As Quatro Casas De Hogwarts - Ano 1 escrita por Larissa M


Capítulo 5
Capítulo 5 - What the Hell is a Hufflepuff?


Notas iniciais do capítulo

Hey! Demorei pra postar mas saiu o capítulo! Eu acho que ficou legal, tem mais ação.



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Alice fora sozinha para seus dois primeiros tempos de Poções depois que Ryan a deixara no corredor. Ela não gostou do jeito que Ryan a tratou, mas atribuiu isso ao fato de ele ter encontrado o irmão dele no corredor. Ele já andava meio estressado com tudo isso, e quem sabe ele tivesse discutindo com Mattew? Não, era quase óbvio que havia discutido com ele, senão o que mais o faria agir assim...?

A mente de Alice vagava por esses assuntos enquanto ela andava pelo castelo. Chegou as masmorras sem nenhum incidente, e sua aula de Poções foi extremamente agradável.

Na saída, se perguntava onde estariam os outros, quando, passando pelo Saguão de Entrada, encontrou com Daniel e uma turma de Grifinórios.

- Dan! – ela chamou, se aproximando do amigo.

- Alice! – ele disse, se aproximando também.

- Indo para aula de Poções? – ela perguntou.

- Exatamente. E você?

- Transfiguração. – ela respondeu, dando uma olhada no horário.

- Oh, não. – Daniel disse, e puxou o horário das mãos dela. – É com o Hunnigan. – ele fez uma cara de desgosto.

Alice olhou para ele e depois para o horário.

- Quem?

- Alice, esse professor é... é... – Daniel procurava as palavras certas para descrever Hunnigan. – uma droga, pra não dizer pior. Acabei de ter aula dele junto com o Ryan, e, só porque ele chegou atrasado, Hunnigan tirou 10 pontos dele. Assim, no primeiro dia... – Daniel continuou falando do professor para Alice, inclusive que Ellen havia encontrado com ele no corredor no outro dia.

- Bloody Hell [n/a quantas vezes o Rupert disse isso hein gente? hahaha] – foi tudo o que ela conseguiu dizer. – e eu ainda encontrei com Ryan quando ele estava indo para essa aula, foi o irmão dele que o atrasou.

- Eu sei, ele me contou.

- É, mas eu nem sei o que aconteceu entre eles.

- Olha, Alice, eu te explicaria agora, mas nós dois temos aulas.

- Tem razão. Até mais. – Alice passou por ele, apressada.

- Espera. – Dan disse. Ela se virou. – Cuidado com o Prof. Hunnigan.

- Vou tomar cuidado.

- E nós vamos nos encontrar aqui, na hora do almoço.

- Todos os quatro?

- Sim, todos. A gente se vê.

Alice acenou e se virou para ir embora, seguindo para sua aula de Transfiguração, agora muito mais preocupada que antes.

Quando entrou na sala, Alice estava 5 minutos atrasada, e já esperava alguma reação negativa do professor quando bateu a porta e entrou:

- Com licença, aula de Transfiguração?

Do outro lado da sala, o professor, que estava parado em frente ao quadro, escrevendo informações, virou a cabeça para olhar para ela.

- Sim. Entre e escolha um lugar.

Alice estranhou. Será que aquele era mesmo o professor Hunnigan? Ele soava tão gentil, com seus óculos de aro fino, e seu chapéu cônico, parecia um professor normal.

Alice hesitou, mas acabou entrando e escolhendo um lugar.

Sentou-se do lado de uma garota que reconheceu do dia anterior.

- Oi. E aí? – Alice perguntou para ela – O que você acha desse professor?

A garota olhou para ela, deu de ombros e respondeu:

- Parece legal.

Alice estranhou. Aquele não era supostamente o pior professor? Ela voltou sua atenção para Hunnigan, que voltara a falar com a turma.

- Turma, eu sou seu professor de Transfiguração, como devem ter percebido. Podem me chamar de Prof. Hunnigan. Sou o diretor da casa de vocês, mas isso não significa que eu vou pegar mais leve. Porém, espero que esta casa seja a melhor, e faça jus ao nome de Rowena Ravenclaw. Agora, vou colocar no quadro uma lista de coisas que vocês, alunos, não devem fazer, sob qualquer circunstância...

