The Sister Of My Best Friend. escrita por Biscoiita


Capítulo 17
Capitulo Dezessete: – Dilacerar


Notas iniciais do capítulo

Gente, essa é a parte um, desculpa alguns erros, mas minha amiga que beta viajou para o carnaval e tudo mais... Ah espero que gostem !!



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Algumas semanas depois


Levantou-se cedo e olhou pela janela, dia já claro, após levantar-se olhou para cama. Sasuke repousava lá há algumas semanas isso já estava acontecendo, não se tocavam mais. Apenas dormiam, era como se um suprisse a necessidade do outro, ou o frio que cada um carregava dentro de si.


‘’- Você sabe... Isso de nós dois nem pode ser considerado traição, porque aqui não tem sentimentos. Espero que você lembre-se disso. ’’

Sakura se lembrou das palavras dele na noite anterior. Sabia que aquilo não era traição, nem mais transando estavam.


Olhou no celular e a mensagem de Kiba deixava bem claro a confirmação do jantar de mais tarde.


Tomou um banho não demorado e quando saiu enrolada na toalha encontrou a cama já arrumada e a porta do quarto semiaberta, ele arrumou a cama, e provavelmente estava no banho, ou então assistindo televisão.


Sasuke estava diferente há alguns dias. Ela lembrou-se de Konan, a puta da escola com quem Sasuke tivera um pequeno caso nos últimos dias. Parecia que nem ela, Konan, era mais aquilo tudo para ele. Desceu as escadas lentamente em direção à cozinha.


Preparou uma vitamina de banana e um misto-quente, sentou-se no balcão comendo e bebericando sua vitamina bem gelada. A casa estaria absolutamente silenciosa, se não fosse pelo barulho do chuveiro no andar de cima.


Sakura olhou pela janela e viu ao horizonte por cima dos montes algumas nuvens. Não demorou muito para que Sasuke e Naruto descessem com fome, havia deixado para eles apenas a vitamina mesmo, eles que se virassem.


Um vulto passou correndo e a levantou, roubando dela o misto quente recém-mordido para si. Naruto apenas ria na porta da cozinha.


– Que infantilidade. – Ela falou logo quando foi deixada no chão.


Ele manteve o sanduiche na boca e segurando o riso, enquanto pegava um copo para botar a vitamina. Sakura foi até ele e com uma puxão recapturou o café da manhã e voltou-se para a bancada da cozinha, sentando-se por lá mesmo.


– Se quiser, prepare um para você mesmo. – Ela riu e ele retribuiu o sorriso.


Sakura foi para o sofá de onde não saiu pelo resto do dia. Levantou-se apenas para comer um hambúrguer que o irmão pediu para o almoço. Quando eram por volta das três a mãe chegou, e quando deram cinco, as luzes estavam acesas, devido ao tempo escuro do lado de fora. A chuva não demoraria a cair.


Sakura


– Me dá o controle, você ficou o dia inteiro aqui. – ele se sentou na poltrona quando terminou de falar.


– Ér, a casa é minha, ok? – eu apenas disse


– E eu sou visita.


– Você praticamente mora aqui, garoto.


– Então tenho tanto direito ao controle quanto você.


– Tanto faz. Eu não vou te dar o controle. – ele se levantou e andou até mim. Eu e enfiei debaixo do meu corpo, mostrando que eu não ia desistir fácil.


– Isso não vai me parar.


Ele colocou a mão por baixo de mim, e eu arredei o controle para o canto do sofá, segurando-o com mais força. Devia saber que isso não iria impedi-lo. Sasuke se deitou em cima de mim, se apoiando sobre um de seus braços, enquanto uma mão procurava o objeto que eu tinha escondido.



– Minha mãe vai amar ver essa cena. – Até parece que ela ligaria.


– Não tem nada demais aqui. Eu só quero o controle. – Ele procurou com mais determinação. Empurrando-o para o lado, eu sai do sofá, caindo no chão e me levantando rapidamente.·.


– Não vai conseguir.



