The Sister Of My Best Friend. escrita por Biscoiita


Capítulo 23
Capitulo vinte e três: - Do lado de cá.


Notas iniciais do capítulo

Como dizem; do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar. ( isso foi uma indireta ok ? ). Ah, o próximo ta escrito, falta ver os erros e tudo mais. Espero comentários !



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A segunda feira passou normalmente. Não quis sair da sala no recreio e tive a surpresa de mesmo assim conseguir a companhia do Gaara e da Ino. O único problema foi que eu tive que suportar a melação dos dois, mas era algo com que eu podia conviver nos 15 minutos do intervalo.

Voltamos para a casa como de costume, e o Sasori  ainda insistia na ideia de não pegar na minha mão, o que me agradava. Andamos lado a lado até minha casa e, de vez em quando, ele me puxava pelo braço ou pela cintura e me roubava um beijo. Isso estava divertindo e inspirando o Gaara e a Ino, que depois de um tempo começaram a fazer o mesmo. A única coisa diferente na hora de ir embora aconteceu na saída da escola. Não que eu devesse me importar, mas eu não conseguia evitar.

Sasuke e Konan estavam conversando, encostados ao muro e ele estava segurando mão dela. Ele se revezava em olhar pra baixo e olhar pra ela, enquanto ela não tirava os olhos de suas mãos, juntas com as dele.

A última coisa que eu pude ver antes de ir embora foi quando ele fez com que ela o encarasse, levantando seu queixo com o indicador da mão que ele tinha acabado de soltar da dela. Depois disso fui obrigada a parar de olhar, já que Sasori chegou e me pegou pela cintura, me girando e me beijando logo depois.

Ao chegar em casa, entendi o que estava acontecendo na saída da escola. Konan e Sasuke estavam na porta da minha casa, abraçados e se beijando. No meio das brincadeiras que eu e os meninos fizemos pelo caminho, eles devem ter passado por nós.

Sem perceber o que acontecia dentro de mim, meus amigos foram embora, e eu tive que respirar fundo para conseguir fingir que não me importava. Eu realmente odiava ter que me esforçar tanto.

- Ér... eu meio que quero almoçar.

Ele me olhou de um jeito estranho. Seu olhar tinha uma mistura de surpresa e de alguma outra coisa que eu não conseguia descrever.

- Desculpa, Sakura. – ele sorriu sem jeito. – Pode entrar.

Não falei nada. Entrei em casa e joguei minha mochila em cima do sofá. Fui para a cozinha e comecei a almoçar. Sasuke chegou logo depois e começou a se servir. Sentou-se na minha frente e me encarou. Eu o olhei depois de um tempo.

- Vai comer ou vai ficar me olhando comer?

Sasuke pegou um pouco de comida no garfo e comeu. Deu-me um sorriso de lado, com a boca fechada, insinuando que já estava comendo. Eu ri com desânimo e voltei a comer. Ele também se concentrou no seu prato e nós ficamos em silêncio por um tempo.

- Que foi? – ele falou quando percebeu que eu estava o encarando. Eu já tinha terminado de comer.

- Konan? Sério mesmo?

- Qual é o problema?

- Pensei que ela fosse medíocre.

- Bom, ontem nós nos encontramos e ela me mostrou alguns truques que não tinha me mostrado antes. Ela não é medíocre.

- Hm. - ele me olhou, sorrindo de lado. Esperei que ele terminasse de comer para falar. – Minha vez de perguntar o que foi.

- Não é nada. – ele ainda estava sorrindo.

- Você ta me olhando e sorrindo. É claro que tem alguma coisa.

- É só que... você fala com se o Sasori fosse o melhor do mundo.

- Não fizemos nada de mais. Mas até agora... Não. Ele não é nem o melhor que eu já tive. Mas ele nunca foi medíocre, se quer saber.

- Você cismou com isso, né.

- Só estou falando que você esta caindo em contradição.

- E eu já disse que ela me fez mudar de ideia.

- Não tem como passar de medíocre pra incrível em um só noite.

- Eu não disse que ela era incrível.

- Então eu realmente não entendo o porquê de você ficar com ela quando pode ter alguém melhor.

- E quem seria alguém melhor, Sakura? – ele voltou a sorrir de lado e eu sabia o que estava insinuando.

- Não quis dizer eu, idiota. – ele riu de leve. – Estou falando qualquer garota da escola.