Alice assistiu enquanto o professor colocava no quadro exatamente a mesma coisa que colocou na aula de Daniel e Ryan. Será que os amigos teriam exagerado na descrição do professor? Alice pensava. Mas porquê eles teriam feito isso?

Ela continuou assistindo a aula do professor, esperando por mais.

- As regras – ele fez um gesto para o quadro – são simples e claras, não quero que ninguém as desobedeça. Do contrário... – ele fez um gesto com a varinha, e o quadro foi preenchido com mais palavras. – Estas serão suas consequências.

O que o professor enumerou em seguida foi exatamente o que Alice se lembrou da narrativa de Ryan e Daniel sobre a aula de Hunnigan.

Alice, intrigada, assistia à aula do professor com atenção. Hunnigan prosseguiu com suas regras, mas não tirou um ponto sequer de algum aluno. O resto da aula foi tomada por uma explicação entediante sobre Transfiguração e sobre as outras regras gerais das avaliações e provas. Ela não achou, de modo algum, a aula do professor a pior aula que ela tinha tido, do contrário, só achava que a aula foi chata demais.

Ao acabar o tempo de Hunnigan, todos os alunos se direcionaram para a saída, e Alice foi junto.

Quando chegou ao Saguão, notou que seus três amigos já esperavam, ao lado das ampulhetas, assim como Dan havia combinado.

- Oi gente, tenho algo pra contar. – Alice disse.

- Olá. – Ellen disse. - Dan me disse que você teve aula com o Hunnigan. Como foi?

- É justamente sobre isso que eu quero falar. – Alice respondeu.

- Oi Alice, mas primeiro deixe Ryan falar. Ele também tem algo para contar. – Daniel falou.

- Exato. – Ryan concordou. Ele já sabia que Daniel não havia explicado para Alice o assunto de seu irmão, então contou tudo para ela, terminando com um pedido de desculpas. – Eu só estava correndo daquele jeito porque estava irritado demais com meu irmão. Desculpa.

- Sem problemas. – Alice respondeu, tranquilizada. – Vocês já descobriram como lidar com seu irmão?

- Ainda não, mas vamos descobrir. Só espero que antes, não o vejamos...

Ryan olhou ao redor, como se estivesse esperando ver Mattew.

- Eu tenho assuntos mais importantes. – Alice disse.

- Mais importantes que Ryan ser humilhado? Essa eu quero ouvir. – Ellen disse, encarando Alice.

- Não foi isso que eu quis dizer. Por favor, não vamos começar a brigar.

- Alice está certa. – Ryan disse em sua defesa.

- Obrigada. – ela agradeceu, contando toda a aula do Prof. Hunnigan para os três amigos.

Quando terminou, os três olhavam para ela, céticos.

- Isso é uma... Injustiça. – Ryan ia xingar, mas se conteve.

Daniel permanecia calado, enquanto Ryan tentava não xingar. Ellen disse:

- Eu ainda não tive aula com ele, mas na vez que eu encontrei ele no corredor ele não me pareceu nada agradável.

- E não é! – Ryan gritou. – Porque ele faria isso? Porque com Alice ele nem levantou a voz e comigo já foi tirando pontos?

- Ryan, eu não sei – Alice disse – Mas não fique bravo comigo...

- Dez pontos, logo no primeiro dia! – Ryan ainda reclamava. – Eu estou bravo é com ele...

- Será porque ele é diretor de sua casa, Alice? – Daniel perguntou. – Não sei, ele pode estar privilegiando os alunos da Corvinal.

- Tem razão, faz sentido. – concordou Ryan.

- Eu não vou nem dar minha opinião até eu ter aula com ele. – Ellen disse.

- Exatamente. Não temos como saber ao certo se ele está privilegiando minha casa até Ellen ter aula com ele. – Alice disse, dando um ponto final na questão.

Até que...

- Ele é horrível. – Ellen desabafou com os amigos depois da sua aula de Transfiguração na quinta-feira. Estavam reunidos no mesmo lugar do outro dia, o que se havia tornado um hábito. Depois de contar as novidades, cada um entrava no Salão e seguia para a sua própria mesa. – Além de ser extremamente chato. – Ellen completou.

- Tá aí. – Daniel falou – Ele só gosta dos alunos da mesma casa que ele. E pelo visto, os alunos da casa também adoram ele.