Ele foi atrás de mim e me perseguiu enquanto eu atravessava a sala correndo. No meio da brincadeira, a campainha tocou, e quando prestei atenção nela, ele roubou o que ele desejava das minhas mãos. Foi a minha vez de correr atrás dele, que foi direto pra porta, abrindo-a quando chegou lá. Eu cheguei 5 segundos depois, quase pulando em cima dele, e me contive ao ver quem era minha inesperada visita. Os cabelos ruivos dela ricochetavam no ar, devido ao vento forte. Um pouco envergonhada, eu a convidei para entrar e a levei até o meu quarto.·.

– Mas então, o que você faz aqui?


– Eu só... Eu precisava conversar com alguém. E você é a pessoa que ficou mais tempo do meu lado, então... – ela disse depois de quase um minuto.


– Então... Vamos conversar. – eu me sentei na cama. – O que foi? – ela se sentou na cadeira, de frente para mim.·.


– Eu devo ter algum problema. Ninguém que eu quero me quer Saki. Entende?


– Eu... – ela não me deixou terminar.


– Mas o que é que eu estou te perguntando. É claro que você não entende. Você tem o namorado perfeito.


– Isso não quer dizer que eu não te entenda, Karin. – eu falei pacientemente. – Já houve uma época em que ninguém me queria. Eu conseguia realmente espantar todos os homens. Já você, sempre pôde e ainda pode ter qualquer um. Se eles não te querem, você apenas está escolhendo homens burros.


– Não são burros, Saki. Aparentemente, eu só cheguei tarde demais. Mas é que... Eu tentei de tudo para consegui-lo, entende? Tudo mesmo. Até tentei ficar com outros garotos pra esquecê-lo, ou pra deixá-lo com ciúme, mas nada adiantou, NADA.


– Provocar ciúme, Karin? Nós não somos mais crianças. Existem outras maneiras de conquistar um cara, e acho que você as conhece.


– Se eu soubesse como ganhar o garoto que eu quero, Sakura, eu já teria ganhado há muito tempo.


– Você gosta tanto dele assim?


– Muito. E já faz muito tempo. Acho que nunca vou conseguir superar.


– Não sei Karin. Não é bem assim. Um dia, você vai ter que superar. Se você não ficar com ele, a vontade de ficar não vai durar pra sempre.


– Eu é que não sei. Já fiz de tudo, Sakura. Aparentemente, eu sou um pouco sem graça demais pra ele. Não consigo dar o que ele quer, não sou boa o suficiente.


– Então ele não te merece.


– Por favor, ele merece qualquer garota que ele quiser. E ele consegue qualquer garota que ele quiser. Mas, aparentemente, uma delas é mais interessante que todas as outras. Mais interessante que eu.


– Pode parecer idiota, mas tenta conversar com ela. Quem sabe ela te ajuda?


Karin abaixou a cabeça. Quando voltou a falar, mal pude ouvi-la.


– É o que eu estou fazendo agora.



– O que?


– Como você faz, Sakura? Como consegue deixar o Sasuke daquele jeito? Qual é o segredo?


– O menino é o Sasuke? – eu estava surpresa.


– É. E você é a menina que conseguiu prendê-lo por mais tempo. Ele enjoa de todas muito fácil, mas de você não. Como Sakura? – ela não estava mais calma, parecia que a cada acusação, atirava trezentas pedras no meu peito.


– E quem disse que eu já tive alguma coisa com ele?


– Por favor. Você tem alguma coisa com ele. E bem grande por sinal.


– Karin, você não sabe o que está falando. Eu... Eu não tenho nada com o Sasuke. – eu tentava falar de uma forma convincente, mas ela tinha certeza do que dizia. Levantou-se para poder falar com mais vontade.

– Pare de negar! Aquele dia na escola, quando vocês dois entraram para o vestiário juntos, eu vi. Ontem, vocês dois estavam na piscina juntos. E quando eu cheguei hoje, você estava pulando em cima dele. Isso sem falar no que eu não devo ter visto.


– Nós somos amigos, e é isso. Isso não tem nada a ver com você


– Você tem namorado! – ela quase gritou, e eu me levantei, ficando cara a cara com ela. O barulho de chuva chegou até os meus ouvidos, e eu olhei rapidamente para fora. Estava chovendo, como eu tinha previsto.


– E isso ainda não tem nada a ver com você!


