Flüchtig escrita por Danie-chan


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prelúdio


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo.



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o - O - o

Não sei como começar uma narrativa... Acho que, primeiramente, eu deveria me apresentar. Infelizmente, creio que poucas pessoas estão interessadas em quem eu sou, e sim no que eu vou dizer. Pois bem, darei a vocês o que querem.

Lembro muito bem daquele dia exuberante. A natureza parecia ter acordado de bom humor, e nem a crosta de poluição no firmamento impedia o sol de brilhar. Poucas pessoas tinham tempo para parar e observar o céu, muito menos aquela pequena cafeteria, entre prédios imensos. E é nessa cafeteria onde nossa história começa. Bem, acho que devo tentar passá-los a infra-estrutura do local. Sempre li em revistas que essa é a melhor forma de interagir com o leitor – mesmo eu sendo daqueles que acredita que a imaginação deve perseverar.

A sensação de quem estava naquele pequeno local era que, a qualquer momento, um dos prédios das laterais poderia cair sob a cafeteria, dando morte súbita aos clientes. Ao menos, esse era o pensamento dos pessimistas. Os otimistas achavam ótimo ter uma cafeteria rústica em plena metrópole – uma forma de escapar da globalização e do capitalismo que os cercavam. Enfim, era uma cafeteria de arquitetura alemã, onde pequenas mesinhas redondas estavam organizadas na calçada, com seus guarda-sóis brancos – que pouco serviam para proteger os clientes do sol – e seus assentos de madeira.

Deixando o lado da arquitetura um pouco de lado, podemos agora citar os clientes daquele lugar. Se você busca diversidade e exotismo, aquele era o palco ideal. Era possível ver uma velha, com cerca de 80 anos, brigando com um garçom por causa do seu chá. Aparentemente, ele estava sem açúcar. Patético, não? Também tinha um homem misterioso no balcão. Ele usava um sobretudo negro e escondia o rosto usando uma velha revista. Uma forma um tanto quanto ingênua de passar discrição. Além da revista está de cabeça para baixo – deixando obvio que o homem não estava lendo, - sobretudos hoje em dia tinham virado algo como "oi, estou tentando me esconder".

Novamente, penso que fugi do assunto. Indo para a parte que os interessa, uma dupla um tanto peculiar se encontrava na parte externa do café. Um homem com cerca de 20 anos, e outro mais jovem, 14 anos, diria eu. Ambos vestiam camisas pólos brancas, com calças sociais pretas. Pareciam que tinham fugido de uma igreja ou algo do gênero. Eles poderiam passar como clientes normais, se não tivessem algo tão chamativo: A beleza.

Nesse quesito, a maldita genética – aquela destruidora de tantas vidas -, não havia falhado. O mais velho possuía cabelos longos e castanhos, presos por uma fita negra. Sua pele era clara, com lábios finos e um olhar penetrante. Já o mais jovem era algum tipo de encarnação da perfeição. Seus olhos e cabelos eram negros como o céu noturno, e contrastavam fortemente com a pele de marfim. Eram perfeitos demais, inalcançáveis demais.

- Eu já disse que você me dá medo quando é gentil? – Disse o mais jovem. Aquele tom arrogante e pertinente em sua voz só o fazia ficar mais... sexy.

- Sim, otouto. Inúmeras vezes, na verdade. – Respondeu, de forma divertida, o mais velho, enquanto mexia cuidadosamente uma xícara com cappuccino. – Será mesmo que não posso trazer o meu pequeno Sasuke para sair?

pequeno Sasuke fuzilou seu irmão com os olhos, enquanto dava um gole em seu chocolate quente.

- Só não te mato porque estamos em publico. – Aquele comentário conseguiu arrancar boas risadas do mais velho.

- Você não teria coragem, caro irmão. – Ele respondeu, em tom vitorioso. – Eu sou importante demais para que faça algo do tipo.

E era verdade.

Itachi era demasiadamente importante para Sasuke, mas é claro que ele nunca revelaria isso em voz alta. Sempre fora assim, a relação dos dois. Ambos órfãos, vivem juntos desde o incidente que os deixou na solidão. Não entrarei em detalhes com isso agora, quem sabe mais tarde.

O que interessa realmente são os sentimentos de Itachi para com o seu irmão.

As coisas deixaram de ser fraternais quando Sasuke atingiu a puberdade. Ah, a puberdade é tão maligna. Deixou o jovem Uchiha num patamar acima de qualquer beleza daquela cidade, e fez com que o rapaz chamasse a atenção tanto de mulheres quanto de homens. Por Deus, Itachi também é um homem e sente certas... Necessidades. Ta que Sasuke é seu irmão e tudo mais, mas aquilo não vê o DNA igual não.

O Uchiha se controlava, é claro. Ele não iria atacar seu irmão nem nada do tipo. Afinal de contas, Itachi ainda mantém certos valores.

Mas, naquela sórdida tarde, Itachi só planejava tomar um café com seu irmão. É uma infelicidade que o poder de prever o futuro não acompanhe o pacote. Quem poderia imaginar que, daquela simples cafeteria, algo como aquilo estava prestas a acontecer?

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Notas finais do capítulo

Sério, acho que deu alguma espécie de aloka em mim. Mal acredito que escrevi isso tão do nada. Certo que o conteúdo ficou uma joça e tal, mas... fuck. Postarei o outro capitulo amanhã, se receber alguns comentários.