Quando acordei, já era o grande dia, minha viagem estava completamente certa. Acordei cedo e tomei um banho, me vesti (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=41762406&.locale=pt-br) e desci. Quando cheguei à sala Sasuke já estava atirado no sofá, com as malas do lado, ele foi o primeiro a chegar. Logo depois Hinata (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=41762825&.locale=pt-br) desceu acompanhada de Naruto que trazia as malas dela, eu amava minha cunhada. E detestava o modo saltitante que ela acordava toda manhã, eu estava aqui caída de sono quase empurrando Sasuke do sofá para me jogar ali, e a Hina lá com um sorriso imenso.

A campainha tocou e Sasuke foi abrir o que, com toda sinceridade eu agradeci. Pela porta entrou Kiba e Sasori, Sasuke sorriu para Sasori e nem ao menos falou com Kiba.

- Bom dia meu amor – Ele sorriu e me abraçou logo depois Sasori fez o mesmo.

Ficamos mais um tempo na sala até que Ino e Gaara – que eu ainda tô suspeitando que tenho alguma coisa – chegarem. Mamãe logo desceu e uns quinze minutos depois o povão estava todo ali.

No carro do Sasuke foram Naruto, Hinata, Ino e Sasori, e é claro, Sasuke dirigindo. No outro carro, o carro do Kiba fui eu, mamãe, Gaara e o Kiba dirigindo. Mamãe queria ir no carro dela, porém Kiba não deixou.

Por estarmos todos cansados nem zoamos muito, eu fiquei no banco da frente ao lado do meu namorado – eu ainda acho estranho chama-lo de meu namorado –, não demoramos muito para chegar, na verdade demoramos horrores.

Quando chegamos por lá, ainda estava bastante claro e todo mais, fomos ver os quartos. Em um ficaria só a mamãe, no outro, eu, Ino, e Hinata – que protestou porque queria dormir com Naruto –, no outro quarto, Naruto e Sasuke, e em um Gaara e Sasori, e sozinho, Kiba.

Arrumamos nossas coisas e fomos almoçar.

- Filha, eu estava pensando – mamãe sorriu para mim.

- Que bom mãe, pensar é sempre bom – sorri para ela, e arranquei algumas risadas do pessoal. – Mas enfim mamãe em que a senhora estava pensando?

- Bom filha, poderíamos comemorar seu aniversário hoje, e o amanhã deixar pra você curtir com o Kiba – ele assentiu, em sinal de que aprovara a ideia, eu concordei tranquilamente. Ouvi alguém tossindo como se estivesse prendendo o riso, ou então em desaprovação. Sasuke.

Claro que aceitei, naturalmente. Almoçamos e fizemos a maior algazarra, conhecemos o hotel e passamos o dia na piscina. Mamãe resolveu tudinho para o jantar.

A noite caiu e cada um foi para quarto se arrumar. Mamãe apareceu por lá apenas para me levar um par de brincos que pertenciam a ela, e que ela usara em seu casamento.

Eu e as meninas saímos para o corredor que dava acesso aos outros quarto. Eu, não, nós estávamos lindas (http://www.polyvore.com/festa/set?id=38738289 – Sakura, Ino, Hinata, Tsunade –) Eu tinha amado a roupa de Hinata, sempre a achei divina. No corredor, estava Naruto que foi em direção a Hinata e deu um selinho. Gaara fui na direção da Ino, eu achei que ia tolar um beijinho, mas eles apenas sorriram um para o outro e foram em direção ao restaurante do hotel. Mamãe sorriu para Sasori e também saíram. E de repente, no corredor estávamos eu e meu namorado.

- Eu sei que o embrulho não é melhor, mas achei que você ia gostar – ele sorriu me entregando um pacotinho – Foi feita sob medida.

- Kiba! É linda – e realmente era.

Uma pulseira prateada com as iniciais dos nossos nomes – K e S – e com alguns corações, e no meio de cada letra, tinha uma pequena pedrinha de diamante. Realmente era muito linda. Senti meus olhos marejarem, mas eu não choraria. Abracei-o com tanta força e então seguimos para o restaurante.

Ah! Eu me esqueci de dizer que todos estavam lindos. Meu irmão parecia um príncipe e junto com Hinata eram o par perfeito!

O jantar foi magnifico, com direito a brinde para a aniversariante. Estava tudo maravilhoso, e as pessoas que estavam ali não podiam ser melhores. Eu tinha escolhido muito bem quem iria na viagem. Mesmo que um deles não estivesse ali no restaurante. Aparentemente, o Alex não estava se sentindo muito bem, e decidiu ficar no hotel. Típico.

