O Amor É Clichê escrita por Juliiet


Capítulo 3
Eu a odeio!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem? Como prometido, aqui está o capítulo. Esse capítulo é narrado pelo Vince e vai ser assim, essa alternância, um capítulo narrado por ele e outro pela Tina. É a primeira vez que eu faço uma história com mais de um ponto de vista, então espero que dê certo. Chega de enrolar aqui. Boa leitura :)



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   O nome dela é Maria Valentina. Maria Valentina Lazarov. O pai dela é búlgaro ou romeno, sei lá, daí o sobrenome. Mas dá pra pensar num nome mais ridículo para chamar uma garota? E os amigos a chamam de Tina, o que é mais ridículo ainda. Eu estudo com ela desde que éramos crianças mas, para ser sincero, eu só a notei de verdade pela primeira vez há alguns meses. Ela é baixinha, usa os cabelos sempre presos num coque do lado da cabeça e passa tanto gel, ou sei lá que diabo é aquilo, que deixa os fios parecendo escuros e molhados. Para falar a verdade, eu nem sei que cor é aquela. Os olhos dela são outra incógnita, já que vivem escondidos atrás daqueles óculos fundo de garrafa enormes. Ela só usa roupas largas e sem forma, e tem a pele esquisita, muito pálida. Deve ser a ascendência romena – ou búlgara –, eu realmente não sei.

   Maria Valentina é uma nerd. Sempre a melhor da classe, está sempre com a cara enfiada em algum livro ou tirando dúvidas com os professores. Tem alguns amigos que são tão ou mais esquisitos que ela, e só anda com eles. No geral, é uma garota inofensiva, sabe seu lugar. Em quaisquer outras circunstâncias, eu provavelmente nunca tomaria conhecimento da sua existência. Sou desses mesmo, detesto meninas como ela. Complicadas. Maria Valentina tem cheiro de complicação. Se não fosse por causa de uma coisa que aconteceu, no final do ano passado, eu nunca perderia meu tempo gastando pensamentos sobre ela.

   No final do ano letivo, cerca de uns três meses atrás, faltando apenas alguns dias para as férias, minha mãe apareceu no colégio. A última vez que ela foi lá deve ter sido quando eu ainda estava no jardim da infância. Além disso, fazia meses que eu não a via, já que ela estava viajando a trabalho, como sempre. Então é claro que eu fiquei surpreso. Na verdade, surpreso é eufemismo. Eu fiquei assombrado. E feliz.

   Era meu aniversário de 16 anos.

   Não sei o que me passou pela cabeça naquela hora para acreditar que minha mãe estava lá por causa disso. No final, era porque o diretor a havia chamado para discutir alguma coisa a respeito da doação que ela iria fazer ao colégio.

   Ela nem lembrou que o filho estava fazendo 16 anos.

   Olha, vou logo esclarecer as coisas, certo? Não sou gay, nem emo.

   Eu só queria que minha mãe lembrasse, de vez em quando, que eu existo.

   Ela passa quase o ano todo fora do país e, quando está em casa, mal troca duas palavras comigo. É como se eu fosse um incômodo, um móvel velho do qual ela não gosta, mas não pode se livrar. Eu preferiria que ela me odiasse. Que brigasse comigo, gritasse, me expulsasse de casa. Qualquer reação que me fizesse saber que ela sente algo por mim. Qualquer coisa.

   Só não aquela indiferença.

   O que isso tudo tem a ver com a nerd da Maria Valentina? Vamos apenas dizer que ela estava no lugar errado, na hora errada. Quando minha mãe saiu do gabinete do diretor, o ranking do último simulado do ano tinha acabado de ser fixado no quadro de avisos do corredor e muitos alunos estavam lá para ver sua colocação. Mamãe passou pelo corredor lotado sem nem olhar duas vezes para mim, mas parou para olhar a lista, encabeçada, é claro, pela maior nerd da turma. E ali, a apenas dois passos da minha mãe, duas meninas sorriam, felizes. Uma alta com cabelos curtos e uma baixinha de cabelos presos num coque apertado. A alta disse:

   – Tina, você conseguiu o primeiro lugar mais uma vez! Que mágica é essa?

