O Peso De Uma Mentira escrita por Arline


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um!
Até as notas finais!
Obrigada pelos reviews!



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CAPÍTULO 5

POV BELLA

A rotina se estabeleceu novamente. Era a última semana de Amanda na escola; logo entrariam no recesso da primavera e eu estaria de férias. Já estava planejando algumas coisas para fazermos juntas e em algumas delas eu incluía Jasper. Era uma forma dela se acostumar a tê-lo por perto, a vê-lo comigo. Sempre evitávamos ficar juntos em minha casa, pois eu sabia que no fundo, minha pequena ainda se sentia incomodada e não queria enxergar Jasper como meu namorado.

Eu estava um pouco nervosa ao chegar ao trabalho, hoje seria o dia que Jasper contaria ao seu pai “oficialmente” sobre o namoro e tive que quase implorar para que aquilo não se estendesse muito; eles queriam fazer um jantar! Não... Essa coisa de formalidade não era mais comigo.

— Bom dia, senhorita Isabella. — cumprimentou Emmett, muito polido, e estranhei.

— Qual o motivo de tanta formalidade? — inquiri e ele me olhou sério.

— A partir de hoje será assim. Nada de intimidades com mulheres comprometidas.

— Como?!

Ele olhou em volta, verificando se não havia ninguém por perto e se aproximou de minha mesa.

— Sei de seu namoro com Jasper e sei também que ele é muito ciumento. Não quero me indispor com meu amigo por conta de minhas brincadeiras.

Fiquei boquiaberta com o que Emmett disse. Namorar era motivo pra se tornar uma pessoa quase inacessível?

— Olha Emmett, o fato de estar namorando não me impede de ter amigos e de brincar com eles. Se Jasper é ciumento, que controle o ciúme; não vou deixar de brincar ou falar com você por conta disso.

— Bom, é melhor não facilitar. Realmente não quero ficar mal com ele ou com você. Eu brinco muito, falo muitas gracinhas e sei que ele pode não gostar. Trabalhamos juntos e se o clima pesar não vai ser bom pra ninguém.

Dito isso, saiu e me deixou ali, sozinha e pasma com aquilo. Desde quando Jasper era ciumento? Desde quando eu teria que deixar de falar com as pessoas só porque ele poderia não gostar? Ah, mas eu ia tirar essa história a limpo! Ah, se ia!

Como teria uma audiência pela manhã, eu só veria Jasper após o horário de almoço; o que me daria um tempo pra me acalmar e conversar civilizadamente. Nunca gostei de reações exageradas, ciúmes descontrolados, amores absurdos... Era melhor respirar fundo e pisar um pouco no freio antes que tudo se descontrolasse de vez.

Suspirei. Realmente essa coisa de relacionamento homem/mulher não era pra mim... Primeiro sou abandonada e depois descubro que meu atual namorado era um ciumento descontrolado! Seria melhor conversar e esclarecer tudo ou jogar tudo pro alto e evitar problemas futuros? Como o ser humano tinha o dom de ferrar com tudo! Incrível!

Como Jasper poderia ser assim? Ele era um cara tão calmo, pacato... O tipo que muitos classificariam como “idiota - bobão”, mas pra mim ele era o “amigo-ombro pra chorar - confidente”.  Eu sabia que ficaria remoendo aquilo até o momento de pôr tudo em pratos limpos, mas eu ia esclarecer tudo de uma vez.

Jared passou por mim e me lançou um sorriso enorme. Eu tinha a impressão que aquele sorriso não duraria muito, mas mesmo assim o retribuí e lhe passei a agenda do dia. Não tive mais tempo de pensar em Jasper e seu ciúme descabido; após Joseph chegar, os clientes pareciam ter ligado o radar e o telefone não parava de tocar. Entre atender ao telefone e marcar algumas reuniões, eu sabia que deixaria o assunto de lado.