Uma nuvem de alegria havia se instalado ali, estávamos todos radiantes. Hina e Naruto estavam na bolha deles, Ino e Gaara haviam ido ‘’dar uma volta’’, eu e Kiba estávamos agarradinhos, enquanto mamãe e Sasori conversavam animadamente sobre algo que eu desconhecia.

Quando voltamos para o hotel, encontramos Gaara no hall e corremos para o quarto. Eu e Hinata entramos correndo e encontramos Ino deitada na cama mega distraída cantarolando algo inalditível.

- DANADIIIINHA – gritei e corri na direção dela.

- Vocês viram? – ela parecia constrangida.

- Vi você saindo pra dar uma volta, e pra comprar sorvete que não foi – gargalhei.

Conversamos muitíssimo, e acabou que a Hina entro na conversa. Nós riamos, falávamos de coisas sérias e riamos de novo. Fui para o banheiro e arrumei o cabelo, tomei um banho e soltei meu cabelo de novo.

- AMIGA – Ino gritou do quarto – Pra você.

Eu não conseguia imaginar o motivo do Kiba estar ali, mas não parei de imaginar o quão fofo ele era. Eu andei calmamente até a porta para ter uma – in – feliz surpresa. Não era Kiba na porta.

- O que faz aqui? – perguntei ríspida.

- Sou uma surpresa tão ruim? – ele disse com um sorriso no canto dos lábios.

Não respondi.

- Você não estava passando mal. – não era uma pergunta.

- Não, apenas não quis ir. – ele disse calmamente.

Fiquei calada e enrolada na toalha.

- Apenas queria te dar os parabéns depois. – ele olhou no relógio de pulso – Ah, parabéns.

Provavelmente já deveria ter passado da meia noite. Ele não se importou de eu estar enrolada na toalha e nem das meninas estarem boquiabertas no quarto. Sem vergonha nenhuma me abraçou forte.

- Obrigada – disse fria, me soltando do abraço dele – Só isso?

Ficamos dois minutos nos encarando, nenhuma palavra era pronunciada, tanto dentro quanto fora do quarto. Como vi que ele não diria mais nada, comecei a fechar a porta.

- Hei Sakura, espera!

- O que foi? – murmurei

-Vem comigo.

- Eu não vou sair daqui com você, nem pensar. – disse.

- Para de agir como uma criança e vem comigo – ele dizia – Eu não vou fazer nada. Não vou tentar nada. Eu só quero conversar, depois disso você pode viver seu final feliz ao lado do seu namoradinho perfeito.

Fechei a porta na cara dele e me arrumei correndo, peguei a bolsa que eu havia levado para praia mais cedo e abri novamente a porta. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=41857492&.locale=pt-br) E antes de fechar a porta eu disse para as meninas:

- Volto daqui a pouco, espero que essa minha saída fique em segredo.

Andamos calmamente até o estacionamento e pegamos o carro dele.

- Você tem duas horas – eu disse quando ele entrou no carro também.

Adamos calmamente com o carro e paramos numa praia deserta, ele abriu a porta para mim e eu peguei minha bolsa. Pisei na areia macia e o vento bateu forte, me fazendo arrepiar eu o vi tirando a camisa.

- Você disse que não ia tentar nada – eu falei.

- Eu vou tentar manter você aquecida. Toma minha blusa. – ele sorriu e me entregou a blusa preta gola V que vestia, e exibiu aquele peitoral maravilhoso dele, respirei fundo e tentei me concentrar no real motivo para eu estar ali. Iriamos conversar.

Andamos calmamente até próximo a agua e eu estendi minha canga para que pudéssemos nos sentar.

- Sabe Sasuke, eu não sabia que um lugar tão maravilhoso assim existisse – fui sincera.

- Existe. – ele sorriu e fitou o horizonte. – Tinham muitas outras praias para você ir e você escolheu justamente as praias dessa cidade. – sorriu com um pouco de amargura.

- E o que tem essa cidade? – o fitei por um instante.

- Eu costumava vir pra cá quando era criança, era sempre nas férias. Vinha eu e meus pais, ficávamos naquele hotel – ele apontou para um prédio luxuoso e reluzente ao longe – Eu apostava corrida com meu pai e minha mãe sempre pedia para ele parar ou me deixar ganhar. – ele contava a história calmamente como se tentasse guardar cada momento contado ali.