   A baixinha disse algo que eu não pude ouvir e as duas riram. Minha mãe, que ouvira o pequeno diálogo, aproximou-se das duas e perguntou para a baixinha:

   – Você é a Maria Valentia? A que tirou o primeiro lugar?

   A menina franziu o cenho, mas assentiu. Aparentemente não gostava de ser chamada pelo nome verdadeiro. Anotei isso mentalmente. Então minha mãe disse:

   – Parabéns – e foi embora.

   Era meu aniversário. E a nerd esquisita da minha sala foi quem recebeu o reconhecimento pelo qual eu passei quase a vida toda esperando. Reconheço que não é uma coisa muito masculina de se admitir, mas eu queria me sentir um filho, queria o carinho da minha mãe. Não, na verdade nem quero isso. Não me iludo a esse ponto. Se o amor dela é algo inalcançável, queria pelo menos que ela me notasse. Que me reconhecesse. Queria aquele parabéns seco e frio que, mesmo sem saber, Maria Valentina roubou de mim.

   E foi nesse momento que decidi que o teria. E para isso teria de ser o melhor da classe.

   Mais fácil falar do que fazer, porque, afinal, sou péssimo para estudar. Passei as férias todas tentando, mas acabava indo para a praia com meus amigos ou para alguma festa. E quando tentava estudar, não entendia nada, ficava frustrado, atirava tudo no chão e ia jogar videogame. Mais de uma vez me perguntei como aquela nerd conseguia. E percebi que eu estava ferrado.

   Até que me veio a brilhante ideia de roubar o simulado de “nivelamento”, o primeiro do ano. E foi o que eu fiz. Não foi difícil, já que eu só precisei jogar charme em cima da secretária do diretor para ela sair de órbita e nem perceber o que estava fazendo. Pedi para ela me fazer o favor de ir procurar o professor de matemática, já que eu precisava entregar um trabalho – fictício, é claro – e não o estava achando. A tonta me deixou sozinho na sala e eu só precisei entrar no computador dela – descobrir a senha não foi difícil, essa galera realmente não tem criatividade – e tirar uma cópia da prova.

   O plano perfeito e agora eu era o melhor da classe e mal podia esperar para minha mãe ficar sabendo. Em duas semanas ela iria chegar de uma viagem à China e eu teria o que sempre quis.

   É, isso não ia acontecer mesmo. Afinal, deu tudo errado.

   Olhei para a Maria Valentina, sentada ao meu lado, ainda me olhando com fúria. Sorri, percebendo como era fácil brincar com ela. Se eu soubesse disso teria começado a enfurecê-la antes. Devia ser meu novo hobby. Ela parecia detestar meu sorriso – por alguma razão maluca, já que meu sorriso é irresistível – então eu sorri mais. Ela virou o rosto e abriu o caderno, começando a anotar furiosamente cada palavra que o professor cuspia. Eu sabia por que ela estava tão irritada, é claro. E não era apenas por eu tê-la chamado de Maria Valentina na frente de todos, o nome que ela tão obviamente odeia. Era porque eu tinha roubado – literalmente – o primeiro lugar dela.

   Percebi que a nerd levava isso muito a sério.

   Infelizmente, a irritação dela duraria pouco. Suspirei e apoiei a cabeça no meu caderno intocado em cima da mesa. Quando eu disse que deu tudo errado, é porque a coisa ferrou de vez. O diretor descobriu tudo. Toda a história do roubo da prova. E foi por isso que me chamou tão cedo no gabinete dele hoje, para onde eu estava indo quando a nerd esbarrou em mim. Se naquela hora eu soubesse que seria desmascarado, não a teria provocado. Mentira que eu teria sim. A pirralha se acha muito superior e precisa baixar essa bola toda.

