Murtagh voava pelos céus de Surda. Havia acabado de receber a noticia de que seu irmão havia chegado a Dras’leona. Estava um pouco aliviado, mas mesmo assim ele queria partir imediatamente para lá e encontrar Eragon. Ficara sabendo que mais dois cavaleiros faziam parte do exercito inimigo. Nesses três dias, não havia ocorrido nenhum novo ataque ou qualquer perigo.

Murtagh passara os últimos dias a caminhar pela cidade, o que o encantou era que a população era extremamente agitada. Quase todas as noites festas aconteciam em alguma região da cidade. Orrin permitia isso. Por falar nele, Murtagh estava se dando bem com esse, apesar de conversar com ele poucas vezes.

Thor aterrissou perto da floresta onde Murtagh tinha a curiosidade de explorar. Gostava de floresta fazia seu tipo.

Tome cuidado pequeno, qualquer coisa é só chamar. Thor falou com receio de deixar seu piloto andar sozinho na floresta em tempos de guerra.

Sei que me cuidar Thor, mas se precisar prometo chamar.

Ele desceu de Thor e pegou sua espada Za’roc e andou até a floresta. Precisou a espada vermelha muitas vezes para permitir a passagem, e às vezes usava magia. Mas preferia não gastar muitas energias para caso se encontrasse com alguém ou algum outro ser.

Murtagh caminhou longas horas, explorando arvores e vendo seus frutos, observando as saídas da floresta e se tinham armadilhas. Era complicado esconder um exercito ali, ele calculou, por isso que Orrin não se preocupava em colocar um espião naquela região.

Chamou sua atenção uma pedra marrom. Menor que um ovo de Dragão, e maior que as pedras normais. Ele a observou atentamente, tomando coragem a pegou. Era pesada, áspera e oca. Murtagh a colocou no chão e com a espada tentou quebrar – la, mas não conseguia. Ele a pegou de novo e com maximo de força possível a tacou no chão. Nada, a pedra simplesmente ficou ali no chão sem nenhum aranhão. Que pedra é essa? Não é um ovo de Dragão, mas também não é uma pedra normal.

Ele a pegou e colocou debaixo do braço, verificaria aquilo mais tarde. Foi quando ele foi jogado contra uma arvore fazendo a pedra voar. Sentiu sua perna dolorida e gemeu de dor. Olhou para cima e viu uma mulher inteiramente de branco, não podia ver seu rosto graças a um capuz que o escondia. Ele levantou de um pulo com a espada vermelha a pontada para ela.

- Quem é você? – ele perguntou com a voz fria. Ela não falou nada, mal se mexia. Murtagh sentia seus olhos observando ele. Ele se sentiu inquieto. – Retire o capuz.

- Você cresceu, muito. Esta muito belo Murtagh. – A mulher falou, a voz era diferente. Ela não falava só em voz alta mais também em sua mente. Ele se perguntou como ela conseguia falar em sua mente sem entrar nela. Murtagh sabia que conhecia a voz, mas não se lembrava.

- Quem é você? – Ele repetiu agora desconfortável. – Como sabe meu nome? O que quer?

- Sou alguém que você conhece, mas no momento não precisa saber quem. Sei seu nome porque eu o conheço melhor que ninguém. E o que eu quero só com o tempo descobrira. Mas, eu quero ajudar – lo garoto. – Ela falou andando até ele. Murtagh estendeu a espada e ela parou onde estava. – Ira me matar?

O moreno não falou nada. Algo nele dizia que ela era perigosa, só que algo nele dizia que não podia matar – la. Ele não sabia o que fazer, a mente de Thor estava longe e ele não tinha ajuda. Agora estava sozinho. Ele olhou para o lado, onde a pedra voara. Ela ainda estava lá. A mulher viu onde ele olhou e então pelo gesto pareceu encarar a pedra.

Ele caminhou até lá e pegou a pedra. – O que é isso?

- Uma pedra perigosa, Cavaleiro.

Ele bufou, furioso. – Você disse que quer me ajudar, não parece que vai fazer isso. 

- A coisas que eu não posso interferir só você poderá descobrir.

- O que você é?

- Um espírito solto. Preste atenção Murtagh na historia que irei lhe contar não me interrompa. Não tenho tempo. Como você já deve imaginar quando as pessoas morrem seus espíritos ficam presos às vezes no Inferno, às vezes no Paraíso. Nunca é permitido a que algum espírito tente aparecer para um humano ou qualquer outro tipo de ser. Porem a poucos meses atrás o portal que prendia os espíritos e nos impedia de vim para o mundo foi aberto, e agora todos aqueles espíritos tanto poderoso tanto até mesmo os mais fracos estão à solta.

Murtagh olhou incrédulo para ela. – Espíritos. É difícil acreditar.

- Sim, um pouco. Mas imagino que tanta coisa que aconteceu na sua vida isso deve ser de menos. Essa pedra o ajudara você precisa abrir ela Cavaleiro de Dragão e assim fechar o portal. Mas lembre – se: seja rápido, ágil e sábio. Volte a Dras’leona, a guerra será lá agora. Surda esta em paz.

Dito isso ela sumiu num clarão que cegou Murtagh por alguns minutos. Quando finalmente recuperou totalmente a visão ele pegou a pedra e correu de volta a Thor.

THOR. Murtagh gritou com toda força mentalmente.

MURTAGH. O que ouve?

Porem antes que o dragão pudesse pensar em mais alguma coisa, Murtagh lhe mostrou a conversa com a Mulher de Branco Misteriosa. O dragão viu a memória três vezes, observando cada mini detalhe, junto com Murtagh.

Orrin não irá acreditar em nenhuma palavra dita. Thor comentou. Vai ser bem complicado conseguirmos voltar para os Varden.

Ele irá acreditar se eu contar na língua antiga e lhe mostrar a memória. Por mas que eu odeie compartilhar memórias agora será absolutamente necessário.

Sim, acho melhor ir logo então.

Irei agora, guarde as energias Thor em breve iremos viajar.

O dragão soltou uma rachada de fogo, feliz.

Dito isso o Cavaleiro desceu das gostar do Dragão e correu o mais rápido possível para o palácio, sem antes porem, guardar com calma e encher de feitiços para proteção na pedra. Todo o cuidado é pouco, pensou o moreno.