Os Olhos De Hinata escrita por Helena


Capítulo 20
O clube do livro


Notas iniciais do capítulo

olá pessoal!
eu vim mais cedo desta vez, porque, para quem notou, estou tentando postar a cada 10 dias... mas nem sempre dá certo.
Este é o meu presente de páscoa para vocês leitores: um capítulo. e esse é dos grandes. deu 09 folhas de word!!
Então, espero que se deliciem com este capítulo, pois já que eu não posso ir na casa de cada leitor e dar chocolates, aqui vai o meu presente!
kissus e feliz páscoa,
tatah85



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Enquanto Naruto e Hinata se descobriam, enquanto Sasuke se declarava para Ino, enquanto Itachi comia mosca, Jiraya, seguido pelos participantes do seu clube, comprava um lápis novo.

-Muito bem, pupilos... – Começou ele ali mesmo. – Como sabem, está aí a páscoa, que os católicos veem como a morte e ressurreição de seu Deus. –Ele falava com uma cara meio chateada.

-Hai! – Falavam os seus seguidores, que eram: Temari, Tenten, Neji, Kakashi - que sempre chegava atrasado -, Shizune, Shino, e outros.

-Então – Se virou com o novo lápis adquirido – o significado da páscoa é renascimento... E é isso que faremos hoje!! Vamos renascer, e fazer coisas que estão apagadas dentro de vocês.

Todos estavam sem entender a lógica do papo de Jiraya.

-Jiraya-san, pode nos explicar melhor? – pediu Shino.

-SAN é a sua mãe, eu já falei que pode me chamar apenas de Jiraya.

-Desculpe...

-Ok... só vamos para o meu covil pegar uma coisa e deixar esse lápis JEDai! lá. – JEDai! era a marca do lápis.

Andaram até o apartamento dele que ele chamava de covil e, saindo porta afora, ele olhou para Kakashi e, estreitando os olhos, disse:

-Então, pupilo Kakashi, o que você quer fazer renascer em sua vida nesta páscoa?

Kakashi ficou levemente rosado, e cochichou algo no ouvido do cara mais velho, que olhou para ele e, entortando a sobrancelha, pediu:

-E você tem dinheiro para isso?

.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.

Apenas Kakashi e Jiraya entraram na livraria, deixando os outros do lado de fora, com carinhas curiosas.

-Neji, eu não sei porquê, mas acho que este trabalho trará monstros à tona... – Falou Tenten para o namorado.

Ele sorriu:- Vai sim, Tenten, mas a gente quase nunca sai do covil dele, hoje vamos aproveitar.

Dentro da livraria...

-Ah... São tantas opções... Eu não sei.

Kakashi babava diante de uma estante de revistas em quadrinhos. (Para adultos ^^)

-Vamos logo com isso... Você vai levar quantas?

Jiraya estava escorado em uma parede, vendo um exemplar de seu “Jardim dos Amassos” inédito.

-Vou levar duas... Mais o livro ilustrado do Totoro.

-Totoro?!?! Mas já inventaram quadrinhos até disso???

-Nããão... é tipo aqueles álbuns de figurinhas... Eu sempre gostei disso.

Ao chegar no caixa, uma jovem chamada Nika o atendeu com um sorriso amigável.

-Olá, Kakashi.

-O-oi Nika.

Jiraya não pode deixar de notar como o pupilo ficou bobo perto da jovem.

-N-Nika...

-Sim, Kakashi-san? – Ela o olhou com os olhos marrons claro enormes.

-Eu queria saber... se...

-São £32.

Kakashi, tristonho, pagou.

-Sacolinha escura?

-S-sim, por favor.

Ela o alcançou uma sacola meio escura.

Jiraya cutucou Kakashi, o incentivando a voltar a falar.

-Então, Nika, eu queria saber se você não quer sair comigo um dia desses...

A garota olhou para ele e ficou meio vermelha também, a medida que o pedido entrava em sua mente.

-C-como?

-S-sim, Nika, eu quero sair com você!

A garota deu um sorriso envergonhado para ele.

-Eu saio sim...