Por alguns instantes senti-me idiota por estar repensando um namoro de tão pouco tempo, mas logo me convenci de que não passava de instinto de proteção. Amor nada tinha a ver com posse e, se o ciúme existia, o velho sentimento de “propriedade” também.

Meus pensamentos vagaram até chegar minha hora de almoço. Desliguei o computador e avisei a Jared e Joseph e saí, tentando me libertar um pouco daqueles pensamentos que me oprimiam. Tive a nítida impressão de que eu mesma estava me sabotando com relação a esse namoro...

Segui para um pequeno e aconchegante restaurante que havia próximo à empresa e tive uma grata surpresa ao encontrar Ben sentado em uma mesa de canto, quase escondida. Ele sempre almoçava em casa e me surpreendi.

— Posso saber o que o senhor faz por aqui? — perguntei divertida.

— Bella! Tive que dar uma pausa no consultório, não é? Também sou gente!

Acabamos rindo e aceitei seu convite para me juntar a ele. Ben era pediatra e exercia a profissão com um amor inimaginável. Nunca reclamou de cansaço ou dos plantões; sempre atendia aos pacientes com zelo, como se fossem seus filhos e, fora os dias que trabalhava em Forks, ainda fazia trabalho voluntário em La Push, cuidando das crianças da reserva e tentando melhorar o posto de saúde do local. Ângela tinha verdadeira adoração pelo marido e ele então, nem se fala... Nunca havia visto um jovem casal tão apaixonado quanto eles...

— Ei! Está pensando em quem? Estou sendo ignorado, sabia? — reclamou ele e só então percebi que me deixei levar.

— Estava pensando em você e Ang... No amor dos dois.

Fomos interrompidos pelo garçom, que chegava com os pedidos que Ben havia feito enquanto eu divagava.

— Bella, Bella... Por que algo me diz que não está feliz com Jasper? — questionou ele, quanto se preparava pra comer.

— Não estou. Sinto-me bem, gosto da companhia e da conversa, mas não sinto borboletas no estômago, a saudade não parece que vai me sufocar... Não sinto aquela felicidade típica dos apaixonados. — respondi sinceramente.

Fitei o prato a minha frente e me concentrei em comer. Ben poderia ler minha alma se eu assim o permitisse e eu sabia que meu amigo ansiava por descobrir tudo o que eu realmente sentia por Jasper.

— Edward tem algo a ver com isso? Ainda o ama?

Dessa vez eu teria que encará-lo, pra que não houvesse dúvidas quanto a minha resposta.

— Não. O amor que eu tinha por ele se transformou em gratidão. Mesmo tendo me abandonado, me deixou Amanda e eu jamais poderia sentir outra coisa senão gratidão. Mentir é desnecessário, você sabe que amei muito Edward, que pra mim ele era a parte mais importante da minha vida, mas esse amor acabou com o decorrer do tempo. — parei e respirei fundo — Foi um amor, se tornou uma desilusão, passou a saudade e agora é apenas uma lembrança.

— Conversei com Ang a respeito, pensei que no fundo você ainda amasse Edward, mas não quisesse admitir...

— Antes fosse, meu amigo... Assim eu saberia que, mesmo negando, ainda era capaz de amar. Acho que amar um homem novamente não mais acontecerá... Agora mesmo, com Jasper, não o amo e pra dizer a verdade, nem sei bem o porquê de ter aceitado namorar.

Ben riu e balançou a cabeça, dizendo que fui movida pela carência.

Tudo seguia tranquilamente, deixamos o assunto Jasper e Edward de lado e nos concentramos no que mais nos agradava: Amanda. O padrinho tinha adoração por ela e isso muito me agradava. Eu sabia que assim, caso algo me acontecesse e eu viesse a faltar, ela não ficaria desamparada...

Antes de irmos, tive uma pequena divergência de opiniões com Ben, quanto ao pagamento da conta. Não era justo que ele pagasse meu almoço...