   Enfim, voltando ao que interessa, eu tenho sorte por não ter sido expulso. Se não fosse pelas contribuições generosas que minha faz à escola todo ano, eu já estaria sendo chutado daqui. E depois de muito implorar e prometer que isso nunca mais voltaria a acontecer, consegui também não ser suspenso. O diretor não é idiota, ele sabe que o campeonato de futebol está para começar e eu não posso ser suspenso e perder os treinos, não se ele quiser que nosso time seja, mais uma vez, campeão. Como minha mãe está na China, o diretor só vai notificá-la do acontecido quando ela voltar. O que vai dar no mesmo, já que meu plano deu todo errado.

   Só posso desejar que ela fique, pelo menos, com raiva.

   O novo listão deve ser colocado ainda hoje, com uma nota de explicação que vai fazer a nerd rir até engasgar. Eu posso até imaginar o sorriso vitorioso dela quando descobrir que tem de volta o maldito primeiro lugar.

   O que eu vou fazer agora?

   Eu ainda quero ser o melhor, não tirei isso da cabeça. Só não sei como vou conseguir. Tive uma ideia ao chegar à sala e vi o lugar ao lado da Maria Valentina vazio mas, como está claro que ela me odeia mais do que qualquer outra coisa na vida, é definitivamente impossível. Se eu não a tivesse provocado tanto, chamando-a pelo nome verdadeiro na frente de todos, talvez tivesse uma chance de convencê-la a me dar aulas.

   Não, algo me diz que mesmo assim, eu não teria.

   Por que é tão difícil assim? Estou pedindo muito? Será que alguém já sentiu isso? Esse desespero tão grande de – se não ser amado – ser pelo menos notado pela mulher que me colocou no mundo? Pergunto-me se essa nerd já sentiu isso. Ora, mas é claro que não! Do jeito que ela é perfeitinha, com essas notas impecáveis e comportamento irrepreensível, os pais dela devem idolatrá-la.

   Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da porta da sala sendo aberta. O professor de geografia interrompeu seu discurso – que pra mim parecia russo – e um garoto entrou na sala. Comprido, magro e ruivo.

    Acabei de descrever o Ronald McDonald, eu sei. Mas na verdade, o menino era Silas Koury, o esquisito que normalmente senta no lugar onde eu estava sentado. Já ia voltar a apoiar a cabeça no caderno e ficar pensando na vida quando algo prendeu minha atenção. Disfarçadamente, virei a cabeça para olhar a nerd ao meu lado. Ela não estava com a atenção voltada ao professor, que havia voltado a dar a aula. Ela olhava para o Koury, que ainda estava parado na porta da sala, percebendo agora que o seu lugar de sempre estava ocupado.

   Maria Valentina moveu os lábios, sem som nenhum, formando a palavra “desculpe” para o garoto. Seu rosto estava vermelho e, se aqueles óculos não estivessem atrapalhando, eu tenho certeza que veria aquele brilho nos olhos dela.

   Maria Valentina, a nerd, gosta do Silas Koury, o esquisito.

   Acabei de ganhar na loteria.

   Estava quase cochilando quando o sinal bateu anunciando o intervalo. Fiquei sentado na minha cadeira observando os outros alunos saírem rapidamente da sala, dois deles em particular, a nerd e o Ronald McDonald. Estava muito concentrado e me assustei quando alguém sentou na minha mesa, amassando meu caderno.

   – Vince, o que deu em você? – Roberta perguntou, fazendo biquinho.

   Roberta Novaes é a garota mais linda – leia-se gostosa – de toda a escola. Altura mediana, cabelos loiros compridos, olhos verdes, corpo perfeito. Claro que ela também é a mais popular e a mais divertida.

   E é claro que ela também é minha namorada.

   – Não sei do que você está falando, Roberta – respondi. Mas é claro que eu sabia do que ela estava falando.

   – Por que você resolveu sentar aqui na frente, ainda mais do lado daquela esquisita? – perguntou ela, passando os braços pelo meu pescoço.