Kakashi pegou a mão dela e falou:

-Obrigado, Nika.

Saiu correndo da livraria. Jiraya foi para junto de seus outros “adeptos”.

-Kakashi, parabéns. Agora, o próximo será... Shino.

Ele se sobressaltou ou ouvir seu nome.

-Nani?!

-O que você quer fazer renascer na sua vida hoje?

-Ahn... Sei lá! Eu ando querendo comprar um relógio. Sempre fui louco por eles, mas eu jurei que nunca mais os usaria.

Todos queriam saber o porquê.

“Há muitos anos atrás, meu pai trabalhava no centro. Toda a vez, antes de ir, ele se agachava na minha frente e apontava para o relógio em seu pulso.

-Quando forem 18:30, eu volto para casa.

Eu ficava ansioso na frente do relógio da cozinha, esperando ele dar 18:30, e todo o dia ele voltava.”

Shino começou a andar despreocupado. Os amigos nunca souberam desta história, mas ele se manteria forte, não choraria ali.

-Prossiga Shino. – Falou o mais velho do grupo.

Ele respirou fundo.

“Mas teve um dia que ele não voltou naquele horário; minha mãe disse que eram passadas das 20:30 quando ele voltou. ‘desculpa, tivemos uma reunião’, ele falou sorrindo.A partir daquele dia, além de chegar tarde em casa, ele era frio com minha mãe e comigo. Era horrível.

Eu achei que se conversassem, iriam se resolver. Mas eu estava errado.

Eles brigaram na cozinha, e do meu quarto eu conseguia ouvir tudo. Petrifiquei quando ouvi, entre muitas coisas, que ele estava saindo com outra e iria embora de casa, pois moraria com ela.”

Tenten colocou a mão na boca para esconder o espanto.

-E aconteceu mais alguma coisa depois? – Pediu Temari.

-Sim, é claro.

“Ele ficou alguns dias fora de casa, não achei mais que ele voltaria.

O telefone tocou; era ele, queria falar com mamãe. Passei o telefone para ela, que depois de algumas palavras, sorriu e começou a chorar.

-Mas é claro, pode sim.

Ele estava voltando.”

Shizune chorava e sorria, corada. Kakashi roia a unha; já sabia o final da história.

“Ele me falou: quando o relógio desse 18:30, ele voltaria para casa novamente.

Eu fiquei ansioso, esperando para ele voltar.

Mas o telefone tocou de novo. Ele tinha sido atropelado, e morrido.

Minha mãe chorava muito, eu não sabia por quê. Era apenas uma criança de 5 anos!

Ao chegarmos no local onde ele tinha sido atropelado, minha cabecinha rodava. Deram-nos os objetos pessoais dele. Entre eles o relógio, que tinha parado de funcionar devido à batida.

O relógio marcava 18:00, e do local que estávamos até em casa dava, mais ou menos, meia hora.

Ele iria mesmo voltar para casa.

Naquela hora, não sei bem o porquê, lágrimas caíam dos meus olhos.”

-A partir daquele dia, eu nunca mais usei relógio. Apenas usei sua jaqueta; ele disse que eu ficava parecendo um espião.

Todos estavam em silêncio, as garotas estavam chorando, e também se ouvia pequenos fungos dos homens ali presentes.

...

-Comprado o relógio e aberto o coração, só temos a dizer muito obrigado, Shino, por ter compartilhado conosco um pouquinho de sua vida - falou Jiraya. – Agora, que tal você, Tenten?

A morena suava frio.

-Ai... Eu sempre quis comprar um... vestido.

Jiraya arqueou uma sobrancelha.

-E porque nunca o comprou?

-Vergonha...

-De...?

-De ficar parecendo uma vadia.

-Hum...  Vamos lá então.

Tenten entrou sozinha na loja, e saiu de lá com um sorriso de vergonha no rosto e uma sacola com o vestido.

-Vamos fazer assim: vista ele em casa, mostre pro seu namorado e quando estiver pronta, fazemos uma festa e você vai com ele, que tal?

A garota ficou mais vermelha ainda.

-É que... Não é um vestido.