— Liga não, comadre... Qualquer dia desses, você me chama pra uma rodada de... — ele parou e mirou um ponto atrás de mim, me deixando curiosa — WOW!

— O que foi? Está passando mal? — eu já estava nervosa.

— Acho que suas lembranças ficarão bem vívidas... — ele sussurrou; os olhos ainda vidrados no ponto atrás de mim.

Virei-me calmamente, tentando visualizar o mesmo ponto que ele e quase entrei em choque ao ver Edward parado e tendo uma conversa muito amistosa com um garçom. Ao seu lado, exibindo um enorme sorriso e tendo o braço do irmão ao redor do pescoço, estava Alice. Ben chamou minha atenção e desviei meus olhos da dupla que estava atrás de mim.

— Essa é a hora em que devo dizer: “Vamos embora?” — disse Ben, de modo divertido.

— Tenho escolha? Um dia poderíamos nos reencontrar e acho que esse dia chegou. Sei que não terei a sorte de passar despercebida por Alice; nem vai adiantar me esconder. — falei com a voz um tanto cansada. A verdade é que eu gostaria de adiar aquele momento por muitos anos mais.

— Ang vai adorar isso... — meu amigo estava se deliciando com a situação.

Me levantei muito a contragosto e segui com Ben, esperando chegar incógnita até o lado de fora. Joguei o cabelo um pouco pra frente, tentando ocultar meu rosto. Passei pela mesa onde Edward estava e respirei aliviada por ele estar distraído com o celular, tendo Alice ao seu lado, apontando algo.

Duas mesas depois da deles, respirei profundamente, soltando o ar com satisfação. Eles não haviam me visto afinal.

— Senhor! Senhor! — um garçom chegou até nós — Sua pasta ficou sobre a cadeira!

Quase fulminei meu amigo com os olhos. Estava tudo indo muito bem... Ele tinha que esquecer a droga da pasta!

Claro que chamamos um pouco de atenção... Duas pessoas paradas no meio de um restaurante, um garçom te chamando... Quem não olharia? Minhas esperanças se esvaíram por completo quando vi Alice levantando os olhos em nossa direção. Seu olhar se fixou em mim, a boca abriu ligeiramente e ela bateu no ombro do irmão, como uma criança faz ao ver algo muito assustador.

Eu estava ali, assistindo a tudo o que acontecia como se fosse uma mera expectadora, como se nada daquilo me envolvesse. Como numa câmera lenta, vi o momento em que Edward ergueu os olhos, tentando visualizar o que a irmã via. Nossos olhos se encontraram e o que vi não foi um homem e sim um garoto assustado, que tentava entender o que se passava a sua volta.

— Bella? — indagou ele, um tanto hesitante.

— Olá Edward. Creio que não mudei tanto assim. — me pronunciei.

— Não... É... Faz...

— Como está? — Alice cortou o irmão.

— Bem e pra dizer a verdade, atrasada. Meu horário já acabou faz tempo! — sorri, vendo Alice querendo estender a conversa — Tenho que ir. Até qualquer dia.

Acenei e saí apressadamente, só então me dando conta de que Ben havia se retirado discretamente. O encontrei encostado displicentemente à parede do restaurante, a pasta, causadora de tudo aquilo entre suas pernas e seus braços cruzados, como se o mundo fosse enfadonho demais para ele. Minha vontade era estapeá-lo até minhas mãos arderem, mas de nada adiantaria. A “pasta” só apressou um pouco — muito — meu reencontro com Edward.

Assim que me viu, Ben abriu um largo sorriso, deixando todos os dentes à mostra e revirei os olhos. Ele estava me saindo pior do que mulher fofoqueira que espera a última notícia ansiosamente. O ignorei deliberadamente, vendo seus olhos faiscando em minha direção.

— Fala logo! O que ele disse? — ele não conseguiu se segurar.