- Não pode ser! Não é verdade. – Alice disse, mas o tom de sua voz era pouco convicto.

- Alice! – Ryan falou – Você quer mais provas do que essas?

- É só... Vamos esperar até a minha próxima aula com ele, ok?

- Ok. – todos concordaram.

Segunda-Feira...

- E então? – Ryan perguntou, quando Alice veio da aula de Hunnigan. – Pra mim continua o mesmo, ele me tirou 10 pontos porque eu não fiz o dever.

- Ele foi... – Alice disse, deixando todos na expectativa - Um pouquinho...

- Irritante?

- Injusto?

- De dar vontade de pular no pescoço e matar bem lentamente?

- ...Chato.

Ellen suspirou.

- Alice, qual o problema? – Ellen perguntou – Admite logo que ele é tudo o que a gente disse e mais.

- Mas ele é o professor da minha casa! Vocês sabem o que todos da Corvinal dizem dele? “É um pouco chato, mas é legal”. Como é que eu vou chegar e dizer para eles o que vocês dizem do Hunnigan? Ninguém vai acreditar... E mais, vocês dizendo assim do professor da minha casa, parece que estão dizendo da Corvinal em si. E de mim também.

Todos olharam para ela, finalmente compreendendo sua resignação em concordar com eles.

- Alice, não há motivo para isso. – Ellen disse – Todos sabem, inclusive você, que apesar das dificuldades de nos falar e todo o resto, ninguém aqui está te ofendendo. Não porque quer, com certeza.

Alice suspirou e olhou para cada um deles. Tudo o que Ryan e Daniel fizeram foi concordar com a cabeça. Mesmo assim, Alice concordou com eles, dizendo:

- É verdade, eu estava errada. Me desculpem.

- Nós vamos parar de ficar falando mal dele, certo? – Ellen disse.

- Ok. Eu também me sinto meio excluída quando vocês começam a falar mal dele. E também porque vocês não param.

- É porque nós temos motivo. – Ryan explicou;

- Eu queria assistir a uma aula com vocês... – Alice disse.

- Não, você não quer. – Daniel e Ryan disseram juntos.

Vinda de trás, uma voz conhecida por todos disse:

- Oi gente. Qual o professor que você não gostariam de ter aula? – Albus Potter perguntou.

Daniel havia introduzido Albus aos quatro amigos, assim como a prima dele, Rose. Também explicou a situação dos quatro amigos, o que os dois compreenderam perfeitamente. Desde então, se falavam frequentemente, mas principalmente com Daniel, que também era da Grifinória.

- Albus!! Oi! – Ellen cumprimentou o garoto. – Estávamos falando de Hunnigan. Você conhece ele, já teve aula, né?

- Claro. Ele dá aula para todos os anos. Nunca vão se livrar dele.

- Muito animador, Albus, obrigado. – Ryan ironizou.

- Já perdeu alguns pontos, não é? – Albus perguntou.

- Nós todos perdemos. – Daniel respondeu. – Ryan mais. Alice não perde, porque, como estávamos dizendo, Hunnigan é injusto. – Dan olhou para Alice, perguntando silenciosamente se ele podia dizer aquelas palavras. A garota não pareceu se importar.

- Exato. Ele é injusto com os outros. – ela disse.

- E parece que ele me odeia mais. Me tirou 30 pontos nessa semana! 30! – Ryan reclamou, e com razão. – Parece até que...

- ...Que você está perdendo pontos de propósito?

Ryan e os outros quatro se viraram para ver quem havia dito aquilo.

Mattew Cooper ria com vontade, parado atrás do irmão. De pé, era pouco mais alto que ele, mas isso não diminuía o fato de Ryan se sentir intimidado na sua presença.

- Ryan... Mal começou e já perdeu trinta pontos para sua casa? – o irmão de Ryan disse, rindo ainda mais – O que foi? Queria tanto estar na Grifinória que quer fazer a Lufa-Lufa perder? Pra ser sincero com você, eu faria isso.

Ryan trincou os dentes. Sua raiva do irmão aumentava a cada palavra, e Mattew via isso claramente no rosto do irmão.

- Quem é você mesmo? – Albus perguntou para Mattew.

- Sou o irmão de Ryan, Mattew, embora eu não goste de dizer isso com orgulho.