-Como assim? – Pediu Neji.

Ela cochichou no ouvido dele algo que o deixou vermelho também.

-V-vamos levar isso para casa. – Falou Neji abrindo um pouco a sacola.

Foi para casa e levou o “presente de páscoa” de Tenten para lá.

Quando voltou, era a vez de Shizune, que iria pedir um aumento de salário para sua chefe.

Foram até a sala de Tsunade, e enquanto esperavam, ele disse:

-O próximo é você,Temari. Se prepare.

Shizune saiu da sala com um sorrisinho cúmplice.

-E então?

-Ela disse que me dá o aumento.

Os colegas viram seu sorrisinho, mas não comentaram nada. De tanto trabalhar com Tsunade, Shizune havia pego algumas manias dela, como por exemplo, meter um cascudo em quem a incomodasse.

-Temari? – Pediu Jiraya. – É sua vez... O que queres fazer?

-Eu tenho que falar para um carinha que eu gosto dele, que eu não quero mais ser apenas amiga dele... – Falou numa cascata de palavras, pensativa.

-E você sabe onde ele está agora? – Pediu.

-Simsim, ele trabalha vendendo sucos no shopping.

...

Chegando lá, Jiraya viu o olhar pecaminoso que Temari lançava para um rapaz que vendia sucos com uma jaqueta verde e cabelos pretos. Ele estava de costas.

-Espere um pouco, Temari, o rapaz é o Shikamaru?

-Sim...!

-Então... vá lá!

Ela correu para o lado dele e sorriu.

-Olá Shikamaru.

O rapaz olhou para ela um tanto quanto surpreso.

-Olá Temari, tudo bem?

-Sim.

-Ahn... E você está passeando aqui?

-Não, vim aqui a negócios. – Sorriu a loira.

O rapaz que apenas tinha virado a cabeça para ela, agora virava o corpo todo para ela, com uma interrogação brotando de sua cabeça.

-Negócios? Eu não sabia que você trabalhava...

Ela riu, meio nervosa, meio cínica, deixando o rapaz ainda mais nervoso.

-Você não entendeu; eu vim ver você. Precisava ver, ansiava por ver. Eu acho que temos que conversar.

O rapaz olhou-a de um modo intenso antes de pedir:

-Você... estava com saudades de mim?

-Sim, louco né?

Ela sorria, enquanto o rapaz retribuía gentilezas ao olhar para ela.

-Pois é... Posso te pedir um favor?

-Sim.

O garoto levantou o queixo dela para ver melhor o seu rosto.

-Por favor, não finja que não sente nada por mim. Eu também sinto isso.

Deu uma piscadinha e saiu andando, deixando Temari com uma cara confusa.

Voltou meio tonta para a presença de Jiraya e dos colegas de clube.

-E então? – Perguntou Tenten.

-Eu... Não sei.

-Hum... Temia que isso acontecesse. – falou Jiraya. – As vezes, como tudo na vida, não conseguimos aquilo que queremos... Mas sempre temos que ter esperanças, afinal, a vida é isso mesmo!!

-Não, Jiraya-Sama, eu acho que, pela primeira vez, eu olhei nos olhos de alguém e pude ver que essa pessoa gosta mesmo de mim...como Neji olhou para Tenten, antes. E-eu não sei, eu acho isso...

-Own... nosso abacaxizinho está apaixonado... – Kakashi, fazendo graça, chamando Temari pelo apelido inventado por ele, abraçou a garota, que jurou dar um soco na cara dele se ele não parasse.

-Crianças, ainda temos alguns para participar, não se esqueçam. Só falta o pupilo Neji.

O moreno ficou rosado.

-Então... O que quer fazer? – Jiraya assumiu um tom sério.

-E-eu tenho que falar com meu tio. Isso pode demorar um pouco.

-Hm... não tem problema. Nós te esperamos para comer algo depois...

-Ok.

Neji saiu correndo. Queria pedir para o tio se podia pedir Tenten em casamento e também falar sobre Hinata.Tinha um amigo nos EUA que era clínico geral, e outro oftalmologista e eles tinham se interessado pelo caso da Hyuuga. Sem contar que daria uma ótima tese para o mestrado.

