_ Hm...

_ Cadê o Justin? – refiz a pergunta

_ Ele precisou ir no hospital, ele estava sentindo dor. – falou em voz quase inaudível

_ Sério? – o olhei preocupada

_ É, mas a Pattie ligou e disse que volta daqui a uma hora, o Justin está bem, só que precisa tomar cuidado com isso – sorriu

_ Ok, eu vou ver se o quarto já está arrumado.

_ Vai começar! – ele bufou

Tinha uma mala com roupas, ajeitei tudo no closet dele, já estava um pouco tarde e ninguém havia chegado ainda. Fiquei analisando o quarto e decidi sair dele. O quarto era em tom de azul marinho e branco.

Um mês se passou e era a mesma rotina tediosa de sempre.

Acordar, comer, sair ou ficar em casa mesmo e dormir. Apenas isso. Fora que eu era obrigada a ‘cuidar’ do Justin, quanta besteira, ele sai correndo uma maratona sem sentir dor nenhuma e eu preciso o observar em qualquer lugar. Arght.

_ Justin para! – gritei mais uma vez com ele

_ Porque? – ele riu ainda correndo de mim

Na verdade eu não sei como começou aquilo.

_ Tá, desisto – bufei entrando em casa

Senti alguém me abraçando por trás e dando um beijo em meu pescoço.

_ Ok irmãzinha, eu vou tomar a vitamina – ele riu

Ok, doeu o ouvir me chamando de ‘irmã’.

Suspirei alto, ele percebeu.

_ O que foi? – perguntou me abraçando mais forte

_ Nada, só estou cansada – dei de ombros.

Acho que não convenceu muito. Ele ficou a minha frente me encarando. Fiquei o encarando também, parecíamos dois loucos.

Ele alisou meu cabelo e tirou a franja que estava caída sobre meus olhos, ele segurou em meu queixo, ele foi se aproximando aos poucos, eu estava torcendo para que ninguém nos interrompesse.

Ele colou nossos lábios em um beijo lento, fechei meus olhos me entregando completamente. Passei meus braços por seus ombros. Desejei que aquilo fosse eterno.

_ WOW – alguém murmurou

Nos afastamos olhando na mesma direção, como assim? Era o Rennan.

_ Rennan? – perguntei confusa.

_ Olha, o casal voltou, vocês estão namorando? – perguntou soltando fogo pelos olhos

_ Não.

_ Sim, estamos – Justin falou me abraçando por trás – não vai nos desejar felicidades?

Rennan revirou os olhos saindo da cozinha.

_ Porque você disse que estamos namorando? – o perguntei confusa

_ Porque você é minha namorada. – deu de ombros

_ Quem disse que eu quero? – falei séria

Ele me olhou e depois encarou o chão.

_ Desculpa – ele riu de lado e virou-se para sair

_ Você sabe que é brincadeira – falei o abraçando por trás – mas tudo bem... apenas irmãos. – suspirei e ele riu

_ Tudo bem... você quer voltar a ser minha namorada? – perguntou me virando para ele

_ O que? – tudo bem, eu havia entendido.

_ Quer namorar comigo, Kaya?

Mas, voltar assim, do nada sem mais nem menos?

_ Sim – sorri lhe beijando

Foi o melhor beijo de toda minha vida, parecia ser o meu primeiro beijo, era único, sem interrupções, eu finalmente estava com o Justin novamente, ele era meu e de mais ninguém.

Ele era o melhor namorado que alguém poderia ter. Inteligente, bonito, romântico e o principal para mim, ele ia dando a vida pela minha, com certeza não há prova de amor maior.

Eu o amo, e a única coisa que ele precisa fazer é sorri. Apenas sorrir. Já faz meu dia valer apena, já faz eu esquecer meus problemas, ele tem o sorriso mais bonito do mundo, o melhor beijo e o abraço mais reconfortante.

_ Te amo – falei quando separamos nossos lábios

Ele me abraçou dando um beijo no topo de minha cabeça. Encostei minha cabeça em seu peito me permitindo ouvir as batidas de seu coração.

_ É por você – ele sussurrou

_ O que? – encarei seus olhos

_ Que meu coração bate, só por você – sorriu me dando um selinho demorado.

...

_ Então que vocês vão criar um incesto na família? – Kauã perguntou parecendo alguém inteligente

_ Incesto só quando é do mesmo sangue – fiz careta para você – e se for ou não estamos juntos.

_ Olha pai, imagina o que esses dois podem fazer quando estiverem só em casa, ou então com agente aqui mesmo? – ele falou e eu e Justin o olhamos

_ Você é ridículo – o encarei

_ Sou seu irmão – ele riu, joguei uma almofada nele.

_ Deixa sua irmã quieta Kauã – Pattie falou calma

_ Isso é inveja, o bebezinho é o único que está solteiro, own – fiz bico.

_ Quer saber? Vou pra balada pegar várias e trazer uma para cá – ele levantou

_ Se trouxer alguma pra cá eu jogo ela pela sacada – o fitei

_ Ui, ciúmes – ele riu subindo as escadas.

_ Vamos para a balada também? – perguntei ao Justin

_ Para que? – me fitou

_ Você já foi em alguma? – o fitei

_ Não né Kaya – revirou os olhos

_ Vamos? Por favor – o fitei

_ Tá – ele levantou e eu o puxei subindo para o quarto

Entrei no meu e ele no dele que era ao lado do meu.

Tomei banho, coloquei uma lingerie preta e vesti o roupão roxo. Sequei meu cabelo o deixando natural. Alisei minha franja e baguncei um pouco meu cabelo. Na maquiagem passei uma base natural, um pouco de pó para tirar o brilho. Fiz primeiro a maquiagem dos olhos, passei a sombra preta esfumaçando com uma chumbo, passei delineador, lápis de olho e bastante rímel, após passei blush e um batom fosco vermelho.

