A visão

Pov Edward

Já fazia três meses que eu e os outros nos mudamos para Rochester, aqui o ambiente era agradável, não fazia muito sol, mas, também não vivia chovendo.

Depois daquela quermesse e a nossa conversa ‘amigável’ com os Hale, todos em Rochester já sabiam de tudo que havíamos conversado e isso não me surpreendeu, na verdade, ficaria surpreso se ninguém soubesse, parecia que todos estavam chocados pelo fato de eu e Bella, já estarmos comprometidos um com o outro, mas, essa fofoca toda teve um lado bom.

A maioria dos rapazes que tiveram pensamentos inadequados com minha Bella naquele dia agora estava furiosos e diziam que eu era um homem de muita sorte, e eu me tornei o homem mais odiado de Rochester pelos admiradores que Bella havia ganhado naquela noite.

E de vez em quando Bella e eu íamos dar uma volta nos parques de Rochester, o olho de quem estivesse passando nos seguia, éramos uma espécie de celebridade, e havia Bella.

Havia dois meses desde que ela mudou, ela e Esme haviam ido á Biloxi para comprar uns acessórios para a casa e Bella disse a nós que havia clonado um novo dom, mas, não sabia de quem era e nem havia detectado a presença de nenhum vampiro, Esme que estava com ela disse que também não havia ouvido nem sentido nenhum cheiro que não devesse. O dom? Ver o futuro.

Bella de vez em quando tinha visões, de alguma forma, ela não conseguia desligar esse dom, como fazia com os outros, e foi quando uma dessas visões veio que ela ficou estranha. Apenas Esme sabia o que Bella havia visto, mas me escondia, Bella tinha me dito que eu deveria descobrir sozinho e isso me deixava ainda mais curioso. O que ela havia visto?

Estava apenas eu, Esme e Carlisle em casa, Bella havia ido á Vancouver visitar o túmulo de seus pais, disse que queria ir sozinha e com um beijo se foi. Ela tinha ido apenas á doze horas e eu já sentia sua falta, tentei ler um livro, mas não conseguir, o mistério do que Bella havia visto ainda me intrigava, tentei tocar piano, mas a música saía com certa tensão, e Esme percebeu.

- Edward algum problema? – perguntou, preocupada, ela colocou suas mãos de leve em meu braço – o que houve?

- nada – respondi, ela não se convenceu e eu me corrigi rapidamente – apenas com saudades de Bella, sem ela aqui me sinto vazio – disse, era verdade, mas havia mais coisas com as quais eu me preocupava.

- tudo bem, então, sabe que Bella precisa fazer essa visita ao túmulo de seus pais sozinha, é um momento dela com eles. – disse suavemente – não faz nem um dia que ela está fora, você devia ser mais paciente- continuou.

- sabe que paciência não é o meu forte – disse

- devia ser – respondeu e a conversa acabou

Ainda me perguntava o porquê de todo esse mistério com essa visão, eu tinha que saber, parei de tocar, olhei para Esme e perguntei:

- o que ela viu naquele dia Esme? – perguntei direto

- bom, eu sei que você deve estar curioso, então vou contar – disse e o que eu li em seus pensamentos me surpreendeu.

Pov Bella

 Eu estava indo em direção á Vancouver, eu não sei bem ao certo por que, mas tudo começou quando eu clonei aquele dom.

Esme e eu, estávamos em Biloxi, uma cidade no interior de Nova York, lá se vendiam muitos acessórios para a casa, então eu fui, Esme e eu estávamos passando por uma estrada, quando eu senti um dom sendo adicionado, e logo depois que a sensação se passou o dom que eu tinha clonado de Eleazar entrou em ação. Eu estava vendo o futuro. Há dois meses eu tive uma visão bem estranha, eu vi o meu túmulo em Vancouver, que ficava ao lado do de meus pais, e em frente ao meu túmulo, tinha um homem, o que me surpreendeu não foi o fato de alguém ter visitado o meu túmulo e sim a pessoa que eu tinha visto na visão.

Era um homem alto, louro e eu me lembrava dele, por um acontecimento que já parecia que tinha acontecido há séculos, era ele. O vampiro que havia me transformado.

Agora eu via seu rosto claramente, e ele parecia surpreso com ao ver meu túmulo ali, o que significava que ele tinha uma desconfiança de eu tivesse me tornado vampira, o que aconteceu e pareceu aliviado de ver meu tumulo, mais alguém estava chegando, mas eu não via quem iria se juntar a ele no cemitério apenas vi que era uma mulher, e a visão acabou.

Eu fiquei remoendo muito isso e eu sabia que só iria descansar e voltar para a minha existência feliz com Edward se eu acabasse logo com essa dúvida. Eu não queria que Edward viesse comigo, eu sabia de sua raiva pelo homem que me trouxe a essa vida e sabia que ele não me deixaria vir.

Assim que cheguei a Vancouver, leves vislumbres de minha vida humana veio há mim, o estranho era que elas não eram dolorosas como costumavam ser, eram cheias de nostalgia, uma sensação boa de que eu vivi aqui tudo que tinha que viver.

Assim que cheguei ao cemitério, senti um cheiro do vampiro, estava fraco, mas, com certeza ele tinha estado aqui, segui o cheiro cemitério adentro, até que o cheiro ficou mais forte, e eu olhei para baixo e vi meu túmulo, ao lado do de meus pais.

Isabella Marie Swan 1917 – 1939

Amada filha e excelente amiga, que Deus esteja com você onde estiver.

Isso me emocionou de certa forma, até que eu sentir que o cheiro do vampiro ia até a floresta, eu continuei seguindo até que o cheiro foi ficando fraco até desaparecer, e tinha um cheiro junto do vampiro, devia ser a vampira no qual eu não havia conseguido ver seu rosto.

Eu voltei para o meu carro, entrei e comecei meu caminho para casa, eu realmente estava curiosa, e eu não sabia bem o que esperar dessa visita, se eu esperava encontrar o tal vampiro? Claro que sim, afinal, eu tinha muitas perguntas para ele, mas eu já sabia como ele era e não seria difícil reconhece-lo se eu o visse.

Assim que passei pela porta de casa, me sentir em braços fortes, Edward, era uma sensação muito boa, estar nos braços de quem você ama.

- Bella eu fiquei tão preocupado, Esme me disse o que você foi realmente fazer – disse e eu olhei para Esme com um sorriso, eu sabia que ela iria falar para ele – o que você pretendia hein?

Eu o calei com um beijo, era um beijo cheio de saudades, eu não havia feito nada de arriscado, não havia motivos para ele ficar assim. Assim que o beijo acabou e o olhei:

- eu não fiz nada, e eu não corria risco nenhum – disse e continuei – e eu senti muitas saudades suas, e queria que você não resolvesse discutir um assunto tão bobo como esse.

- tudo bem – disse, e me abraçou de novo – senti muito sua falta, não se distancie de mim de novo, ok? – perguntou

- tudo bem – concordei, eu também havia sentido saudades dele – eu te amo.

- eu te amo mais, Bella – disse

- eu te amo muito mais – eu respondi e ele sorriu, eu não mudaria nada na minha existência agora.

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