   Eu estava quase perdendo os dois de vista e não tinha tempo para desperdiçar com a Roberta agora. Então tirei os braços dela do meu pescoço, levantei, dei um rápido selinho nos lábios dela e disse:

   – Depois falo com você – e saí da sala, evitando alguns dos meus amigos que estavam ali na frente.

   Maria Valentina e o Koury não estavam sozinhos. A menina alta que sempre anda com a nerd estava junto com eles. Droga, eu precisava pegar a baixinha sozinha. Tinha pensado no plano perfeito para resolver meu problema e precisava colocá-lo em prática o quanto antes. Tive sorte porque, antes de chegar ao corredor onde fica o quadro de avisos, Maria Valentina se separou dos amigos e foi em direção ao banheiro feminino. Fui atrás dela e, antes que ela pudesse entrar, segurei o seu braço– que era surpreendentemente fino – e puxei-a para algum canto escondido.

   Imediatamente, é claro, a menina começou a puxar o braço e fazer escândalo.

   – Eu tenho uma coisa para discutir com você – eu disse, irritado. – Dá pra ficar quieta?

   – Você andou bebendo? – ela perguntou, incrédula. – O que diabos tem para falar comigo?

   – Vem comigo que você vai saber – eu respondi, sem largar o braço dela. – É do seu interesse. Vem logo que as pessoas estão começando a olhar.

   Ela apertou os olhos – afiados como facas, devo dizer – e tirou minha mão do seu braço. Mas assentiu e me seguiu até debaixo da escada. Dá um tempo, era o único lugar mais ou menos reservado que tinha por ali.

   – O que é? – ela foi logo perguntando.

   – Eu roubei o simulado, por isso tirei o primeiro lugar – disse de uma vez.

   Ela ficou apenas parada, me fitando sem acreditar, os olhos arregalados atrás dos óculos, por quase um minuto.

   – Mas o que interessa é – fui dizendo, mas aí fui acertado no estômago.

   A maluca me bateu.

   – Seu maldito, desgraçado! – ela foi gritando, enquanto distribuía tapas em qualquer lugar do meu corpo que conseguia alcançar.

   – Ei, SUA DOIDA – gritei, tentando desviar. – Para com isso!

   – Eu vou matar você!

   – Dá pra parar, sua maluca?! – disse, finalmente conseguindo segurar os bracinhos daquela nerd psicopata. – Se acalma, o diretor já sabe e já consertou o ranking dos melhores alunos!

   Ela finalmente parou e só ficou me olhando feio e respirando rápido. Tentou puxar os braços, mas eu não a soltei, vai que a doida volta a tentar me bater? Sou lindo demais para apanhar.

   Eu sei, modéstia passou longe.

   – Me solta – ela resmungou.

   – Não até eu ter certeza que você não vai ter outro ataque de esquizofrenia – respondi.

   – Eu não sou esquizofrênica!

   – Tenho minhas dúvidas...

   – Solta logo!

   – Tá, tá – disse, soltando-a e observando ela esfregar os pulsos, quase parecendo querer me fazer desintegrar com o olhar. – Olha, presta atenção, eu tenho uma proposta para fazer para você.

   – Quê? Que proposta?

   – Você vai me dar aulas para eu tirar uma nota boa no próximo simulado.

   Ela só começou a rir incontrolavelmente. Pirralha!

   – Aham, e eu faria isso porque você é um cara super legal e merece tudo de melhor nessa vida – ela ironizou. – Quer saber? Não vou mais perder meu tempo com você. Tchau!

   – Se você me ajudar, eu te ajudo – eu disse, sorrindo.

   – Não preciso da sua ajuda pra nada, garoto.

   – Precisa, sim. Ou você acha que é desse jeito – sinalizei suas roupas, óculos e cabelo de maneira depreciativa – que vai conseguir o coração do McDon... quer dizer, do Koury?