- Er... Onde esta seu pai. – o olhar de Sasuke perdeu o brilho e sua respiração falou por um momento.

- Por ai, com uma garota uns vinte anos mais nova que ele – sorriu amargurado.

- Eu sinto muito. – Não tinha muito que falar. De verdade.

- Não sinta – ele olhou para mim e sorriu – a culpa não é sua.

- Se serve de consolo, meu pai também esta por ai com uma garota vinte anos mais nova. – eu pude ouvir o doce som da sua risada e sorri.

O silêncio predominou tudo e eu tinha perdido a noção. Eu deitei na canga e ele se deitou logo em seguida.

- Eu não sei por onde começo – ele disse.

- Tenta do inicio.

- Por favor, não tenta ser engraçada – disse serio depois sorriu – Bom Sakura, é eu pensei bem no que você me disse naquela noite.

- Ah, claro.

- Aquilo me provou que você não me conhece, nem um pouco. – ele disse e se aconchegou um pouco na canga.

- Eu acho que te conheço muito bem. – disse séria.

- Um de meus lados sim, o outro eu escondo de todos. – ele falou sorrindo de canto.

- E a culpa é minha? – questionei.

- Não, claro que não! E é justamente pela culpa não ser tua que estamos aqui. – e então aquele sorriso fofo dele brotou um sorriso novo e meigo.

- Como assim? – me irei de bruços e coloquei as mãos na frente do rosto como se estivesse pegando sol nas costas.

- Então é isso. De presente de aniversário, eu vou te mostrar esse meu lado, e então poderemos ser amigos! – eu nem precisei olha pra saber que meu sorriso favorito brincava nos lábios dele.

- E você acha que isso vai dar certo? – indaguei.

- Se você for legal comigo e eu deixar de ser um idiota com você, podemos tentar! – eu me sentei novamente e ele continuou deitado.

- Então esse é o meu presente de aniversario? Sua amizade – cara, que idiota!

- Basicamente? Sim! – mais uma vez ele sorriu.

Uns minutos se passaram e então eu respirei fundo. Sasuke e Sakura amigos agora, sem brigas sem xingamentos matinas e nem diários. É, poderei me acostumar.

- Pra você saber Sasuke, amigos não se beijam não se pegam e nem... Fazem aquelas coisas que nós fazíamos. – falei e então ele me olhou

- Então que tal um beijo de despedida? – ele se levantou e então estendeu a mão para que eu a pegasse.

Levantei-me junto dele e estão de leve ele me puxou contra seu corpo e me abraçou, e então sussurrou em meu ouvido “Você ainda irá precisar de mais”, de leve ele roçou seu lábios nos meus e automaticamente nossas línguas já dividiam o mesmo espaço, foi tão calmo, tão rápido, tão necessitado. Foi como se aquilo não acontecesse há anos, eu tinha uma sede voraz daqueles lábios, algo fora do comum. Era incrivelmente estranho, mas Sasuke me completava. Ele me prendeu ainda mais contra seu corpo e então seu senti as costas nuas dele e passei de leve os dedos ali.

Esse beijo realmente tinha um gosto de despedida, terminamos o beijo com selinhos demorados, e nos separamos sorrindo. Ele tinha aquele sorriso meigo mais uma vez. Mesmo eu preferindo aquele sorriso malicioso de Sasuke, esse novo também me agradava bastante.

- Amigos? – ele me estendeu a mão mais uma vez e então eu a apertei.

- Amigos. – sorri. Um pouco ofegante ainda.

Sentamos-nos mais uma vez dobre a canga e voltamos a conversar.

- Então, já que somos amigos agora, acho que posso perguntar. – ele sorriu de canto – Ele é melhor que eu?

- Achei que já tivesse deixado tudo bem claro – disse.

- Não, eu digo, na cama. – corei um pouco. E isso não acontecia há bastante tempo.

- Eu não posso te dizer – eu falei a verdade.

- Vamos, é só responder Saki, sim ou não, você consegue. – ele dizia com aquele sorriso lindo e malicioso brotando nos lábios.

 - Eu não posso dizer por que eu e o Kiba nunca chegamos lá – senti meu coração palpitar muito rápido, e Sasuke soltar uma gargalhada estrondosa e ao mesmo tempo graciosa.

- Você nunca... Puta que pariu! – ele ainda ria um pouco.

- Eu sei.

Mais um silencio.

- Devemos ir embora afinal hoje você vai passar o dia com seu amor. E que sabe vocês não tirem o atraso?! – Sasuke iria me zoar com isso pra sempre.