Quando estava terminando de vestir o vestido o Justin apareceu no quarto. Ele ainda estava sem camisa.

_ Amor, qual? – sorriu para mim

_ Elas são iguais Justin – o fitei

_ Não, uma é azul escuro e outra é preta – me fitou como se fosse óbvio.

_ Ok, a preta – sorri

_ Eu estou te esperando lá embaixo – sorriu

Calcei minha sandália vermelha e dei uma volta no espelho me aprovando. Peguei uma bolsa também vermelha e coloquei algumas coisinhas caso precisasse retocar a maquiagem, celular e dinheiro.

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Desci as escadas fazendo o famoso barulho do salto, Justin sorriu para mim.

Peguei as chaves de meu carro.

Lá vinha meu pai com as regrinhas de sempre.

_ Kaya, já sabe, não chegue bêbada em casa, não embebede o Justin e nada daquele negócio de ‘só experimentar’ – me fitou

_ Ele não pode beber? – perguntei entediada – que triste.

_ Ele pode, mas pelo amor de Deus! Não quero que cheguem bêbados em casa. – ele me fitou

_ Não cheguem muito tarde – Pattie falou preocupada

_ Tá Pattie, vamos chegar bem cedinho – a olhei risonha

_ Kaya, tchau! – Meu pai me empurrou

Bufei rindo, Justin pegou a chave do carro de minha mão.

Fomos até uma balada famosa da cidade, eu tinha o cartão V.I.P, mas sempre ficava na normal. Entramos direto sem precisar esperar na fila.

Observei o local e sempre o mesmo tipo de pessoas. Eram ricas, metidas a ricas, ganharam entradas ou são convidadas.

A música já rolava lá, as pessoas já haviam começado ocupar a pista de dança, os barmans estavam ao trabalho já.

_ Quer beber alguma coisa? – perguntei ao Justin

Ele me fitou, se ele falasse “água” eu sairia da festa.

_ O que você sugere? – me perguntou com um sorriso maroto

_ Vamos ver - lhe dei um selinho o puxando para o bar.

_ E aí Kaya, quem é? – Um dos barman perguntou

_ Meu namorado – sorri com o nariz

_ Quem diria que eu morreria te vendo com um namorado – ele riu – vai começar com o que?

_ Sex on the beach, duas por favor – sorri

Ele logo nos seviu.

_ Isso tem o que? – Justin fitou o copo

_ Vodka, suco de laranja, licor... por aí vai – dei um gole pequeno no meu

Ele fitou o copo e deu um gole caprichado. Ele fez uma careta curta e sorriu de lado.

_ É bom – bebeu o resto

_ Uma mais forte? – o fitei ele assentiu – Duas vodkas com gelo.

E assim foi, bebemos mais uns dois drinks e fomos dançar. As garotas olhavam o Justin com desejo, sorri para ele passando meus braços por seus ombros sem parar de dançar. O trouxe para mais perto de mim o beijando, parei o beijo lhe dando mais um selinho.

_ Você quer beber mais alguma coisa? – perguntei ao Justin

_ Aquilo lá, Wisky – sorriu, fomos para o bar

_ Dois Wiskys e uma garrafa de água com limão – sorri

_ No três – Justin pegou o copo e estendeu para mim – um... doi... três

Viramos o copo juntos e colocamos no balcão, nós rimos e ele me deu mais um beijo com sabor wisky com um leve toque de vodka.

Olhei a hora no relógio no pulso do Justin. 3h50min.

_ Acho melhor irmos para casa, não quero ser morta pela minha sogra/madrasta – encarei Justin

Ele me fitou e depois riu.

_ Tá vamos – o puxei rindo.

Entramos no carro.

_ Dá para você dirigir? Você ainda tem reflexo? – o perguntei

_ Tenho né Kaya – ele ligou o carro.

Eu estava surpresa por ele não estar tão bêbado, alguns minutos depois ele parou na frente de casa.

_ Bebe – entreguei a garrafa de água

Ele bebeu a metade e eu bebi a outra metade.

Ele estacionou o carro no jardim de casa.

Tirei meus sapatos e peguei minha chave de casa.

_ Se tiver alguém acordado não fala nada – falei colocando spray para hálito sabor morango na boca do Justin. Coloquei na minha também lhe dando outro selinho.

Vimos o carro do Kauã parar ao lado do meu.

_ Vocês chegaram agora? – Kauã nos perguntou

_ Nós estamos fritos, já sabem não é? – Fitei os dois

Eles assentiram.

_ Dá uma de santa Kaya – Kauã me empurrou e destranquei a porta.

_ Que bafo de vodka – murmurei pra ele

_ Você gosta que eu sei – ele riu

Abrimos a porta e encaramos duas criaturas bufando fogo a nossa frente.

_ Falou gente vou dormir na casa da tia Perez – virei-me, os meninos me seguraram.

_ Tudo bem, são quase cinco da manhã. Podem explicar? – Pattie falou com os braços cruzados

_ Áh Pattie, só deu para chegar agora – sorri com minha melhor cara de sínica.

_ Alguém não bebeu? – Meu pai me perguntou

_ Acho que vocês – respondi

_ Vão para o quarto, amanhã de manhã conversamos em particular com cada um – meu pai falou

Subimos as escadas. Comecei a rir quando chegamos perto de nossos quartos.

_ Você é louca – Justin me fitou

_ Eles não vão fazer nada – ri lhe dando um beijo – te amo, boa noite

_ Também te amo, sonhe comigo – piscou entrando no quarto