Murtagh pegou a pedra, ele olhou pela janela e observou a batalha acontecendo. Lembrou-se das palavras da Mulher de Branco dizendo que ele precisava abrir a pedra. Não sabia muito como, mas desejou que descobrisse logo.  Precisava abrir aquela pedra, ele escutou alguns passos no corredor, se escondeu e assim que os passos se distanciaram resolveu sair do quarto.

Ele correu de volta para a floresta, precisava de uma solução e logo.  Ele só parou quando escutou um barulho de pessoas pisando em pedras e folhas. Aos poucos, com a espada na mão e escondido ele tratou de se aproximar.  Viu o Cavaleiro que lutara há poucos minutos parado, ele tinha uma amuleto na mão e estendia sobre uma fogueira. A sua volta havia soldados para protegê-lo.

Ele escutou um rugido de dragão a algumas distancias e logo Arya apareceu junto com Reyna, Nasuada e Ângela. As quatros estavam um tanto sujas, com alguns machucados, mas estavam inteiras e determinadas. Onde raios estava Eragon? Ele olhou enquanto os seis soldados partiram para cima delas, mesmo com a rapidez e agilidade de Arya elas não daria conta sozinhas deles. Ele viu quando Nasuada caiu, àquela hora lembrou-se das palavras da Mulher de Branco dizendo sobre uma possibilidade de abrir a pedra. Vendo a pessoa amada no chão lutando, ele olhou para a pedra e fechou os olhos. Desejou que aquilo abrisse, e para sua surpresa, abriu.

Havia uma faca de bronze, com detalhes de ouro no começo. A lamina afiada e brilhosa, era limpa e bonita. Um típica faca que muitos gostaria de ter, vender ou carregar. Mas o que ele precisava fazer?

Você vê aquele amuleto? Perguntou a Mulher de Branco. A faca o destruirá você tem trinta minutos, se não consegui os mortos serão libertados.

- Mas como eu chegarei lá? – Perguntou confuso. Ele tentou raciocinar, para chegar inteiro precisaria derrotar o cavaleiro e ajudar as garotas. Mas sozinho não conseguiria a tempo.

Eis que sua salvação surgia. Eragon se jogou contra um soldado que estava pronto para perfurar a espada no coração de Arya e o matou, logo em seguida iniciou uma batalha contra o cavaleiro, tirando-o de perto do amuleto. Arya parou alguns segundos para raciocinar o que havia acontecido, depois ela ajudou Nasuada. Reyna ajudava Ângela, enquanto aparecia mais soldados para brigarem com elas.

Era a oportunidade de Murtagh, ele correu até o amuleto, e cravou a faca. Ou pelo menos tentou, não adiantou. Ele olhou para a Mulher de Branco.

Dê a faca a Arya, precisamos de alguém que nasceu no berço de ouro. Ela é uma princesa, de a faca para ela e faça-a destruir o amuleto.

Ele olhou para Arya, correu até ela. – Arya, precisa destruir o amuleto, ou em trinta minutos o mundo dos mortos abrirá e iremos ter sérios problemas.

Ela olhou para ele, depois para a faca e então para o amuleto. Assentiu, tirou a faca da mão do garoto e foi em direção do amuleto. Entretanto nesse meio tempo, enquanto Murtagh ajuda Nasuada com um ferimento na perna, Eragon voou para longe. Uma magia negra saiu da mão do Cavaleiro inimigo fazendo-o voar para uma arvore, ele gemeu de dor.

O cavaleiro aproveitou para numa rapidez memorável empurrar Arya, ele fez um corte grave na coxa da elfa e socou o rosto dela. A mulher élfica caiu no chão gemendo de dor também. O cavaleiro perfurou a espada no abdômen da elfa.

- Não. – Eragon gritou e se jogou em cima do Cavaleiro, aquilo estava virando um esporte para ele. Arya retirou a espada, ela olhou para o amuleto e perfurou-o com a faca. Ouve alguns trovões no céu.

Com raiva e sede de vingança Eragon matou o Cavaleiro. Ele olhou para trás ao ver Arya caída, ajoelhou diante dela.

- Arya olhe para mim. Por favor Arya, por favor. – Ele colocou a mão no ferimento tentando diminuir o volume do sangue. Em todos os tempos que vivera com o irmão, Murtagh nunca vira Eragon tão desesperado.

- Ele vai precisar de nossas energias, de a ele a minha a sua e de Ângela se não ela morre. – Nasuada disse, Murtagh assentiu e passou a energia para Eragon.

- Não é suficiente ainda. – O loiro comentou em estado de pânico. A amazona Reyna caminhou indecisa até seu mestre.

- Posso não ter gostado dela Eragon, mas não desejo a morte dela. Pegue a minha energia então, assim será o suficiente. – Ela colocou a mão sobre o ombro do mestre e deixou a energia fluir.

Eragon iniciou o feitiço. Em poucos minutos já havia finalizado, a pergunta era se havia dado certo. Felizmente, a elfa abriu os olhos. Ele sorriu um pouco, e puxou-a para seus braços.

Estava tudo acabado, tudo salvo.