   Posso dizer que peguei a pobre Maria Valentina pelo pé. Por essa ela não esperava, ficou estampado na cara dela, juntamente com o fato de que ela realmente é apaixonada por aquele ser esquisito. Seu rosto foi ficando todo vermelho, começando pelo pescoço até chegar às maçãs do rosto, foi uma coisa incrível de se ver. Precisei me segurar para não rir.

   – E-e-eu não sei do que você está falando – gaguejou. – Eu não gosto de ninguém!

   – Ah, gosta sim. E eu posso ajudá-la com isso. Se você me ajudar a estudar.

   – Vem cá – ela disse, aparentemente se recuperando do susto. – Você nasceu sem cérebro mesmo ou perdeu ele numa aposta? Já disse que não gosto de ninguém e não quero ter nada a ver com você! É tão difícil assim de entender?

   – Olha aqui, sua nerd esquisita – perdi logo a paciência, essa menina é o cão! – Eu só to querendo ajudar, deu pra perceber que você gosta daquele alienígena –

   – Ele não é um alienígena! – ela me interrompeu pra dizer.

   – Tá vendo? E você ainda diz que não gosta dele! Se não quiser que eu ajude, tudo bem, mas você vai me ajudar a estudar.

   – Meu deus, você é maluco! Por que eu faria isso?

   – Porque se não fizer, eu conto pra todo mundo do seu amor nerd. Você quer mesmo passar o resto do ano sendo zoada por isso? Vai aguentar todo mundo perguntando “então o Koury é o x da sua equação, Maria Valentina?” ou coisa pior? Você quer mesmo isso?

   – Na verdade, nesse exato momento eu só quero que você morra.

   – Sinto muito não poder atender esse seu desejo. Então, o que vai ser, por bem ou por mal?

   Maria Valentina respirou fundo, parecendo se segurar para não voltar a cair de porrada em cima de mim. A menina não só é nerd, como é doida, violenta e psicopata. É melhor eu tomar cuidado com ela, a coisinha é pequena, mas pode fazer um estrago.

   – Tudo bem – ela finalmente disse, ainda parecendo furiosa, mas ao mesmo tempo, conformada. – Eu te ajudo e...você me ajuda.

   – E não é que eu tinha razão? – ri. – Você está caidinha pelo Ronald McDonald!

   – Cala essa boca e para de chamar ele de Ronald McDonald – ela exigiu, cruzando os braços, ficando ainda mais vermelha. – Então, quando a gente começa?

   – Amanhã, na sua casa.

   – Nem pensar! Meu pai me mata se eu aparecer com uma coisa como você em casa. Tem que ser na sua.

   Uma coisa como eu? Essa menina é cega por acaso?

   – Tudo bem – cedi. – Na minha casa, três da tarde. Se você se atrasar, vai se arrepender.

   – Eu sou pontual com meus compromissos, Vicente – ela respondeu, descruzando os braços e apoiando-os na cintura. – Só uma coisa: se alguém ficar sabendo desse nosso acordo, você está morto.

   Como se eu fosse querer que as pessoas soubessem que eu tinha um acordo com aquela maluca. Deus me livre!

   – Ótimo – eu respondi, estendendo minha mão para ela apertar. Mas ela só revirou os olhos e foi embora.

   Eu estava certo o tempo todo. Maria Valentina definitivamente significa problema. Também, louca daquele jeito, é meio difícil esperar outra coisa.

   Suspirei, bagunçando o cabelo com a mão. Saí de lá e fui procurar Roberta e meus amigos, para me sentir normal de novo.

   Odeio precisar dessa maldita nerd pra qualquer coisa. Mas sem a ajuda dela, vou continuar me ferrando nas provas. Que saco.

   Eu a odeio!


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer muito a todas as pessoas que leram e deixaram reviews, vocês me ajudam muito a continuar escrevendo :)
Esse capítulo não ficou muito bom, sei que o ritmo tá meio acelerado, mas a história vai ver meio assim, com as coisas acontecendo rápido. O próximo cap sai na sexta feira. Até lá, beijos!