Contei sobre meu longo e proveitoso papo com Edward e Ben apenas balançou a cabeça negativamente, dizendo que eu havia perdido a oportunidade de esclarecer os fatos de uma vez por todas... Como? Como eu me sentaria civilizadamente em um restaurante e contaria a um homem que ele tinha uma filha de oito anos? Eu tinha que contar, mas não daquela forma, por mera casualidade.

Acabei me despedindo do meu amigo e rumei para o escritório. Um almoço que era pra durar uma hora chegou há duas horas e meia. Nem Jared nem Joseph me recriminaram, mas era errado, eu estava faltando com minhas responsabilidades e estava disposta a trabalhar até mais tarde para compensar.

Por volta de cinco da tarde Jasper retornou ao escritório e não estranhei o fato de nos falarmos cordialmente. Se antes de namorarmos Jasper já evitava certas coisas, depois que começamos então... Mas estranhei o fato dele estar muito mais sério do que o normal. Poderia ter sido algo com relação ao trabalho e não me foquei muito nisso, e sim no expediente que findava e na conversa que eu teria com ele.

Segui para a sala de Jared pretendendo lhe explicar meu atraso. Eu ficaria até depois do horário ou chegaria mais cedo no dia posterior se ele assim desejasse. Fui recebida amavelmente e me senti mais calma em prosseguir.

— Jared... Vim me desculpar pelo que ocorreu durante o horário de almoço. Tive um contratempo no restaurante em que estava e não pude chegar aqui no meu horário normal. — comecei a me explicar, enquanto ele me observava atentamente — Posso continuar a trabalhar até que o escritório feche ou posso chegar mais cedo amanhã.

Ele deu um sorriso e meneou a cabeça negativamente, como se não acreditasse no que eu dizia.

— Por qual motivo eu permitiria que fizesse algo do tipo? Bella, nesses seis anos em que trabalha aqui, nunca a ouvi pedir pra chegar mais tarde ou sair mais cedo. Nunca faltou ou me deu qualquer tipo de trabalho... Acredito que o ocorrido tenha sido realmente sério.

— Não muito sério... — respirei fundo e continuei — Encontrei um amigo e almocei com ele, mas quando estávamos saindo, acabei reencontrando Edward... Não me atrasei por ficar conversando com ele e sim por toda a situação... — encurtei um pouco os fatos.

— Ora, eu não sabia que ele estava de volta à Forks. — comentou Jared — Por todos os anos que nos conhecemos e pelo carinho que tenho por você, me sinto no direito de dizer que fez mal em não ter conversado com Edward. Vocês têm uma filha juntos e creio que seja a hora dele saber de tudo.

Confesso que fiquei surpresa com a reação de Jared. Nem o lado profissional e nem o pessoal o fizeram tomar partido do filho e me recriminar, muito pelo contrário; ali estava ele, me dando conselhos como meu pai deveria ter feito.

— Não negue por mais tempo o direito que ele tem de saber e se tornar pai. Geralmente as mulheres pensam que apenas o “ser mãe” é importante e os pais ficam relegados a segundo plano. Sinto lhe informar, minha cara, mas ser pai também é maravilhoso! Claro que nunca poderemos dimensionar o que é carregar um filho por nove meses, cuidar daquela pequena vida e depois saber que aquele bebê é seu, que foi você quem protegeu e gerou, mas enquanto tudo isso acontece com uma mulher, nós homens, ficamos tão ou mais ansiosos para ver e ouvir o choro do nosso filho... Alguns chegam a querer bater em enfermeiras quando elas lhe dizem polidamente: “Seu filho está bem e é perfeito, depois o senhor poderá vê-lo”. — nós rimos um pouco — Bella, procure por Edward, conte a ele sobre Amanda. — disse ele por fim.

Eu estava confusa com aquela conversa. Não era pra ele, como pai, desejar me ver longe de um ex? Não era pra ele me convencer a deixar tudo pra trás e pensar apenas em minha vida com seu filho?

