro o que ele disse, estava entretida demais com o momento: o corpo dele tão perto do meu, o perfume dele passando do seu corpo para mim... Era bastante pra me deixar desligada de todo o resto.


Sasuke não saiu de perto de mim a noite toda. Estávamos sentados na mesa com nossos amigos, mas na maior parte do tempo só conversamos um com o outro. Ele estava me fazendo rir, me deixando feliz como há algum tempo eu não era. Sua mão permaneceu entrelaçada na minha o tempo todo, exceto quando ele tinha que usá-la para alguma outra coisa. Isso, quando ele não decidia usar a mão livre, tentando manter a minha na dele.


Eu estava bem. Fiquei bem a noite toda e, tinha certeza de que mantive um sorriso sincero no rosto durante todo esse período também. Era incrível o que ele conseguia fazer comigo.


Pela primeira vez desde que eu o sentira com a certeza de saber o que ele era, eu não odiei aquele sentimento. Pela primeira vez, ele apenas doce e quente, e se espalhava pelas minhas veias, alcançando todas as minhas extremidades. Pela primeira vez, eu senti que ele era correspondido e não liguei para a possibilidade de estar me iludindo. Eu poderia lidar com a dor depois, e a lembrança daquela noite a amenizaria. Ao lado dele, eu não me importava muito que meu coração pudesse ser estraçalhado.


– Se alguém, no começo do ano, te dissesse que você estaria dançando comigo no baile de formatura do 3° ano, você acreditaria? – ele disse quando estávamos na pista, dançando as únicas músicas lentas que tocaram a noite toda. Estava tarde e apenas alguns últimos casais estavam de pé, se balançando de um lado pro outro, assim como nós. O DJ já tinha ido embora e um CD qualquer tocava, enchendo o ambiente com uma melodia calma e constante.


– Não. – eu sorri. – Mas isso tudo é uma surpresa boa.


– Concordo. Com tudo.


– Como foi que isso aconteceu? Eu... Não dá pra acreditar mesmo.


– Você precisa de uma explicação? – tive a impressão de que ele estava me olhando, mas não pude ter certeza. Minha cabeça estava pousada em seu peito e meus olhos ficavam a maior parte do tempo fechados, deixando que minha memória gravasse tudo aquilo para sempre.


– Não.


Continuamos dançando em silêncio. Abri meus olhos e deixei que eles fossem até a mesa onde estivemos sentados a noite inteira. Estava vazia.


– Todos já foram embora. – eu disse.


– Já.


– Vai me levar em casa?


– Não. – eu levantei minha cabeça, relutante, para encará-lo. – Disse a sua mãe que você vai dormir na casa da Ino.


– Mas eu aposto que não vou.


– Não. – ele sorriu. – É a segunda surpresa da noite. Minha tia teve que viajar com minha avó e minha mãe teve que ir pra casa dela, ficar com meu primo. Ela não pode vir e minha casa está vazia. – meu sorriso preferido iluminou seu rosto.


– Você nunca vai mudar.


– Você me prefere assim. Não tem porque eu mudar.


Eu sorri e nós continuamos a dançar. Uma pergunta que eu não podia responder surgiu na minha mente e eu voltei a encará-lo.


– Sasuke...


– Hn?


– Por que eu? Tipo, com tantas meninas, por que eu?


– São muitos motivos.


– Então comece a listá-los rápido. – ele sorriu.


– Esse é o primeiro motivo. Você não tenta parecer perfeita pra mim... Não liga sobre o que eu vou pensar de você. – eu sorri, como se agradecesse e pedisse pra ele continuar. – Você foi à única que não se apaixonou por mim de primeira. Isso foi meio difícil de entender. Você simplesmente... Gostava de ficar comigo e era só. Eu não representava ninguém pra você.


– Difícil de entender? Por quê?


– Ta, vai querer que eu responda qual das pergunta? – ele sorriu.


– Continua com a primeira, por favor. – eu brinquei.


– Tudo bem, você também nunca teve medo de me enfrentar... Nem de enfrentar ninguém. Como a Karin, por exemplo... Você não tava nem aí que ela tivesse voltado como a princesa do colégio. Você sempre a tratou como julgou ser o certo. Sakura, eu não sei mais. São tantas coisas. E cada dia são mais coisas. Cada dia você da me dá motivos novos. Motivos que fazem de você a única menina com quem eu dançaria por tanto tempo. – eu ri de leve, com medo de estragar o momento. – Motivos que te fazem ser a única pra quem eu compraria roupas, só pra ela sair comigo. Ah, e é só por você que eu faria o que eu fiz com a minha casa. Você vai ver quando chegarmos lá. Ficou bem idiota... E muito piegas... E talvez meio clichê... Mas, sei lá, na hora me pareceu uma boa ideia. – nós dois rimos juntos. Ele manteve seu olhar no meu, esperando que eu dissesse alguma coisa.


– Sasuke... Você não acha que, sei lá, tem algum motivo pra tudo isso? Pra eu ser a única por quem você faria isso? – ele não me respondeu. – Eu sei de um motivo porque eu faria isso por você, e você também sabe qual motivo é esse. Agora, por favor, por que você faria isso por mim?


– Eu sei o por que.


Nós dois estávamos sérios, mas o clima não estava tenso. Era um clima de espera.


