Casa Haruno – 16:36

Sakura e Zion estavam sentados no sofá assistindo televisão, Órion estava em casa junto com Shiori, os dois preparavam na cozinha algo para comerem, o telefone tocou e a rosada atendeu.

-Alô?

-Sakura? – a rosada reconheceu a voz de Danzou.

-Oi, vô! – ela disse sorrindo.

-Seu pai esta, minha querida? – Danzou perguntou do outro lado da linha.

-Esta sim,vou chamá-lo! – Sakura disse e olhou para Zion. – Chama papai.

-Tá! – Zion concordou e saiu correndo para a cozinha, assim que retornou, Órion estava logo atras, ele chegou perto de Sakura e pegou o telefone.

-Algum problema, pai? – Órion perguntou.

-Só preciso de você aqui novamente! – Danzou disse. – Mas não se preocupe, é só por alguns dias, três no máximo.

-Ah, tudo bem! – Órion concordou.

-Isso é um sim? – o velho perguntou.

-Exatamente. – Órion respondeu sorrindo.

-Aluguei um jatinho particular, talvez amanha na hora do almoço você já venha para cá. – Danzou disse. – Assim que chegar, irei te explicar algumas coisas.

-Certo, Shiori irá comigo, esta bem? – Órion avisou-o.

-Claro. – Danzou disse e se despediu de Órion. Ele colocou o telefone no gancho e olhou para a cozinha, Shiori estava parada na porta o encarando. – Amanha iremos para Suna!

-O que? – Sakura e Zion perguntaram se levantando e encarando o pai, ele se virou e olhou para os gêmeos.

-Quem disse que vou levar vocês! – Órion disse sorrindo e sendo atingido por almofadas. – Ai!

-Por que iremos? – Shiori perguntou se aproximando dele.

-Não sei, papai não explicou, somente amanha.

-Mas, e nós? – Zion perguntou apontando para si mesmo e depois para Sakura.

-Ficarão com Tsunade. – Shiori disse.

-Mãe? – Sakura perguntou andando lentamente até ela e abrançando-a de lado. – Será que posso chamar minhas amigas para dormirem aqui?

-Hein? – Shiori perguntou encarando a filha.

-Ah, mãezinha, deixa! – Sakura disse sorrindo para ela, Shiori apertou os olhos e sorriu depois.

-Tudo bem! – ela concordou. – Mas nada de bagunça.

-Sim, senhora! – Sakura disse e depois beijou o rosto da mãe e subiu para o quarto. Assim que entrou, sentou-se na cama e pegou o celular que estava em cima do travesseiro, digitou o numero de Ino, e a loira atendeu.

-Fala, rosinha. – Ino disse fazendo Sakura rir.

-Quê rosinha o quê nada! – Sakura disse sorrindo. – Amanha, você e as outras meninas irão domir em casa!

-SÉRIO? – Ino gritou do outro lado da linha e logo deu seus gritos de felicidades. – Mas o que fez sua mãe deixar?

-Ela e papai vão viajar amanha. – Sakura respondeu.

-Atá! – Ino disse mostrando não estar interessada em saber onde os pais da amiga iriam.

-Vou avisar as outras, até amanha. – Sakura disse e se despediu da Ino, depois ligou para as outras e elas concordaram em ir dormir na casa dela, além, que todas concordaram em fazer uma noite de pijama.

Dia Seguinte – 12:34

Shiori já estava com as malas prontas junto com o marido, ela estava sentada no sofá da sala, e as malas estavam perto da porta, Órion desceu junto com Sakura e Zion, os três conversavam e sorriam.

-Prometem se comportar enquanto eu e a mãe de vocês estivermos fora? – Órion perguntou assim que se juntou com a esposa, junto com os filho, os dois se olharam e sorriram, depois encararam o pai e sorriram.

-Como se eu e seu pai não entendessemos vocês dois! – Shiori disse se levantando e indo abraçar os filhos, depois, beijou a testa de cada um.

-Boa viajem, mãe! – Sakura disse e depois foi abraçar o pai, Zion fez o mesmo, os gêmeos acompanharam os pais até a garagem, até os dois entrarem no carro e logo o portão de elevação se abrir, Órion buzinou e sorriu para os filhos, deu partida no carro e saiu. Zion e Sakura voltaram para sala quietos, olharam um para o outro e...

-Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – os dois gritaram e se abraçaram, começando a rodopiar e a pular ao mesmo tempo! Claro que os dois não dariam uma festa a ponto de se prejudicarem com os pais, mas só pelo fato dos pais não o deixarem com Tsunade, isso já era muito significativo.

Casa de Karin

Ela estava tirando a mesa assim que terminou de almoçar junto com o irmão, vestia um short e uma blusa vermelha e estava descalça, ela colocou todas as vasilhas sujas dentro da pia.

-Deixe aí, Karin. – Juugo disse fazendo-a se virar para ele. – Eu lavo as vasilhas.