- CHEGA! – Ryan gritou. – EU NÃO ME IMPORTO COM O QUE VOCÊ PENSA, MATTEW, E ME CANSEI DE SER HUMILHADO POR VOCÊ!

Todo os que passavam pelo Salão naquela hora olharam para os irmãos. Ryan se intimidou por causa disso, mas Mattew parecia ter conseguido exatamente o que queria.

- Ah, você se importa, eu sei disso, não adianta negar. – ele riu mais uma vez.

- É? Eu me importo? Talvez eu me importe... Importe o bastante para fazer isso...

Ryan fechou o punho e mirou um soco em Mattew, que nem teve tempo de reagir. O golpe acertou em cheio no rosto.

Antes que Ryan desse mais um soco, Daniel o segurou pelas costas e puxou para trás.

- Ryan, não!

Mattew, surpreso, massageou o rosto, onde estava uma grande marca vermelha do punho de Ryan. Num instante, Mattew levantou a varinha e apontou para Ryan:

- Estupefaça!

- Protego!

Um raio de luz vermelha foi diretamente para Ryan; ele fechou os olhos esperando pelo impacto, mas o Feitiço Escudo de Albus o parou na metade do caminho.

- Como você ousa jogar um feitiço desses no seu irmão! – Albus disse – Ele nem tinha chance de se defender, você sabia!

- Ele me deu um soco.

- Com um propósito. Eu nem precisava destacar isso.

- Não justifica um soco!

- Então você admite que te machucou? – Ryan disse, atrás de Albus.

- Admito se você admitir que quer ser da Grifinória. Ah, não precisa, eu acho que seu soco já deixou isso bem claro.

- Mas doeu, não? Eu quero saber se valeu a pena...

 - Não, não doeu. – ele afirmou sem muita convicção - Mas meu feitiço teria doído se ele não tivesse se metido.

- Quer saber de uma coisa, Mattew? – Daniel disse, dando um passo a frente para ficar do lado de Ryan. – O que você fez não foi nada digno da sua casa. Lançar um feitiço no próprio irmão sabendo que vai machucá-lo e sabendo que ele não tem como se defender não foi nada corajoso. Foi covarde. Você fica aí, se gabando de ser da Grifinória quando nem se preocupa se seus atos estão mesmo mostrando isso.

- E que você sabe sobre ser Grifinório?

- Você pode não ter notado, mas meu uniforme também é vermelho e dourado.

- Há uma semana! Eu visto isso há quatro anos!

- Quatro anos que não te ensinaram nada!

- É mesmo? Então eu quero ver o que uma semana te ensinou, se o outro Potter não se intrometer.

Mattew tirou a varinha do bolso e empunhou-a novamente. Daniel imitava o gesto do outro quando sentiu a mão de Ellen no seu ombro.

- Dan, não faça isso. Quantos feitiços você conhece?

- Um. Eu tive aula hoje.

- Dan, mais uma pergunta.

- Sim?

- Você pensa?

- O que? Claro que sim! – o garoto olhou para ela, surpreso pela pergunta.

- Então você sabe o que fazer. – ela disse e deu um passo para trás.

Daniel olhou para Mattew e baixou sua varinha.

- O que foi? Covarde demais para me enfrentar?

- Não é covardia. É lógica. Eu não tenho medo de dizer que eu só sei um feitiço e que perderia esse duelo. Sou do primeiro ano, o que você esperava de mim? – Mattew se desanimou, porque sabia que não ia duelar com ninguém naquele dia.

- Então, quando você souber como duelar, me diga. Pode não ser ano que vem, nem no outro, mas eu vou duelar com você. Aí nós vamos ver quem é o covarde.

Mattew guardou sua varinha e virou as costas para eles, mas foi interrompido por seu irmão:

- Não. Se quiser duelar com alguém duele comigo. Eu vou provar para você de uma vez por todas que eu me orgulho de estar na casa que eu estou. E nem só no duelo.

- Ah, é? E como você vai fazer isso, me dando outros socos na cara?

Dessa vez, Ryan sorriu, sem nenhum traço de raiva no rosto. E, bem na frente do irmão, falou:

- Você vai ver.


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Notas finais do capítulo

E então? Não esqueçam, mandem reviews!!