– Então me fala. Por favor, eu preciso ouvir de você que essas coisas idiotas que estão se passando na minha cabeça, são verdade. Eu quero poder acreditar, pra parar de me achar tão imbecil. Sasuke... Por favor. – eu falei a última frase devagar. Estava me sentindo idiota de novo, tendo que suplicar pra que ele dissesse aquilo. De qualquer modo e mais uma vez, era o que eu precisava.


Ele fixou seu olhar no meu, e nós ficamos presos ali. Não poderíamos parar de encarar um ao outro naquele momento nem se quiséssemos, eu tinha certeza.


– Sakura, eu... Eu não sou bom nessas coisas. Não é o que eu estou acostumado a fazer, entende?


– Entendo que você nunca fez isso antes. Mas que não vai morrer se fizer pela primeira vez. Eu fiz e não morri. É só falar, só isso. Eu já sei e você já sabe. Eu só quero ouvir de você.


– Eu... Eu te amo Sakura, ta bom? Pelo menos eu acho que é disso que eles chamam o que estou sentindo, chamam de amor. Eu não sei bem, e faz tempo que eu parei de saber de muitas coisas em relação a você, mas eu acho que é isso. Eu. Te. Amo.


Eu sorri em resposta. Não conseguia falar. Instantaneamente, parei de me mover e ele também parou. Ficamos fixos no chão, olhando fixamente um para o outro. Era o nosso momento. Enfim, era o nosso momento. Eu não precisava de mais nada depois daquilo. Tinha certeza do que tinha ouvido, e nada tiraria aquilo de mim. Ele me amava e era isso. Ninguém podia mudar, porque estava dentro dele, da mesma forma como o meu sentimento estava dentro de mim, imutável.


Ele passou a mão pela minha bochecha e sorriu. Era completo, não precisávamos de mais nada. Eu não sentia mais nada. Éramos só eu e ele pra mim, e eu não me importava se tinha sido idiota falar pra ele o que eu sentia depois de ter pedido pra dormir com ele, não me importava que eu tivesse me sentido mal, não me importava com tudo que já tinha acontecido entre nós. Só aquele momento me importava.


Quase impulsivamente, eu o beijei. Ele retribuiu, quase me levantando do chão. Ficamos ali por muito tempo, perdidos em um mundo que finalmente era só nosso. O carinho contracenava com o desejo ardente presente no beijo, e eu só conseguia pensar no quanto eu o queria, dessa vez, por inteiro. Fomos embora depois disso. Nada mais do que disséssemos falaria mais do que o beijo por si só, e seria inútil.


Quando chegamos à sua casa, eu percebi o que ele tinha feito. Não havia pétalas, mas sim rosas inteiras, jogadas no chão até o seu quarto. Ele me levou no colo até lá.


O quarto estava perfeito. A janela estava aberta, e a natureza tinha resolvido colaborar. A lua brilhava forte, iluminado todo o cômodo, e a cama estava coberta de pétalas.


– Você tem razão. – eu sorri. – Isso é piegas e clichê.


– Eu sabia. – ele sorriu também, se sentando na cama e tirando o terno. Tirei os sapatos e me sentei em seu colo, de frente pra ele. O sorriso teimava em não querer deixar o meu rosto.


– Mas eu não me importo. Estamos aqui, e é só disso que eu preciso.


– Então é isso? Estamos bem, certo?


– Quase.


– Não... Eu não te entendo. – ele sorriu.


– Não é tão fácil assim. Amor não é o suficiente. Eu tenho certeza que um dia vamos ficar melhor do que todos os outros casais do mundo, mas ainda não estamos. Não são só declarações e pronto, Sasuke. Existem mais coisas.


– Cara, você é bem complicada.


– Não gosta?


– Na verdade, amo. Mas não deixa de ser muito complicada pra mim. – eu sorri.


– Um dia não vamos ser tão complicados.


– É o que eu espero. – ele sorriu.


– Mas... – eu tentei fazer uma cara de quem pensava. – Não precisamos que não seja complicado pra fazer o que nós iríamos fazer, certo?


– Se existe um Deus, não. Nós não precisamos. – ele sorriu o meu sorriso preferido e nós nos deitamos, deixando que tudo fluísse.


As roupas saíram naturalmente, como se o destino delas fosse não ficar ali, no meio de nós.


De uma maneira mais completa, estávamos novamente ligados. E eu tinha certeza que só seria daquele jeito dali pra frente. O carinho trabalhava lado a lado com o desejo, o que tornava tudo aquilo intenso e caloroso, como nunca tinha sido.


Era diferente, de um jeito melhor do que eu podia imaginar. Era como nós dois. Inesperado, surpreendente, maravilhoso. Como se o universo inteiro sempre tivesse planejado tudo, até mesmo os tombos no meio do caminho que nos levou àquele momento, naquela hora. Tudo só pra deixar tudo ainda mais inesquecível e grandioso.


Eu não tinha certeza sobre como seria, mas novamente, não ligava. Sabia que seriamos eu e ele unidos por uma coisa maior que atração, e isso já era mais do que eu pediria. De uma forma estranha, ele me completava e eu o completava, de um jeito que eu nunca pensei que seria possível acontecer comigo. Palavras, não eram necessárias. O destino sabia se virar muito bem sem elas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aguardem o epilogo bebês !!