...

-Muito bem, pupilos, a lição do clube do livro de hoje está concluída... – Começou Jiraya, sendo cortado.

-Hey, tio! Falta você ainda! – Falou Shizune.

-E o que vocês querem que eu faça??

-Sei lá... Mas, como você mesmo disse, páscoa é um tempo de ressurreição. Todo mundo sabe que dentro de você tem brasas que nunca foram nem serão apagadas... Que tal começar por aí? – Falou Shizune.

-Ok... Para o covil da Tsunade, agora...! – Falou ele, sem muito ânimo.

m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m.m

Tsunade terminava de secar os cabelos que recém tinha lavado quando ouviu um leve baque na porta de seu apê. Atendeu, e ninguém mais que Jiraya estava em sua porta.

-Olá Jiraya, entre!

-Olá, Tsunade.

Ele entrou, com as mãos para trás.

Virou para ela.

-Me prometa.

-Prometer o quê?

-Que vai me ouvir até o final.

Tsunade, um pouco assustada, fez um “xis” no peito.

-Eu não precisaria estar aqui, fazendo o papel do velho bobo, mais uma vez. Você sabe do que eu estou falando.

-Do quê? Que você é um velho bobo, todos nós já--

-Eu disse quieta, Tsunade.

“ A verdade é sempre a mesma. Enquanto eu pensar, pensarei nisto.

Meus pupilos do clube do livro me deram um toque: que eu posso não conseguir o que eu quero, mas eu posso sonhar. É como eu tenho vivido todos esses anos. Mas, agora eu acordei. E no fim de minha vida, quero declarar: Eu sempre estive na sua, enquanto você falava de outros ninjas para mim, eu tentava fazê-la me notar. Eu sei que sou um otário zero à esquerda pra você, mas mesmo assim, eu ainda tenho uma coisa que eles nunca tiveram: um amor imenso por você. Ele ultrapassa a distância que você se mantém de mim; ultrapassa qualquer fisiologia; consegue ultrapassar até a minha (ou a sua) idade! E é assim que eu te digo: te amo mais que tudo. Você é o presente que Kami me deu de páscoa.

   -Agora pode me enxotar como sempre de sua casa, eu não ligo. Isso não muda muita coisa. – Jiraya deu de ombros.

-Não tão cedo. – Ela foi para mais perto dele, mordendo o lábio inferior.

n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n^^.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n.n..n..n.n.n.n.n.n

Jiraya saiu meio tonto da casa de Tsunade. O beijo que ela lhe deu foi melhor que qualquer coisa que podia ter feito aquela tarde.

De repente um Uchiha apareceu no horizonte, gritando seu nome, o puxando para a realidade.

-Jiraya-san... – falou Itachi aos arquejos.

-Eu já falei que ‘san’ é a sua mãe... O que foi, Itachi?

-Aconteceu... Uma coisa... Você precisa ir para a mansão Hyuuga.

-Mas, o Hiashi Hyuuga nunca foi com a minha cara...

-É o Naruto... Ele e a Hinata... (leve balançar de cabeça do mais jovem, indicando que sim, eles tinham feito aquilo).

Os olhos do mais velho estavam arregalados: ao mesmo tempo o fascínio e o medo percorriam seu rosto.

-Pois é... Pelo jeito eles souberam aproveitar a páscoa... Deixe quieto, Uchiha.

-Vamos lá, Jiraya... Você filosofando não dá muito certo.

-Hunfs. Vamos lá.

Andaram como se não tivessem coisa para fazer; acharam melhor deixar Hinata e Naruto aproveitarem o presente que Kami havia lhes dado: o amor.


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Notas finais do capítulo

gente, espero de coração que este capítulo inspire vocês a retomarem o que estava perdido, todos os sonhos que um dia nós deixamos de lado, que nós possamos ser felizes mais do que nunca, por que, em algum lugar desse mundo enorme, tem alguém torcendo pela gente.
que Kami-Sama abençoe e ilumine todos vocês.
kissus,
ja nee



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