- Olha só quem ta falando. Você pode escolher quem quiser e ta se contendo com um cara que você dispensou há quinhentos anos!

- Acontece que ele é legal e beija bem. E me faz bem.

- Você consegue mais que isso.

- Digo o mesmo de você. – eu falei, me levantando e indo escovar os dentes. Ele veio atrás de mim.

- Por que você não para de implicar com a Konan? Você nem conversa com ela, nem sabe como ela é. Ela é legal, só pra você saber.

- E o Sasori também é legal. Você devia saber disso já que são amigos. – eu comecei a colocar pasta na escova de dente e ele fez o mesmo. Ficava tanto tempo lá em casa que tinha uma escova própria.

- Ele é legal. Mas serve pra ser seu amigo, não seu caso.

- Nós ainda somos amigos. Só nos beijamos quando dá vontade.

- Isso é ridículo.

- Ridículo é você que chama a Konan de medíocre e depois pede pra voltar com ela.

- Quem disse que eu pedi? – perguntou com a escova na mão e com a espuma na boca.

- Qualquer um que visse vocês dois no final da aula hoje pode supor isso.

- Mesmo assim. Você não tem nada ver com isso.

- Então você pode se meter na minha relação com o Sasori e eu não posso falar nada da sua relação com ela?

A esse ponto, eu já tinha desistido de escovar meus dentes. Estava de frente pra ele.

- É mais ou menos isso.

- Você é oficialmente um idiota, sabia? – eu disse, saindo do banheiro e indo pro meu quarto. Ele continuava me seguindo.

- Você ta exagerando demais, sabia?

- Você também. Mas a questão é: e daí? Eu te acho idiota do mesmo jeito. – pela primeira vez em algum tempo, ele estava conseguindo me deixar com muita raiva. – E para de me seguir. E sai do meu quarto.

Eu tentei fechar a porta, mas ele era mais forte e eu não consegui.

- Isso ainda não acabou. – ele falou, entrando no quarto.

- Eu vou chamar meu irmão se você não sair daqui. – eu estava sendo muito infantil, mas ele ainda era um idiota.

- Vai em frente e tenta. Ele deve estar no terceiro sono agora.

- Por que você não me deixa em paz?

- Porque foi você quem começou com essa história toda.

- Eu só estava tentando entender o porquê de você ficar com ela. Me perdoa se isso é tão errado.

- E eu só to tentando entender o porquê de você ficar com ele.

- Não é da sua conta. – foi à única coisa que eu consegui pensar para dizer. Era algo idiota pra se falar e eu sabia.

- É claro que é da minha conta. Por que quer saber, Sakura? – ele falou pausadamente, se aproximando de mim.

- Eu só quero saber e pronto.

- Não, não é isso. Não é que você entende o porquê de eu estar com ela. Você não quer que eu fique com ela. Sakura... Você ta... Ta com ciúmes da Konan?

- NÃO! – eu tinha quase certeza que tinha gritado. – É claro que eu não tô com ciúmes dela, que coisa ridícula. Por que diabos eu estaria com ciúmes dela?

- Não sei. – ele sorriu de lado. – Mas eu não consigo imaginar outro motivo pra essa confusão toda que você criou.

- Eu não estou com ciúmes dela. – falei pausadamente.

- Tudo bem, então.

Voltamos a ficar em silêncio e eu comecei a pensar. Tudo bem, podia ser verdade. Eu até podia estar com ciúmes dele, mas essa era uma possibilidade bem remota. Eu tinha uma leve certeza que eu só queria saber como ele podia voltar com uma garota que ele tinha esparrado. Eu olhei pra ele. Estava sentado na cadeira do computador e de vez em quando me olhava, encontrando o meu olhar que se recusava a se afastar dele. Pensei mais um pouco na situação ridícula em que eu me encontrava, até que cheguei a uma conclusão óbvia.

Se ele estivesse certo e eu estivesse realmente com ciúmes dele... Isso significava que ele também estava com ciúmes de mim e do Sasori. Não tinha outra explicação pra ele ter dado continuidade na nossa quase briga.

- Você também... meio que ta com ciúmes do Sasori. – não era uma pergunta e ele percebeu isso.

- Não. Não mesmo. Dele? – ele riu.

- Isso mesmo, fala mal dele. Só vou ter mais certeza ainda.