-Tudo bem! – Karin concordou e logo bufou.

-Algum problema? – Juugo perguntou indo até a pia e começando a lavar as vasilhas sujas.

-Não, nenhum. – Karin respondeu. – Vou arrumar meu quarto. – dizendo isso ela deu um meio sorriso e saiu da cozinha, quando atravessou a sala, ela ouviu uma batida na porta, ela parou e olhou em direção a ela, andou e foi atender, quando abriu a porta, se assustou ao ver a figura.

-Vovô! – Karin disse sorrindo e indo abraçar o velho. – Por que não ligou que estava vindo para cá?

-E te preocupar, de jeito nenhum! – Achiru disse sorrindo e sendo puxado gentilmente pela ruiva.

-Juugo! – Karin o chamou. – Olha quem esta aqui, é o vovô! – ela disse e logo viu o irmão sair com um pano de prato no ombro.

-Eu já sabia. – Juugo respondeu sorrindo para o avô.

-E por que não me avisou? – Karin perguntou rispida.

-Primeiro: tem que ser mais educada! – Juugo disse e fez Karin mudar de feição rapidamente. – Segundo: foi vovô que me disse para não te contar.

-Mas, por quê? – Karin perguntou se virando para o velho.

-Era para ser uma surpresa, minha criança. – Achiru disse se sentando no sofá ao lado de Karin.

-Mas mesmo assim... – ela disse.

-Surpresa é surpresa! – Achiru disse colocando a mão no ombro dela, Karin sorriu.

-Vou para o meu quarto, vou tomar um banho. – Juugo disse, mas não era nada disso, apenas queria dar tempo para o avô conversar com ela.

Karin sorriu e olhou para Achiru.

-Fico tão feliz que o senhor esteja aqui, por que veio? – Karin perguntou curiosa.

-Seus pais me pediram para vir aqui, eles estão trabalhando muito e sempre viajam, e como você e Juugo são de maiores, já podem ficar sozinhos, mas mesmo assim, eles se preocupam com vocês! – Achiru respondeu fazendo Karin sorrir com cada palavra do velho.

-Isso é tão gratificante, fico tão feliz em saber que papai e mamâe me amam muito! – Karin disse se esquecendo de propósito de Juugo.

-E Juugo também, não se esqueça que ele também é seu irmão! – Achiru lembrou-a, mas Karin fez uma cara de desgosto.

-Ele nem ao menos não mereçe estar nessa familia, não honra nem nosso sobrenome, e é tão diferente, não entendo o porque de papai e mamâe adotarem esse garoto! – Karin disse com o tão de voz desdenhoso, isso fez Achiru ficar decepsionado com ela.

-Não precisa tratar os outros como se fossem lixos, por que um dia você pode ser tratada do mesmo jeito... ou pior! – Achiru disse se levantando e vendo Karin o acompanhar com os olhos, ele andou na sala e continou a falar. – Seus modos me decepsionam, Karin. Você continua arrogante, como sempre foi desde de criança. – ele disse pausadamente e calmo, e para o coração de Karin era como uma lâmina bem afiada. – Fiquei sabendo do que aprontou aqui, e presumo que não gostei nenhum um pouco de suas atitudes... quanta infantilidade, minha neta! – Achiru disse parando em frente a neta, ele colocou as mãos no bolço da frente da calça e encarou-a, Karin apenas abaixou a cabeça.

-O senhor não entenderia! – Karin disse baixo e ainda com a cabeça abaixada.

-O que eu não entenderia? – Achiru perguntou mas logo continuou. – Que você é apaixonada por um garoto e ele nem se quer sabe que você existe?

-Isso é mentira...

-Ah, da sua parte é! – Achiru disse cortando a neta sem nenhuma arrogancia, ele sabia muito bem como desarmar essa muralha em sua frente. – Para quê fazer tudo isso se no futuro você mesma será prejudicada com seus atos?

-Eu só queria que ele me notasse e me amasse! – Karin disse não encarando os olhos do avô.

-E para isso, você tentava separar ele com a garota que ele ama... e que esta namorando! – Achiru disse fazendo a neta o encarar com os olhos arregalados. – Grande, minha querida, grande.

-Eu só tentava o afastar dela para se aproximar de mim! – Karin disse encarando os olhos do velho.

-Mas acontecia tudo ao contrario, não é? – Achiru perguntou e a viu se contrair  no sofá, parecia estar segurando o choro a muito tempo. – Ele ao inves de se aproximar de você, só se afastava, por que você de alguma forma, tentava machucar a pessoa que ele mais amava, isso o fazia te odiar e com certeza pensar: o que o levaria a gostar de uma garota que não tem coragem de lutar pelo amor sem machucar as pessoas ao redor? – ele perguntou e Karin o encarou, seus olhos estavam vermelhos, lágrimas escorriam pela sua face toda.