— Já pensei na possibilidade, mas acabei não seguindo em frente. — comecei — Espero pelo dia em que Amanda venha até mim e diga que quer conhecer o pai. Não quero tomar nenhuma atitude que possa magoá-la futuramente.

— E você não pensa no agora? Mesmo Amanda sendo uma menina esperta, é criança. Claro que ela tem vontade de conhecer o pai, sabe que ele existe e quem é; é normal que o desejo que vê-lo surja. Ela nunca vai dizer a você que quer conhecer o pai; pois pensará que assim estará fazendo algo que a mãe não quer.

— Jared... Como sabe dessas coisas? Como sabe tanto a respeito das coisas que se passam em minha vida particular?

— Eu sei Isabella porque vivi a mesma dúvida que você. Talvez, se eu tivesse seguido os conselhos que te dei, as coisas poderiam ter sido mais fáceis... — ele respirou fundo — A mãe de Jasper não morreu no parto; ela nos abandonou quando ele havia acabado de completar três meses. Maria sofreu de depressão pós-parto. Foi uma época muito difícil e depois de ter tentado matá-lo e se suicidar, decidiu que era hora de partir. Alguns anos depois eu recebi uma carta sua, na qual ela dizia me amar muito, mas que não se arrependia do que fizera e que ser mãe não era mesmo para ela; então eu assumi toda a responsabilidade por meu filho e ocultei a verdade. Dizer que ela havia falecido foi a saída mais fácil, mas não a correta.

Fiquei estupefata com aquela revelação. Jamais poderia imaginar que Jared tivesse passado por algo parecido com aquilo. Claro que eu não pensava que Isabella Swan era a única que já havia sido abandonada, mas Jared... Os anos não lhe pesavam na fisionomia, possuía um corpo esguio e alguns fios de cabelo branco lhe davam um ar sério. Qual mulher seria capaz de abandonar um homem como ele?

— Conte Isabella. Não oculte essa verdade dele e nem tire de sua filha o direito de ter um pai. Sei que Jasper sente falta do amor materno e me sinto muito mal por isso. Uma mulher poderia tê-lo orientado melhor em certas questões... Amor, por exemplo. Não o julgue mal e nem leve para o lado pessoal o que vou lhe contar; mas a verdade é que acho que meu filho não a ama como mulher. Assim como eu, ele se apegou muito a você e à Amanda e creio que confundiu um carinho mais acentuado com amor.

— Será? Não cobro amor por parte dele; pois eu mesma já lhe disse que não o amo, não da forma como ele diz me amar.

— Eu sei... Já conversei com ele a respeito. Quando meu filho me contou que você tinha aceitado namorá-lo, tivemos uma longa conversa. Expus meus pensamentos com relação ao que ele sentia e que você mesma não sentia amor. Não pense que a recrimino por isso. Não... Eu sei o quanto é difícil amar novamente depois de ser magoado e jamais apontaria o dedo em sua direção.

— Obrigada, Jared. É muito importante que não me recrimine. Obrigada por ser compreensivo e por me tratar como uma filha. Vou procurar por Edward e contar a ele sobre Amanda.

— Não terá grande dificuldade em encontrá-lo. Pra onde você iria ao retornar para a cidade na qual morou?

Dizendo isso, sorriu e disse que terminaria de revisar alguns processos. Despedi-me dele dando um beijo em seu rosto e agradecendo mais uma vez. Por algum motivo eu me sentia mais segura para conversar com Amanda e contar de uma vez a Edward sobre ela. Ainda tinha Jasper, mas com ele eu me resolveria depois. Minha filha era mais importante.


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Notas finais do capítulo

Por hj é só!
Reviews? Mereço? Não?
Fantasminhas, venham para a luz! É tão legal por aqui...
bj bj e até o próximo!