Entramos no carro e ele ligou um som de leve, se eu não me engano tocava Adele – Someone like you bem baixinho e então Sasuke quebrou o silêncio.

- Abre o porta luvas – disse.

- Pra que? – provavelmente teria camisinhas ali dentro, muitas.

- Só abre e pega a caixinha. – disse sem ao menos olhar para mim.

Eu fiz o que ele disse um tanto receosa, e tirei de lá uma caixinha preta com um laço prateado um tanto extravagante.

- Seu presente. – ele sorriu meigo.

- Mas eu achei que...

- Ah! Qual é Sakura, não achou mesmo que minha amizade fosse tão valiosa assim – ele dizia enquanto eu tirava o laço de lá. – Eu mandei fazerem, se por acaso não gostar, peço para fazerem outro a seu gosto.

E então eu abri a caixinha, me encantei mais ainda. Dentro havia um cordão de prata com uma corrente bem fininha, eles quase não faziam mais correntes assim tão fininhas. O pingente era um coração, algo bem dócil e meigo.

- Eu amei, é lindo – eu dei um sorriso largo.

- Que bom que gostou, põe pra ver como fica. – ele sorriu e eu coloquei.

 - Ficou perfeito. – ele sorriu também.

Voltamos para o hotel, e foi como se não tivéssemos saído.

O resto da viajem foi uma maravilha passei o dia do meu aniversário com o Kiba e ficamos até tarde na piscina comendo morangos e tomando espumante. Como agora eu e Sasuke estávamos de bem a viajem foi bem mais aproveitada.

A volta também foi muito boa, e foi muito normal. Os três dias depois da volta foram normais, excerto pelo fato de eu e Sasuke nos darmos bem melhor. Conseguíamos ficar juntos, rir juntos e por incrível que pareça brincar. Por incrível que pareça, ele pode ser legal. Se conhecesse esse lado dele por mais tempo talvez, pudesse acontecer alguma coisa. Claro, se eu o conhecesse a pelo menos uns seis meses antes de conhecer o Kiba.

Sesse momento eu estou no meu quarto me pegando com meu namorado, ele sem camisa e eu também, sutiã já torto prestes a sair, e então eu ouço alguém me gritar. Não me importei muito, pois os beijos que o Kiba dava em meu pescoço estavam mais gostosos. E mais um grito, dessa vez mais alto.

- SAKURA DESÇA LOGO OU EU VOU AI TE BUSCAR. – a ouvi gritar mais uma vez e então arrumei o sutiã enquanto Kiba vestia a blusa e se recuperava.

Ele me indicou a porta dizendo para que eu descesse.

Comecei a descer as escadas devagar, imaginando o que aconteceria se minha mãe não tivesse me chamado, ao olhar rapidamente para Sasuke, vi o olhar assustado que ele me lançava, e mais que assustado, ele tentava me dizer alguma coisa. Continuei a descer a escada, e vi que minha mãe olhava para a poltrona, da escada não dava para ver quem estava ali. Contatei o motivo assustado de Sasuke quando parei na frente da poltrona.

Ela estava lá. Linda e mais ruiva do que nunca. Os cabelos vermelhos levemente picotados nas pontas, caindo até a cintura, os óculos de grau na moda, uma bermuda preta e uma blusa. Ela não precisava de mais nada. Continuava linda. Quando me viu, levantou-se exibindo as curvas perfeitas, estava muito mais bela que antes. Mas descobri que há dois anos trás isso seria como uma facada na minha alto estima, mas hoje em dia não. Eu a encarei surpresa, recebendo dela o mesmo tipo de olhar. Não havia disputa alguma, depois de anos, nossa beleza se igualava, e isso, pareceu afeta-la.

O silencio predominou por mais alguns minutos, e Sasuke e minha mãe esperavam minha reação.

- Sakura! Senti sua falta, estava com saudades – ela me abraçou fortemente e eu retribuí.

- É. – eu apenas disse, e de relance olhei para a escada onde Kiba descia, percebi o olhar da ruiva dobre ele enquanto ele me abraçava por trás.

- Você não lembra de mim Saku-chan? – ela perguntara.

- Mas é claro que lembro! – sorri forçadamente, quem não lembraria de uma amiga que te trocou por um casinho? – Só estou surpresa.

- Ah, eu vim aqui no dia do seu aniversário, então os vizinhos disseram da viajem. – ela sorriu exibindo os dentes brancos – Quem é esse.

- Ah desculpa! Esse é Kiba, meu namorado – eu falei calma – Kiba, essa é... Karin.