- Você viaja demais ,Saki.

- Por que me chamou de Saki agora? Ele me chama assim sabia? – eu disse sorrindo.

- Sei lá, me deu vontade.

Eu me inclinei pra frente, encurtando uma mínima parte da distância entre nós. Era o suficiente para que minha fala tivesse o efeito desejado.

- Pode confessar, vai. Me chamou de Saki só pra disfarçar alguma coisa. Você tem ciúmes dele sim. – ele também se inclinou pra frente. Se eu não estivesse tão concentrada, aquela seria uma cena da qual eu riria.

- Você que tem que confessar que mooooorre de ciúmes da Konan.

- Eu confessaria se eu sentisse. Por mim, vocês podem ficar juntos pra sempre.

- O mesmo pra você e pra ele lá.

Eu voltei a minha posição normal, e arredei mais pra trás na cama, me encostando à parede. Ele também se encostou à cadeira e nós ficamos nos encarando por algum tempo. Os dois querendo conseguir uma confissão, os dois com a certeza de que não confessariam nada.

- Argh. – eu me levantei e fui até a porta. – Vai logo, sai daqui.

- Acha que não vai aguentar por muito tempo e vai acabar confessando que não aguenta vê-la do meu lado?

- Nos seus sonhos. – eu continuei esperando ao lado da porta.

- Vai se sentar vai... Eu não vou sair.

Eu até o forçaria a sair, mas vi em seus olhos que não adiantaria nada. Com um suspiro pesado e uma mistura de raiva contida e desistência, fui até a minha cama e me deitei de frente pra parede.

- Se você encostar em mim, eu grito. E te processo por assédio sexual.

Não o ouvi se movendo. O quarto estava em calma e eu pensei que minha ameaça tinha dado certo: seria a primeira vez.

Fechei os olhos e me concentrei em regular minha respiração. Naquela quietude, eu tinha certeza de que conseguiria dormir rapidamente.

Fechei os olhos e me concentrei em regular minha respiração. Naquela quietude, eu tinha certeza de que conseguiria dormir rapidamente. Um movimento quase delicado na minha cama me fez virar o meu corpo e deixá-lo de costas para a parede. Encarei o Sasuke e ele sorriu de volta.

- Não tô encostando em você.

- Muito engraçado.

- Quase é. – ele aproximou o rosto um pouco do meu. Eu não me mexi. – Então, vai assumir que tem ciúmes?

- Você é o único aqui que tem que assumir isso.

- Não.

- Digo o mesmo.

Ele se aproximou um pouco mais. Podíamos sentir a respiração um do outro. Mas ainda não nos tocando.

- Estou esperando.

- Vai morrer esperando. Já disse que pode se casar com ela se quiser.

Ele se aproximou mais, de forma que nossos lábios ficaram a 5 centímetros de distância no máximo. Era uma proximidade que quase me incomodava. Quase.

- Sakura...

- Sasuke...

- É só falar "Eu tenho ciúmes" e pronto. Não vai te matar.

- Mas eu não tenho! É você que sente ciúmes. Você é quem tem que falar isso. Você! Somente e unicamente você Sasuke!

- Você é tão teimosa.

- E você é infantil. Por que não fala e acaba com isso de uma vez?

- Devia se perguntar isso.

- É uma discussão inútil. Eu não tenho nada pra assumir e você não quer confessar o que está sentindo. Não vamos chegar a lugar nenhum.

- Quase certa. Eu é que não tenho nada pra confessar e você que não quer assumir que não me quer com a Konan.

- Ai Sasuke! Para com isso. Essa discussão já esta me cansando.

Ele riu um pouco e eu continuei com a cara fechada. Devagar, ele acabou com a distância entre nós e me beijou, passando um dos braços pela minha cintura e encostando meu corpo no dele. Eu coloquei uma mão em seu rosto, me entregando ao beijo. Cheguei a perder a noção do tempo. Quando nossos lábios se separaram, eu estava ofegando, constrangedoramente ofegando. Ele olhou para baixo, riu bem baixinho. Quando eu ia protestar o beijo, ele se levantou da cama, abaixou e me deu mais um selinho. E saiu do quarto.


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Notas finais do capítulo

Ah, e teremos um capitulo narrado pelo Sasuke!! Estou amando escreve-lo gente, de tal forma que já parei e pensei ''O epilogo terá que ser narrado por ele''