– Tem, porque sou eu que tenho que aguentar enquanto ele sofre por você. E você nem vê isso, só tem olhos pro seu Sakura.


– CALA A BOCA! Você não sabe da minha relação com o Sasuke, nem da minha relação com o MEU namorado. Você nem conversa com ele pra saber.


– Sei mais da relação de vocês dois do que você pensa, Saki. – ela tirou o celular do bolso, e procurou alguma coisa nele. Depois o mostrou pra mim. – E converso mais com ele do que você pensa também.


Eu peguei o celular. Quando olhei para o visor, senti como se alguém estivesse abrindo o meu peito e arrancando meu coração de lá. A dor pelo menos, era a mesma. A foto que aparecia ali era clara, Kiba e Karin juntos, trocando um beijo apaixonado. Segurei as lágrimas dentro dos meus olhos e a encarei.


– É montagem.


– Eu não perderia meu tempo. Pode ver mais fotos. Tem muitas minha e dele aí.


Como uma idiota, eu vi algumas fotos a mais. Havia fotos dos dois rindo juntos, abraçados, trocando mais beijos, e algumas outras. Eu fechei o celular, e instintivamente, o joguei no chão. Ela sorriu ironicamente.



– Pena que o Sasuke nem sentia ciúmes dele. Ele nos viu juntos muitas vezes e nunca falou nada, nem chegou a demonstrar que me ver nos braços de outro garoto o incomodava. Foi inútil.


– Sai da minha casa. – eu falei pausadamente.


– Mas, se pensarmos bem, o Kiba era até legalzinho. Conseguia me entreter, se quer saber.


– Sai. Da. Minha. Casa.



– O que foi, Saki? Não aguenta a competição? Só porque eu consegui um pouco de tudo que você tem? Sua escola, Sasuke, Kiba... E por sinal, isso é só o seu veneno voltando contra você. Eu percebi o que você fez. Há, e ainda consegue falar que não é invejosa. Só esperou que eu fosse embora pra pegar o Sasuke pra você. Aposto que isso te fez sentir melhor do que eu, não é? Como deve estar se sentindo agora, hem amiguinha? Sabendo que eu consegui o que você tinha e o que te era tão amado. Pelo menos um pedaço.


A dor continuava a me cortar, e meus olhos já ardiam devido ao choro segurado. Eu não resisti mais. Pegando-o pelo braço, arrastei-a para fora do meu quarto, e puxei-a escada abaixo. Quando alcancei o primeiro andar, joguei-a para fora da minha casa, assim que pude abrir a porta. Ela entrou na chuva que caía fortemente, mas ainda ria. Não deixei que a tristeza me abatesse. No lugar disso, deixei que a raiva tomasse seu lugar. Bati a porta na cara dela, e ela ainda ria, como uma demente que era.

Subi as escadas num raio, e tive um leve relance do meu irmão e do Sasuke abrindo a porta do quarto onde eles estavam para ver o que estava acontecendo.


Eu entrei no meu quarto sem dar importância a eles, e peguei o telefone. Estava trêmula e tive que recomeçar a discar umas três vezes. Tive que engolir o choro mais uma vez antes de começar a falar.


– Oi, meu amor. – Kiba falou, na maior cara de pau

– Kiba, esquece o jantar. Preciso de você aqui agora.

– Mas está chovendo muito – ele falou sem emoção.

– Preciso de você. Apenas venha.

– Estarei ai em minutos. – bastava apenas esperar por ele.


Não esperei mais nenhuma palavra para desligar o telefone. Enquanto esperava que ele chegasse, me sentei na cama e respirei fundo muitas vezes. Precisava me manter mais ou menos calma, e com a dor que continuava a fazer meu coração latejar um pouco sob controle. Pensar que eu iria terminar meu namoro que acabava de perder todo o brilho e perfeição me machucava de um jeito que nada nunca tinha me machucado antes. Respirei fundo mais um pouco, e senti uma lágrima cair e rolar pelo meu rosto. Enxuguei-a e jurei que seria a última até que eu estivesse sozinha. Não choraria na frente de ninguém, muito menos de quem tinha traído minha confiança de um jeito absurdamente doloroso. Eu fingiria para mim e para o mundo que eu era forte, não importa quantas lágrimas isso fosse me custar depois.


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